sábado, 31 de dezembro de 2016

Irradiação mental



Neste último dia de 2016 desejamos a todos imensos progressos espirituais para o ano que se avizinha, lembrando a frase de Jesus, através do Espírito da Verdade: “Os que carregam seus fardos e assistem seus irmãos são os meus bem-amados”.

Cada um de nós carrega o seu fardo, mas cada um de nós pode ser sempre útil ao seu semelhante. Quer individual, quer colectivamente.

Há quem pense que uma reunião mediúnica exige médiuns ostensivos. Que o auxílio a companheiros em sofrimento ou em desequilíbrio só se dá quando existem manifestações de entidades. Nada mais errado. Um grupo abnegado, disciplinado, constituído por pessoas com fé, boa vontade em seguir as directrizes do Mestre e cujo único intuito é o de auxiliar sem nada pedir em troca, rapidamente granjeia a simpatia dos Bons Espíritos, que lhe passam a dar assistência. A situação que se segue constitui disso um exemplo.

No dia 14 de Outubro de 2007, manifestou-se um Espírito Benfeitor que transmitiu a seguinte mensagem:

“Boa noite, meus amigos.
Nada vou dizer para que deveis gravar. Apenas que mentalizeis um foco de luz sobre todos estes amigos sofredores, erguendo vossa mente para o auxílio divino, para que Jesus se enterneça e eles possam ser conduzidos a locais onde reinem a piedade por todos os erros e desatinos praticados. Concentrai vossas mentes. Uni-as às nossas numa oração ao Mestre, Jesus”.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Doutrinador e 'dialogador'

"Numa reunião mediúnica juntam-se algumas pessoas com o objectivo de realizar o intercâmbio com os chamados “mortos”, que, conforme atrás afirmámos e tivemos a oportunidade de constatar, não são mais do que Espíritos de pessoas que viveram na Terra, como nós estamos actualmente vivendo.

Entre os componentes de uma reunião mediúnica existem sempre um médium, que serve de intermediário entre os Espíritos e nós outros e um doutrinador, que é a pessoa que fala com os Espíritos que se manifestam através do médium.

Há quem substitua o termo doutrinador por dialogador. Para nós, o elemento que dialoga com as entidades espirituais durante uma reunião mediúnica é muito mais do que simples dialogador, já que participa nas actividades de encaminhamento espiritual (tal como os restantes elementos do grupo) muito antes da reunião propriamente dita que é, na maioria das vezes, o culminar de todo um processo. Manteremos, assim, a designação de doutrinador para o elemento do grupo mediúnico que dialoga com as entidades espirituais.

O número de componentes do grupo mediúnico é variável. Hermínio Miranda, no seu livro ‘Diálogo com as Sombras’, refere seis pessoas. Como estas devem ser afins e estar devidamente preparadas, um grupo de mais de seis elementos torna-se difícil ser eficiente, dependendo do tipo de trabalhos mediúnicos. Mas o grupo pode ser menor. Até duas pessoas: médium e doutrinador podem constituir um grupo mediúnico produtivo.

No nosso caso particular tínhamos uma médium através da qual os Espíritos se manifestavam pela escrita (psicografia) e pela voz (psicofonia); um doutrinador, ele próprio médium intuitivo, pois captava as instruções dos Espíritos que o iam orientando nas doutrinações (diálogos com os Espíritos) e, normalmente, mais dois companheiros que possuíam sensibilidade mediúnica, embora não fossem médiuns ostensivos."

Extracto do livro “Lições de Vida Após a Morte”, Chiado Editora, de Eduardo Guerreiro (a publicar muito em breve)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Generosidade, empenho e desprendimento em grupos mediúnicos sérios


Quem pensa integrar um grupo de auxílio a companheiros desencarnados sem participar com a sua dose de sofrimento, desengane-se. Lembremos a informação que nos é dada por Camilo Castelo Branco no livro “Memórias de um suicida” psicografado por Ivonne Pereira.

Diz-nos o autor espiritual (Camilo Castelo Branco) que, com o objectivo de auxiliar um grupo de suicidas desencarnados, após sondagem feita em Portugal, Espanha e países da América Latina, foram convidados vinte médiuns de ambos os sexos. Dentre estes, porém, “apenas quatro senhoras, humildes, bondosas, deixando desprender do envoltório astral estrigas luminosas à altura do coração, ofereceram incondicional e abnegadamente seus préstimos aos emissários da Luz, prontas ao generoso desempenho. Dos representantes masculinos apenas dois aquiesceram, sem rasgos de legítima abnegação, é certo, mas fiéis aos compromissos de que se investiram, assemelhando-se ao funcionário assíduo à repartição por ser esse o dever do subordinado. Os restantes, conquanto honestos, sinceros no ideal esposado por amor de Jesus, desencorajaram-se de um compromisso formal”.

Resumindo: de entre os médiuns, exercendo actividade nos países atrás referidos, só vinte foram selecionados. Destes, só seis acederam. E destes seis, só quatro o fizeram incondicionalmente.

O Espírito comunicante elucida-nos sobre o porquê desta recusa dos médiuns:

“Os quadros expostos, mostrando-lhes o precário estado dos pacientes (Espíritos de suicidas) que deveriam socorrer, seu martirológio de além-túmulo, infundiram-lhes tais pavores e impressões que acharam por bem retrair impulsos assistenciais”.
“Os médiuns deveriam contribuir com grandes parcelas de suas próprias energias para alívio dos desgraçados que lhes bateriam à porta. Esgotar-se-iam, provavelmente, no caridoso afã de lhes estancar as lágrimas. Seria até mesmo possível que, durante o tempo em que estivessem em contacto com eles, impressões de indefiníveis amarguras, mal-estar inquietante, perda de apetite, insónia, diminuição até mesmo do peso natural do corpo físico viessem surpreendê-los e afligi-los.

Todavia, a direcção do Instituto Maria de Nazaré (Organização Espiritual de auxílio a desencarnados – nota do autor) oferecia garantia: - suprimento das forças consumidas, quer orgânicas, mentais ou magnéticas, imediatamente após a cessação do compromisso, ao passo que a Legião dos Servos de Maria (Departamento daquela Organização destinado ao socorro a suicidas – nota do autor), a partir daquela data, jamais os deixaria sem a sua fraterna e agradecida observação.

“Se se arriscavam à solicitação de tão vultoso concurso era porque entendiam que os médiuns educados à luz da áurea moral cristã são iniciados modernos, e, por isso, devem saber que os postos que ocupam, no seio da Escola a que pertencem, fatalmente terão de obedecer a dois princípios essenciais e sagrados da Iniciação Cristã heroicamente exemplificados pelo Mestre Insigne que a legou: - Amor e Abnegação!”


Note-se que, como atrás foi referido, apesar destas garantias, foram muito poucos os médiuns que aceitaram. É que a verdadeira CARIDADE exige, conforme já fizemos referência, uma enorme dose de sacrifício pessoal. Em especial a que se destina ao auxílio a Espíritos em grande desequilíbrio, como é o caso dos suicidas.

Extraído do livro de Eduardo Guerreiro: "Lições de Vida Após a Morte", Chiado Editora (a ser lançado em breve)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Abusaram do poder


No dia 2 de Março de 2006 manifestaram-se, em nosso grupo mediúnico, diversos Espíritos que relataram suas experiências falhadas na última existência. Detiveram posições de poder que usaram apenas em benefício próprio. Chegados ao mundo espiritual, constataram que haviam desperdiçado a oportunidade que lhes tinha sido concedida ao lhes serem atribuídos talentos que deveriam ter sido postos a serviço da comunidade. Infelizmente, não ficou registada a gravação desses relatos que, para os Espíritos comunicantes, funcionou como um desabafo emocionado de algo que eles tinham necessidade de narrar para alívio de suas consciências e lição para os presentes (encarnados e desencarnados).

No final manifestou-se o Espírito Orientador, esclarecendo sobre a natureza dos trabalhos. O doutrinador ficou, igualmente, elucidado sobre a causa das perturbações físicas e espirituais sofridas nos dias precedentes.

Espírito Orientador – “(...) dos trabalhos que decorreram e do porquê do testemunho aqui deixado esta noite onde as histórias se desenrolaram perante nossos olhos. Derramadas lágrimas de perfume dos seus corações por muitos dos presentes que aqui vieram relatar suas amargas experiências, cada um à sua maneira, cada um contribuindo com uma lição de vida, de aprendizado que serve a encarnados, que neste momento detêm o poder, que triunfam nas mais diversas áreas e tão necessários são ao progresso da Humanidade caso empreguem bem as suas fortunas, levando ao bem-estar e à comodidade do Homem.

Mas quantas vezes é o contrário que fazemos, já que o orgulho e a vaidade e a adulação dos ignorantes da Terra lhes não permite enxergar mais longe.

Este amigo que acabou aqui de deixar através da médium a sua história comovente, fê-lo como prova de humildade e arrependimento pelos erros cometidos e para que os trabalhadores encarnados aqui reunidos pudessem também tomar parte da sua própria história e conhecimento desses mesmos erros. Oremos, assim a Deus por todos estes irmãos e por todos nós, anjos caídos em erros constantes e repetidos.

Doutrinador - Obrigado, querido amigo. Podemos colocar apenas uma questão?

Espírito Orientador – Dizei.

Doutrinador - As sensações que temos vindo a sentir durante esta tarde e esta noite são de natureza física ou espiritual?

Espírito Orientador – O Homem gosta de separar estas duas vertentes e elas são inseparáveis. Lembrai-vos de tudo o que aprendeste até hoje e que atraímos os nossos afins, os nossos adversários e, quando o nosso organismo não se encontra bem defendido e a nossa mente alimenta pensamentos instigados, todos nós, mente, espírito e corpo físico nos ressentimos. Também não deveis esquecer que muito tempo antes, com o vosso consentimento, alguns amigos em sofrimento, mas em condições de serem auxiliados, vos são conduzidos para que uma maior empatia se realize.

Doutrinador - Quereis dizer que esses amigos foram agora auxiliados...

Espírito OrientadorA ajuda sempre vem quando um grupo, mesmo pequeno, se reúne com o desejo de auxiliar o próximo. Que a vossa vontade não esmoreça, que o vosso ânimo se fortaleça, pois o auxílio a estes irmãos é muito importante. Eles serão agradecidos e, se o não forem, estais a contribuir para a vossa própria evolução.


[O doutrinador ora, agradecendo ao Pai].

Extraído do livro de Eduardo Guerreiro: "Lições de Vida Após a Morte" (a ser lançado em breve)

sábado, 3 de dezembro de 2016

Sofrimento e revolta


 No dia 7 de Janeiro de 1995 manifestou-se uma entidade em situação de grande desespero e desorientação. Dir-se-ia que, pelas suas palavras, o sofrimento e a revolta formam um círculo vicioso que o envolve, atormentando-o e do qual não consegue sair. O orgulho e a recusa de um ser Criador impede-o de ser auxiliado. Referindo-se a Deus, diz: “Recuso-O, não O quero, porque não O inventei. Não necessito d’Ele. Aborreço-O porque me criou!” Manifesta-se, posteriormente, o Espírito Orientador que esclarece a situação.


Espírito:

“Sinto-me muito mal. Não são palavras de que preciso. São actos. Quem me tira este peso enorme que se abate sobre mim?! Que me acontece para estar assim? Quem é Deus, que não me ajuda? Somos todos doidos? Não temos leme, apenas palavras e enganos para sobrevivermos? E para quê? Quem escolhe? Como continuarmos? Quem somos? Porque viemos? Donde viemos e para onde vamos? Que fazemos com a Vida? Para quê dormir? Para quê acordar? Devemos dormir para sempre? Pode-se dormir para sempre? Quero descansar a minha mente, quero deixar de pensar, de estar, de ser! Por favor, que a minha voz se cale para sempre! Que o meu cérebro se perca no infinito! Quero o não ser, que a minha pessoa se desfaça no espaço sideral, que eu me transforme em pó, que me confunda com o Universo! Quem me ajuda?!

Sou o sem nome, pois não quero ser, apenas descontar aos poucos para me reduzir a Nada. O Nada é o Absoluto! E se não for? Para onde vamos? Por que temos de ir a algum lado? Quem é tão cruel que nos tenha programado para não parar nunca? Que tortura maior nunca deixar de ser. Ser forçado a seguir em frente sem saber onde aportar. Sem poder decidir não continuar! Simplesmente deixar de ser! Simplesmente morrer!

Sou materialista, não acredito e não quero acreditar! Não vejo necessidade de perpetuar um sofrimento insuportável! Tenho o direito de acabar! Quero decidir sobre a minha pessoa! Ninguém tem o direito moral de pensar por mim! Nem um possível Criador! Quem Lhe pediu que me inventasse? Quem O autorizou a colocar em mim uma mola que me obriga a ser, quando não quero ser um dia. Que tudo se apague, que eu possa, enfim, descansar! Recuso-O, não O quero, porque não O inventei. Não necessito d’Ele. Aborreço-O porque me criou!


Espírito Orientador:

Este nosso irmão peregrina nas trevas do sofrimento e da revolta, que cada vez mais agravam esse sofrimento e essa mesma revolta. Grande desespero lhe invade a alma e quando tentamos erguê-lo e auxiliá-lo a sua recusa é sistemática e a sua luta avassaladora. Recusa o Senhor, sempre se julgou dono do seu próprio Destino e não suporta a existência de um ser superior a si próprio. O orgulho cega as almas que não compreendem a beleza da Vida Eterna porque nunca lhe sentiram os efeitos. Apenas o sofrimento e o desânimo lhes constituem a estrutura espiritual e o seu perispírito se desequilibra e se deforma à medida que aumenta a revolta. Com o tempo conseguirão estes irmãos “apagar-se” temporariamente, dando lugar a formas ovoides (1), que dormitam “eternamente” recusando a luta que salva.

milénios de reencarnações sucessivas permitirão armar estes irmãos de forças suficientes e de renúncia bastante para enfrentarem o Pai, alguém que lhe é Superior, sim, mas também Aquele que os Ama, que os pretende perfeitos e que anseia tê-los junto de Si. Grande sofrimento o destes irmãos. Muita oração se faz necessária para que raios benfazejos de luz possam um dia penetrar nas suas formas distorcidas e alterar a pouco e pouco a sua organização perispíritica.

Não possuímos ouro, mas atentemos no óbolo da viúva. Mais agradável a Deus é uma prece, do que todo o supérfluo da nossa existência. Todos não somos muitos. Que nas nossas preces diárias nos lembremos sempre de incluir estes nossos irmãos revoltados que as religiões tradicionais remeteram aos Infernos. Simbolicamente, essas Esferas de Sofrimento e dor incomensuráveis nada mais são do que nós próprios. Maior sacrifício exige de nós de que se de verdadeiros antros de pavor se tratassem. Sendo exteriores, mais fácil se tornaria a Libertação. Estando cristalizadas no nosso íntimo necessário se faz arrancá-las com as nossas próprias mãos, mudando toda uma estrutura de pensamento e de acção. Tarefa tantas vezes julgada impossível! Daí tanta revolta contra aquele que nos criou porque nos “obriga a evoluir”.

Oremos com Fé e com muito Amor!

As nossas preces formarão cordões que, interligando-se, construirão a melhor arma para estes infelizes lutarem. Dêmos-lhes a ferramenta com que erguerão as suas forças tão debilitadas!

João da Cruz
(1)    Sobre os ‘ovoides’ ver "Evolução em Dois Mundos," cap.XII, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB (Federação Espírita Brasileira).


Extraído do livro “Falando com os Espíritos”, de Eduardo Guerreiro (ainda não publicado)

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Espíritos assustadores


Era colaborador num Centro Espírita. Sensitivo. Mas tinha um tique muito peculiar. Sempre que sentia alguma aproximação espiritual, dava um salto, como se fora impulsionado por uma mola, estendia os braços com as mãos espalmadas para diante e esbugalhava os olhos para um ponto distante no infinito.

Quem não conhecesse este seu modo de actuar, sendo apanhado desprevenido, ficava no mínimo surpreendido, para não dizer assustado.

Muitas foram as vezes que os seus companheiros o advertiram, sem sucesso, para se controlar. O hábito de saltar, estender os braços com as mãos espalmadas e olhos arregalados, como se quisesse parar algo invisível, continuou. Os trabalhadores do Centro desistiram de o fazer mudar de comportamento.

As reuniões públicas nesse Centro começavam, invariavelmente, à mesma hora, em determinado dia da semana. A sala era relativamente pequena. Após estarem acomodados os participantes, pontualmente e antes da oração inicial, a porta era encerrada e ninguém mais entrava.

Naquele dia, alguém que não conhecia as regras da casa, chegou atrasado. Encontrando a porta da rua fechada, bateu. A ordem era para não abrir. Mas, perante a insistência e o transtorno que estava causando, os responsáveis da Casa Espírita resolveram, excepcionalmente, abrir a porta ao visitante inoportuno.

O confrade, que vimos citando, ofereceu-se para o fazer.

O visitante era, afinal, uma senhora. Vinha ao Centro pela primeira vez. Mas deveria vir acompanhada por entidades espirituais, a julgar pela habitual reacção desse irmão que, assim que a encarou, deu um salto, colocou os braços esticados com as palmas das mãos abertas e esbugalhou os olhos.

A senhora, que desconhecia totalmente o que era o Espiritismo, fugiu, de imediato, esbaforida, rua abaixo.

Sendo o Espiritismo, à época (anos 80 do século passado), confundido com bruxedo, feitiçaria, adivinhação e outras actividades mais ou menos ocultas e misteriosas, próprias de gente que não funcionaria muito bem da cabeça, não é difícil presumir o que teria, então, passado pela mente dessa senhora.

Podemos imaginar as conversas havidas, posteriormente, com as suas vizinhas e amigas e os relatos coloridos da ocorrência à porta do Centro Espírita.

De facto, na povoação, começou a correr o rumor de que naquela casa (Centro Espírita) deveriam existir espíritos assustadores.


Moral da história:

1. Todo o médium deverá aprender a controlar-se e estudar a Doutrina Espírita. As reuniões de educação mediúnica têm este objectivo.

2. A grande maioria das pessoas que procura o Centro Espírita, fá-lo em busca de auxílio. Desconhecem o que é a Doutrina Espírita. Desconhecem quais são as finalidades de um Centro Espírita, possuindo, muitas vezes, ideias preconceituosas em relação a tudo quanto se relacione com o intercâmbio entre os dois planos – físico e espiritual.

Cabe, a quem está informado, esclarecer, estabelecendo a distinção clara entre mediunismo e espiritismo, informando que a mediunidade é, em si mesma, neutra e que existem médiuns que são espíritas, como também aqueles que o não são. E explicar, de forma simples e clara, em que consiste a Doutrina Espírita ou Espiritismo.



Retirado do livro de Eduardo Guerreiro “Histórias Verídicas com Pessoas e Espíritos”, Chiado Editora

domingo, 20 de novembro de 2016

Um católico cumpridor

No dia 16 de julho de 2007 manifestou-se um amigo sofredor que enquanto encarnado foi um católico cumpridor de todos os rituais: “Sempre fui virtuoso. Ia à missa, rezava, comungava, confessava os meus pecados ao senhor padre. É para isso que ele lá está. E Deus perdoava-me.” Acabou sendo encaminhado pelo padre em quem ele confiava.
Em seguida manifesta-se o Espírito Orientador dos trabalhos que meditou sobre a importância da vida física e, entre outras coisas disse: “Muitos se refugiam em conventos, tentando atingi-Lo, dedicando-Lhe toda a sua vida terrena, esquecendo que ela é tão limitada que muitas vidas serão necessárias e que por muito que Nele pensemos temos que prová-lo no mundo em que vivemos, pois é na experiência, é nas provas que o mundo nos aporta, nos contactos com aqueles a quem ferimos noutras vidas, que o nosso entendimento se alarga e que o nosso coração é testado mais uma vez, sendo convidado ao perdão, ao esquecimento e finalmente ao amor dos adversários.”

(...)
Doutrinador: Diz, meu amigo.
Espírito: O Senhor padre é que tem que dizer.
Doutrinador: Eu não sou padre, amigo.
Espírito: Então eu não estou na missa?
Doutrinador: Não. Estamos num local onde fazemos oração, onde oramos a Jesus, a Deus Nosso Pai e lemos lições do Evangelho. Não é necessário estar na missa.
Espírito: Ah, mas eu sempre ouvi na missa.
Doutrinador: Mas agora ouves aqui connosco. É um local particular onde nós nos reunimos, oramos, pedimos ajuda a Deus para irmãos que estejam em sofrimento, já no mundo espiritual, como é o teu caso...
Espírito: Eu fui virtuoso.
Doutrinador: Graças a Deus, meu amigo.
Espírito: Graças a Deus. Não faltava a uma missa.
Doutrinador: Bem... e eras bom para com os teus semelhantes?
Espírito: Ninguém é perfeito.
Doutrinador: Praticavas a Caridade?
Espírito: O que é isso?
Doutrinador: A Caridade é ajudar o próximo.
Espírito: Ajudava a minha família. O próximo?! O que é o próximo? Ajudava a minha família. Sempre trabalhei para a minha família.
Doutrinador: O próximo são os necessitados...
Espírito: Ah, isso ninguém consegue salvar o mundo.
Doutrinador: Não se trata de salvar o mundo. Mas se visses alguém em dificuldades...
Espírito: Eu dava a minha contribuição na igreja.
Doutrinador: Mas nunca encontraste alguém com dificuldades que se aproximasse de ti?
Espírito: Pois por haver muita gente é que não podemos ajudar a todos.
Doutrinador: Sim, mas quando podias e sempre que podias criavas à tua volta um ambiente alegre, optimista?
Espírito: Que perguntas tão difíceis.
Doutrinador: No teu trabalho, por exemplo?
Espírito: Sempre fui virtuoso. Ia à missa, rezava, comungava, confessava os meus pecados ao senhor padre. É para isso que ele lá está. E Deus perdoava-me.
Doutrinador: Cumprias todas essas obrigações para com a Igreja Católica, não é verdade?
Espírito: E Deus perdoava-me.
Doutrinador: Também os fariseus cumpriam as obrigações deles...
Espírito: Eu não sou fariseu. Calma aí! Calma aí!
Doutrinador: Eu não estava a acusar.
Espírito: Tu não és padre mas acusas.
Doutrinador: Não estou nada a acusar.
Espírito: Não sei quem és.
Doutrinador: Sou um amigo. Sou teu amigo.
Espírito: Então vai lá vestir a batina para conversares assim comigo. Eu só aceito conselhos do padre. Esse é que me manda rezar não sei quantos ‘pai-nossos’ e não sei quantas ‘ave-marias’ e eu rezo. Mas isso é porque ele é padre. Tu, não.
Doutrinador: Resolveu-te alguma coisa na vida?
Espírito: Fiquei com a consciência mais tranquila.
Doutrinador: Diz-me uma coisa: o que é que tu fazias, se não é indiscrição. Qual era o teu trabalho?
Espírito: (Bocejos) Trabalhava com contas.
Doutrinador: Eras contabilista?
Espírito: Podes dizer isso.
Doutrinador: E eras empregado?
Espírito: Era e não era.
Doutrinador: Tinhas a tua própria casa de contabilidade?
Espírito: Não!
Doutrinador: Então eras empregado de alguém...
Espírito: E mandava noutros.
Doutrinador: E criavas bom ambiente no teu local de trabalho?
Espírito: Mas isto é algum inquérito? Já te disse que tu não és padre. Vais-me dar a comunhão a seguir?
Doutrinador: De modo algum. Aqui não se dá a comunhão.
Espírito: Devias dar porque já há muito tempo que não a tomo.
Doutrinador: Sabes... Há uma questão que é muito importante. Não são as obrigações que a Igreja Católica te exigia que fazem de ti uma pessoa melhor ou pior.
Espírito: Mas era cumpridor. Então não ganhamos o céu?
Doutrinador: Pois aí é que te enganas, querido amigo. Neste momento achas que estás no céu?
Espírito: Não era bem aquilo que eu esperava. Julgava que o céu era melhor que a Terra.
Doutrinador: Se calhar ainda te encontras na Terra.
Espírito: A bem dizer não. Ando por aqui. Ando por aqui perto.
Doutrinador: Aqui nesta cidade?
Espírito: Por onde calha. É bom porque não precisamos de automóvel. Já percebi como é que hei-de ir parar a um sítio. Não sei como é que vim aqui parar. Mas isto é porque ainda estou pouco treinado.
Doutrinador: Mas ainda bem que vieste aqui. Com a graça de Deus.
Espírito: Isso não sei. Tu és muito esquisito.
Doutrinador: Porque dizes isso?
Espírito: Porque tens fala de padre mas não és padre.
Doutrinador: Mas, ouve lá: é preciso estar vestido de batina para ser padre?
Espírito: Ah... o padre às vezes falava sem batina. Na igreja é que a gente se confessava.
Doutrinador: Nunca falaste com o padre fora da igreja?
Espírito: Mas não eram estas coisas. Ele não falava destas coisas. Está bem... às vezes pedia-se um conselho, mas pedia-se na missa. Eu ia todos os dias à missa, todos os dias falava, todos os dias ouvia falar... todos os dias não, uma vez por semana ia comungar e ouvia sermão.
Doutrinador: E gostavas do sermão...
Espírito: Lá gostar não gostava, não é, mas... pronto!
Doutrinador: Diz-me uma coisa, meu amigo: neste momento achas que te encontras bem?
Espírito: (Bocejos) Bem, não. Nunca estive bem.
Doutrinador: Provavelmente estás em sofrimento, não é verdade? Estás em sofrimento e necessitas, certamente, de te curar e de seres auxiliado.
Espírito: Ah, isso não dizia que não. Devo-me ter enganado no rumo.
Doutrinador: Ora bem: essa dor que tu sentes, esse mau estar que tu sentes, tudo isso, amigo, precisa de ser tratado.
Espírito: Ai, não queiras saber! Não queiras saber... Mas, afinal quem és tu?

(continua)

Extraído do livro "Falando com os Espíritos", de Eduardo Guerreiro  (não publicado ainda)




segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Uma excelente pessoa


Esta história foi contada por Divaldo Franco e reproduzida, algures, num jornal ou revista espírita.

Diz-nos ele, que no centro ao qual pertencia em Salvador da Bahia, no Brasil, resolveram em determinada altura fazer uma espécie de inquérito a antigos trabalhadores do Centro, já desencarnados, que se manifestavam em reuniões mediúnicas. O inquérito consistia, essencialmente, em duas perguntas: o que mais lhes tinha agradado e o que mais lhes tinha desgostado depois de terem chegado à Pátria Espiritual.

Um desses companheiros, por todos considerado uma excelente pessoa, enquanto na vida física, manifestou que o que mais o tinha alegrado ao chegar ao mundo espiritual foi ter reencontrado a sua alma gémea que já não via há séculos.

Contudo, disse ele, foi acometido de uma angústia inexplicável que, constantemente, o perseguia e não o deixava em paz. Queria saber a razão de ser dessa angústia, já que na última existência terrena tinha cumprido exemplarmente a missão a que se tinha proposto.

Dirigindo-se ao Dr. Bezerra de Menezes expôs-lhe a questão. Foi então que Bezerra o conduziu a um vale espiritual onde imensas entidades sofredoras gritavam e vociferavam, de forma tresloucada contra ele, emitindo vibrações de ódio e desejo de vingança, inconscientes da situação em que se encontravam.

Aqui estava a razão de ser de tanta angústia que acompanha sempre a consciência culpada, sendo que, no mundo espiritual, ela brota livremente, sem a bênção do esquecimento temporário e a protecção que o corpo físico confere a essas vibrações deletérias com que ele, agora, estava sendo atingido.

Bezerra explicou-lhe, então, a razão de ser da situação. É que ele, outrora, fora comandante de um exército e a fim de evitar que os inimigos o perseguissem, quando os apanhava, furava-lhes os olhos com um bidente, deixando-os a morrer lenta e dolorosamente.

O remédio para este nosso companheiro consistia em, numa primeira fase, trabalhar, com a permissão divina, pela reencarnação dessas entidades, possibilitando, dessa forma, a evolução das mesmas. Numa segunda fase, certamente, conquistar a amizade desses irmãos sofredores, enredados nas teias do ódio. Por outras palavras – transformar os antigos inimigos em amigos.

Este nosso irmão estava, como podemos perceber, empenhado em cumprir a primeira fase do projecto. Levasse o tempo que levasse. Mas, certamente, um projecto para séculos, contados em anos terrenos, já que para a espiritualidade o tempo não é visto como nós o encaramos.

Moral da história:
Só atingiremos a paz da consciência quando nos quitarmos com a Lei. Quantos erros! Quanto crimes! Quantas imperfeições carregamos! Mas uma coisa é certa – a reencarnação dar-nos-á, sempre, oportunidades renovadas para avançar, pois a Lei da Evolução é universal. E um dia alcançaremos a perfeição que todos nós almejamos.


Extraído do livro “Histórias Verídicas com Pessoas e Espíritos”, de Eduardo Guerreiro, Chiado Editora

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Auxílio providencial


Um grupo de pessoas de boa vontade que se reúna periodicamente, a hora aprazada, com o único objectivo de auxiliar entidades em sofrimento, pode crer que terá sempre a ajuda dos Bons Espíritos nessa tarefa caritativa, sem que para tal seja necessária a presença de médiuns ostensivos. A extensão desse auxílio estará de acordo com a composição do grupo no que respeita a Fé, dedicação, abnegação, espírito de sacrifício e disciplina. Os Amigos Espirituais avaliarão, segundo as condições oferecidas, o tipo de trabalho que poderá ser realizado. Muitas vezes, as entidades a serem auxiliadas são conduzidas aos componentes do grupo dias antes da concretização da reunião, estabelecendo-se, assim, um vínculo, em que o trabalhador encarnado sofre, em maior ou menor grau, as sensações desagradáveis, por vezes penosas, transmitidas pela(s) entidade(s) a ser(em) posteriormente auxiliada(s).

No dia 26 de abril de 2006, manifesta-se uma entidade em sofrimento que acompanhava um dos elementos do grupo. Havia sido a ele trazida ou por ele atraída com o objectivo de receber auxílio. A entidade confessa que “não queria sair de junto das pessoas”, desconhecendo que “estava a fazer-lhes mal”. Pensava que o que as pessoas sentiam coincidia com o que ela, igualmente, sentia, não se apercebendo que era ela mesma que lhes estava a transmitir as sensações deprimentes. Pela linguagem ingénua que usa, percebe-se que é católica. É auxiliada, tal como muitos outros Espíritos sofredores que se encontram presentes. No final, por indicação dos amigos espirituais, a nossa amiga A. (componente do grupo) é tratada espiritualmente, seguindo-se a comunicação do Orientador Espiritual da reunião.

Espírito - Não têm aí uma mezinha aqui para este lado? Aqui, dói-me tanto, aqui. Puxa-me aqui para o ombro. Aqui. Ai. O braço também. Ai.
Doutrinador - Há muito tempo que andas assim em sofrimento?
Espírito - Há muito tempo. Até os calcanhares me doem. Dói-me o meu corpinho todo.
Doutrinador - Precisas de médico, não é verdade? Então permite-me que eu peça a Jesus, que é o médico das almas...
Espírito - Então tu falas com Jesus?
Doutrinador - Todos podemos falar com Jesus. E eu falo com Jesus, sim.
Espírito - Mas Ele vem aqui?...
Doutrinador - Vêm mensageiros seus. Presta atenção.
Espírito - Ai, isto é um lugar muito importante. Ainda bem que eu vim aqui.
Doutrinador - Então eu vou pedir a Jesus.
 [O doutrinador ora a Jesus, Nosso Mestre, rogando auxílio para esta nossa querida irmã e amiga.].
Espírito - Sinto cada ferroada! Eu não sei onde é que não me dói. Umas vezes é nos pés, outras nas mãos...
Espírito - Ai! Vêm ali duas alminhas. Ai!!! Duas alminhas com tanta Luz. Eu não sei se são de Jesus, mas devem ser, são uns anjos, são uns anjos que vêm ali. Ai, que lindos! Que alminhas tão bonitas. Ai, se me pudessem ajudar. Há tanto tempo que eu esperava ver alguém que me pudesse ajudar... Eu sofro tanto… não tenho forças para nada, não me consigo mexer nem pedir ajuda para nada. Sinto-me tão mal, tão mal. Se me pudessem ajudar...
Doutrinador - Certamente que te vieram ajudar. Escuta o que eles têm para te dizer.
Espírito - Eles não falam, mas eu escuto dentro da cabeça a voz deles, ou melhor, o pensamento. Eles dizem que são enviados de Jesus. Que aqui Jesus manda muitas ajudas para os sofredores que vêm aqui. Eu sou uma sofredora. Podem pôr-me na lista. Eu sei que posso ter uma grande lista de espera, mas daqui eu não saio. Agora que eu cheguei aqui eu não saio daqui (...) Ai, esses raios...esses raios aliviam-me tanto! (...) Ai, minha nossa Senhora dos Mártires. Muito obrigada. Tanta fé que eu tinha, tanta fé! (...) Ai, que ajuda tão boa! Ai, isto é um milagre! (...) Ai, que grande alívio! Deus Nosso Senhor seja louvado. Tanto alívio que eu sinto!
Doutrinador - Sentes-te muito melhor agora, não é verdade?
Espírito - Eu quase já não sinto nada, só com a presença destes anjos do Senhor. Mas eu não quero ir embora.
Doutrinador - Mas tens que ir com eles.
Espírito - Mas eu aqui é que estou bem.
Doutrinador - Mas se fores com eles vais estar muito melhor. Ouve o que têm para te dizer. Porque o local para onde vais é muitíssimo melhor do que aquele onde te encontras agora. Ouve bem.
[Passa algum tempo].
Espírito - Mas a gente tem que ir à procura de sítios onde se possa receber ajuda.
Doutrinador - Não tens.
Espírito - Eles dizem que já chega de andar a depender dos outros. Tenho que começar a aprender a pedir por mim. Mas eu sei lá pedir?! Eu tenho que ir a sítios onde dão ajuda.
Doutrinador - Mas tens fé, não é verdade?
Espírito - Eu tenho muita fé. Muita fé.
Doutrinador - Então, se tens fé, a ajuda chegará até ti, porque Deus ajuda toda a gente.
Espírito - Mas porque é que eu não posso ficar? Há tantos que ficam...
Doutrinador - Não. Enganas-te. Nenhum fica.
Espírito - Então eu não os vejo ali?!
Doutrinador - Isso são alguns que ficam, porque estão em tratamento.
Espírito - Eu também preciso de tratamento.
Doutrinador - Precisas, sim senhor. Aqueles que vês ali estão no plano espiritual, como tu...
Espírito - Mas estão ali a receber ajuda.
Doutrinador - Então pergunta aos amigos o que é que te vai suceder. Pergunta-lhes a eles.
Espírito - Eles dizem-me que é tudo mental. Que eu tenho que começar a usar as minhas capacidades de mentalizar a saúde, a energia e o Amor de Jesus. Eu não vou precisar de mais tratamentos, porque já estou em condições de pedir por mim e preciso depois de me curar, porque depois tenho que ajudar os outros. Eu nem a mim me ajudo. Eu não sei nada. Se me ensinarem... Têm que ter muito trabalho comigo, porque eu não sei nada. É como começar na primeira classe. Eu não sei se tenho coragem. Eu volto logo às minhas dores. Eu estou tão habituada a elas que eu volto logo às minhas dores... Quero. Eu quero curar-me. Tenho que ter força de vontade. Mas não vou ficar sozinha, pois não... Ah, há outro como eu. Até é bom, porque sempre nos queixamos das nossas dores... Queixar é uma maneira de dizer. Oramos e pedimos ajuda a Jesus... Está bem... e se há médicos para tratar de nós... Ah, eles estão pior...? Então é por isso. Bem, quando as dores não me atacam, eu não estou mal. Se eu conseguir deixar as dores ou que elas me deixem sou capaz de fazer muitas coisas até pelos outros, porque eu sei o que é sofrer... Ah, eu não sabia... eu não fazia ideia. Como é que se pode ser assim e não saber? Desconhecer tanta coisa. Vocês sabem que eu não queria sair de junto das pessoas e estava a fazer-lhes mal. E eu julgava que elas sentiam igual a mim. Mas elas sentiam porque eu estava junto delas. E esta?!
Doutrinador - Sentiam as tuas sensações. E porque tu não queres prejudicar ninguém é indicado que acompanhes esses mensageiros de Jesus para te refazeres e, um dia mais tarde, passes a participar do auxílio tão importante e tão precioso...
Espírito - Ai, eu quero é ajudar, assim me liberte destas dores. Eu quero é fazer coisas úteis. Quero é ajudar.
Doutrinador - Vais ver que vai ser mais depressa do que aquilo que tu pensas. Vai com estes amigos.
Espírito - Deus te oiça e Nossa Senhora dos Mártires também. Tem sido a minha grande amiga.
Doutrinador - Nossa Senhora te ajude.
Espírito - E a vocês também.
Doutrinador - Muito obrigada.
Espírito - Eu é que agradeço. Muito obrigada. Eu vim ao sítio certo. Bem me tinham dito. Bem me tinham dito.
Doutrinador - Agradece a Jesus, querida amiga. Da nossa parte leva um grande abraço e, se Deus o permitir, pode ser que nos encontremos no local para onde vais.
Espírito – Ai, eu não me esqueço de vocês. Nunca me esqueço de quem me faz bem.
Doutrinador - Foi tudo com a permissão de Deus, não te esqueças.
Espírito – Ah, mas devia haver aí muita gente como vocês, a ajudar, porque há aí muito sofrimento.
Doutrinador - Temos que nos auxiliar uns aos outros. Tenho a certeza de que daqui a pouco e, quando estiveres cheia de energia, vais auxiliar muita gente.
Espírito - Ai, há muita falta de trabalhadores.
Doutrinador - Leva um grande abraço da nossa parte. Nós vamos agradecer a Deus.
Espírito - Eu fico aqui perto destes anjinhos se eles me permitirem e vou acompanhar a oração.

Passados alguns minutos, manifesta-se o Espírito Orientador destes trabalhos, enquanto estava sendo prestada ajuda a um dos elementos do grupo.
O Amigo Espiritual sublinhou que as decisões do dia-a-dia estão nas nossas mãos, remetendo a deliberação final para a nossa consciência, que não erra se “o nosso lema for o altruísmo, se a lanterna que guia a nossa caminhada for a lanterna do Amor”.

Extraído do livro "Lições de Vida Após a Morte"(ainda não distribuído), de Eduardo Guerreiro, Chiado Editora.