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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Autismo - A óptica Espírita


Há uma teoria para explicar a suposta genética da inteligência. Será que o Autismo (1) é o preço da inteligência, consoante afirma o descobridor da estrutura do DNA James Watson? "Os genes que predisporiam algumas pessoas a habilidades intelectuais elevadas seriam os mesmos que disparam doenças como Autismo, Esquizofrenia e, até, [pasmem!] "burrice". (2)

É essa, também, a hipótese de um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado. Watson começou a desenvolver sua hipótese, depois de ter sido o primeiro ser humano a ter o genoma sequenciado. Descobriu que tinha mutações em três genes ligados ao reparo do DNA. "Pessoas com essas mutações tendem a ter filhos especiais" (3) - teoriza Watson - que tem um filho que sofre de uma deficiência cognitiva similar ao autismo, fato esse que não costuma abordar em público, mas que, certamente, teria influenciado suas opiniões sobre o tema.

Ele afirmou, certa vez, que a "burrice" é genética e que seria, moralmente, necessário modificar genes humanos para eliminá-la. James já defendeu, no passado, além das terapias genéticas convencionais (injeção de genes "corrigidos" em pacientes com doenças metabólicas), a modificação de genes na linhagem germinativa de células humanas (gametas, como óvulos e espermatozóides). Isso faria com que a alteração fosse herdada pelos descendentes da pessoa.

Provavelmente, um pouco menos especulativa, é a ligação, entre cognição e doenças mentais, feita pelo grupo liderada por James Sikela, da Universidade do Colorado. O grupo descobriu uma correlação entre o alto número de cópias de um gene, numa certa região do DNA humano, e o desenvolvimento do cérebro. Essa região, dizem outros estudos mais heterodoxos, estaria, também, implicada com Autismo e Esquizofrenia.

O perigo das afirmações científicas, muitas vezes, significa o materialismo, qual véu posto entre a realidade e os olhos dos cientistas. "O Autismo continua sendo um desafio, um enigma, uma esfinge." (4) Todos os geneticistas e biotecnólogos, que se apoiam no determinismo genético, (5) não cedem espaço para a existência do Espírito, e, muito menos, para a reencarnação.

Sabe-se que são mais de 3 bilhões as combinações genéticas possíveis no ser humano. Normalmente, nenhum cientista materialista pensa em existência de vida na dimensão do além-túmulo, e, muito menos, nas leis de Causa e Efeito. Contudo, sabem que há dificuldades nos dois aspectos, tanto no genótipo (genes que acarretariam uma característica), quanto no fenótipo (características, de fato, manifestadas no indivíduo).

O pesquisador Stephen Jay Gould, já desencarnado, também tinha um filho autista [Josh, um exímio calculista de calendários, capaz de dizer, em segundos, em que dia da semana cai uma data qualquer].

Paradoxalmente, Gould se tornou um estóico adversário do determinismo genético - "o que não deixa de ser uma indicação de que parece haver muito mais determinações entre genes e cultura do que pode supor a biotecnologia." (6) "Em verdade, o esquema 'um gene/uma doença' não é aplicável, nem mesmo a males com mecanismos mais imediatamente bioquímicos, como o câncer". (7) Menos ainda podem ser usados para entender e/ou controlar manifestações complexas como "inteligência" ou "burrice". A rigor, não há um tratamento para o portador de psicose desintegrativa ou hipotonia profunda.

O autista é como um corpo sem ninguém dentro, porém, recordemos que o espírito imortal está em sua plena consciência e percebe o que ocorre à sua volta, ainda que "encapsulado" em si mesmo.

Para os espíritas, a causa pode ser "um sentimento de culpa não resolvido, suscitado por um desvio de comportamento, ocorrido em vidas anteriores. Mas, o Autismo não é um castigo, mas um instrumento de aprendizado, de "ajuste da consciência ética fustigada pelo arrependimento ou remorso e desejosa de se pacificar". (8)

A doença é um transtorno invasivo do desenvolvimento, que se manifesta, normalmente, antes dos 3 anos de idade. Caracteriza-se por um desenvolvimento anormal e por mostrar alterações em três áreas: interação social, comunicação e comportamento. Na maioria das ocorrências, a causa é desconhecida. Noutros casos, fica a se dever a problemas médicos como as infecções intra-uterinas, das quais, as mais habituais são a rubéola, doenças congênitas como a síndrome do X Frágil, também conhecida como síndrome de Martin & Bell que, "por sua incidência, considera-se-lhe a primeira causa de deficiência mental hereditária" (9), e a síndrome Fetal Alcoólica, provocada pela gestante, que ingere bebidas alcoólicas durante a gravidez. Na maioria das vezes, as causas são desconhecidas , sendo, desse modo, um verdadeiro mistério para Ciência.

Em termos médicos, pode dizer-se que não há um psicofármaco específico para se tratar o autismo. Os medicamentos que se usam são administrados, apenas, para controlar as agitações psicomotoras e as hetero e auto-agressões produzidas pelos autistas. É uma patologia de etiologia muito complexa, que requer, não somente, uma abordagem multidisciplinar que envolve educadores, psicólogos e terapeutas ocupacionais, mas, sobretudo, exige uma análise sob a Luz da Doutrina Espírita.

Nesse estado mental patológico, que leva a pessoa a se fechar em seu próprio mundo, alheando-se, em grande medida, do mundo exterior, há débitos passados muito graves, acompanhados, normalmente, pela consequente obsessão espiritual, pelo que o tratamento indicado pode ser o da desobsessão, da aplicação de passes e da utilização de água fluidificada.

Há casos de autistas que conseguiram a cura completa, embora muito raros. No entanto, na literatura médica, há casos de pacientes que conseguiram certa autonomia e uma melhoria surpreendente, insólitos, incomuns. Existem pessoas que estão dentro do chamado Autismo clássico, outras apresentam algumas das características autistas, aliadas a uma inteligência fora do comum, geralmente voltada a um assunto específico, sendo que essas pessoas têm extrema dificuldade de relacionamento inter-pessoal, grande rigidez nas rotinas do dia-a-dia, e aparente desprezo pelos sentimentos dos outros. Mas, ao menos, conseguem viver em sociedade... mesmo sendo chamados de difíceis, geniosos, ou termos menos elegantes.

Sabemos que há vida antes da vida, vida após a vida e vida entre as vidas. Quando houver maior integração da ciência, entendendo o ser humano de forma mais completa, com corpo, cérebro e espírito, creio que compreenderemos mais acerca das muitas psicopatologias desafiadoras.

Nas obras da litero-médico-espírita, vamos encontrar inúmeros esclarecimentos sobre as suas causas e sobre o processo de formação dos sintomas, e que vêm lançar uma nova luz sobre estes mesmos sintomas, dado que, nas instruções kardecianas, cada pessoa é vista sob a óptica da reencarnação. "Mesmo quando os imperativos genéticos produzem situações orgânicas ou psíquicas constrangedoras no indivíduo, tais como: gêmeos siameses, síndrome de down, autismo, cegos e aleijados, esses se derivam da conduta pessoal anterior em vidas passadas, e devem ser considerados como estímulo ou métodos corretivos, educacionais, a que as Leis da Vida recorrem para o aprimoramento dos seres humanos." (10)

Como se observa, do ponto de vista doutrinário, há esses aspectos determinantes da patologia, o autista é um ser que, por algum motivo, não "acordou" no mundo material. Permanece escondido, no patamar da existência carnal e espiritual. Muitas vezes, até, observa-se, nalguns casos, que não há propriamente autismo, mas espectros autísticos, graus e níveis de distúrbios mentais e emocionais.

Destarte, o máximo que se poderia afirmar, em termos de consenso, seria dizer que, dentre os sintomas básicos atribuídos à síndrome, cada autista apresenta diferentes ênfases sobre esta ou aquela característica intrínseca. Até porque, "murado dentro de si mesmo, o autista vive em um mundo de isolamento. Os cientistas que buscam implodir essa barreira trabalham baseados em hipóteses diversas e conflitantes, utilizando uma gama imensa de abordagens e terapias. "(11)

Podemos reafirmar, então, que o Autismo é uma corrigenda natural da vida imposta ao espírito, objetivando a restrição do seu relacionamento com os que o rodeiam. Isso, porém, não impede que o espírito receba as manifestações de afeto e carinho a ele endereçadas que, certamente, graças a essas impressões vigorosas do amor, contribuirão para minimizar a alienação temporária em que vive, e, quem sabe, acelerar a sua cura.

Jorge Hessen



FONTES: (1) O termo Autismo foi utilizado pela 1 ª vez pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler, para designar não um quadro clínico, mas um dos sintomas da Esquizofrenia. Em 1911, Bleuler mudou o nome da então chamada "Demência precoce" para "Grupo das Esquizofrenias".
(2) Watson apresentou sua tese durante o 74º Simpósio de Cold Spring Harbor sobre Biologia Quantitativa
(3) Reportagem publicada na Folha Online em 03/06/2009 - "Autismo é o preço da inteligência, diz descobridor da estrutura do DNA" disponível no site <> acesso em 18-06-2009
(4) idem
(5) Tese de que tudo num organismo é prefixado pelos genes
(6) Disponível no site<>acesso em 19-06-2009
(7)Disponível no site http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8580.shtml acesso em 17-06-2009
(8) Miranda, Hermínio. "Autismo - uma leitura espiritual"., São Paulo: Editora Lachâtre, 2003
(9) Cf. afirma a Federación Española del Síndrome X Fragil, disponível no site http://www.xfragil.org/ acesso em 19-06-2009
(10) disponível no site <> acesso em 15-06-2009(11)Miranda, Hermínio. "Autismo - uma leitura espiritual"., São Paulo: Editora Lachâtre, 2003


quarta-feira, 11 de março de 2009

Deus e a Ciência



Razões para Crermos em Deus

Por A. CRESSY MORRISON

Ex-presidente da Academia de Ciências de Nova York






"NÓS AINDA ESTAMOS NO AMANHECER da era científica, e todo o aumento da luz revela mais e mais a obra de um Criador inteligente. Nós fizemos descobertas estupendas; com um espírito de humildade científica e de fé fundamentada no conhecimento estamos nos aproximando de uma consciência de Deus.

Eis algumas razões para minha fé: Através da lei matemática podemos provar sem erro que nosso universo foi projetado e foi executado por uma grande inteligência de engenharia. Suponha que você coloque dez moedas de um centavo, marcadas de um a dez, em seu bolso e lhes dê uma boa agitada. Agora tente pegá-las na ordem de um a dez, pegando uma moeda a cada vez que você agita o bolso.

Matematicamente sabemos que a chance de pegar a número um é de um em dez; de pegar a um e a dois em seqüência é de um em 100; de pegar a um, dois e três em seqüência é de um em 1000 e assim por diante; sua chance de pegar todas as moedas, em seqüência, seria de um em dez bilhões.

Pelo mesmo raciocínio, são necessárias as mesmas condições para a vida na Terra ter acontecido por acaso.

A Terra gira em seu eixo 1000 milhas por hora no Equador; se ela girasse 100 milhas por hora, nossos dias e noites seriam dez vezes mais longos e o Sol provavelmente queimaria nossa vegetação de dia enquanto a noite longa gelaria qualquer broto que sobrevivesse.

Novamente o Sol, fonte de nossa vida, tem uma temperatura de superfície de 10.000 graus Fahrenheit, e nossa Terra está distante bastante para que esta "vida eterna" nos esquente só o suficiente! Se o Sol desse somente metade de sua radiação atual, nós congelaríamos, e se desse muito mais, nos assaria.

A inclinação da Terra a um ângulo de 23 graus, nos dá nossas estações; se a Terra não tivesse sido inclinada assim, vapores do oceano moveriam-se norte e sul, transformando-nos em continentes de gelo.

Se nossa lua fosse, digamos, só 50.000 milhas mais longe do que hoje, nossas marés poderiam ser tão enormes que duas vezes por dia os continentes seriam submergidos; até mesmo as mais altas montanhas se encobririam.

Se a crosta da Terra fosse só dez pés mais espessa, não haveria oxigênio para a vida.

Se o oceano fosse só dez pés mais fundo o gás carbônico e o oxigênio seriam absorvidos e a vida vegetal não poderia existir.

É perante estes e outros exemplos que NÃO HÁ UMA CHANCE em um bilhão que a vida em nosso planeta seja um acidente.

É cientificamente comprovado, o que o salmista disse:"Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos."

Retirado daqui

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

“Stress: Retrato de um assassino”

Este foi o título dum programa, passado no dia 31 de Julho na RTP2, na série Documentários, do «NATIONAL GEOGRAPHIC: STRESS: PORTRAIT OF A KILLER ».

As mais modernas descobertas científicas apontam o “stress” como um dos factores que contribuem para o aparecimento de doenças, mas afirmam, simultaneamente, que o maior risco se encontra, sobretudo, na forma como o nosso organismo reage ao “stress” e não nas causas que o provocam.
O Documentário mostrava como as relações sociais saudáveis e encontros afectivos de partilha de sentimentos, constituíam meios do homem eliminar os factores de “stress” da sua vida.

A parte mais interessante aconteceu quando um investigador que dedicou trinta anos da s
ua vida, a estudar um grupo de babuínos, relatou a sua experiência.
Um dia, aconteceu uma catástrofe na comunidade: os babuínos encontraram restos de comida, deixada por alguns turistas na região; só que a carne ingerida estava contaminada com tuberculose.
Muitos dos babuínos morreram, ficando a comunidade reduzida a metade.
Para admiração do investigador, a experiência que julgava parcialmente perdida tomou, após vinte anos, novos contornos de observação, permitindo retirar outras conclusões, assaz espantosas.

Os babuínos machos, extremamente agressivos e que passavam o tempo em guerras, tendo um sistema imunitário mais frágil devido ao stress constante em que viviam, procurando dominar, quer os potenciais rivais, quer as fêmeas que agrediam, tinham morrido todos.

Aqueles que passavam mais tempo a catar-se uns aos outros e a prestar outros serviços na comunidade tinham-se salvo. A maior parte dos sobreviventes eram fêmeas e, vinte anos passados, as relações na comunidade tinham sido alteradas significativamente: as fêmeas já não eram agredidas constantemente, existia mais respeito entre os elementos do grupo, maior entre-ajuda e maior serenidade.

Para os que gostam de se rever na Teoria Evolucionista, a selecção pelo acaso, diríamos que a espécie dos babuínos possui nas suas células a inteligência suficiente para fazer, por si mesmas, a melhor opção, fugindo do stress que encurta a vida e escolhendo a partilha e a paz.

Os que visualizam um poder superior comandando e organizando a vida na terra, confirmam, mais uma vez, que esse poder existe nas maravilhas que a natureza nos oferece a cada segundo e as suas reflexões levam-no a concluir que fatalmente os seres que habitam este planeta caminham numa só direcção: a do aperfeiçoamento das espécies, nas suas múltiplas facetas, incluindo, a convivência em harmonia e paz!!!

Vejamos o que nos diz “O Livro dos Espíritos”, sobre a meta traçada para a terra:
“…devemos fazer tudo para chegar à perfeição, e o Homem, individualmente, é um instrumento de que DEUS Se serve para atingir Seus Fins.»
Sendo a perfeição o fim a que tende a Natureza, é colaborar em seus planos favorecer essa perfeição.”
CAPÍTULO IV. III. LEI DE REPRODUÇÃO. Pág. 122 Trad. de Canuto Abreu

Meditando sobre os benefícios que trouxe para aquela comunidade de babuínos, a aparente tragédia, acontecida há vinte anos, procurámos obter esclarecimentos no CAPÍTULO VI.V. LEI DE DESTRUIÇÃO:


357 —…— A causa primária da Destruição é uma Lei Natural?
«Sim, é preciso que tudo se destrua para renascer e regenerar-se.»
O fundamento da Destruição é assim uma Lei Natural cujo objectivo é o renovamento e o aprimoramento dos seres vivos da Criação.

“Se pudéramos elevar-nos pelo pensamento a ver bem do alto a Humanidade e abarcá-la por inteiro, tais flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais senão tempestades passageiras no destino do Mundo. pág. 129

359 — A necessidade dessa destruição existirá sempre, na Terra, entre os homens?
«Não; ela cessará com um estado físico e moral mais apurado.»
págs 126/27

Como um olhar atento aos elementos da Natureza e às suas alterações, nos podem renovar a esperança no porvir.

Que belo é o Futuro reservado à Humanidade!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Posturas Científicas- II

Época Moderna

Desde os finais do Séc. XVI, inícios do século XVII, com Copérnico (astrónomo do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar), Kepler ((astrónomo), Galileu, Descartes (por vezes chamado de «o fundador da filosofia moderna» e o «pai da matemática moderna», considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental)... que o mecanicismo é o modelo que preside à interpretação do mundo e da natureza na moderna concepção de ciência.

Consiste o mecanicismo em considerar que tudo na natureza se explica analogamente ao funcionamento de uma máquina, em que tudo acontece sempre da mesma maneira, as mesmas causas provocando sempre os mesmos efeitos.

Esta concepção aliada ao dualismo que perdura até aos nossos dias, do «penso, logo existo» de Descartes (Discurso do Método, 1637), são responsáveis, segundo António Damásio, pela «negligência da mente, por parte da biologia e da medicina ocidentais» com consequências no campo da ciência: «O esforço para compreender a mente em termos biológicos em geral atrasou-se várias décadas e pode dizer-se que só agora começa.» (...) (Damásio-1995).

O erro de Descartes (para Damásio) é o facto de que este «via o acto de pensar como uma actividade separada do corpo, esta afirmação celebra a separação da mente, a «coisa pensante» (res cogitans) do corpo não pensante, o qual tem extensão e partes mecânicas (res extensa).» (Damásio -1995).

Mas seria injusto não referir que o próprio Descartes não ficou completamente satisfeito, tendo recorrido à glândula pineal, como forma de explicar a intersecção e a inter-relação entre a mente e o corpo: «A razão que me leva a crer seja essa glândula a sede da alma é não encontrar, em todo o cérebro, nenhuma outra parte que não seja dupla…” (Tratado das Paixões da Alma).

E o próprio Damásio afirma: «curiosamente essa interligação [do corpo com a mente, a razão, o sentimento, a emoção] ocorre de forma intensa não muito longe da glândula pineal» (Damásio-1995).

Considerado um dos pais da nova teoria do «cérebro emocional», António Damásio (investigador português e professor da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos da América) é um neurocientista especialista nos mecanismos de funcionamento do cérebro e pioneiro na investigação sobre a inteligência emocional, através de técnicas de imagem. As suas teorias procuram responder a algumas questões: «O que é a emoção?», «O que são os sentimentos?» e «Como é que sentimos uma emoção».


É de salientar que cada vez mais, conceituadas Universidades e respeitáveis cientistas dirigem as suas investigações para áreas do conhecimento até há bem pouco tempo, arredadas do domínio da Ciência Oficial; a comunidade neurocientífica mundial denominou os anos 90 como a «Década do Cérebro», devido aos inúmeros avanços alcançados.

Os investigadores das neurociências, Michael Persinger (neuropsiquiatra) e Vilayanur Ramachandran (neuropsicólogo), identificaram através de tomografia computadorizada uma zona no cérebro (entre os lóbulos temporais) que aumentava de luminosidade, quando se pronunciava o nome de Deus, a que chamaram «o ponto de Deus». A Doutora Danah Zohar, consagrada investigadora na área da Física, professora na Universidade de Oxford, concluiu que nesse ponto se situa o «correlato biológico da inteligência espiritual».

O Homem passa, assim, a ser olhado como uma consciência de cariz transpessoal.

Todavia, se as concepções do sábio e filósofo RENÉ DESCARTES, falharam, (conhece-se actualmente a Hipófise que também não é dupla, situada igualmente na parte central do cérebro), não é menos verdade que as mais recentes pesquisas de Damásio e outros, conquanto inovadoras, também falharão no objectivo final de tentar encontrar o espírito, localizando-o numa qualquer parte da anatomia do corpo humano.

A Codificação Espírita não nos deixa dúvidas a esse respeito:

Kardec - «A alma tem, no corpo, uma sede determinada e circunscrita ?»

«Não. Mas ela se situa mais particularmente na cabeça, entre os grandes génios e todos aqueles que usam bastante o pensamento e no coração dos que sentem bastante, dedicando todas as suas acções à Humanidade (questão 146, O Livro dos Espíritos)

E, se ainda não foi encontrada nenhuma prova científica do espírito pela Ciência, dita “Oficial”, também é verdade que não existem provas em contrário da sua existência. Não faltam trabalhos sérios, a merecerem mais atenção da comunidade científica, como os de:

- Dr Ian Stevenson (1918-2007) , médico psiquiatra canadense, na Universidade da Virgínia, especializado em pesquisas sobre crianças que afirmam possuir memórias de vidas passadas, autor de Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação (Twenty Cases Suggestive of Reincarnation), O Dr. Stevenson (1974) foi um dos primeiros a localizar casos como estes, e outros foram encontrados por Mills, Haraldsson, e Keil (1994), e mais recentemente por Keil e Tucker (2005).

- Dr. Raymond Moody, um dos grandes divulgadores da EQM (Experiências de Quase-Morte) (1975) no mundo.

A partir do estudo descrito no seu livro Vida Depois da Vida, e com o auxílio dos depoimentos de cerca de 150 pessoas que sofreram de morte clínica, ou aos quais havia sido diagnosticado que tinham quase morrido, Moody concluiu que existiam nove experiências comuns à maioria das pessoas que passaram pela experiência de quase-morte, tais como:

  • ouvir um zumbido nos ouvidos;
  • um sentimento de paz e ausência de dor;
  • ter uma experiência fora do corpo;
  • sentir-se a viajar dentro de um túnel;
  • sentir-se a subir pelos céus;
  • ver pessoas, principalmente familiares já falecidos;
  • encontrar seres espirituais, por vezes identificados como sendo Deus;
  • ver uma revisão da própria vida;
  • sentir uma enorme relutância em voltar à vida.

Embora, os inúmeros testemunhos sobre as experiências de quase-morte, vividas por pacientes em coma, começassem a ser estudados pelos médicos há três décadas, estas ainda são consideradas como «algo marginal» à Ciência, atribuindo muitos a origem do fenómeno ao excesso de imaginação.

Todavia…«O Mundo pula e avança», enfraquecendo resistências e derrubando preconceitos.

  • Só para citar 2 exemplos:

  1. « Em 17 de Junho de 2006, em Martigues (Bouches-du-Rhône), França, realizaram-se os Primeiros Encontros Internacionais sobre Experiências de Quase-Morte (EQM), reunindo mais de 2 mil pessoas, entre médicos, pesquisadores internacionais e testemunhas, principalmente de várias regiões da França e Bélgica, Suíça e Quebec, no Canadá.

O objectivo primordial dos pesquisadores era confrontar os conhecimentos e as experiências de mais de 30 anos de investigação sobre o fenómeno, colocando em evidência a evolução do olhar científico.

Este encontro mereceu um enorme destaque nos órgãos de comunicação francesa e nele se reuniram nomes como o Dr. Pim Van Llomel, (cardiologista nos Países Baixos), Sam Parnia (Reino Unido), Pierre Jourdan (França), (Suíça) e Jean-Jacques Charbonnier (França), cujas pesquisas abordam o estudo da deslocação da consciência e da memória; Dra. Sylvie Dethiollaz e Dr. Mario Beauregard (Canadá) que apresentaram estudos sobre as transformações que se seguem à EQM e a EQM de surdos e cegos.

O encontro contou ainda com a participação dos Drs. Raymond Moody, Jean-Jacques Charbonnier e do Dr. Jean-Pierre Jourdan, responsável pela Associação Internacional de Estudos da EQM em França.

Segundo o Médico anestesista, Dr. Jean-Jacques Charbonnier, responsável pela recolha directa de inúmeros casos de EQM:

«Pessoas em estado de morte cerebral viram o que se passava na sala de espera ou ao redor delas, com detalhes muito precisos. Não se trata de alucinação uma vez que era bem real». As pessoas, após estas experiências (vividas de forma positiva em 90% dos casos), alteram os seus padrões de pensamento e actuação perante a vida, tornando-se «mais altruístas e desapegadas dos valores materiais».

Uma maioria, após a morte cerebral (registo electroencefalográfico), plana acima do corpo, ouve as conversas, lê os pensamentos dos que a rodeiam, (relatando-os depois com espantosa exactidão), seguindo por um túnel escuro, avistando no final «seres de luz» ou familiares que «morreram» e que os avisam de que ainda não chegou «o seu momento».

2. « Nas mais conceituadas Universidades europeias, Cambridge, Oxford, Sorbonne, no CNRS de França, (o maior centro de pesquisas francês), divulga-se e reflexiona-se sobre a Doutrina Espírita. O português Professor Doutor Luís de Almeida, cientista da Agencia Espacial Europeia (ESA) e da Agencia Espacial Norte-Americana (NASA) profere múltiplas conferências, tendo a última acontecido no dia no dia 4 de Setembro de 2007…. Sob o tema «Porque sou cientista e espírita?», na Universidade de Sorbonne.

Conta-se que Einstein apelidou de «fósseis» os defensores da Ciência Clássica (Positivista), quando rejeitaram a sua Teoria da Relatividade, mas que também ele, por sua vez, foi chamado de «fóssil», ao não aceitar a Ciência Quântica.

Quem sabe, num dia não muito distante, os cientistas que investigam a pré-existência do espírito, não usem o mesmo epíteto dirigido àqueles que, no presente, sorriem de forma displicente à ideia.

«A Ciência sem a religião é aleijada. E a religião sem a Ciência é cega» (A. EINSTEIN. Escritos da maturidade. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1994, p. 30).

Fontes:

Obras já citadas;

Wikipédia;

Da Glândula Pineal à Sensibilidade Espiritual (II)”, Artigo do Dr. Iso Jorge Teixeira (Site: Portal do Espírito);

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/iso-jorge/da-glandula-pineal.html


António Damásio no ISPA” (Site: CiênciaHoje):

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=1210&op=all


Eu sou a reencarnação de Ludgi Devi” (Site: Panorama Espírita):

http://www.panoramaespirita.com.br/modules/eNoticias/article.php?articleID=281


Evento sobre EQM reuniu 2 mil pessoas na França” (Site: Associação Médico Espírita do Brasil):

http://www.amebrasil.org.br/html/outras_eqm.htm


"Luís de Almeida na Universidade...":
http://blog-espiritismo.blogspot.com/2007/09/lus-de-almeida-na-universidade-de.html

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Posturas Científicas

http://cienciahoje.uol.com.br/54755

Desde Aristóteles a Galileu (considerado como o "pai da ciência moderna”, cujo método empírico, constitui um corte com o método aristotélico mais abstracto) a concepção do mundo e a explicação dada pela Ciência para a apreensão daquilo que constitui o universo que nos rodeia, foi variando, e emprestando diferentes tonalidades a uma Ciência que, na realidade, pouco mudou de método, baseada na observação /experimentação /repetição dos fenómenos, mas eivada de preconceito no que respeita às questões espirituais.

Albert Einstein afirmou que "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito". Ora, (pré)conceito, tal como o prefixo indica, significa que o conceito é definido à partida, sem que nele entrem a análise e a lógica, equivalendo a crença sobre um dado assunto.

E a CRENÇA, (contrariando a própria Ciência) dos cientistas, herdeiros do positivismo do séc. XIX, continua a ser a de negarem todas as evidências empíricas da existência de algo pré-existente ao corpo.

Como não “viram” ainda nenhum espírito, não puderam manipulá-lo à sua vontade e, segundo as suas regras, em laboratório repetir o fenómeno até à exaustão, quando, como e onde bem entendessem, negam pura e simplesmente tudo o que respeita à espiritualidade e ridicularizam, como qualquer leigo, (“não vi e não gostei”) todos os investigadores que nas mais diversas áreas do conhecimento humano, se têm dedicado à investigação séria, sem ideias preconcebidas.

Continuamos, ainda, em pleno séc. XXI, herdeiros de Aristóteles!

E, embora Darwin, continuasse a inspirar-se nos seus escritos zoológicos, a física aristotélica estava já ultrapassada no século VI d. C (desconhecia a velocidade e a temperatura, pois não possuía instrumentos precisos). Mesmo o melhor dos estudos ‘científicos’ de Aristóteles possui hoje um interesse meramente histórico.

Em obras como ‘Da Geração e Corrupção’ e ‘Do Céu’, Aristóteles legou aos seus sucessores uma imagem do mundo que incluía muitos traços herdados dos seus predecessores pré-socráticos.

Aluno de Platão, Aristóteles não professa o fundamental da sua filosofia. Platão concebia dois mundos existentes: aquele que é apreendido pelos nossos sentidos, o mundo concreto (em constante mutação) e o mundo abstracto das ideias, acessível somente pelo intelecto, imutável e independente do tempo e do espaço material.

É a filosofia platónica do dualismo: Kosmos aisthetos e Kosmos noetos, (corpo e razão).

Aristóteles, ao contrário, defende a existência de um único mundo: este em que vivemos. O que está para além da nossa experiência sensível não existe.

(Curioso observar, na imagem, que Aristóteles aponta para a terra, enquanto que Platão ergue o seu dedo para o céu.)

A Terra ocupava o centro do universo e Galileu sofreu as consequências de pretender afirmar o contrário, tendo de se retratar perante a Inquisição, embora mantendo as suas convicções. Todos conhecem a célebre frase: "Eppur si muove!" (contudo, ela se move).

(continua)


domingo, 1 de abril de 2007

A GRANDE TRANSIÇÃO PLANETÁRIA


http://pt.wikipedia.org/wiki/Terra#Liga.C3.A7.C3.B5es_externas

Parte I - Constatações


Afirmaram os espíritos há muito que o nosso planeta de “provas e expiações” entraria numa fase de transição para um estado mais adiantado de “planeta da regeneração”.
E, como nenhuma transformação se faz sem dor, devido ao nosso estado de inferioridade moral e ética, ao nosso orgulho e egoísmo individual e colectivo, colhendo sempre o que semeamos, assiste-se actualmente às maiores catástrofes e perturbações SOCIAIS E NATURAIS, muitas delas efeito da acção inconsciente do Homem sobre o Planeta.

Simultaneamente, conceituadas Universidades e respeitáveis cientistas dirigem as suas investigações para áreas do conhecimento até há bem pouco tempo, arredadas do domínio da Ciência Oficial; a comunidade neurocientífica mundial denominou os anos 90 como a “Década do Cérebro”, devido aos inúmeros avanços alcançados.

Só para citar um exemplo, os investigadores das neurociências, Michael Persinger (neuropsiquiatra) e Vilayanur Ramachandran (neuropsicólogo), identificaram através de tomografia computadorizada uma zona no cérebro (entre os lóbulos temporais) que aumentava de luminosidade, quando se pronunciava o nome de Deus, a que chamaram “o ponto de Deus”. A Doutora Danah Zohar, consagrada investigadora na área da Física, professora na Universidade de Oxford, concluiu que nesse ponto se situa o “correlato biológico da inteligência espiritual”. E Divaldo Pereira Franco e a psicóloga Vanessa Anseloni acrescentam que isso “equivale a dizer que o espírito não é mais uma produção do cérebro, mas que este descodifica-lhe os conteúdos profundos através dos neurónios.” “A Nova Geração: A Visão Espírita sobre Crianças Índigo e Cristal”.

O Homem passa, assim, a ser olhado como uma consciência de cariz transpessoal.

A Sociedade desperta e agita-se, sensibilizando-se em crescendo para as causas sociais e humanitárias que engrandecem e dignificam o Ser Humano.
Ainda há poucos dias foi possível assinar a Convenção do Direito à Deficiência num órgão tão simbólico como as Nações Unidas.

Movimenta-se a neuropediatria, a psicologia e a psiquiatria, inventam-se novos métodos e estratégias de aprendizagem, conseguindo-se nos últimos decénios grandes avanços nestas diferentes áreas do conhecimento humano. Propõe-se uma Educação com mais amor e compreensão dos interesses de cada criança em particular, para a sua integração e felicidade.

Caminha a sociedade em direcção a um Futuro mais promissor em harmonia e respeito pelos Direitos do Homem?
Estamos em crer que sim. Só estudando e compreendendo a interligação mente/corpo/espírito se atingirá o conhecimento e a valorização do Homem como Ser Integral.

E Joana de Ângelis, mentora de Divaldo, fala-nos de esperança e de “confiança irrestrita em Deus”, na sua mensagem psicografada e a que deu o título: “A Grande Transição

“…os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e felicidade…missionários do amor e da caridade, procedentes de outras esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal, para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço…”Presença Espírita Setembro/Outubro de 2006