domingo, 15 de novembro de 2009

A história do ‘Lorny’

Já lá vão 23 ou 24 anos.

Ao Centro Espírita em que trabalhava chegou um caso para o qual, após consulta aos guias espirituais, foi indicado um trabalho de desobsessão, com a presença da pessoa para a qual a consulta havia sido feita.

Não era fácil, dado que a referida pessoa, de cerca de 40 anos de idade, vivia na ilha da Madeira, estando empregada numa empresa de renome. Contudo, ela acedeu a deslocar-se a Portugal continental, na esperança de ver o seu problema resolvido.

A questão que ela havia colocado teria sido considerada de ‘grave’ pelos amigos espirituais. De facto, na vida desta nossa irmã tudo parecia correr mal. Desde o divórcio (embora ambos gostassem um do outro), até aos problemas com o filho, aos problemas no trabalho... esta nossa companheira perguntava, sem saber a razão, o porquê de tanta atrapalhação.

Veio da ilha da Madeira no dia anterior à reunião.

Naquele sábado todos estávamos preparados.


Reunidos na sala habitual e ocupando os lugares do costume, após a concentração, elevação de pensamentos e a oração de abertura, permitiu-se a entrada desta nossa irmã.
Tratava-se de um caso de obsessão de longa duração.

O espírito manifestante revelou que continuava a amar esta nossa amiga. E não admitia que alguém mais se interpusesse entre ele e ela!
Quando se falou no ‘outro’ (naquele com quem esta nossa irmã estava casada) ele revelou que ‘eram cá uns ciúmes!’, que ele não conseguia aguentar. Fez tudo para acabar com o casamento entre eles (o que conseguiu).

Como nada sucede por acaso procurámos saber a razão desta aproximação tão forte entre ele e esta nossa irmã.
Ele revelou que se tinha suicidado em vida anterior ‘por causa dela’.

Certamente as coisas não se teriam passado bem assim. Em última análise, a culpa do suicida reside nele próprio. Contudo, para que nesta existência se tivesse estabelecido uma relação obsessiva, isto é, para que a entidade tivesse tido a possibilidade de se ligar a esta nossa irmã foi porque ela teve a sua parcela de culpa no sucedido, talvez prometendo um amor não concretizado. Não o sabemos.

O facto é que este ‘amor’ obsessivo deste nosso companheiro desencarnado continuava. Daí a sua recomendação a esta nossa amiga antes de ser encaminhado: “Quando chegares a este lado (ao mundo espiritual) não te esqueças de mim: eu sou o ‘Lorny’.

Nunca mais me esqueci do nome. É que a minha mãe, já velhota, tomava um comprimido chamado ‘Lorenin’ antes de se deitar.

Moral da história:

1. As dependências, sejam elas físicas ou psicológicas podem causar-nos atrasos em nossa evolução;

2. Nunca devemos jogar com os sentimentos alheios.

Novembro de 2009
Mário

1 comentário:

  1. Joana, olá!

    Precisamos tomar cuidado com os nossos pensamentos, palavras e atitudes.
    Sem esquecer que "somos responsáveis por aqueles que cativamos" e assim assumir responsabilidades ante a própria consciência.


    Joana, tenha uma semana de muita alegrai e luz,
    beijo

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