domingo, 6 de dezembro de 2009

Algures, em Moçambique

Na noite de 8 para 9 de Novembro de 2005, após a leitura da lição sobre o duelo de ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’ manifestou-se um amigo que vinha seguindo, em relação obsessiva, um irmão relacionado com um dos componentes do grupo. Queixava-se ele do mau tratamento recebido durante a vida por aquele, por quem havia sido desprezado, devido ao facto de ser negro. A situação ocorreu em Moçambique, quando aquele território era colónia portuguesa.

Espírito: Se o senhor tivesse as queixas que eu tenho não falava assim.
Doutrinador: Todos nós temos queixas. Todos nós.
Espírito: Eu tenho. Tenho muitas, muitas, muitas...
Doutrinador: Não duvido. Certamente foste ofendido na tua vida.
Espírito: Humilhado, maltratado. Nem era humano! Era preto!
Doutrinador: E foste maltratado por racistas?
Espírito: Pelos brancos.
Doutrinador: Em África?
Espírito: Pois, onde é terra de preto?
Doutrinador: Olha, meu querido amigo e querido irmão...
Espírito: Mas é terra de preto para onde vão os brancos mandar.
Doutrinador: Agora já não é bem assim.
Espírito: É! Há brancos e há outros pretos, iguais aos brancos.
Doutrinador: Mas isso já foi há muito tempo.
Espírito: Mas eu não esqueci. E quando pude fui à procura deles todos. Todos os que me trataram como um cão!
Doutrinador: Não duvido. Isso passou-se em Angola ou em Moçambique, com certeza.
Espírito: Tu conheces? Ai, desculpe, desculpe... O senhor conhece?
Doutrinador: Conheço, sim senhor. Podes-me tratar por tu, amigo.
Espírito: Não o conheço. Eu sou preto, mas sou educado.
Doutrinador: Claro que conhecemos todos Angola e Moçambique. E passaram-se lá coisas muito desagradáveis. Muito desagradáveis. A cor da pele não faz a diferença, pois todos nós somos filhos de Deus.
Espírito: Ai vá dizer isso, vá. Vá dizer isso a muitos. Nem nos podíamos chegar perto.
Doutrinador: Eu sei, amigo. Tempos maus esses. Tempos maus. Que já mudaram, felizmente. Em muita coisa.
Espírito: Eu estou a ajudar para que mude.
Doutrinador: Mas não é essa, talvez, a ajuda mais eficaz.
Espírito: Mas Deus é Pai. Esse Deus que o senhor falou, que depois nos vai castigar, não. Porque Deus é Pai. Deus sabe o que sofre um pai que não tem dinheiro para dar comida aos filhos, que vê os filhos a morrer de fome e que não tem ajudas de ninguém. E correm com ele a pontapé e não dá a mínima ajuda.
Doutrinador: Isso aconteceu, sim senhor. Chama-se a isso falta de caridade.
Espírito: Deus é Pai, Deus não pode castigar preto por isso.
Doutrinador: Deus não castiga ninguém por isso. Só que, e isto talvez tu não saibas, nós vivemos vidas sucessivas.
Espírito: Vivemos o quê? Isso não é o que eu estou a dizer. Eu vingo-me quando puder e enquanto puder. Porque fizeram muito, muito, muito mal. Não se faz o que fizeram a mim.
Doutrinador: Aquilo que te fizeram foi muito condenável. Contudo, aquilo que te quero dizer é que a melhor forma de resolver a situação não é essa que estás a tomar. E eu vou-te explicar porquê. Tu estás a colocar-te em pé de igualdade com quem te fez isso. E quem te fez isso foi alguém inferior, Deus me perdoe, porque também é nosso irmão...
Espírito: Não, não! Era superior. Mandava.
Doutrinador: Desculpa, meu amigo. Moralmente era inferior. Porque só uma pessoa moralmente inferior...
Espírito: Ah, era mau.
Doutrinador: Eu estou a dizer moralmente. E nós não devemos copiar o que é mau.
Espírito: Eu não o quero copiar. Eu não sou mau como ele. Eu só quero arreliar. Ando lá de roda dele. Não o largo, desde que o descobri.
Doutrinador: Eu sei. Mas nada sucede por acaso. Sabes porquê?
Espírito: E ela também não me parece grande coisa. Agora que a conheço, não me parece grande coisa. São parecidos. Parecidos. Ele é mau. Ele é mau. Ele é mau, mau, mau. Tratava preto assim: sai daqui preto. Fora daqui, preto. Fora daqui, preto. Fora, fora, fora, fora!
Doutrinador: Isso, lá em Moçambique.
Espírito: Sim!
Doutrinador: Mas olha, isso...
Espírito: Cheiras mal, preto. Cheiras a catinga. Fora, fora, fora, fora! Aqui não é sítio para ti. Sai daqui!
Doutrinador: Mas olha: tu tens mas é que pensar em ti e não na vingança em relação a ele.
Espírito: Eu não penso em mim. Eu penso é nos meus filhinhos. Não tinha que lhes dar para comer. Nem um dinheirinho pequenino, que não lhes fazia falta.
Doutrinador: Com certeza. E tu tens absoluta razão. E esses filhinhos, certamente já estão adultos. Nunca mais os viste?
Espírito: Eu morri.
Doutrinador: Mas, se calhar, algum ou alguns deles já estão aí desse lado. Foi há tantos anos...
Espírito: Não. Eu morri.
Doutrinador: Deixa estar. Vamos pensar mas é em ti. Vamos pensar noutras coisas, porque, contrariamente àquilo que possas pensar, Deus é, de facto, infinitamente Bom e infinitamente Justo. E quando alguma coisa de mal, isto é, que nos parece a nós mal, nos acontece...
Espírito: Mas como é que ele paga? Ele tem que pagar tudo o que nos fez sofrer.
Doutrinador: Oh, amigo: não é precisa a tua intervenção...
Espírito: Ele está bem. Ele está muito bem. Se não fossem alguns que lá andam ele não estava muito mal. Ele está bem. Ele vive bem na mesma!
Doutrinador: Aparentemente...
Espírito: Ah, é o mesmo. Não mudou nada.
Doutrinador: Aparentemente vive bem. Porque a Justiça Divina se fará sentir e tarde ou cedo ele terá que responder perante a mesma Justiça.
Espírito: Mas quem é que o castiga?
Doutrinador: É a própria consciência.
Espírito: Ele não tem consciência.
Doutrinador: Pensas tu. Todos nós temos consciência.
Espírito: Não vejo. Eu estou sempre junto dele. Não vejo consciência nenhuma.
Doutrinador: Vais ver com o tempo. E quando ele chegar ao lado espiritual e se veja atormentado em remorsos...
Espírito: Ele até é mau para ela. Ele não é bom para ninguém...
Doutrinador: Deixa estar. Não te preocupes. Vamos mas é preocupar-nos contigo.
Espírito: Nem um dia eu vi. Nem um dia eu vi...
Doutrinador: Deixa estar...
Espírito: Bondade, carinho, não vejo. Como é que me estás a dizer essas coisas? Tu não conheces de quem é que eu estou a falar. Não conheces. Eu é que vejo. Maldade. Vê maldade em tudo, em todos. Tudo o que está à volta não presta.
Doutrinador: Mas isso é doença. Vamos mas é pensar em ti. E pensar em Deus, nosso Pai. Pensa mas é nos teus filhinhos.
Espírito: Não posso fazer já nada. Já morri.
Doutrinador: Podes fazer muita coisa. Agora vamos pensar em ti e em outros como os teus pais, os teus familiares, porque tens muitos...
Espírito: Tinha.
Doutrinador: E estão desse lado, também. E estão à tua espera.
Espírito: Não vi ninguém.
Doutrinador: Ora bem. E vou-te explicar porquê. É que tu tens estado só pensando, só pensando em vingar-te e atormentar esse senhor infeliz.
Espírito: Dói-me muito, muito aqui a testa. Se calhar é de estar ali naquele ambiente daquela família.
Doutrinador: Provavelmente.
Espírito: Que eu estou sempre com esta dor de cabeça, com esta dor de cabeça que me atormenta.
Doutrinador: Ora bem, então é isso mesmo que temos que começar por tratar.
Espírito: Mas arrelio-o. Já me divirto quando o vejo arreliado.
Doutrinador: Deixa estar. Tu até tens bom fundo. Vamos começar por tratar essa tua dor de cabeça.
Espírito: Tu és médico?
Doutrinador: Vais ver.
Espírito: Pensava que eras padre.
Doutrinador: Vais ver. Tu nunca ouviste falar em Jesus?
Espírito: Já. Mas nunca o encontrei aqui.
Doutrinador: Jesus é o médico das almas.
Espírito: Espera aí... O senhor padre bem dizia que íamos para o céu, mas eu não vejo nada. Ando pelos mesmos sítios.
Doutrinador: Eu vou orar a Jesus e, se tu tens alguma fé ainda, acompanhas-me as minhas palavras.

[O doutrinador ora o Pai Nosso, com muita fé, pelo que é acompanhado por este nosso irmão. Quando o doutrinador diz ‘Pai, perdoai as nossas dívidas, ele diz: ‘mas não as dele’. O doutrinador roga ainda auxílio para este nosso irmão, nomeadamente para as suas ‘dores de cabeça’ e exorta este companheiro a aguçar os seus olhos espirituais para poder divisar os mensageiros de Jesus presentes. Passam depois alguns minutos...]

Espírito: A minha vizinha Maria da Lixa!!! O que é que ela faz aqui? Ela tinha morrido antes de mim!!!
Doutrinador: Fala com ela.
Espírito: Ah! É o primeiro morto que eu vejo!
Doutrinador: Está tão morto como tu!
Espírito: Pois está. Até morreu antes de mim. Está tão morto como eu. Morta!
Doutrinador: E tu achas que estás morto?
Espírito: Estou.
Doutrinador: Não senhor. O corpo é que morreu. Tu estás vivo porque és um espírito imortal. O teu corpo é como uma vestimenta.
Espírito: Ela falava com os espíritos. A gente ia buscar lá umas ervas para se tratar. Mas espírito não é homem. Espírito é espírito.

[Este irmão dialoga com a entidade que veio ao seu encontro]

Espírito: Ah, não sei... Pois, mortos não falam... pois eu falo... Mas você mulher, você está viva. Está como estava. Até está melhor! Não sei o que é que tem... Está melhor... Hum... Então eu sou espírito? Eu sou como aqueles com quem você falava? Aiii!... Nunca pensava! Eu sou espírito! (admiração) Quer dizer: então eu agora também posso falar. Se você fosse viva também falava eu. Ia lá ter consigo e você ouvia-me. E eu que nunca encontrei ninguém assim. Ninguém me ouvia. Ninguém me ligava... Eu estou muito confuso... É muito para mim. Pois, aqui ouvem-me. Eu estou a falar e ouvem-me. É a primeira vez que me acontece. Eu falava, falava, falava, batia nas pessoas. Ninguém me ouvia... Estava morto. Pois, entendo... Ai eu não preciso de me vingar?! Fazem isso por mim?! ... Mas custa, custa vizinha! Custa muito! Porque a gente passa pelas coisas todas como eu passei. A vizinha sabe que eu passei. E depois não fazer nada? Cruzar os braços? Virar a cara para o lado, encontrando quem nos fez mal? Isso não é de homem. Não foi assim que eu aprendi. Se eu tinha alguma coisa eu ia lá e tratava ali na hora! Agora tenho que mudar?! (...) Pois ensinava-nos. O senhor padre ensinava-nos. Eram contos. Era o nosso dia-a-dia. No dia-a-dia temos que comer, que fazer a nossa vida (...) Hum, lá isso é verdade. Eu tenho que aprender. Eu não sei nada. Não sei ler. Se eu pudesse aprender a ler, isso é que eu gostava! (...) Não pode ser! A vizinha sabe ler?! A vizinha não conhecia uma letra! Só falava com os espíritos, mas não sabia ler nada! (...) Aqui?! Aqui onde vivem os mortos?! Hum... Isto é mais animado do que eu julgava! (...) Mas como é que não vi nada disso? (...) Eu vou-me embora. Tenho andado aqui a perder tempo!
Doutrinador: Ora bem, meu amigo. Aí disseste uma grande verdade... A tua vizinha Maria...

Espírito: Não via uma letra! Sabe ler! Diz que lê livros inteiros! Eu tenho que ir aprender a ler! Ela diz que há uma escola onde ensinam analfabetos desde o princípio como se fossemos crianças. E não se paga nada! Posso ir! Vou já! E há vaga lá para mim! Posso ir já, porque têm lá uma vaga. Está lá guardada para mim e eu não sabia. Mas já está lá guardada para mim há muito tempo. Eu é que andava aí perdido.
Doutrinador: Estava à tua espera.
Espírito: Estava à minha espera e eu não sabia. Eu não ouvia ninguém.
Doutrinador: Graças a Deus que vieste aqui hoje e pudeste falar connosco, como falavas com a tua vizinha Maria.
Espírito: Olha, que eu agradeço-vos muito. São os primeiros brancos que eu encontro que me tratam bem! E até ainda tenho que ficar reconhecido a brancos!
Doutrinador: Então? Não tens que nos ficar reconhecidos.
Espírito: Tenho! Vocês ajudaram-me a encontrar a minha vizinha Maria da Lixa que ainda por cima me vai levar para a escola! Que era o que eu queria! Fico-vos reconhecido para sempre! Para sempre! Não sei quanto é que é o sempre, que eu já pensava que estava morto, mas parece que vou continuar a viver. Fico reconhecido para sempre! Não vou esquecer nem deste nem daquele nem daquela, que eu já registei as vossas caras todas. Nunca mais vou esquecer. E um dia que precisarem, se este preto aqui, que não sabe nada, puder ajudar, chamem-me que eu ajudo.
Doutrinador: Olha, amigo, há uma coisa muito importante que eu quero dizer-te. A agradeceres a alguém, agradece a Deus. Porque foi Deus que permitiu que estejamos neste momento todos aqui.
Espírito: Sim, sim, a Deus. E a escola é de Deus. Não é uma escola qualquer, é uma escola de Deus. Por isso é que a gente aprende a ler tão depressa.
Doutrinador: E Deus é nosso Pai e, portanto, somos irmãos.
Espírito: E temos que obedecer ao Pai.
Doutrinador: E nada tem a ver com a cor da pele.
Espírito: Aqui não há pretos. Há, que a minha vizinha está ali pretinha, pretinha... Mas não somos tratados como pretos. A escola é de pretos e brancos.
Doutrinador: Olha amigo, eu não sei o teu nome...
Espírito: ‘Anabolo’.
Doutrinador: ...mas dou-te um grande abraço para ti. Que sejas muito feliz lá na escola. Que aprendas rapidamente a ler e a escrever... E a ler bons livros
Espírito: Não se esqueçam: se precisarem (e eu souber) chamem-me. Eu conheço umas ervinhas... E posso pedir aqui ajuda à vizinha.
Doutrinador: Olha, agora o importante é que vais aprender a ler e a escrever e, daqui a uns tempos, se tivermos autorização, talvez possamos ir visitar-te ou tu vir-nos visitar. Fica combinado. Um grande abraço, amigo.
Espírito: Fica combinado! Uma mãozada amigo! Amigo branco.
Doutrinador: Um abraço amigo. Amigo preto. E vai na paz de Deus.

[O doutrinador termina agradecendo a Deus e a Jesus todas as bênçãos recebidas nesta noite]

Manifestou-se, posteriormente, o guia espiritual dos trabalhos: o amigo Amen.

Manuel
Núcleo Espírita Amigo Amen
Santa Maria

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cinema Espírita

Email a mim dirigido: pedido de divulgação.

"Amigo Joana,

é com muita alegria que estamos aqui para lhes pedir que divulguem nosso blog,
http://cinemaespirita.blogspot.com/ , do curso de Cinema que já está em andamento, para a criação de obras audio-visuais espíritas que levem a mensagem de Kardec e do Cristo.
Grato,
Henrique Lisboa
Curso de Cinema Espírita
Belo Horizonte - MG - Brasil"

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

NÃO ESTÁS DEPRIMIDO!

Não estás deprimido, estás distraído.
Distraído em relação à vida que te preenche, distraído em relação à vida que te rodeia.

Não estás deprimido, estás distraído.
Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo de tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.
Além disso, a vida não te tira coisas: te liberta de coisas, alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.

Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso, o que chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direção.
Não existe a morte, apenas a mudança.

És movido pela força natural da vida. A mesma que me ergueu quando caiu o avião que levava minha mulher e minha filha; a mesma que me manteve vivo quando os médicos me deram três ou quatro meses de vida.
Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo.
E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: “Amarás ao próximo como a ti mesmo.”
Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é uma obra de Deus, e decide neste exato momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição.
Aliás, a felicidade não é um direito, mas um dever; porque se não fores feliz, estarás levando amargura para todos os teus vizinhos.

Não estás deprimido, estás desocupado.
Ajuda a criança que precisa de ti, essa criança que será sócia do teu filho. Ajuda os velhos e os jovens te ajudarão quando for tua vez.
Aliás, o serviço prestado é uma forma segura de ser feliz, como é gostar da natureza e cuidar dela para aqueles que virão.
Dá sem medida, e receberás sem medida.
E não te deixes enganar por alguns maus, por alguns homicidas e suicidas.
O bem é maioria, mas não se percebe porque é silencioso.
Uma bomba faz mais barulho que uma carícia, porém, para cada bomba que destrói há milhões de carícias que alimentam a vida.
* * *
Enfrentamos momentos em que os pensamentos depressivos, desencorajadores parecem desejar tomar conta de tudo.
Os ombros caem… A voz baixa de tom… Os olhos já não se abrem tanto...
Tais momentos, porém, devem durar apenas o tempo da reflexão necessária, o tempo da conquista da sabedoria e, logo depois, devem ser seguidos por nova atitude.
Uma nova atitude de renovação, de mudança, que nos faz trilhar por novos caminhos, com novas forças.
De nada adianta se entregar à inércia emocional. De nada adianta a autopiedade.
Não são caminhos, são paredes que construímos à nossa frente, impedindo a nós mesmos de prosseguir.
Não nos permitamos distrair pelas mazelas da vida, esquecendo tão facilmente o bem que recebemos sempre.
Não nos deixemos desocupar, abrindo, através da hora vazia, portas e janelas para ondas de pensamento deletério que flutuam no ar.
A desocupação, a inutilidade são polos atraentes de influências perigosas, pelas quais pagaremos alto e amargo custo.
Afastemos a depressão de nosso coração. Abracemos a vida e o renascer diário com todo nosso amor.

Redação do Momento Espírita, com citação de texto
de Facundo Cabral, que circula pela Internet.
Em 05.10.2009.
Enviado por mail por: http://www.luzespirita.com/

sábado, 21 de novembro de 2009

Um Testemunho Emocionante II

Após o encaminhamento deste nosso companheiro manifestou-se o guia orientador dos trabalhos:

“Boa noite, meus irmãos.
Que a Paz do Senhor proteja este lar. Que a Paz desça sobre vós para que possais cumprir vossas tarefas. Que o Amor siga hoje e sempre os vossos passos.

Grupos das trevas sempre existiram. Amigos, irmãos endividados, a que chamais muitas vezes de ‘maus’, mas que não passam de grandes sofredores, vivendo angústias terríveis, desgostos atrozes, incapazes de enfrentar o futuro.

Nesta era, em que ora vivem os encarnados, novos grupos se estão a formar, aglomerando-se em torno do Planeta. Não para provocarem o mal, pois o nosso planeta já não reflecte as mesmas vibrações de há uns séculos atrás, mas simplesmente em fuga de suas próprias faltas. Já não são os mesmos, mas as atitudes são semelhantes, pois a fuga à responsabilidade está a ser apregoada pelos quatro cantos do globo.

Vede que estão em voga todas as filosofias que chamam o Homem para o gozo dos prazeres mundanos, tentando embargar-lhes o sentimento relativamente ao seu próximo, tornando-os cada vez mais egoístas, virados para dentro de si próprios. Temos de inverter este movimento que se propaga de fora para dentro. Invertê-lo no sentido contrário: de dentro para fora. De dentro de nós mesmos, onde se enraízam todos os vícios; para fora, para a Humanidade. para que todos possamos progredir com merecimento, com a tarefa cumprida, com toda a responsabilidade assumida pelos nossos erros e com a vontade de os reparar chegando, finalmente, àquilo a que todos nos propusemos um dia: à luz de que tantos fogem, ao amparo de Deus.

Damos as boas vindas a um novo amigo [um novo elemento que integrou o grupo] que ainda pouco sabe, nesta reencarnação, mas que tem boa vontade de aprender e de evoluir, com algumas aquisições adquiridas no domínio da bondade e da dedicação.

Que Deus os oriente a todos, meus irmãos. Que a Paz se instale em vossos corações, para que possais gozar uma noite tranquila de repouso do corpo físico, pois ainda estais encarnados e deveis cuidar dele."

Espírito orientador dos trabalhos

[Este nosso irmão informou, posteriormente, que a médium não tinha mais energias, pois o amigo infeliz que se manifestou fez um trabalho de captação de energias].

O doutrinador ora em agradecimento a Deus, nosso Pai.

Manuel
Núcleo Espírita Amigo Amen17 de Novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Um Testemunho Emocionante

São tantas as manifestações e doutrinações que temos gravadas que se torna difícil seleccioná-las, por falta de tempo. Às vezes, ouvindo gravações antigas, encontramos testemunhos tocantes como o que se segue.

O desenrolar do diálogo entre a entidade e o doutrinador, bem como a comunicação do guia condutor dos trabalhos dão-nos informação suficiente sobre o modo como a Justiça Divina actua, bem como os artifícios que, por vezes, utilizamos para tentar fugir a essa mesma Justiça.

Que este relato possa servir de lição a todos nós que procuramos, por demais, de uma forma egoísta e inconsciente, doutrinas de auto-desculpabilização, tornando-nos fiéis seguidores de propagandistas de quimeras que apenas nos anestesiam e adiam a nossa evolução.


Lembramo-nos de Chico Xavier quando Zé Arigó lhe propôs uma cura mediúnica para o tratamento de seus olhos: “Se eu deixar de purgar pela vista, por onde é que eu vou começar a purgar?” É que o Chico sabia que a doença da vista tinha raízes em vidas anteriores e que se tratava da liquidação de um débito. Não acreditemos, pois, em miragens. A Justiça Divina cumpre-se. Pelo Amor ou pela Dor. Podemos atenuar esta, granjeando créditos pelas nossas boas acções espontâneas na actual e futuras existências.

Na noite de 2 para 3 de Maio de 2005 manifestou-se uma entidade que nos deu um testemunho emocionante. Profunda lição para todos nós.

Espírito: Eu não vim trazer a guerra, mas a Paz. Falais em obediência, em resignação... Olhai para a vossa voz, tão triste. Em leis, em cumprimento, viveis aprisionados. Venho convidar-vos a olhar a Beleza, a que está à vossa volta, a passear pelos campos, a ouvir os pássaros, a apreciar toda a maravilha deste planeta... A ser felizes, a libertar-vos dessas amarras, da resignação, do sofrimento em que estagnais, quando podeis aperfeiçoar-vos, podeis evoluir, podeis ser alegres, podeis gozar a vida e claro, viajar até fora deste planeta, poder olhá-lo de fora, poder abarcar toda a beleza que o envolve. O Homem tem que se aperfeiçoar, o Homem tem capacidades dentre dele que não conhece, que não explora, porque nós somos Deuses, nós conseguimos e a vida é para usufruir. É para isso que cá estamos. E colaborar uns com os outros, levar a paz a todo o lado. Que dizeis? É má esta proposta que vos faço?

Doutrinador: É óptima a proposta de levar a paz a todo o lado...


Espírito: É que eu fui convidado e fui atacado. Fui chamado de frívolo. Eu não sou frívolo. Eu quero a melhoria do Homem, quero que o Homem se desenvolva, que explore todas as suas potencialidades... e que seja feliz.

Doutrinador: Todos nós desejamos...


Espírito: Mas vós falais de resignação, de obediência... Isso é uma prisão à marcha! Nós devemos ser felizes! Temos a obrigação de ser felizes!

Doutrinador: Com certeza, amigo, desde que não façamos a infelicidade dos outros.

Espírito: Não, claro que não! Nem é disso que se trata. Estou a convidar-vos (respiração funda) a libertar-vos

Doutrinador: Com certeza, amigo. Todos nos queremos libertar. O Espiritismo é uma doutrina libertadora de mentes.

Espírito: Não é! Não é! Pelo contrário! Amarra-nos! Prende-nos! Não nos deixa explorar todo o nosso interior, todas as nossas potencialidades. Faz-nos andar de cabeça baixa em orações e orações e orações... Mas o que é isso? Que perda de tempo, quando podemos aproveitar esse tempo precioso que temos neste mundo, que não assim tão longo, em explorar-nos a nós próprios.


Doutrinador: Meu amigo: Fora da Caridade Não Há Salvação.


Espírito: Então façamos caridade connosco. Somos os primeiros a necessitar dela. Não é caridade? Se conseguirmos ser felizes, não estamos a fazer caridade?

Doutrinador: Desde que não façamos os outros infelizes...


Espírito: Claro que não! Não se trata de fazer ninguém infeliz.


Doutrinador: Com certeza, amigo. Mas aqui quando se fala em obediência, fala-se em obediência às Leis de Deus. E quando se fala em resignação, fala-se em resignação em relação às provas pelas quais temos todos que passar...

Espírito: Mas os espíritas são todos tristes.


Doutrinador: Enganai-vos, amigo. Os espíritas podem passar os seus momentos de tristeza, mas também têm os seus momentos de alegria.


Espírito: Não! Não gozam a vida. Passam o tempo a orar.


Doutrinador: Não. A oração é, sim, para entrarmos em sintonia com o Pai e para pedir aos amigos...


Espírito: Nós também ensinamos a entrar em sintonia.


Doutrinador: E que tal se nós dois pudéssemos fazer uma oração que nós conhecemos, pedindo ao Pai do fundo do coração o auxílio para nós todos...

Espírito: Não, eu vim apenas fazer-vos um convite.


Doutrinador: Ora bem. E nós fazemos-te o convite para uma oração. Aceitas?

Espírito: Hum... é uma perda de tempo.


[O doutrinador ora, com muita fé um Pai Nosso e pede por todos os presentes. Pede que nos ajude a livrar de remorsos que trazemos de vidas anteriores, que procuramos anestesiar, estagnando no progresso. A entidade interrompe...]

Espírito: Estás a ver como os espíritas só fazem sofrer, que eu já estou a sentir-me mal?! É isto que eu digo! É aqui que está a diferença! Nós lutamos pela felicidade. Vocês lutam pelo sofrimento! É espantoso!

Doutrinador: Meu querido amigo, o sofrimento que nós temos tem raízes em vidas anteriores...


Espírito: Eu vim desarmado. Estou aqui com a maior das boas vontades.


Doutrinador: E certamente não vieste sozinho e estão aqui outros amigos teus a acompanhar-nos.


Espírito: Ah! Tens vidência!


Doutrinador: De modo que, querido amigo e queridos amigos que aqui estão, nós sentimo-nos realmente felizes se nós evoluirmos e a evolução é feita quando as nossas consciências se libertam. Se libertam de quê? Se libertam de erros passados que nos causam remorso e o remorso actua como um aguilhão terrível sobre nós. Por vezes tentamos anestesiar a nossa consciência. Tentamos ‘queimar o carma’, como às vezes vós dizeis. Mas isso é impossível, amigo. Não podemos queimarmo-nos a nós próprios. A anestesia pode durar uns tempos, mas não durará sempre. Por isso, querido amigo, a proposta...


Espírito: Eu não te estou a ouvir. Eu não vim aqui para ser convencido.

Doutrinador: Com certeza, amigo. Mas ao menos acompanhas-me numa oração.

Espírito: Outra?


Doutrinador: Sim. Vamos então.


[O doutrinador ora um Pai Nosso, após o que inicia sobre este companheiro uma regressão de memória, para se recordar de existências anteriores. A entidade começa a respirar de forma ofegante...]


Espírito: Estão-me a pôr imagens que eu não quero ver. E não estou conseguindo afastá-las! Peço auxílio a todos os meus mestres. Não quero ver! Estou a ser forçado! (respiração muito ofegante...)
Já sei! Já sei! Sei! Queimei-te! Queimei-te! Claro que te queimei! Mas eu não quero saber! Eu sei que era um grupo! Mas eu só cumpri ordens! Eu tinha que cumprir ordens! Senão acontecia-me o mesmo! E daí? Todos temos que evoluir! Eu quero evoluir! Eu estou a evoluir! Eu estou a aprender a evoluir. Eu já não sou o mesmo! Retirem-me esses quadros! Eu não sou o mesmo! Eu já mudei! Eu estou a aperfeiçoar-me e estou a conseguir aperfeiçoar-me. Não me recordem essas coisas! Eu não quero ver! Eu enlouqueço! Querem-me enlouquecer! Eu vou enlouquecer! Eu não aguento!


Doutrinador: Coragem amigo! Não podemos fugir à realidade!


Espírito: Mas eu não sou o mesmo. Isto que me estão a mostrar é outra pessoa! Eu já mudei. Eu não tenho que estar sujeito a isto. Eu tenho que ser feliz. Eu já não sou essa pessoa horrível, sem sentimentos, que tinha gozo em fazer sofrer. Eu já não sou assim... Eu tinha conseguido afastá-los do meu campo mental!

Doutrinador: Não podemos fugir de nós próprios, amigo...


Espírito: Mas eu pedi ajuda! Pedi tanta ajuda a estes meus companheiros!


Doutrinador: Pede ajuda a Jesus, que é o médico das almas, meu amigo.


Espírito: Eles protegiam-me. Onde é que eles estão?

Doutrinador: Eles anestesiavam-te, amigo.

Espírito: Não interessa. Eu consegui retirar estas imagens mentais e substituí-las por outras!

Doutrinador: Mas isso foi uma falsidade que te fizeram.

Espírito: Chama-lhe o que quiseres. Eu preciso de evoluir. Eu não posso estar a ver estas imagens que me atormentam!

Doutrinador: Só evoluis se fores capaz de conseguir retirar de verdade do teu campo mental estas imagens. Se elas não te afectarem e isso só se consegue numa reencarnação.


Espírito: Mas elas não me afectam. Estão-me a afectar agora porque voltaram.

Doutrinador: Estão a voltar porque provavelmente ainda não respondeste...

Espírito: Mas eu pertenço a uma equipa que consegue afastar isto tudo.


Doutrinador: Não podes fugir à Justiça Divina, meu amigo. Deus não pune...

Espírito: Mas podemos evoluir para Deus sem passar pelo sofrimento.

Doutrinador: Meu amigo: não podemos fugir à Justiça Divina. Convence-te disso. Ninguém pode. Senão o crime não teria castigo.

Espírito: Mas nós ensinamos que não é preciso passar pelo castigo, desde que mudemos as nossas energias. Transmutemos as essas energias para o bem.

Doutrinador: Esse ensinamento é cómodo e serve muito bem os propósitos de quem quer cometer o crime.


Espírito: Mas eu não cometo crimes.


Doutrinador: Mas cometeste outrora, meu amigo.


Espírito: Mas já foi há tanto tempo...


Doutrinador: Mas, perante a Lei de Deus, continuas endividado.


Espírito: Há tanto tempo.


Doutrinador: Certamente, meu amigo. Certamente do tempo da Inquisição, não é verdade?


Espírito: Muito mais recente. Do tempo dos fornos.
Doutrinador: Ora, meu querido amigo...


Espírito: Eu cumpria ordens.


Doutrinador: Cumprias ordens, mas colaboravas.


Espírito: Não posso negar que me ria, quando os ouvia gritar.


Doutrinador: E isso, quer queiras, quer não, era um crime.


Espírito: Era. Eu reconheço que era um crime. Reconheço que era um malvado. Eu não tinha sentimentos. Mas agora não. Eu, agora, já não sou esse. Foi uma época em que eu fiquei... eu enlouqueci. Eu era louco. Eu não posso pagar toda a vida por isso. Porque eu era louco. Eu não tinha o domínio de mim próprio.

Doutrinador: Meu querido amigo, todos nós nos dominamos a nós próprios, até onde queremos. Não podemos negar isso. Acaso alguma vez respondeste por esses crimes?

Espírito: Não. Respondi quando me perseguiam. Porque podes crer que me perseguiram. Sempre a gritar. Aqueles gritos...

Doutrinador: Perseguia-te a tua consciência...

Espírito: A minha consciência... A minha consciência...Ou eles. Sei lá?!

Doutrinador: Tu tens que te libertar e a única forma de te libertares não é anestesiar a consciência.

Espírito: Eu pedi ajuda a quem estava presente na altura para me poder ajudar. E encontrei tanta gente que me ajudou. Ajudou-me a mudar o meu campo mental e eu consegui transformar essas imagens noutras imagens lindas.

Doutrinador: Essa ajuda era ilusória, meu querido amigo. Porque, quer queirais, quer não...

Espírito: Mas por que é que isto me volta agora novamente? E eu não estou a conseguir usar tudo o que aprendi?


Doutrinador: Porque tens que responder perante estes crimes, querido amigo. Nenhum de nós pode fugir à Lei de Deus e a Lei de Deus é a do Amor e da Caridade. Feriste essa Lei. Terás que responder perante Ela, amigo. É assim a vida. Ninguém pode cometer crimes impunemente. Ninguém pode atentar contra a vida alheia, querido amigo. Estás a laborar num erro, julgando que mudando as imagens mentais te mudas a ti, no fundo de ti próprio. Isso não é verdade, amigo. Na realidade neste momento continuas a induzir outros em erro.

Espírito: Ai, Ai!!!! Estes gritos. Eu continuo a ouvir estes gritos. Estes gritos dão cabo da minha cabeça. Estão dentro de mim. Percorrem o meu corpo todo.

Doutrinador: Tu precisas de ajuda, querido amigo.


Espírito: Eu preciso de energia. Dá-nos energia.

Doutrinador: Não, meu amigo. Não podes sugar as energias. Não podes continuar a sugar as energias dos outros.


Espírito: Mas eu preciso tanto! [A entidade chora]

Doutrinador: As energias, hás-de tê-las, quando modificares o teu campo mental para Deus, meu amigo. Para Deus.


Espírito: Mas Deus é castigo. Deus é sofrimento.


Doutrinador: Deus não é castigo nem sofrimento. Deus é Justiça. Ninguém pode fugir às leis divinas, meu amigo. Nenhum de nós. Se nós cometemos o crime em vida anterior, teremos que responder por esse crime. Ou respondemos perante a lei dos homens ou respondemos perante Deus. E a Lei de Deus é Universal. Está gravada nas nossas consciências. Na tua consciência. Por isso é que te vêm essas imagens à mente neste momento. E tu mostras agora profundo arrependimento, não é verdade? Estão aqui mensageiros de Jesus à nossa volta. Todos nós choramos pelos crimes cometidos. E, quando arrependidos, somos auxiliados, porque Deus é infinitamente misericordioso. Caridade para com os criminosos, porque, por mais que o sejam e desde que se arrependam, Deus lhes estenderá a sua mão misericordiosa. Agarra esta oportunidade, meu amigo. Agarra esta oportunidade! Porque só assim poderás evoluir verdadeiramente. Deus está contigo. Deus está connosco, meu amigo.


Espírito: Mas como é que eu posso pagar isto tudo?!


Doutrinador: Tu podes, meu amigo! Tu podes, meu amigo!


Espírito: Foi tão horrível! Não sei. Vou levar séculos. Eu vou levar séculos para pagar todos os crimes que cometi!


Doutrinador: Tu tens amores que esperam por ti. Tu tens gente que te ama, está à tua espera.


Espírito: Mas não os posso ver. Nunca! Nunca os vi. Bem procurei por todos.

Doutrinador: Mas vais vê-los agora, amigo. Toma atenção. Toma atenção, amigo. Permite-me que eu peça a Deus que tu possas encarar os teus amigos verdadeiros, os familiares, os entes queridos, aqueles de quem te separaste há muito, mas que esperam por ti. E nós vamos pedir ao Pai essa bênção.


[O doutrinador pede, emocionado, a Deus, nosso Pai, por este nosso companheiro, para que ele possa ser recebido por alguém querido. Enquanto isto, a entidade chora de arrependimento].


Espírito: FILHO! NÃO! Não! Eu não tenho o direito. Eu quero ir-me embora. Deixem-me ir embora. Eu não tenho o direito. Tantos anos chamando por ele. Procurando em todo o lado. Eu não tenho o direito. Ele é luz. Eu sou sombra. Ele é amor. Eu sou ódio. Eu não tenho o direito. Perdoa-me, filho. Perdoa-me, por tudo. Mas não me faças olhar para ti. Porque eu não posso olhar para ti. É o teu brilho que me encandeia. Eu estou habituado ao escuro. Ao escuro da minha maldade... (passam alguns instantes) Aceito...Aceito... Um dia, poderei olhar-te nos olhos. Agora é demasiado cedo. Eu pagarei para que chegue esse dia.

Passam alguns instantes e o Espírito diz em tom solene:


Amigos: eu vou acompanhado por auxiliares que eu não conheço, que me são estranhos, porque só assim vou obter campo mental para poder olhar para mim próprio.
Doutrinador: Meu Amigo: ficamos muito felizes por que isso suceda. Jesus está-te estendendo a mão. Foi isso que Jesus nos ensinou.


Espírito: Perdoai-me a intromissão.


Doutrinador: Oh amigo! Nós é que te agradecemos a ti pela lição que nos deste e pela oportunidade que nos proporcionaste de podermos ser um bocadinho útil. Iremos orar por ti.


Espírito: Ah! Bem vou precisar delas. (refere-se às orações que considerava perda de tempo). Obrigado a todos vós.

[O doutrinador agradece a Deus todas as bênçãos recebidas, esperando pela comunicação do Espírito guia, orientador destes trabalhos.]

Manuel
Núcleo Espírita Amigo Amen
17 de Novembro de 2009
(continua)

domingo, 15 de novembro de 2009

A história do ‘Lorny’

Já lá vão 23 ou 24 anos.

Ao Centro Espírita em que trabalhava chegou um caso para o qual, após consulta aos guias espirituais, foi indicado um trabalho de desobsessão, com a presença da pessoa para a qual a consulta havia sido feita.

Não era fácil, dado que a referida pessoa, de cerca de 40 anos de idade, vivia na ilha da Madeira, estando empregada numa empresa de renome. Contudo, ela acedeu a deslocar-se a Portugal continental, na esperança de ver o seu problema resolvido.

A questão que ela havia colocado teria sido considerada de ‘grave’ pelos amigos espirituais. De facto, na vida desta nossa irmã tudo parecia correr mal. Desde o divórcio (embora ambos gostassem um do outro), até aos problemas com o filho, aos problemas no trabalho... esta nossa companheira perguntava, sem saber a razão, o porquê de tanta atrapalhação.

Veio da ilha da Madeira no dia anterior à reunião.

Naquele sábado todos estávamos preparados.


Reunidos na sala habitual e ocupando os lugares do costume, após a concentração, elevação de pensamentos e a oração de abertura, permitiu-se a entrada desta nossa irmã.
Tratava-se de um caso de obsessão de longa duração.

O espírito manifestante revelou que continuava a amar esta nossa amiga. E não admitia que alguém mais se interpusesse entre ele e ela!
Quando se falou no ‘outro’ (naquele com quem esta nossa irmã estava casada) ele revelou que ‘eram cá uns ciúmes!’, que ele não conseguia aguentar. Fez tudo para acabar com o casamento entre eles (o que conseguiu).

Como nada sucede por acaso procurámos saber a razão desta aproximação tão forte entre ele e esta nossa irmã.
Ele revelou que se tinha suicidado em vida anterior ‘por causa dela’.

Certamente as coisas não se teriam passado bem assim. Em última análise, a culpa do suicida reside nele próprio. Contudo, para que nesta existência se tivesse estabelecido uma relação obsessiva, isto é, para que a entidade tivesse tido a possibilidade de se ligar a esta nossa irmã foi porque ela teve a sua parcela de culpa no sucedido, talvez prometendo um amor não concretizado. Não o sabemos.

O facto é que este ‘amor’ obsessivo deste nosso companheiro desencarnado continuava. Daí a sua recomendação a esta nossa amiga antes de ser encaminhado: “Quando chegares a este lado (ao mundo espiritual) não te esqueças de mim: eu sou o ‘Lorny’.

Nunca mais me esqueci do nome. É que a minha mãe, já velhota, tomava um comprimido chamado ‘Lorenin’ antes de se deitar.

Moral da história:

1. As dependências, sejam elas físicas ou psicológicas podem causar-nos atrasos em nossa evolução;

2. Nunca devemos jogar com os sentimentos alheios.

Novembro de 2009
Mário

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

No Próximo Fim-de-Semana

"A cidade de Lisboa, em Portugal, sediará a 4ª edição de evento promovido pela Associação Médico-Espírita Internacional, a Associação Médico-Espírita de Portugal e a Verdade e Luz - Editora e Distribuidora Espírita, que traz como tema central "A Espiritualidade em Acção - Novos Rumos para a Saúde".

Os distúrbios bipolares, a epilepsia e o transtorno do déficit de atenção e hiperactividade, o cancro sob a óptica espiritual, as repercussões espirituais das drogas, a diabetes sob a perspectiva médico-espírita e o tratamento medicamentoso e espiritual das doenças serão alguns dos temas em análise pelos expositores convidados.

As IV Jornadas Portuguesas de Medicina e Espiritualidade serão realizadas no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária (Cidade Universitária), em Lisboa, Portugal, nos dias 14 e 15 de Novembro de 2009, tendo as suas inscrições já abertas, no valor de 38 euros.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones

21 412 10 62 ou 21 412 33 37,

Programa:IV JORNADAS PORTUGUESAS DE MEDICINA E ESPIRITUALIDADE

Com organização da Associação Médico Espírita Internacional, da Associação Médico Espírita de Portugal e a Verdade e Luz - Editora e Distribuidora Espírita, vai realizar-se nos dias 14 e 15 de Novembro de 2009, as IV Jornadas Portuguesas de Medicina e Espiritualidade.

Programa das IV JPME
  • Sábado, 14 de Novembro
09h30 Abertura Solene.
09h50 Das Mitocôndrias à Luz Coagulada - Inspirações da Espiritualidade à Ciência, Dra. Marlene Nobre.
10h40 A Fé no Processo da Cura, Dr. Francisco Ganhão.
11h10 Intervalo.
11h30 Integrando a Espiritualidade na Psiquiatria, Dr. Sérgio Lopes.
12h15 O Transtorno Afectivo Bipolar está ligado a influências espirituais? Dr. Roberto lúcio de Souza.
13h00 Almoço.
14h30 Epilepsia e TDAH (transtorno de Déficit de Atenção e Hiperactividade: Abordagem Espírita, Dr. César Geremia.
15h20 Tratamento Medicamentoso e Espiritual das Doenças, Dr. Jorge Cecílio DaherJr.
16h00 Perguntas e Respostas.
16h15 Intervalo.
16h35 Painel: Dependência Química e Espiritualidade
16h35 Por que é que as pessoas usam drogas? Dr.Sérgio Lopes.
17h15 As repercussões perispirituais das drogas, Dr. Roberto Lúcio de Souza.
18h00 Tabagismo: Dependência, Consequências Espirituais e Prevenção, Dr. Carlos Roberto de Souza.
18h30 Um Perdão que Cura e o que Dizem as Doenças, Dr. Torcato Santos.
19h10 Perguntas e Respostas.
19h25 Prece Final
19h30 Encerramento.
  • Domingo 15de Novembro
09h15 Carma: construindo o destino, Dr. César Geremia.
09h55 O Cancro sob o prisma espiritual: etiologia complexa, Dra. Paula Costa e Silva.
10h35 Falando da Diabetes na perspectiva Médico-Espírita, Dr. Jorge Cecílio Daher Jr.
11h15 Perguntas e Respostas.
11h25 Intervalo.
11h45 Da Doença Terminal à Desencarnação: papel dos Cuidados Paliativos, Dra. Paula Costa e Silva.
12h25 Emoções e Saúde, Dr. João Jacinto.
12h55 Almoço.
14h20 Painel: Em Defesa da Vida
14h20 Infertilidade e Reprodução Assistida sob a óptica Espírita, Dr. Décio Iandoli Jr.
15h00 Consequências Físicas, Psicológicas e Espirituais do Aborto, Dra. Marlene Nobre.
15h40 Questões Bioéticas: No Limiar de Uma Nova Vida
15h40 Aspectos Espirituais nos Transplantes, Dr. Carlos Roberto de Souza.
16h20 O que diz a EQM sobre a Eutanásia? Dr. Décio Iandoli Jr.
17h00 Perguntas e Respostas.
17h15 Intervalo.17h30 Painel: Ser Médico, Ser Humano
17h30 O impacto dos sentimentos na vida do médico, Dr. Sérgio Lopes.
17h45 O médico ao pé da pessoa que chora, Dr. Décio Iandoli Jr.
18h00 A mensagem do Dr. Bezerra de Menezes aos colegas das AMEs, Dra. Marlene Nobre.
18h30 Prece Final.
18h35 Encerramento Solene.
Fonte: Blog de Espiritismo

domingo, 8 de novembro de 2009

Palavras de Ânimo

Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa. (Joana de Angelis)


Pare de pensar só nos problemas! Não os deixe maiores ainda! Há muita coisa boa acontecendo em sua vida: sua saúde, sua família, seus amigos, seu trabalho.... sua vida está transbordando de coisas boas. Mude o seu discurso e pare de evidenciar aquilo que está errado em sua vida. Valorize mais o que está certo! E veja o quanto você tem para agradecer. Por maiores que sejam os desafios que vem enfrentando, sempre achará algum aspecto da sua vida pelo qual deve agradecer.


Seja forte e inteligente e transforme sempre suas fraquezas em forças!Agradeça as inúmeras bênçãos que você vem recebendo ao longo de sua vida. Agradeça pela saúde, pela riqueza, pelo amor, pela criatividade, pelo sorriso.


Você é um ser lindo e é por isso que deve dar graças ao Universo que tanto tem te favorecido. Sua família deve ser outro ponto forte e importante a considerar como bênção. Ainda mais quando se admite que os nossos pais podem ser culpados sim por algum erro que cometeram conosco. Mas sem terem culpas. Já pensou na possibilidade de você ter escolhido seus pais? Pois pense! Nada é por acaso. Em algum lugar no tempo, você teve a oportunidade de escolher papai e mamãe, viu?Em vez de fugir dos seus problemas e desafios, encare-os de frente para que eles possam servir de estímulo em sua vida, na criatividade, no seu crescimento e sua transformação.


Bom Divertimento! Fique com Deus."Fique mais com as bênçãos e não com as aflições. Fique com os ganhos, não com as perdas. Valorize as suas alegrias, em vez das desgraças. Conte suas amizades, em vez de inimizades. Considere a sua saúde, não suas riquezas"(Luis Carlos Mazzini)Uma tarde serena e um início de semana de paz. Abraço

Carlos Alberto Guerin (um amigo do Orkut)


terça-feira, 27 de outubro de 2009

Agradecimentos

Decidi hoje colocar em ordem os prémios que tenho recebido e os respectivos agradecimentos aos amigos que me brindam com as suas lembranças e que muito honram um blog cuja única pretensão é divulgar a consoladora Doutrina Espírita, levando a Esperança a quem nos lê, através da Compreensão das Leis do Destino e da Dor.



Este “Blog é um sonho” foi-me oferecido pelo blog da Jeanne: http://crescerdatrabalho.blogspot.com/


Regras:

A - Exibir a imagem e publicar as regras.

B - Postar o link de quem te indicou.

C - Visitar e comentar no blog de quem indicou.

D - Indicar 10 blogs e avisá-los.

E - Responder se usa produtos Naturais e os preferidos.

Resposta: Uso às vezes, sobretudo, para as constipações, bem como suplementos vitamínicos e antioxidantes.

Passo este prémio para os blogs:

http://bloggdaro.blogspot.com/

http://marymiranda-fatosdefato.blogspot.com/

http://paradoxofeminino.blogspot.com/

http://lukafree.blogspot.com/

http://omundodeaaz.blogspot.com/

http://inspiracoeshumanas.blogspot.com/

http://carlos-artes.blogspot.com/

http://www.josenelsondepaivamatos.blogspot.com/

http://almadepoesia2007.blogspot.com/

http://cucasuperlegal.blogspot.com/



Do UNKNOWN MAN do Blog: http://espiriteiro.blogspot.com/ recebi os seguintes selos:



Este é o "Prêmio Dardos" que dá a cada blogueiro o reconhecimento de seu valor, esforço, ajuda, transmissão de conhecimento, todos os dias.


E este é um selo de utilidade pública.

Devemos divulgá-lo o máximo possível, pois assim disseminaremos a consciencialização sobre a Preservação do Meio Ambiente.

Para publicá-lo basta responder à seguinte pergunta:“O que você tem feito para preservar o meio ambiente?

A minha resposta:

- Separo o lixo, e entrego pilhas usadas nos locais próprios;

- Devolvo medicamentos fora do prazo;
- Não sujo as ruas;

- Não poluo os rios, as praias e os mares;

-Tento economizar luz e água;
- Participo em petições e campanhas em defesa do meio ambiente e dos Direitos Humanos;

- Esforço-me constantemente por ajudar a alterar a psico-esfera da Terra, tentando ser tolerante, positiva e amante da Paz. Vou continuar a tentar toda a vida… e uma só não chega. Um dia, chego lá.

Ofereço estes dois selos aos blogs:


http://blog-espiritismo.blogspot.com/

http://sempre-umpoucodetudo.blogspot.com/

http://www.gritopacifico.blogspot.com/

http://espiritananet.blogspot.com/

http://espiritosescolas.blogspot.com/

http://joanadarc.wordpress.com/

http://podermagico.blogspot.com/

http://conscienciaevida.blogspot.com/

http://deixafluir1.blogspot.com/

http://estarbemcorpoalma.blogspot.com/

"Se fazer fosse tão fácil quanto saber o que seria bom fazer, as capelas seriam igrejas, e as choupanas dos pobres, palácios de príncipes." William Shakespeare



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Reunião Conturbada (II)

Ocorreu há cerca de 7 anos. Novamente uma reunião de cura mediúnica, mas desta vez em casa particular. Embora o ambiente tivesse sido devidamente preparado, as condições não eram as melhores.

Por princípio as reuniões mediúnicas devem ser realizadas em local especificamente designado para o efeito. Se não for num Centro Espírita, esse local pode ser uma dependência no interior da casa ou no exterior (no quintal ou jardim, por exemplo). Necessário que seja em local reservado exclusivamente para esse fim.

Não foi o caso. A reunião foi realizada numa sala, de certo modo improvisada. As crianças, de 7 e 8 anos, foram informadas para não incomodarem, para irem brincar para o quarto no outro lado da casa. Só tinham autorização para voltar depois de acabada a reunião. Foram completamente esclarecidas pois já estavam instruídas acerca da importância e responsabilidade das reuniões mediúnicas.
Comportaram-se muito bem. Foram completamente obedientes e respeitaram o que lhes foi pedido.

A reunião decorreu serenamente. O final teve um senão: é que os participantes, em vez de ficarem durante alguns minutos em recolhimento e concentração, acabaram a reunião de uma forma mais ou menos abrupta, logo que o dirigente espiritual dos trabalhos terminou a comunicação psicofónica.

Saíram todos da sala onde a reunião se tinha realizado e, imediatamente, as crianças, sentindo que os adultos já estavam disponíveis, vieram do quarto onde tinham estado a brincar. Entraram no recinto onde tinha ocorrido momentos antes a reunião de cura. Pularam, saltaram e cantaram.

Imediatamente, um dos participantes na reunião de cura – precisamente o que havia sido tratado - sentiu-se invadido por um frio intenso. Pediu mantas para se agasalhar. Devo dizer que a temperatura ambiente deveria ser cerca de 27-28º. Era um frio interior, ‘inexplicável’.
Os outros participantes e a médium de cura também se sentiram incomodados.

Moral da história


Em primeiro lugar, as reuniões mediúnicas deverão ser realizadas em local especificamente designadas para o efeito;
Em segundo lugar, repito o que referi logo no início: ‘depois da reunião os participantes deverão continuar algum tempo no recinto, em oração. O respeito que mantivemos enquanto a reunião se realizava deverá permanecer’.
Mário

domingo, 18 de outubro de 2009

A reunião conturbada (I)

As reuniões mediúnicas sérias necessitam de cuidada preparação. Quer antes, quer depois.

Os participantes deverão levar uma vida digna, tomando em atenção os pensamentos, o comportamento social, os locais frequentados, etc.

Antes do início da reunião e ainda fora do recinto onde ela se vai realizar, os elementos do grupo mediúnico deverão ter um intervalo de recolhimento. A leitura de textos edificantes e a oração muito ajudam.

Depois da reunião os participantes deverão permanecer algum tempo no recinto, em oração. O respeito que mantivemos enquanto a reunião se realizava deverá permanecer. Não esquecer que uma reunião mediúnica séria é algo transcendente que envolve muitos companheiros desencarnados, Espíritos Amigos em tarefa de auxílio. As descrições vindas nos livros de André Luiz nos esclarecem a este respeito.

Serve esta introdução para relatar um facto ocorrido há cerca de 25 anos numa reunião de cura mediúnica.

Como habitualmente, juntámo-nos, por volta das 15:30 no Centro onde a reunião se iria efectuar. O grupo incluía cerca de 10 participantes, entre eles 4 médiuns, sendo três de ‘incorporação’. Entre os participantes havia uma senhora cuja presença não era muito regular: eram mais as vezes em que ela faltava do que aquelas em que estava presente. A cadeira a ela destinada, no interior do recinto ficava, na maior parte das vezes vazia.
Naquele sábado ela compareceu.

Às 16:00 horas deu-se início à reunião mas, passado pouco tempo, todos os médiuns, que entretanto já se encontravam de pé junto da mesa de cura, ficaram, de repente, estáticos. Continuavam de pé, em transe mediúnico, mas parados. O normal teria sido iniciarem o tratamento da pessoa que já se havia deitado, anteriormente, na mesa de cura. Esta situação durou cerca de 15 minutos. Todos os participantes continuavam concentrados, em oração. Após esse tempo os médiuns foram encaminhados, ainda em transe, para as respectivas cadeiras, onde se sentaram. Continuou-se ainda em oração até os médiuns saírem do transe. O companheiro que estava na mesa de cura desceu e voltou para o seu lugar. Passado algum tempo deu-se por encerrada a reunião. Para nós, a reunião tinha sido um falhanço total.

Saímos da sala e ouvimos a senhora pouco assídua dizer maravilhas da reunião. Revelava que tinha entrado mal e tinha saído muito bem. Concluiu que tinha sido tratada eficazmente.

Entretanto, nesse fim-de-semana, o companheiro que tinha estado na mesa de cura, passou muito mal, com dores na região do fígado e vomitando. Todos os médiuns e outros participantes passaram mal nos dias imediatos.

Na 4ª Feira seguinte o companheiro que tinha estado na mesa de cura foi tratado em reunião de desobsessão. Manifestou-se uma entidade que havia desencarnado com cirrose no fígado. Após a reunião esse companheiro revelou imediata melhoria. Os médiuns e outros participantes reuniram-se com o objectivo de receberem tratamento espiritual para se recomporem.

A questão colocava-se agora no porquê do sucedido e nas medidas a tomar para que não mais voltasse a acontecer.

Verificou-se que aquela nossa irmã pouco assídua não vinha para a reunião ‘com boas intenções’ para usar a expressão que um espírito amigo utilizou. O objectivo dessa nossa companheira não era o de auxiliar os outros sem qualquer outra intenção que não fosse essa. A infeliz senhora vinha para ‘descarregar’ as entidades que a acompanhavam. Com efeito, nas noites de 6ª Feira ela ia para o Casino, frequentando um ambiente frívolo de jogo, álcool e fumo. Trazia entidades afins para a reunião. Perturbadas e perturbadoras. Além disso, dado não estar em condições para participar condignamente na reunião, abriu uma brecha permitindo a entrada desse tipo de entidades. Disse ela após a reunião que se sentia muito melhor, que se sentia renovada. De facto fez um autêntico ‘descarrego’ à custa de quem lá estava.

Desde então e para satisfação dos elementos do grupo, nunca mais compareceu às reuniões de cura mediúnica, certamente dissuadida pelos companheiros da espiritualidade.

Moral da história

Repetindo o que dissemos na introdução: uma reunião mediúnica é um assunto muito sério e como tal deve ser tratado. Quem participa levianamente numa reunião mediúnica arrisca-se não só a sofrer dissabores como a provocar perturbações nos outros. O objectivo último de cada participante deverá ser só um: realização da caridade activa, sem qualquer contrapartida em mente. Pudemos já presenciar a dissolução de grupos de cura mediúnica, precedida normalmente de uma grande multiplicação de mistificações, porque algum ou alguns elementos do grupo participavam com a intenção íntima de serem eles os primeiros beneficiários da cura.

Mas, tal como devemos ter muito cuidado na preparação das reuniões, o mesmo se diz em relação aos momentos que lhes são subsequentes. O relato que se segue é disso um exemplo.

(Continua)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Cura espiritual de um animal doméstico

O Boneco

A minha gatinha, a ‘Rabina’ teve vários filhos. Procurámos donos para as crias. Foram encaminhadas para pessoas amigas. Todas muito bonitas. Ficámos com um gatinho, apenas porque nasceu muito doentinho.

Demos-lhe o nome de ‘Boneco’.

Era também muito bonito. Só que muito doente. Todo o seu corpo estava coberto de pequenos tumores do tamanho de berlindes.

Levámo-lo muitas vezes a vários veterinários. Foram-lhe feitas muitas análises. Mas nunca veio o diagnóstico. Gastámos muito dinheiro com o ‘Boneco’. Os resultados foram nulos.

Em desespero, atrevemo-nos a pedir, em reunião mediúnica, ajuda para o ‘Boneco’. A resposta foi, exactamente, a seguinte: “O gatinho será curado”.

Fomos para casa. À chegada vimos logo que o gatinho estava melhor. Passados alguns dias o gatinho estava, de facto, curado. Não havia qualquer sinal dos tumores que antes apresentava.

Para quem crê que as curas espirituais são obra de sugestão ou influência mental, este facto resta inexplicado.

Até hoje, passados cerca de dez anos, o ‘Boneco’ cá continua saudável, não nos tendo dado mais preocupações em matéria de saúde.



Outubro de 2009
Mário

sábado, 19 de setembro de 2009

A Cadeira

A filha de um homem pediu a um sacerdote que fosse a sua casa rezar uma oração para o seu pai, que estava muito doente.

Quando o sacerdote chegou à residência, encontrou este pobre homem na sua cama com a cabeça levantada por um par de almofadas.

Havia uma cadeira ao lado da cama, pelo que o sacerdote pensou que o homem sabia que viria vê-lo.

- Suponho que estava à minha espera? – disse-lhe.
- Não. Quem é o senhor? – perguntou o homem enfermo.
- Sou o sacerdote que a sua filha chamou para que rezasse com o senhor. Quando entrei e reparei na cadeira vazia ao lado da sua cama, supus que o senhor sabia que eu viria visitá-lo.

- Ah sim, a Cadeira.
Importa-se de fechar a porta? – perguntou o homem doente.

O sacerdote, surpreendido, fechou a porta.

O homem enfermo disse-lhe:
- Nunca disse isto a ninguém, mas passei toda a minha vida sem saber como orar. Quando estava na Igreja, escutava sempre, a propósito da oração, como se deve orar e os benefícios que traz…
…mas sempre…isto das orações…não sei…! Entra-me por um ouvido e sai-me pelo outro.
De qualquer forma, não faço ideia de como a fazer. Então…Faz muito tempo que abandonei por completo a oração.
Isto foi assim até há uns quatro anos, quando, conversando com o meu melhor amigo, ele me disse:
"José, isto da oração é simplesmente ter uma conversa com Jesus; sugiro-te, pois, que faças assim…Sentas-te numa cadeira e colocas outra cadeira vazia em frente da tua; depois, com fé, olhas para Jesus sentado diante de ti. Não é algo aloucado fazê-lo, pois ele disse-nos: “Eu estarei sempre convosco”.
Portanto, falas-Lhe e escuta-Lo, da mesma maneira como estás agora a fazer comigo."

- Foi assim que fiz uma vez e agradou-me, pelo que continuei a fazê-lo umas duas horas diárias desde então.
Tenho sempre muito cuidado, não vá a minha filha ver-me…Pois internar-me-ia imediatamente num manicómio.

O sacerdote sentiu uma grande emoção ao escutar isto e disse a José que era algo muito bom o que estava a fazer, e que nunca deixasse de o fazer.
Rezou imediatamente uma oração com ele. Deu-lhe a bênção e foi para a sua paróquia.

Dois dias depois, a filha de José chamou o sacerdote para lhe dizer que o seu pai tinha falecido.

O sacerdote perguntou-lhe:
- Faleceu em paz?
- Sim, quando saí de casa, por volta das duas da tarde, chamou-me e fui vê-lo na sua cama. Disse que me queria muito e deu-me um beijo.
Quando regressei de fazer umas compras, uma hora mais tarde, já o encontrei morto.
Mas há algo de estranho na sua morte, pois, aparentemente, justamente antes de morrer, aproximou-se da cadeira que estava ao lado da sua cama e reclinou a cabeça sobre ela; foi assim que o encontrei.
Que pensa o senhor que isto possa significar?

O sacerdote, profundamente comovido, enxugou as lágrimas da emoção e respondeu-lhe:

-
Oxalá que todos nós pudéssemos ir dessa maneira.
Autor desconhecido

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Faça seu Semelhante mais Feliz




Pegue seu "Sorriso"

E presenteie a quem nunca teve um.


Descubra uma "Fonte"

e banhe quem vive na lama.


Use sua "Valentia"

Para dar força e ânimo

a quem não sabe lutar.


Tenha "Esperança"

E viva em sua luz.


Descubra o "Amor"

E passe a conhecer o mundo.


Pegue um "Raio de Sol"

E faça-o brilhar onde reina a escuridão.


Pegue uma "Lagrima"

E ponha-o no rosto de quem nunca chorou.


Descubra a "Vida"

E ensine-a a quem não sabe entendê-la.


Pegue sua "Bondade"

E dê-a a quem não sabe dar!

Autor Mahatma Gandhi

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Eventos no país

1. ESPIRITISMO NO JORNAL EXPRESSO - 29 de Agosto de 2009


O jornal EXPRESSO, o maior jornal semanário de Portugal, irá incluir na sua próxima edição de sábado, 29 de Agosto de 2009, uma peça sobre casas assombradas.

A Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal (ADEP), foi contactada pelo Expresso, no sentido de esclarecer alguns assuntos relacionados com o tema, tendo esta associação espírita providenciado bibliografia espírita referente ao assunto, bem como fornecido outro tipo de material e informação.

Fonte: ADEP (Braga)

2. CONFERÊNCIA: A REVELAÇÃO ESPÍRITA - 28 de Agosto de 2009


Na sexta-feira, dia 28 de Agosto de 2009, pelas 21h00, vai decorrer uma conferência subordinada ao tema A REVELAÇÃO ESPÍRITA. Baseada na obra "A Génese", de Allan Kardec, esta conferência pretende o que é a revelação espírita, para que serve, quais as suas mais valias para a sociedade.

O evento terá lugar na sede do Centro de Cultura Espírita, no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c.Este centro tem página na Internet em www.caldasrainha.net/cce e e-mail cce@caldasrainha.net As entradas são livres e gratuitas.

Fonte: Centro de Cultura Espírita (CCE) - Caldas da Rainha

3. CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO - 26 de Setembro de 2009


O Centro de Cultura Espírita, sito no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c, www.caldasrainha.net/cce e e-mail cce@caldasrainha.net vai levar a cabo mais um CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO.

Esta formação é gratuita e livre, podendo ser frequentada por qualquer pessoa que o deseje, bastando para isso uma simples inscrição na sede desta associação espírita, via e-mail, ou pelo telefone 96 285 28 25.

O CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO decorrerá aos sábados, das 15H00 às 16H00 e terá início no dia 26 de Setembro de 2009.

Esta actividade é coordenada pelo professor Mário Correia e pelo militar João Eduardo.

Fonte: Centro de Cultura Espírita (CCE) - Caldas da Rainha

4. CRIANÇAS ESPÍRITAS - EVANGELIZAÇÃO

O Centro de Cultura Espírita, sito no Bairro das Morenas, em Caldas da Rainha, na Rua Francisco Ramos, nº 34, r/c, www.caldasrainha.net/cce e e-mail cce@caldasrainha.net vai levar a cabo mais um ano lectivo de evangelização infanto-juvenil, para crianças a partir dos 5 anos de idade.

Esta actividade é gratuita e livre, podendo ser frequentada por qualquer criança, bastando para isso uma simples inscrição na sede desta associação espírita, via e-mail, ou pelo telefone 917 462 940.

A evangelização infanto-juvenil decorrerá aos sábados, das 15H00 às 16H00 e terá início no dia 5 de Setembro de 2009.

Esta actividade é coordenada pela professora Manuela Simões e por Nuno Fortuna, licenciado em comunicação social.

Fonte: Centro de Cultura Espírita (CCE) - Caldas da Rainha


5. CONFERÊNCIAS EM LEÇA DA PALMEIRA

NERVO N.E.R.V— Núcleo Espírita Rosa dos Ventos – Travessa Fonte da Muda, 26-4450-672 Leça da Palmeira, com e-mail www.nervespiritismo.com e com página na Internet em www. nervespiritismo.com Tef. 229962395/965384111.


Convida-vos a estar presente às Sextas-Feiras pelas 21h00, para o seguinte ciclo de palestras:

LIVRO EM ESTUDO "EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO"

DIA 4 DE SETEMBRO 2009 àS 21h00

TEMA: O ORGULHO E A HUMILDADE Conferencista: Francisco Assis

DIA 11 DE SETEMBRO 2009 às 21h00

TEMA: O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO Conferencista: António Augusto

DIA 18 DE SETEMBRO 2009 às 21h00

TEMA: OS SÃOS NÃO PRECISAM DE MÉDICO Conferencista: Maria Áurea

DIA 25 DE SETEMBRO 2009 às 21h00

TEMA: O QUE SE DEVE ENTENDER POR POBRES DE ESPÍRITO Conferencista: José António Luz
Fonte: NERV