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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Um amigo do Kosovo (5) - conclusão

Manifesta-se o Espírito Orientador da reunião:

Espírito Orientador:
“Boa noite meus amigos.
Que a Paz do Senhor fique convosco.
Deveis admirar-vos de vos encontrardes com um amigo vindo de terras tão distantes, mas deveis compreender que as condições de trabalho são muito difíceis naquela área. Muitos auxiliares se lá encontram em tarefas importantíssimas de auxílio aos mais carenciados na subsistência e também no sarar das feridas que se prolongarão por mais tempo do que julgais e do que os vossos olhos podem ver. Nunca sabereis as histórias de cada família, de cada ser humano, nem a História contará a verdade histórica daquele povo, daquelas cidades, daquelas aldeias, em que a fraternidade, se não existia, pelo menos a prática diária incentivava ao convívio e às boas relações entre vizinhos, que de um dia para o outro, sem bem saberem porquê se viram entregues ao ódio, à violência e à vingança gratuita, em nome de uma religião, de uma falsa religião, em nome de uma raça, como se o sangue do homem não fosse igual em toda a parte e como se Deus não chamasse a todos seus filhos.
Essa a lição a tirar e que um dia todos esses povos a terão de aprender. Ser-lhes-á muito difícil. Terão ainda muito que limar. Muitas reencarnações por fazer, de um e de outro lado, até compreenderem que nada de importante os separa a não ser uma cultura, provisória, porque é terrena, e que o céu dos muçulmanos é o céu dos cristãos, é o céu dos budistas, é o céu dos hinduístas, é o céu dos taoístas, é o céu de todos nós. Uns conquistam uns, porque mais talentosos, porque mais perto da perfeição. Outros ficam um pouco mais retardados, mas lá chegarão também a outros locais semelhantes onde encontrarão tarefas úteis a realizar segundo os seus aprendizados, e felicidade e a harmonia que a cada um pertencer. Este nosso amigo vai conduzido para um local intermédio situado mais ou menos por cima, digamos assim por nos faltar o vocabulário, da sua zona, do seu país que tanto ama. Ficará internado. Passará algumas feridas mais superficiais, essas as mais fáceis de curar. Irá à Escola aprender o Corão profundamente para conseguir um dia... (a médium tosse)
…. Perdoai, mas a médium ainda se encontra muito sensível.
.... Um dia esse amigo encontrará nas páginas douradas da sua religião a verdade que o salvará e encontrará as suas filhas que o esperam ansiosamente porque todas elas já perdoaram.”
Que a Paz fique convosco, meus amigos, agora e sempre...

Doutrinador – Obrigado, querido amigo, mas a crermos pelas notícias que ouvimos os ódios continuam...
Espírito Orientador - “Por séculos... E têm raízes que vêm desde há séculos. Deveis terminar a reunião para que a médium seja socorrida.”
Doutrinador – Obrigado, querido amigo.


[O doutrinador faz uma oração de encerramento, agradecendo a Deus as bênçãos recebidas.]

Extraído do Livro de Eduardo Guerreiro: "Encaminhamento Espiritual - Doutrinações", ainda não publicado.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

A importância do perdão

Um amigo do Kosovo (1)

Na noite de 17 para 18 de Fevereiro de 2008 manifestou-se uma entidade em sofrimento dizendo-se originária do Kosovo, que nesse mesmo dia havia declarado unilateralmente a independência. Os seus habitantes, na maioria albaneses, de religião muçulmana, comemoravam o evento, o que permitiu desanuviar um pouco o ambiente espiritual e realizar o trabalho que se desenrolou em nosso grupo mediúnico.

Este amigo viu a sua família ser assassinada e a sua casa destruída. O ódio aos responsáveis pelos crimes não o largou, pelo que permaneceu com as sensações de sofrimento que o acompanharam na morte do corpo físico. Tal como noutros casos já relatados, a recusa do perdão agravava o prolongamento da situação.

Como sabemos que nada acontece por acaso, este nosso irmão, certamente, resgatou débitos anteriores.

O esclarecimento que o Espírito Orientador dos trabalhos nos presta no final é precioso. Entre outras coisas, diz: “Muitas reencarnações por fazer, de um e de outro lado, até compreenderem que nada de importante os separa a não ser uma cultura, provisória, porque é terrena, e que o céu dos muçulmanos é o céu dos cristãos, é o céu dos budistas, é o céu dos hinduístas, é o céu dos taoistas, é o céu de todos nós”.

Na realidade, em próximas reencarnações estes personagens voltarão, de novo, a reencontrar-se, para novos reajustes, até atingirem o equilíbrio e harmonia que deverão pautar as relações entre todos. Trocarão, eventualmente, de lugar, pois, o que está aqui em causa são as qualidades morais dos intervenientes – a tolerância mútua, a compreensão, a aceitação da diferença, a amizade sincera, o altruísmo… Desaparecerão o espírito de seita, o dogmatismo fanático, o facciosismo e a intransigência.

O diálogo que a seguir transcrevemos foi travado com um companheiro muçulmano, arreigado na fé islâmica, nos seus dogmas e nas raízes culturais do seu povo.
No final, temos os esclarecimentos preciosos do Espírito Orientador deste trabalho.


O diálogo:

Espírito - Como é que eu vim aqui parar?
Doutrinador - Qual é a tua terra, amigo?
Espírito - Eu sou do Kosovo. Agora é um país! E estava feliz. Andava a festejar na rua.
Doutrinador - Então e o que sucedeu, amigo?
Espírito - Não sei... Ah! Fui à Sérvia, a seguir.
Doutrinador - A seguir aos festejos...?
Espírito - Sim.
Doutrinador - E o que é que lá foste fazer?
Espírito - Fui dar uns bons murros.
Doutrinador - Nas pessoas que lá andavam?
Espírito - Sim. Naqueles assassinos. Não são pessoas. São assassinos.
Doutrinador - E passaste a fronteira?
Espírito - Passei.
Doutrinador - Mas por que razão é que foste, se estavas a comemorar na tua terra?
Espírito - Porque não me esqueço. É um dia feliz, mas é um dia... de grande tristeza para mim...
Doutrinador - Pois é, amigo. E foste para lá para te vingares daqueles que lá se encontravam...
Espírito - Bem merecem. Não tenho feito outra coisa, que é andar de roda deles. Já descobri alguns dos meus assassinos e de toda a minha família (tosse). Não os largo nunca. Só saí para festejar.
Doutrinador -E depois voltaste novamente.
Espírito - E agora não percebo por que é que estou aqui (tosse). E nem percebi nada do que falaram. Nem sei quem é Deus.
Doutrinador - Deus é Alá, como lhe chamas.
Espírito - Ah! É o Deus dos sérvios, dos assassinos.
Doutrinador - O Deus é o mesmo para toda a gente.
Espírito - Não. O meu é Alá.
Doutrinador - Exactamente. É Alá. Nós orámos a Alá.
Espírito - Não. Eu não percebi nada do perdão e dessas coisas, porque quem mata deve morrer também.
Doutrinador - Mas onde é que viste isso escrito, amigo?
Espírito - É assim que nós somos. Nós não fazemos mal. Mas temos que nos vingar. Fazer justiça!
Doutrinador - Com as próprias mãos?
Espírito - Pois se ninguém faz!
Doutrinador - Não acreditas em Alá?
Espírito - E tu acreditarias se vivesses os horrores que nós vivemos? Há visões que nunca desaparecem, para além da morte. A morte é o mínimo. Tudo aquilo que observas com os teus olhos.


(Continua)

Extraído do livro de Eduardo Guerreiro: "Encaminhamento Espiritual - doutrinações" (Ainda não publicado)

Encaminhamento Espiritual - doutrinações