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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dar amor




O panorama do mundo, no momento em que se inicia o terceiro milénio não é maravilhoso.

Há milhões de pessoas que estão passando fome. As guerras continuam devastadoras. Os homens disputam pedaços de terra, que chamam de territórios, como se fossem viver para sempre em cima deles. E cada pedacinho fica manchado com o sangue de muitas vítimas.

Há milhões de pessoas sem um tecto.

Milhões que sofrem de aids.

Milhões que sofreram violência, de crianças a adultos e velhos.

Milhões de pessoas que padecem de invalidez, seja por terem nascido com a deficiência ou por terem sido vítimas de enfermidades, acidentes ou combates.

Todos os dias, em todo o mundo, mais alguém está clamando por compreensão e compaixão.

Este é o mundo que recebemos do milénio passado. O mundo que construímos.

Agora compete-nos construir o mundo renovado do terceiro milénio.

Escutemos o som das vozes de todos os que padecem. Escutemos como se fosse música, uma linda música.

Abramos os nossos corações para todos os que estão precisando e aprendamos que as maiores bênçãos vêm sempre do ajudar aos outros.

Acima de pontos de vista económicos, de crença religiosa, de cor da pele, aprendamos que todos somos filhos do mesmo pai e nos encontramos na mesma escola: a terra.

Por isso o auxílio mútuo é dever de todos. Podemos não resolver os problemas do mundo, mas resolveremos o problema de alguém.

Não podemos resolver o problema da aids, mas podemos colaborar valorosamente nas campanhas de esclarecimento às novas gerações.

Não podemos diminuir as dores de todos os pacientes, mas podemos colaborar conseguindo a medicação precisa para um deles, ao menos.

Com certeza, não podemos devolver mobilidade a membros paralisados. Mas podemos nos tornar mãos e pernas, auxiliando sempre aqueles que precisam.

Podemos não resolver o problema da fome no mundo, mas podemos muito bem providenciar para que quem esteja mais próximo de nós, não morra à mingua, providenciando-lhe o alimento ou o salário justo.

É muito importante aprender a gostar de tudo o que fizemos.

Podemos ser pobres, e sentirmo-nos sozinhos. Podemos morar em um local não muito agradável, mesmo assim, ainda poderemos colocar flores nos corações e alegrar-nos com a vida.

Tudo é suportável quando há amor, único sentimento que viverá para sempre.


***



O amor é a virtude por excelência, seja na Terra, seja noutras moradas do Senhor.

O equilíbrio do amor desfaz toda a discriminação, quando se trata de efectuar a marcha para Deus.

Exercitando o amor conjugal, filial, paternal ou fraternal busquemos reflectir, mesmo que seja à distância, o amor do nosso Pai, que a todos busca pelos caminhos da evolução.

Vivamos e amemos, de forma equilibrada, sentindo as excelsas vibrações que vertem de Deus sobre as necessidades do mundo.




Autor:
Fonte: A Roda da Vida de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Sextante, 1998, cap. 40 e Vereda Familiar, ed. Fráter Livros Espíritas, cap. 2

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mundos Superiores e Inferiores



Mundos de Expiações e de Provas

13. Que vos direi, que já não conheceis, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais?

A superioridade da inteligência, num grande número de seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encamação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral.

Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.


14. Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação.

As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contacto de Espíritos mais avançados.

Vêm a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir, como estrangeiros. Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal, que os tomava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos.

É por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuirem maior sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso mo­ral é mais obtuso.

15. A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por carácter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus.

Nesses mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, toma o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.


Santo Agostinho Paris, 1862
O Evangelho Segundo o Espiritismo* CAPíTULO III

domingo, 8 de março de 2009

Oração à Mulher


Missionária da Vida:


Ampara o homem para que o homem te ampare.
Não te conspurques no prazer, nem te mergulhes no vício.
A felicidade na Terra depende de ti, como o fruto depende da árvore.

Mãe, sê o anjo do lar.
Esposa, auxilia sempre.
Companheira, acende o lume da esperança.
Irmã, sacrifica-te e ajuda.
Mestra, orienta o caminho.
Enfermeira, compadece-te.

Fonte sublime, se as feras do mal te poluíram as águas, imita a corrente cristalina que, no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio seio a lama que lhe atiram.

Por mais te aflija a dificuldade, não te confies à tristeza ou ao desânimo.

Lembra os órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam por teus braços e sorri com serenidade para a luta.

Deixa que o trabalho tanja as cordas celestes do teu sentimento, para que não falte a música da harmonia aos pedregosos trilhos da existência terrestre.

Teu coração é uma estrela encarcerada.
Não lhe apagues a luz, para que o amor resplandeça sobre as trevas.

Eleva-te, elevando-nos.

Não te esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida, e a chave da vida é a glória de Deus.

Meimei


In “Luz no Lar”, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, págs.59/60

sábado, 7 de março de 2009

Dia Da Mulher

Hoje, dia 8/03/09, é o dia dedicado às mulheres, num Mundo ainda cheio de desigualdades, onde a mulher é sujeita a toda a espécie de violência, não tem o direito ao conhecimento, ao emprego, à saúde e à liberdade de pensamento ou de afirmação da sua vontade através do voto, carecendo assim, de todo o respeito que a sociedade lhe deve, despojada da sua dignidade como ser humano.

Mesmo quando se julga que o pensamento evolui, conquistando a pouco e pouco, a mulher o lugar a que tem direito, repentinamente assiste-se a graves retrocessos. Veja-se o caso recente do Paquistão, onde se estão a encerrar todas as escolas, porque as meninas deixam de poder frequentá-las!!!

E, nas sociedades ocidentais, embora a luta pelos Direitos das Mulheres tenha revolucionado todos os meandros das relações humanas e a mulher tenha conquistado, ainda que, por vezes, só em teoria, o lugar a que fez jus, assiste-se actualmente a toda a espécie de exageros a que não deve entregar-se o ser humano, seja homem ou mulher: o cultivo de vícios degradantes, a licenciosidade do sexo apelada de liberdade sexual, a prática legislativa do aborto, sob a enganosa capa de “livre” opção da mulher…

Vivemos uma época de conturbadas relações sociais e humanas, em que reinam a solidão, o egoísmo e a ambição desmedida, o culto do prazer imediato, carecendo a sociedade actual dos valores da responsabilidade e dos afectos que a harmonizem, aportando-nos o equilíbrio interior e a paz social.

À questão colocada sobre o que pensar acerca do feminismo, Joanna de Ângelis responde:

“Perante Deus são iguais os direitos do homem como os da mulher, embora situados em misteres próprios, podendo executar um a tarefa do outro, conforme as circunstâncias, sem que se invertam as finalidades da vida de cada qual.
Realizando os deveres que lhes cumprem, completam-se esses dois elementos, propiciando-se a harmonia.


O feminismo, no bom sentido, é perfeitamente louvável, quando proclama a dignidade da mulher, os seus valores e os seus direitos, não, porém, quando conclama à disputa de papéis que ao homem cabe desempenhar; ou ao direito do aborto criminoso, como meio de afirmação, derrapando em lamentável delito, ou na liberação da sexualidade, escravizando-se ao instinto e rolando no paul de suas mais vis dependências; ou da aceitação dos vícios e condicionamentos inferiores que ao homem tem amesquinhado através dos séculos e de que se deveria libertar, sem que o lograsse até este momento.

A ninguém, ao homem ou à mulher, são concedidos a libertinagem, o cultivo dos vícios degradantes, as licenças morais perniciosas, a prática de crimes…”

Luz Viva – 2ª edição – p. 54/55, In "Joanna de Ângelis Responde", psicografia de Divaldo P. Franco, Organizado por José Maria de M. Souza


sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mensagem de Santo Agostinho



Mundos de expiações e de provas


13. Que vos direi, que já não conheçais, dos mundos de expiações, pois que basta considerar a Terra que habitais? A superioridade da inteligência, num grande número dos seus habitantes, indica que ela não é um mundo primitivo, destinado à encarnação de Espíritos ainda mal saídos das mãos do Criador. Suas qualidades inatas são a prova de que já viveram e realizaram um certo progresso, mas também os numerosos vícios a que se inclinam são o indício de uma grande imperfeição moral. Eis porque Deus os colocou num mundo ingrato, para expiarem suas faltas através de um trabalho penoso e das misérias da vida, até que se façam merecedores de passar para um mundo mais feliz.

14.Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se, e desenvolvendo-se ao contacto de Espíritos mais avançados. Vêm a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, aí estão, se assim nos podemos exprimir, como estrangeiros.

Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação no mal eque os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. É por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.

15. A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, em que as variedades são infinitas, mas têm por carácter comum servirem de lugar de exílio para os Espíritos rebeldes à lei de Deus. Nesses Mundos, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da Natureza, trabalho duplamente penoso, que desenvolve a uma só vez as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para o progresso do Espírito.
- Santo Agostinho. Paris, 1862.) in “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, CAPÍTULO III - HÁ MUITAS MORADAS, p. 61 – tradução de Herculano Pires