quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O bébé anencéfalo e a visão espírita




Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral, estando faltantes regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós-parto.

Afim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema, exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios.

João e Maria, eram casados há 2 anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes, procuraram o médico obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos, através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando sua visão espírita.

- Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso(a) filho(a) até quando nos for permitido.

- Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora – Disse o obstetra.

- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais.

Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho saudável.
Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava.
Chegara o grande momento: Em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce; o pai ao ver o filho sofre profundo impacto emocional tendo uma crise de lipotimia. O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora com oxigênio, 84 horas. Há um triste retorno ao lar.

Passam-se aproximadamente 2 anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade, frequentavam, na mencionada instituição, reunião mediúnica, quando uma medium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo:

- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar.

- Que os mediuns facilitem o transe psicofônico para a atendermos – Responde o dirigente.

Após alguns segundos, uma experiente medium dá a comunicação:

- Boa noite, meu nome é Shirley venho abraçar papai e mamãe.
- Quem é seu papai e sua mamãe?

- São aqueles dois – disse apontando João e Maria.

- Seja bem vinda Shirley, muita paz! Que tens a dizer ?

- Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante a gravidez, sim, eu era aquele anencéfalo.

- Mas voce está linda agora.

- Graças às energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo.

- Como se operou esta mudança?

- Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuia meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui durante nove meses envolvida em luz. Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuiram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que nào é bom. Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram generosos. Meu amor por eles será eterno.

- Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tão inteligentemente?

- Por que estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais tem o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano.

Após dois anos renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador.
Consideramos respondida a questão.


Fraternalmente,
Dr. Ricardo Di Bernardi - Florianópolis SC
2 de Abril de 2001

Fonte: site André Luiz


Retirado do blog: Espirita na Net


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mensagem de Santo Agostinho



Mundos de expiações e de provas


13. Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais? A superioridade da inteligência, num grande número dos seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.

14.Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se, e desenvolvendo-se ao contacto de Espíritos mais avançados. Vêm a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, aí estão, se assim nos podemos exprimir, como estrangeiros.

Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal eque os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. É por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.

15. A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por carácter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses Mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da Natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.
- Santo Agostinho. Paris, 1862.) in “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, CAPÍTULO III - HÁ MUITAS MORADAS, p. 61 – tradução de Herculano Pires

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A crise do materialismo

Na noite de 5 para 6 de Outubro de 2008, enquanto decorriam os trabalhos espirituais em nossa reunião mediúnica e após a leitura de uma mensagem de Santo Agostinho em ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, a médium Maria psicografava uma mensagem.
Após a reunião, e em clima de serenidade, a mensagem foi lida perante os participantes.

Mensagem cujo conteúdo é mais actual que nunca, num mundo mergulhado no materialismo mais primário, do qual o Espírito parece ter desaparecido.

Trata-se de um apelo a todos nós no sentido de não nos deixarmos envolver pelo imediatismo do supérfluo, nem nos deixarmos arrastar pelos falsos valores que nos prometem o sucesso, socialmente reconhecido, mas frágeis e sem consistência, como a base sobre que assentam. As lições do Evangelho continuam mais actuais que nunca.

Lembremos que Cristo veio à Terra quando a decadência envolvia a sociedade romana, atingindo profundamente o núcleo familiar. Mas, no meio de um mundo materialista e dissoluto, os núcleos cristãos, activos e perseguidos, foram plantando a semente que o Mestre nos deixou.
Conta-nos Emmanuel que, três séculos depois, quando o cristianismo já se tinha expandido pelo mundo ocidental de então, antigos imperadores, poderosos e dominadores de outrora, podiam ser vistos nas ruas, cobertos de chagas, à mercê da caridade alheia, “em provações redentoras”...

Passemos agora à mensagem recebida:

Meus amigos e irmãos

Viveis num planeta, como acabais de ouvir de Santo Agostinho, de provas e expiações, onde cada um de nós é chamado a cumprir as Leis de Deus, para se aperfeiçoar e ser digno de novas oportunidades de ascensão a mundos mais felizes, onde imperam o Amor e o respeito pelo outro, louvando em uníssono os desígnios divinos que a tudo provêem, sem que a cada um não seja dado segundo o que não mereceu.
Neste Mundo onde vos foi dado viver, os corações se atrofiam, as almas se entristecem e o Homem se perde dentro de si mesmo.
Impera a solidão e o desejo maior do triunfo pessoal: o sucesso material predominando sobre o triunfo espiritual, entrando o Homem em decadência e a sociedade turbulenta, em declínio de valores sociais e morais, os quais a segurariam de novas catástrofes, já tantas vezes experimentadas na Terra.
A família, como suporte maior, é a primeira a entrar em falência, libertando-se os instintos que, não sendo contidos e burilados ao longo da infância e da adolescência, despertam e se desenvolvem nas ruas onde habitam o crime e a violência que gera mais desafortunados, infelicitando mesmo aqueles que se lhe dedicam.

Somos todos viajantes de outras eras, responsáveis por nós mesmos, pela condução de nossos destinos e por aqueles que nos rodeiam.
Sejamos solidários e, em vez de ambicionarmos e felicidade, que ainda se encontra alheia neste planeta de provas e expiações, ergamos nossos desejos, levantemos nosso olhar e alarguemos nossa visão, ambicionando, antes, a felicidade alheia, a conquista do nosso semelhante e o seu soerguimento moral, no cumprimento das Leis de Deus.

Se nos esquecermos de nossos "infelicidades", se não desejarmos tanto a nossa própria satisfação e pensarmos na crise social em que vivemos e na infortúnio maior daqueles que nos rodeiam, meditando no que podemos fazer para os ajudar, conquistaremos a felicidade almejada, no bem alheio. Cada alegria experimentada por nossos irmãos, será a nossa alegria, cada sucesso de nossos irmãos será o nosso próprio sucesso, pois nós contribuímos um pouco para que os seus valores se alterassem, em consonância com os desígnios divinos.

Vivendo em prol dos que nos rodeiam, sonhando e lutando por causas nobres, conquistaremos a paz no coração e, simultaneamente, o direito a um lugar noutro Planeta mais feliz e consentâneo com a nossa nova personalidade, em equilíbrio intelectual e moral.

Joana d’Angelis


Manuel
Núcleo Espírita ‘Amigo Amen’

Santa Maria

sábado, 11 de outubro de 2008

história verídica - A senhora com um ar esquisito

Já lá vão quase 25 anos. Era uma quarta-feira.
Após a reunião pública realizava-se no Centro uma reunião mais íntima e restrita, para consultas aos guias espirituais.
Através do médium manifestava-se uma entidade orientadora dos trabalhos que respondia a questões colocadas pelo dirigente encarnado. Normalmente, o médium destacado para este trabalho era sempre o mesmo. Ele era o que nós podemos designar de ‘bom médium’: não só bom instrumento mediúnico, mas, igualmente, muito boa pessoa, com bons valores e sentimentos. Era guiado por um genuíno desejo de ajudar o próximo.

Nessa quarta-feira apresentou-se para consulta uma senhora que chamava a atenção pelo seu aspecto anómalo, bizarro: era muito pequena (teria, no máximo, um metro e cinquenta), com o tronco muito gordo e braços e pernas muito pequenos. A senhora mais parecia uma bola humana, com uns pequenos braços que, esticados, não chegavam para que ela pudesse cruzar os dedos das mãos sobre o estômago.
Esta senhora vinha pedir auxílio para os seus problemas de saúde.

Antes de abordar os problemas em questão o guia espiritual manifestou-se através do médium dizendo: “Sabe, minha irmã, em vida anterior a irmã abusou da sua beleza. Mas, olhe: o que realmente interessa é a beleza espiritual...”

Moral da história: a lei da causa e efeito é mesmo assim. Usemos devidamente os talentos que nos foram atribuídos ou anteriormente conquistados ou sofreremos, posteriormente, as consequências do seu mau uso.

Mário

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

ADEP na TVI


Amanhã, 5ª feira, dia 9 de Outubro, a ADEP estará no programa da Júlia Pinheiro falando sobre Espiritismo. Entre as 14h e as 16h.

Não perca esta excelente oportunidade de conhecer um pouco sobre a Doutrina Espírita!!!

história verídica - Um Centro Espírita... pouco espírita!

A história que vou contar ocorreu há mais de 20 anos. Foi-nos relatada por um amigo pessoal que presenciou a situação.

Mas antes de continuar vou fazer uma breve introdução.

Como sabemos, um Centro Espírita onde não haja estudo, disciplina e onde os participantes pouco interessados estão em dar de si próprios para fazer a caridade activa que implica, forçosamente, sacrifício pessoal, pouco produtivo será.
Se a isto juntarmos dirigentes que poucos conhecimentos têm da doutrina e estão mais interessados no fenómeno, combinando correntes espiritualistas variadas, então o descalabro passa a ser total.
Os ingredientes, atrás citados, misturavam-se em determinado Centro “Espírita”.

Numa reunião de consulta compareceu um senhor, ainda jovem, com uma doença cancerosa. Como podemos calcular, ele veio à procura de ajuda, de consolação, de esperança. Talvez, quem sabe, de um "milagre".
Através da médium e em frente a esse nosso companheiro manifesta-se um “guia espiritual”:
- Ai, meu irmão! Como o irmão está! Vai desencarnar. E é para breve!
(Sem palavras...)


Moral da história: Um verdadeiro Centro Espírita é orientado pela Doutrina Espírita, tal como foi compilada por Allan Kardec.
Num verdadeiro Centro Espírita existe a prática da caridade activa.
Existe tolerância para com as imperfeições dos outros (até porque cada um de nós tem as suas!).
Existe estudo aliado à prática do Bem.
Existe disciplina e respeito, sem que com isto se pretenda banir o humor e a descontracção, bem pelo contrário!
José Herculano Pires no seu livro intitulado, precisamente, “O Centro Espírita” descreve o que realmente deverá ser um verdadeiro Centro Espírita: um lugar de aprendizado e de prática activa de Caridade.

Afastemo-nos de pretensos “Centros Espíritas” que mais não são do que centros de desequilíbrio. Desconfiemos de Centros compostos por pessoas que aparentam elevado grau de perfeição... ou então, enorme ‘erudição’..., dirigidos por uma pessoa que é tomada quase como guru.

Mário

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Aos Amigos

Guardei este espaço para agradecer à amiga Tanya do blog http://mstpm.co.cc/ o selo que me ofereceu:



Pela minha parte, ofereço-o a alguns blogs amigos, como agradecimento pelas leituras de qualidade que me têm proporcionado: