quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A CARIDADE

"Na reunião da noite de 10 para 11 de Fevereiro de 2008, após a leitura de uma lição do capítulo ‘Fora da Caridade não há salvação’, enquanto do lado espiritual uma equipa de entidades procedia a trabalhos de auxílio espiritual, uma médium psicografava a seguinte mensagem, em ambiente de grande tranquilidade e harmonia:

“ Ó musa entre as musas

Rainha dos Céus, mãe do Universo

Criadora entre os demais

Mater inventada do Ser

Que a ti te criou.


Irmã do Indigente

Cobre-lo com o teu manto.

Restauras o sorriso na criança

Largada no mísero abandono

Dum Reino de pobreza de Alma.


Quem te disse o Nome?

Quem te reconhece

Quando passas, discreta

Quase nua, porque

De ti nada possuis?


Desconheces as classes sociais.

Nada te diz o brilho reluzente

Daqueles que com ele se perdem.


Apenas procuras o desgosto

Apenas vives o sofrimento.


Regozijas-te no casebre

Tal como no palácio do imperador

Porque em ambos entraste sem seres convidada,

Sem alarde, sem misticismo, nem fato especial.


De ti e em ti, observava o Amor desinteressado

E a protecção ao lar

Que dele tanto carecia.


Como te chamas tu?- pergunta o socorrido.

Quem sois e como te podemos nomear?

Donde provéns, que te proclamaremos o nome?

Senhora minha, qual a tua casa?


A minha casa é a vossa casa.

Provenho do Criador.

Foi Jesus quem me enviou

Fostes vós que me chamastes.


E de meu apenas tenho o nome

por que podeis proclamar-me:

Eu sou a Caridade.

Damião G.”

Foi a primeira vez que este nosso amigo espiritual se manifestou mediunicamente no nosso grupo, deixando-nos esta linda poesia sobre o tema da lição: a Caridade."

Manuel

Núcleo Espírita ‘Amigo Amen’

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Em Defesa da Inocência



O blog "Luz de Luma" iniciou uma campanha colectiva contra a pedofília (para o dia 14 de Fevereiro), fenómeno terrorífico dos nossos dias que se propaga nas diversas sociedades, deixando-nos uma sensação de impotência e a que ninguém consegue pôr termo, marcando as suas vítimas, as CRIANÇAS, para toda a vida.

Só hoje tomei conhecimento, mas eu adiro a esta campanha. Não podemos ficar indiferentes.

Deixo-vos palavras para reflexão:

"1. Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus. (S.Mateus, cap. V, v. 8.)

2. Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse, e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse:Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham. - Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará.” - E, depois de as abraçar, abençoou-as, impondo-lhes as mãos. (S. MARCOS, cap. X, vv. 13 a 16.)

3. A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade." (Evangelho Segundo o Espiritismo: CAPÍTULO VIII, BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM PURO O CORAÇÃO, Instruções dos Espíritos).


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Adopção

Antes de entrar no tema do meu post, quero deixar um agradecimento à Adriana do blog "Espírita na Net" que me deixou um "miminho": um selo lindo que me enche de satisfação, pelo seu significado.

E, como tenho de o reenviar, escolhi fazê-lo para um blog que eu admiro pela sua dedicação e empenho na divulgação da Doutrina Espírita: o blog de espiritismo

E,agora, vamos reflectir sobre um tema actualíssimo:

Adoptar

Na época de grandes transformações em que vivemos, o conceito de família tende a alterar-se e a assumir novos contornos a caminho dos séculos vindouros.

No âmbito dos estudos sociológicos, este agrupamento humano, também ele em transformação, tende a reorganizar-se e a construir novos liames, tendo na sua base, as leis do afecto, por contraposição às antigas leis consanguíneas.

Actualmente, a Sociologia define família como: um casal com filhos, um casal sem filhos ou mesmo pessoas que se unem por afinidade, acercando-se muito do conceito defendido pelo Espiritismo: “Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação." (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, págs 251e252).


Quando os filhos não chegam naturalmente, muitos casais entram num processo de grande sofrimento e ansiedade, perturbando a própria harmonia familiar, muitas vezes com agressões mútuas ou acusações que a nenhuma solução conduzem.

Actualmente, com a evolução da Ciência, muitos desses problemas encontram uma resposta esperançosa e cada vez mais positiva nos vários tratamentos colocados à disposição; todavia, estes são sempre mais ou menos difíceis e demorados e acompanhados de enorme ansiedade.

Se o cansaço e a desilusão se instalam, após várias tentativas infrutíferas, por que não pensar em alternativas outras, se o desejo se mantém de encher a casa com os risos duma criança?

Por que não recolher no lar vazio, os filhos abandonados e, demasiadas vezes, sujeitos a maus-tratos que enchem as instituições que os abrigam, mas que não substituem de modo nenhum o afecto dum pai e de uma mãe?

Por que não visitar uma delas e verificarmos com os nossos olhos? Certamente, se o fizéssemos, dificilmente resistiríamos a tantas mãozinhas estendidas para nós, carentes dum sorriso sincero e dum colo.

E quem nos garante que esse não é mesmo o nosso programa de vida e de que a criança que viermos a adoptar, não é mesmo o nosso filho, “aquele” pelo qual o nosso coração anseia, e que só se desviou um pouco do percurso habitual?

E quantas vezes já não ouvimos, por parte de pais adoptivos orgulhosos da sua criança, frases do género: “este é o filho que eu queria ter?

Como poderemos explicar tantas afinidades, inclusive físicas, encontradas entre pais e filhos adoptivos?

Certamente, não pelas leis do “sangue” e dos genes.

Que razões subsistirão por detrás dos nossos problemas actuais, não o podemos saber: Quantas vezes ouvimos ou emitimos este tipo de pensamento: “Porquê a mim?”

Segundo "O Livro dos Espíritos" (Cap.IV, questão328, pág.122, trad.de Canuto Abreu) “a reprodução é uma Lei da Natureza, sem ela o mundo corporal pereceria".

Então, se um casal deseja ter filhos e não o consegue, poderemos deduzir que ou se encontra em tarefa de reabilitação de erros cometidos num passado remoto, ou pode ter escolhido anteriormente (no Plano Espiritual), nunca ter filhos por questões humanitárias.

E que melhor causa poderá haver do que dar Amor a quem nada possui?

Diz-nos Joana de Ângelis que "os filhos recusados em outras etapas alcançar-nos-ão o lar ou a intimidade por processos transversos."

E Emmanuel incentiva-nos sempre a lutar, a abandonar o desespero e a ansiedade, perante os grandes obstáculos que a vida nos coloca: “Tristeza, na essência, é um desafio da vida à nossa vontade de trabalhar”.

Muitos casais não adoptam por preconceito: “não é meu" (?!)

É preciso que o preconceito do "pai verdadeiro" (o biológico), seja banido duma sociedade que maltrata as suas crianças e que os pais verdadeiros sejam os que DÃO AMOR (biológicos ou não).

Esse o conceito que defende a Doutrina Espírita.

Segundo Léon Denis "cada século tem uma particular missão na história".

É preciso que novos valores se sobreponham num Planeta em vias de Regeneração, enquanto se reexaminam outros já ultrapassados, porque mais adequados a eras primevas da Humanidade.

PENSE NISSO!!!






quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Fixações mentais II


O PODER DA MENTE

Passados alguns instantes, comunicou-se o Espírito orientador dos trabalhos:

“Tivemos agora dois casos (1) onde nos foi possível prestar auxílio com a colaboração de todos e a permissão do Senhor, mas também dois casos susceptíveis de um estudo apurado, relativamente às funções da mente e ao seu poder, que ainda é praticamente desconhecido na Terra. São tão reais as criações dela que nos condicionam, não só os nossos pensamentos como a realidade que construímos à nossa volta, julgando que nada mais existe, olhando com lentes deformadas tudo o mais, pois apenas ela nos comanda, orientando nossos passos, orientando nossas mentes, tornando-se tão obstrutoras de nossas acções, que nos paralisa, que nos impede a própria progressão.

Se isto sucede na Terra, onde se encontram os melhores especialistas na área mental, que poderemos transportar para o mundo espiritual, quando desencarnamos em grande sofrimento, mentalizando apenas o nosso ser, esquecidos do nosso semelhante e de um poder mais alto que a tudo provê e que não se engana em cada prova por que tivemos que passar.

São grandes e complicados os liames que entretecem essas mentes perturbadas, fixadas num só quadrante, visualizando um só mundo, a uma só cor, eliminando todo o prisma, impedindo a observação do Universo.

Um dia, o Homem caminhará no conhecimento e no aprofundamento da complexidade da mente que nos governa, a harmonia ou a desarmonia instaladas nos nossos corpos, de acordo com o seu governo ou o seu desgoverno.

Meditemos nestes dois casos conduzindo nossas mentes para ideias construtivas, para a acção a favor dos semelhantes, para que possamos equilibrar-nos, evitando situações muito complexas e difíceis de eliminar, instaladas após algum tempo.

Que o desânimo nunca se aproxime dos nossos amigos colaboradores, que possais encarar as frustrações do dia-a-dia e os seus obstáculos como desafios, para que possais ultrapassá-los, mantendo-vos em equilíbrio, mente e corpo, unidos para o progresso sob a orientação de Jesus, agradecendo a Deus o estardes vivos e poderdes colaborar para a harmonia do Planeta e para o auxílio àqueles que partiram e não puderam alcançar esse mesmo equilíbrio.

Que a Paz fique convosco meus amigos. Que Jesus vos acompanhe.

Andrade”.(2)

(1) O Espírito orientador refere-se não só à irmã que se manifestou em reza contínua e com a qual conseguimos estabelecer algum diálogo, mas também ao caso anterior, de um amigo em grande sofrimento, incapaz de se manifestar e de connosco conversar.

(2) O espírito orientador da reunião, que se identificou por Andrade esclareceu que há trabalho para todos e que os Espíritos vão onde são chamados, de acordo com as suas qualidades, os seus talentos ou os seus desejos de aprendizado.

Manuel

Núcleo Espírita Amigo Amen’

Santa Maria

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Fixações mentais

Amiga Joana:

Foi com tristeza e alguma apreensão que lemos no seu ‘blog’ a notícia sobre a tentativa de boicote ao Congresso Pan - Americano de Espiritismo a realizar em Porto Rico.

Tristeza pela ignorância manifestada por esses infelizes irmãos que se pretendem promotores dessa iniciativa. Apreensão, porque, se esses companheiros evangélicos não forem esclarecidos e chamados à realidade, a sua evolução espiritual poderá ficar retardada durante séculos!

Um espírito instrutor, num dos livros da série do espírito de André Luiz informa-nos que a igreja católica (e as demais religiões dogmáticas, acrescentamos nós) cria “crianças espirituais”. De facto, o dogmatismo está directamente relacionado com a incapacidade de aceitar, compreender e permutar pontos de vista com os outros. Isto conduz à secular intolerância com todas as consequências mais ou menos nefastas a ela associadas, que todos nós conhecemos e que se prolongam até à actualidade, como demonstram os vários fundamentalismos, incluindo o desses irmãos porto-riquenhos.

O que ocorreu na reunião mediúnica que transcrevemos seguidamente constitui um sério aviso para todos os que professam a fé cega e dogmática, independentemente da confissão religiosa da qual sejam adeptos.

“Na reunião mediúnica da noite de 6 para 7 de Janeiro de 2008, comunicou-se uma entidade muito arreigada à fé católica. O amor pelo seu filho (desencarnado em 1875, segundo sua informação), a sua ignorância sobre a vida espiritual e as suas crenças dogmáticas sobre a vida espiritual contribuíram para o seu estacionamento no tempo, dada a fixação mental em que se encontrava. O choque anímico através da manifestação mediúnica e o tratamento prestado pela equipa espiritual presente contribuíram para que se quebrasse o ciclo vicioso em que esta nossa irmã se encontrava enredada, despertando-a parcialmente para a verdadeira vida.

Segue-se o diálogo estabelecido entre o doutrinador e a entidade manifestante que, durante toda a reunião insistia em repetir maquinalmente o terço, tal como ensinado pela igreja católica romana.

Entidade: (...) Paz à sua alma. Que Deus o tenha. Paz à sua alma. Que Deus o tenha. Avé Maria cheia de graça....

Doutrinador: Estás a orar por quem, querida amiga?

Entidade: O meu filho, o meu filho, que jaz aqui.

Doutrinador: Aqui, onde?

Entidade: Aqui neste lugar.

Doutrinador: Onde nós estamos?

Entidade: Aqui onde nós estamos. Não estás a ver o túmulo dele? Aqui! 1875!

Doutrinador: E como se chama o teu filho?

Entidade: João Vaz da Cruz.

Doutrinador: João Vaz da Cruz... Mas isso não é nesta cidade...

Entidade: É aqui onde estás. Não estás a ver o seu túmulo? Paz à sua Alma!

Doutrinador: Muito bem...

Entidade: Paz à sua alma. Avé Maria cheia de graça, o Senhor é convosco...

Doutrinador: João Vaz da Cruz. Em que cemitério é, amiga?

Entidade: Não me distraias da oração, que eu estou sempre a orar pelo meu filho.

Doutrinador: Mas nós...

Entidade: Paz à sua alma!

Doutrinador: Nós podemos orar...

Entidade: Que Deus o tenha...

Doutrinador: Nós podemos orar em conjunto...

Entidade: Então acompanha-me... Avé Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus...

Doutrinador: Deixa-me orar contigo...

Entidade: Pai Nosso que estás no Céu...

Doutrinador: Deixa-me orar contigo...

Entidade: Pai Nosso que estás no Céu... Estás a fazer-me enganar nas minhas orações.

Doutrinador: Não. Não é.

Entidade: Não me distraias.

Doutrinador: Não é. Eu só estou a querer falar um pouco contigo. Porque, afinal de contas tu sofreste muito com a morte do teu filho.

Entidade: Eu sofro muito com a morte do meu filho.

Doutrinador: Com a morte de quem te era...

Entidade: Paz à sua alma. Que Deus o tenha!... Pai Nosso...

Doutrinador: Pois, certamente, em mil oitocentos e...

Entidade: Setenta e cinco. Avé Maria cheia de graça bendita sejas vós entre as mulheres...

Doutrinador: Em Lisboa, não é verdade?

[O doutrinador procura nesta, e em outras ocasiões, desviar a atenção desta nossa irmã da ladainha continuada em que se encontrava, no sentido de a trazer à realidade]

Entidade:...bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus...

Doutrinador: Em Lisboa...

Entidade: O quê, o quê?...

Doutrinador: Se é em Lisboa que está sepultado.

Entidade: Está aqui. Aqui. Não vês aqui o túmulo?

Doutrinador: Sim, muito bem, mas que terra é esta?

Entidade: Ai! Mas quem és tu que me vens perturbar nas minhas orações?

Doutrinador: Mas que terra é esta, querida amiga?

Entidade: Mas por que é que tu me vens perturbar nas minhas orações?

Doutrinador: É por que eu quero saber, por causa...

Entidade: Paz à sua alma! Paz à sua alma! Eu não sei quem é esta gente. Paz à sua alma! Avé Maria cheia de graça, o Senhor é convosco...

Doutrinador: Por causa do Sr. Padre desta terra...

Entidade:...bendito seja o fruto do vosso ventre

Doutrinador: Porque a oração do Sr. Padre deve...

Entidade:.... seja feita a vossa vontade...

Doutrinador:...ser, certamente mais forte...

Entidade:...assim na Terra como nos Céus...

Doutrinador:...mais forte do que a tua.

Entidade:...assim como nós perdoamos....

Doutrinador: E, como te chamas, amiga?

Entidade: Maria Francisca. Avé Maria cheia de graça, o Senhor é convosco...

Doutrinador: Mas... não sabes em que terra te encontras...

Entidade: Mas, quem és tu?... Deixa-me lá. Não estou a perturbar ninguém...

Doutrinador: Podes estar enganada...

Entidade: Deixa-me lá. Eu estou aqui com o meu filho.

Doutrinador: É para falar com o Sr. Padre...

Entidade: Eu não quero... Eu quero falar com o meu filho. Paz à sua alma!...

Doutrinador: Mas se ele está morto como é que podes falar com ele?

Entidade: É para ter luz. Eu tenho que estar aqui a pedir luz para ele.

Doutrinador: Muito bem...

Entidade: Paz à sua alma! Paz à sua alma!...

Doutrinador:...então olha: diz-me uma coisa...

Entidade: Pai nosso que estás no Céu...

Doutrinador:...deixa-me orar também com a minha oração...

Entidade: Tu não oras nem me deixas orar....

Doutrinador: Vou orar.

Entidade: Pai Nosso que estás no Céu...

Doutrinador: Pai Nosso que estás no Céu, santificado seja vosso nome, venha a nós o vosso reino...

Entidade: Tens que fazer mais rápido. Olha que isso dá... Tem que se fazer o terço todo. Eu assim não consigo...

Doutrinador:...seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus. Perdoai as nossas dívidas...

Entidade: As nossas ofensas! Ainda por cima não sabe...

(...) não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...

Entidade: Ámen!

Doutrinador: Pai Celeste, eterno Espírito de Sabedoria e Bondade...

Entidade: Avé Maria cheia de graça...

Doutrinador:...agradecemos-te a oportunidade que nos dás...

Entidade: Paz à sua alma! Paz à sua alma!...

Doutrinador:...de podermos estar aqui reunidos em Teu nome e de podermos, assim, de algum modo, servir-Te. Oramos, Senhor, por esta nossa irmã, que já se esqueceu...

Entidade: Não! Pelo meu filho!

Doutrinador: Oramos pelo seu filho, que necessita de muita luz e por esta irmã que já esqueceu de seu nome...

Entidade: Maria Francisca!

Doutrinador: Maria Francisca...

Entidade: Paz à sua alma! Oremos pelo meu filho!

Doutrinador: Que já se esqueceu da terra de onde é natural...

Entidade: Oremos pelo meu filho!

Doutrinador:...ela não sabe onde se encontra. Por isso nós...

Entidade: Avé Maria cheia de graça...

Doutrinador:...pedimos por esta nossa irmã e vamos dizer assim...

Entidade:...bendita sejas vós entre as mulheres...

Doutrinador: “Pai nosso que estás no Céu...” (o doutrinador ora o Pai Nosso com fé, pausadamente, enquanto esta nossa irmã continua com a ladainha rotineira do terço). Passado algum tempo de oração a nossa irmã cala-se e o doutrinador continua:

“...Agradecemos-te Pai, a oportunidade que nos dás de podermos estar aqui reunidos em Teu nome e podermos assim, com a nossa ínfima participação ajudarmos esta nossa irmã que se encontra presa no labirinto da sua própria mente e do qual tem dificuldades em sair. Rogamos a Jesus, que é o médico das almas porque foi Ele...

Entidade: Paz à sua alma!

Doutrinador:... que disse ‘Eu sou o grande médico das almas e venho até vós para vos curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos predilectos e venho salvá-los. Vinde, pois a mim todos vós que sofreis e estais carregados e sereis aliviados e consolados. Não procureis algures a força e a consolação porque o mundo é impotente para dar-vo-las. Deus dirige aos vossos corações um apelo supremo através do Espiritismo. Escutai-o. Que a impiedade, o erro, a mentira, a incredulidade sejam extirpados de vossas almas doloridas... (Comunicação do Espírito da Verdade, ‘Evangelho Segundo o Espiritismo’)

Entidade: Ai, que o túmulo está-se a desfazer! Mas o que é isto?! Mas o que é que estão a fazer aqui… Como é que eu oro ao meu filho?! Como é que rezo por ele? Então mas o túmulo está-se a desfazer. Mas onde é que está o túmulo?

Doutrinador: Não há túmulo nenhum, minha amiga. Só na tua cabeça.

Entidade: Está a desaparecer. Mas ele (o seu filho) está aqui!

Doutrinador: Não está. Ele está noutro lugar e vais vê-lo de outra forma. Por isso, concentra-te, querida amiga. Tu estás no mundo espiritual, não estás no mundo físico. Por isso concentra-te. Porque, se calhar, ele vai aparecer-te mais vivo do que nunca.

[Passam-se alguns instantes... Os presentes continuam em oração.]

Entidade: Ai!!! O fantasma do meu filho!!!

Doutrinador: Não é. É ele!

Entidade: É um fantasma! Ele está morto!

Doutrinador: Não está!

Entidade: Mas o que é isto?! Desapareceu o túmulo e ele está morto! É um fantasma dele!

Doutrinador: Fala com ele, querida amiga. Fala com ele. Não é fantasma nenhum. Fala. Nós somos seres imortais!

[Passam-se alguns instantes]

Entidade: Milagre!!! Milagre!!! O meu filho está vivo!!! Milagre! O meu filho está vivo! Milagre! Milagre! Abençoado Jesus! O meu filho está vivo! Está vivo! As minhas orações fizeram efeito! O meu filho está vivo! Ai, eu vou morrer de felicidade!

Doutrinador: Fala com ele e ouve o que ele tem a dizer-te.

Entidade: Ai, eu vou morrer de felicidade!

Doutrinador: Fala com ele e ouve o que ele tem a dizer-te, querida amiga.

[Decorrem alguns instantes em silêncio e oração dos participantes.]

Entidade: Não percebo nada disso. Essas explicações não me interessam. Eu só sei uma coisa: é que ele está vivo! As minhas orações fizeram um milagre. Jesus fez um milagre. O meu filho está vivo e vai-me levar com ele! Não sei para onde vou, nem quero saber. Mas se o meu filho está vivo eu vou com ele. Graças, Jesus! Graças! Obrigada, Deus! Obrigada!

Doutrinador: Agradece a Deus e agradece a Jesus, querida amiga Maria Francisca. Só não te recordas de que cidade eras.

Entidade: Não quero saber. Só me interessa é que tenho o meu filho comigo. O meu filho da minha alma.

Doutrinador: Ora bem... E ele, certamente te vai levar para um local onde poderás falar mais detalhadamente com ele.

Entidade: Vamos, filho, vamos.

Doutrinador: Agradeçamos a Deus.

O doutrinador ora o Pai Nosso, no que é acompanhado pela nossa irmã que, no final, agradece a Deus e a Jesus, voltando a confessar a sua grande felicidade por ter encontrado de novo o seu querido filho.

Passados alguns instantes, um Espírito Amigo comunicou-se, esclarecendo-nos sobre a situação. (no próximo post)

Manuel

Núcleo Espírita ‘Amigo Amen’