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sábado, 3 de dezembro de 2016

Sofrimento e revolta


 No dia 7 de Janeiro de 1995 manifestou-se uma entidade em situação de grande desespero e desorientação. Dir-se-ia que, pelas suas palavras, o sofrimento e a revolta formam um círculo vicioso que o envolve, atormentando-o e do qual não consegue sair. O orgulho e a recusa de um ser Criador impede-o de ser auxiliado. Referindo-se a Deus, diz: “Recuso-O, não O quero, porque não O inventei. Não necessito d’Ele. Aborreço-O porque me criou!” Manifesta-se, posteriormente, o Espírito Orientador que esclarece a situação.


Espírito:

“Sinto-me muito mal. Não são palavras de que preciso. São actos. Quem me tira este peso enorme que se abate sobre mim?! Que me acontece para estar assim? Quem é Deus, que não me ajuda? Somos todos doidos? Não temos leme, apenas palavras e enganos para sobrevivermos? E para quê? Quem escolhe? Como continuarmos? Quem somos? Porque viemos? Donde viemos e para onde vamos? Que fazemos com a Vida? Para quê dormir? Para quê acordar? Devemos dormir para sempre? Pode-se dormir para sempre? Quero descansar a minha mente, quero deixar de pensar, de estar, de ser! Por favor, que a minha voz se cale para sempre! Que o meu cérebro se perca no infinito! Quero o não ser, que a minha pessoa se desfaça no espaço sideral, que eu me transforme em pó, que me confunda com o Universo! Quem me ajuda?!

Sou o sem nome, pois não quero ser, apenas descontar aos poucos para me reduzir a Nada. O Nada é o Absoluto! E se não for? Para onde vamos? Por que temos de ir a algum lado? Quem é tão cruel que nos tenha programado para não parar nunca? Que tortura maior nunca deixar de ser. Ser forçado a seguir em frente sem saber onde aportar. Sem poder decidir não continuar! Simplesmente deixar de ser! Simplesmente morrer!

Sou materialista, não acredito e não quero acreditar! Não vejo necessidade de perpetuar um sofrimento insuportável! Tenho o direito de acabar! Quero decidir sobre a minha pessoa! Ninguém tem o direito moral de pensar por mim! Nem um possível Criador! Quem Lhe pediu que me inventasse? Quem O autorizou a colocar em mim uma mola que me obriga a ser, quando não quero ser um dia. Que tudo se apague, que eu possa, enfim, descansar! Recuso-O, não O quero, porque não O inventei. Não necessito d’Ele. Aborreço-O porque me criou!


Espírito Orientador:

Este nosso irmão peregrina nas trevas do sofrimento e da revolta, que cada vez mais agravam esse sofrimento e essa mesma revolta. Grande desespero lhe invade a alma e quando tentamos erguê-lo e auxiliá-lo a sua recusa é sistemática e a sua luta avassaladora. Recusa o Senhor, sempre se julgou dono do seu próprio Destino e não suporta a existência de um ser superior a si próprio. O orgulho cega as almas que não compreendem a beleza da Vida Eterna porque nunca lhe sentiram os efeitos. Apenas o sofrimento e o desânimo lhes constituem a estrutura espiritual e o seu perispírito se desequilibra e se deforma à medida que aumenta a revolta. Com o tempo conseguirão estes irmãos “apagar-se” temporariamente, dando lugar a formas ovoides (1), que dormitam “eternamente” recusando a luta que salva.

milénios de reencarnações sucessivas permitirão armar estes irmãos de forças suficientes e de renúncia bastante para enfrentarem o Pai, alguém que lhe é Superior, sim, mas também Aquele que os Ama, que os pretende perfeitos e que anseia tê-los junto de Si. Grande sofrimento o destes irmãos. Muita oração se faz necessária para que raios benfazejos de luz possam um dia penetrar nas suas formas distorcidas e alterar a pouco e pouco a sua organização perispíritica.

Não possuímos ouro, mas atentemos no óbolo da viúva. Mais agradável a Deus é uma prece, do que todo o supérfluo da nossa existência. Todos não somos muitos. Que nas nossas preces diárias nos lembremos sempre de incluir estes nossos irmãos revoltados que as religiões tradicionais remeteram aos Infernos. Simbolicamente, essas Esferas de Sofrimento e dor incomensuráveis nada mais são do que nós próprios. Maior sacrifício exige de nós de que se de verdadeiros antros de pavor se tratassem. Sendo exteriores, mais fácil se tornaria a Libertação. Estando cristalizadas no nosso íntimo necessário se faz arrancá-las com as nossas próprias mãos, mudando toda uma estrutura de pensamento e de acção. Tarefa tantas vezes julgada impossível! Daí tanta revolta contra aquele que nos criou porque nos “obriga a evoluir”.

Oremos com Fé e com muito Amor!

As nossas preces formarão cordões que, interligando-se, construirão a melhor arma para estes infelizes lutarem. Dêmos-lhes a ferramenta com que erguerão as suas forças tão debilitadas!

João da Cruz
(1)    Sobre os ‘ovoides’ ver "Evolução em Dois Mundos," cap.XII, André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB (Federação Espírita Brasileira).


Extraído do livro “Falando com os Espíritos”, de Eduardo Guerreiro (ainda não publicado)

domingo, 10 de maio de 2009

Influência do pensamento na saúde

Você sabe até que ponto o tipo de pensamentos que cultiva durante o dia pode influenciar a produção ou a cura das doenças de que cada um de nós padece?

Se é feliz é porque a maior parte daquilo que pensa é positivo; se sente depressão, apatia, então está permitindo que os pensamentos de tristeza invadam a sua mente.

Isso mesmo afirmava o dr. Deepak Chopra:"Você é aquilo que pensa. A qualquer momento, sua saúde é a soma de todos os impulsos, positivos e negativos, que emanam de sua consciência. Esse cálculo deve ser feito também para todos os outros estados de espírito: raiva, medo, inveja, cobiça, bondade, compaixão, benevolência e amor. Tudo é pensamento. Quando um deles predomina, você desenvolve o estado mental correspondente, e uma determinada condição fisiológica.

O corpo do homem é, pois, o reflexo do modo como funciona a sua mente, ou seja, tudo o que acontece no universo da mente, necessariamente deixa marcas no físico.

Embora a área da medicina picossomática seja uma das que mais se tem desenvolvido recentemente, com o estudo dos neurotransmissores cerebrais, fantástico complexo de estruturas neurológicas, endócrinas e substâncias químicas, já Hipócrates, 400 a.C., se referia à influência da mente sobre o corpo, falando doshumores” (estado emocional).

Emmanuel, alerta-nos de que “o pensamento sombrio adoece o corpo são e agrava os males do corpo enfermo”. E André Luiz, sobre a influência patogénica do pensamento, afirma:Dirija um homem a sua vontade para a ideia de doença e a moléstia lhe responderá ao apelo.”


Recorda-nos aqueles casais muito unidos que, ao partir um deles para o mundo espiritual, o outro, muitas vezes, não demora em segui-lo, quando não conseguindo aceitar a perda, se entrega a uma depressão profunda.

Ao fragmentar-se a consciência, surge um conflito no sistema mente-corpo, causador da doença, originando o que a medicina moderna define como componente psicossomático das enfermidades. Por outro lado, curas rápidas e completas decorrem desse poder do pensamento que, aliado à vontade, pode operar verdadeiros “milagres”.

E isto sucede nos dois lados da vida: a terrena e a espiritual, pois o pensamento é um fluxo fluídico, é matéria subtil e a vontade é força abstracta, imaterial. Ambos, porém, são forças prodigiosas e capazes de plasmar a matéria.

Utilizando, também, o poder do binómio pensamento e vontade, um Espírito desencarnado pode produzir o fenómeno mediúnico da licantropia, ou seja, adoptar posturas de cão e de lobo. André Luiz conta como através de intenso e prolongado processo hipnótico, uma entidade obsessora e vingativa, pode conduzir a sua vítima a sentir-se como um animal e a agir como tal, desenrolando-se enormes dramas que só o tempo e a misericórdia divina podem ajudar a resolver.

Jesus realizou curas “milagrosas”, apelando sempre à fé daqueles a quem curava e admoestou os seus discípulos, quando lhes dirigiu a máxima: “homens de pouca fé!"


O Bhagavad-Gita, famoso universalmente como a jóia da sabedoria espiritual da Índia, diz, no verso 5, Cap. 6:"Com a ajuda de sua mente, a pessoa deve libertar-se, e não degradar-se. A mente é amiga da alma condicionada, e sua inimiga também”.

Constata-se, assim, mais uma vez, o princípio de causa e efeito. O que pensamos e fazemos tem influência sobre nós e os outros, levando-nos a reflectir de que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Isto nos ensina a Moral espírita.

Em suma, pensamentos elevados, optimistas e orientados para o bem, aportam-nos saúde. Pensamentos inferiores, de tristeza e revolta, de raiva e inveja, orientados para o mal, resultam em muitas das moléstias de que padecemos, de difícil diagnóstico.

Vencer ou perder essa batalha está nas nossas mãos, quando disso tomamos consciência e encetamos a luta.

Que tal começar hoje mesmo?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A Individualidade do Espírito

-Após a morte do corpo físico, o espírito mantém-se vivo, conservando a sua individualidade.


150. A alma, após a morte, conserva a sua individualidade?
“Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?”

a) - Como comprova a alma a sua individualidade, uma vez que não tem mais corpo material?

“Continua a ter um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação: seu perispírito.” in "O Livro dos Espíritos", CAPÍTULO III - DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL, pág.112


O exemplo da libertação de Dimas, narrado por André Luiz, prova-nos de forma indubitável a sobrevivência do espírito e a conservação da sua individualidade após a morte do corpo físico, ambas as questões pontos doutrinários do espiritismo. Dimas permaneceu vivo e com a mesma aparência que mantinha antes da desencarnação.

“…notei que as forças em exame eram dotadas de movimento plasticizante. A chama mencionada transformou-se em maravilhosa cabeça, em tudo idêntica à do nosso amigo em desencarnação, constituindo-se, após ela, todo o corpo perispiritual de Dimas, membro a membro, traço a traço. E, à medida que o novo organismo ressurgia ao nosso olhar, a luz violeta-dourada, fulgurante no cérebro, empalidecia gradualmente, até desaparecer, de todo, como se representasse o conjunto dos princípios superiores da personalidade, momentâneamente recolhidos a um único ponto, espraiando-se, em seguida, através de todos os escaninhos do organismo perispirítico, assegurando, desse modo, a coesão, dos diferentes átomos, das novas dimensões vibratórias.
Dimas-desencarnado elevou-se alguns palmos acima de Dimas-cadáver, apenas ligado ao corpo através de leve cordão prateado, semelhante a sutil elástico, entre o cérebro de matéria densa, abandonado, e o cérebro de matéria rarefeita do organismo liberto.” In “Obreiros da Vida Eterna, Cap. XIII “Companheiro Libertado”, págs 211/12

Não será esta descrição uma demonstração inequívoca do erro em que caem as teorias materialistas, que defendem a inexistência de algo mais, após a morte do corpo físico e das de teor panteísta, que sustentam que o espírito retorna ao todo universal donde é extraído?