sábado, 29 de setembro de 2007

PROVA DE FOGO (escolhida na espiritualidade)

Encontrava-me em um departamento de instrução e orientação a espíritos que se preparavam para o retorno à vida corporal.

O instrutor Joel, abnegado Benfeitor daquele núcleo, atendia pacientemente aos inúmeros candidatos à reencarnação.

Diante de um dos seus pupilos, o nobre instrutor falou:

- Augusto, meu filho, rejubilo-me com teus esforços. Nem todos estão preparados para participarem da escolha das próprias provas... No entanto, espírito consciente dos erros do passado, auxiliado pelos amigos desta Casa, sabes que de fato, o escolhido será o melhor para ti.

O ouvinte, atencioso, respondeu:

- Sim, irmão Joel, e agradeço o amparo carinhoso que tenho recebido de todos.

Solícito, o Benfeitor explicou:

- Agradeçamos, antes, à bondade infinita de Deus, que nos permite recomeçar, conforme Jesus nos ensinou: "- Meu Pai não quer a morte do pecador, mas sim que ele se arrependa... "

Lágrimas discretas deslizaram pela face do aprendiz, enquanto o instrutor prosseguia:

- Augusto, confia e prepara-te. Terás muitas lutas e acerbas dificuldades. Aflições inúmeras acompanhar-te-ão a trajetória terrena, entretanto, depois das lutas, depararás com a paz que esperas de há muito... Vai em paz!

Após Augusto se retirar, interessado em colher novas lições, aproximei-me do irmão Joel e indaguei:

- Benfeitor amigo, pelo que pude apreciar nosso companheiro enfrentará verdadeira prova de fogo na existência terrestre?

- Sim, respondeu o instrutor. Ele necessi­tará de muito esforço, renúncia e perseverança.

- Enfrentará a miséria?

- Não, o nosso irmão terá o necessário para viver.

- Sofrerá grave enfermidade?

- Não, ele terá saúde equilibrada.

- Viverá em completa e angustiosa solidão?

- Não, viverá cercado de pessoas.

- Mas, então, que prova ele terá?

O Benfeitor sorriu e concluiu explicando: - Nosso Augusto será médium na Terra…

Hilário Silva (Espírito)

In “Notas de Paz” De Luís António Ferraz

Veja aqui:

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

CRIANÇAS em Risco na Somália

UNICEF alerta para níveis críticos de má nutrição infantil na Somália

“NAIROBI, 12 de Setembro de 2007 – Na sequência de um inquérito recente sobre nutrição, a UNICEF e os seus parceiros estimam que 83 000 crianças no Centro e Sul da Somália sofrem de má nutrição – das quais 13 500 estão gravemente mal nutridas e em perigo de morte.

“Estas crianças requerem uma atenção urgente para garantir que sobrevivam,” afirmou o Representante da UNICEF na Somália, Christian Balslev-Olesen.”

“Apelamos a todas as partes envolvidas,” sublinhou Balslev-Olesen “para estabelecer a paz afim de que possamos trabalhar com as comunidades para ir ao encontro das necessidades destas crianças.”

O número de pessoas que precisam de ajuda humanitária na Somália aumentou de um milhão para 1.5 milhões desde Janeiro deste ano. A maior parte dos mais necessitados é constituída por crianças e mulheres."

Fotos retiradas daqui

Leia aqui as últimas notícias:


"Sê gentil com as crianças.

Elas necessitam de oportunidade e de amor para lograrem o triunfo.

Esses cidadãos em formação ignoram as lutas que os aguardam.

Distende-lhes o gesto de simpatia, transmitindo-lhes confiança na humanidade que representas.

Não as atemorizes, nem as maltrates.

Quem visse aquele menino, em Nazaré, no passado, entre outras crianças, brincando descuidadamente, não poderia imaginar que era o construtor da Terra, nosso Modelo e Guia."

“Vida Feliz” de Divaldo Franco pelo Espírito Joanna de Ângelis

Oração da criança

Oração a São Francisco de Assis





segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Amor de Mãe

Leio e releio esta história e não paro de me emocionar e de agradecer a Deus pelo seu Infinito Amor.

Abençoada Reencarnação!!!

Ofereço-a a todos os leitores, como me chegou às mãos:

"Na noite de 25 para 26 de Março de 2007, após a leitura de uma lição de ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, manifestou-se um espírito amigo, relatando-nos uma tocante história que, segundo ele, é ‘tantas vezes contada e recontada na espiritualidade aos corações sofredores’, que passamos a transcrever:

Espírito - “Venho hoje trazer-vos uma pequena história que vos permitirá analisar, ser sujeita ao vosso escrutínio. Que vos servirá de exemplo e de reflexão para os nossos actos diários inconsequentes e que dificilmente são meditados atempadamente.

Vivia, numa pequena casa, uma mãe já de certa idade, com sua filha, a única dos irmãos que não tinha encontrado uma nova família. Era esta uma alma sofrida, vendo frustrados os seus sonhos, mas ambiciosa, também. Desejosa dos prazeres que a vida de ilusões oferece e que o dinheiro tão facilmente compra.

Sem o possuir, sem perspectivas de o alcançar, passou a odiar sua mãe por esta ser pobre, feia (aos seus olhos), pobremente vestida, transportando os sinais evidentes da baixa condição social que lhes cabia em sorte.

Sofreu a pobre mãe, no corpo, quando, como uma criança, sua idade já avançada lhe não permitia a independência para os tratos da higiene, da alimentação. E sofreu na alma o desprezo que a sua filha lhe votava, orando a Deus pela sua salvação, perdoando no fundo do seu coração de mãe.

Desencarnou esta alma bondosa, mas não sossegou, pois a preocupava em demasia o futuro e o bem-estar de sua filhinha. Depressa, pelos créditos que possuía, granjeou nova oportunidade de encarnação, vindo a nascer de uma vizinha tão pobre como ela tinha sido, cheia de filhos. Nasceu cega e surda, pois pediu que lhe não fosse permitido ver os despautérios de sua filha e que não pudesse ouvir os insultos que ela lhe iria dirigir, para que mais facilmente se lhe pudesse dedicar e talvez modificar os seus padrões mentais, conduzindo-a a Jesus.

Deus lho concedeu. E esta alma viveu, dia-a-dia, fugindo de cada vez que lho era permitido para casa de sua vizinha que a empurrava, que lhe gritava: “sai daqui, criatura nojenta. De nada vales. Não prestas para nada. Que me queres? Desaparece-me da vista!” e a pontapeava e a sacudia, mas a criança, sem saber porquê, se arrastava novamente para sua casa, brincando, aproximando-se, incomodando e sorrindo a novo insulto, a cada pontapé.

E foi crescendo e a bela rapariga envelhecendo. Sua beleza se desfazendo. As rugas sulcando seu rosto, cada vez mais amargurado, já desistindo de encontrar o futuro tão ambicionado, maldizendo a Deus e à Vida que a obrigaram a seguir contra suas tendências e seus anseios.

E aquela criaturinha a quem ela não olhava de frente, a quem nem um sorriso concedia, quando ela tombou no leito, abandonada por todos, incluindo seus familiares, porque a todos sacudia com azedume, invejando suas vidas, foi a única que dela cuidou com desvelo, com carinho, ajudando-a na transição que a todos espera.

Suas últimas palavras, antes de deixar o corpo físico, foram de agradecimento àquela pobre enjeitada que, pior do que ela, não via nem ouvia, mas que possuía um coração do tamanho do mundo. Agradeceu a Deus pela sua companhia, pela sua presença, pelo amor que não merecia, vendo e sentindo nessa pobre criaturinha a misericórdia divina.

Desencarnou essa pobre alma um pouco mais confortada e resignada, reconhecendo Deus naquela mão amiga que nunca a abandonou. De pouca valia aparente, foi a sua única protecção e a luz que lhe iluminou a vida.

Mas, logo mais, a pobre cega, vendo-se sozinha, tropeçou, no seu desespero, num fogão que no chão se encontrava aceso, tendo-o feito tombar e deflagrar um incêndio que depressa se espalhou, tendo reduzido aquela pobre casa a cinzas, levando consigo a criatura cuja missão tinha terminado com a partida da sua querida filha.

Chegando ao mundo espiritual, mãe e filha se reencontraram: uma, plena de luz, brotando de seu coração um esplendor enorme, uma estrela brilhante que tudo iluminava, inclusive a sua filha, abraçando-a e protegendo-a.

Estrondoso grito ecoou nos céus, quando esta, ao erguer a fronte reconhece, naquela alma, sua mãe, a mãe que abandonara, a mãe que insultara, a mãe que desprezara na vida e na morte. E a ela, simultaneamente, a pobre criaturinha, que voltara a insultar, a desprezar, só lhe reconhecendo a valia no último momento.

De nada valeram as súplicas de sua mãe, pois ela, em desespero infinito, fugiu, espavorida, correndo sempre, gritando e gemendo, insultando-se em centuplicado, desprezando-se em centuplicado, desejando a autodestruição e o esquecimento absoluto, que não existem na verdadeira vida.

E essa mãe continua pedindo a Jesus, pela sua filhinha amada, o benefício de uma nova oportunidade, a bênção de uma nova reencarnação em conjunto, para poder, deste modo, prodigalizar mais amor, mais protecção à sua amada filhinha.

Que nossos actos diários sejam todos eles exemplares. Que nossa consciência os aceite para que não precisem de ser escondidos da Luz e do Amor.

Ficai em paz, meus amigos.

Que Jesus vos proteja e vos ilumine agora e sempre.

O doutrinador agradece a lição acabada de deixar para meditação e tece algumas considerações sobre a severidade que por vezes emprestamos aos nossos julgamentos de outrem.

Sobre este assunto O Espírito amigo refere:

Julgai o erro severamente, mas deveis furtar-vos de condenar o culpado. A sua consciência disso se encarregará.

Ensinai pelo exemplo, pela transmissão do bem em palavras e actos. Essa a nossa principal missão.

(...)

Deveis terminar vossa reunião orando ao Pai, pedindo-lhe a assistência e o discernimento nas vossas actuações e meditai nesta história tantas vezes contada e recontada na espiritualidade aos corações sofredores, carentes de esperança num amanhã melhor.

O doutrinador agradece.

Espírito - Agradeçamos a Deus tanta Bondade e tanto Amor.

Casimiro (Espírito)

Manuel

Núcleo Espírita "Amigo Amén"

Santa Maria


sábado, 22 de setembro de 2007

Um País Diferente

O Brasil, nosso querido país irmão, convive com o mundo espiritual com a maior naturalidade e respeito. Fez-se silêncio na Câmara dos Deputados, quando, no início da sessão, e após oração em homenagem ao bicentenário da Doutrina Espírita, um dos deputados, repentinamente, começou a falar psicofonicamente, em plena reunião solene. O vídeo foi para o Youtube em 16 de Abril.






sexta-feira, 21 de setembro de 2007

EVANGELHO NO LAR

"Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei"
Jesus (Mateus, 18:20)

Há muito que nos habituámos a entregar a tarefa da oração aos condutores das nossas igrejas, descuidando a protecção do lar que só beneficiaria se cultivássemos o hábito de silenciar a
nossa mente por uns momentos e meditar nas lições do Evangelho, agradecendo ao Criador as bênçãos recebidas durante o dia.

Tal como Jesus prometeu, a Sua presença se faz sentir, nos momentos em que a família se reúne no culto do Evangelho, a todos inundando de tranquilidade e harmonia.
  • Praticando o culto do Evangelho no lar, num dia e hora determinados, atrairemos os Espíritos Superiores que comparecem com prazer para nos auxiliarem e isolarão o lar de outras influências negativas que nele possam permanecer.
  • Estudando os ensinamentos de Jesus, aprofundamos conhecimentos e aumentamos a nossa compreensão e tolerância no ambiente doméstico, através das reflexões que fazemos em conjunto, acerca dos nossos pensamentos e actos diários.
  • Conhecendo o processo da reencarnação, meditando nas suas leis, causas e efeitos, compreenderemos melhor os nossos desafectos, aceitando as diferenças e atenuando os desequilíbrios que sempre surgem na convivência, pelo choque dos temperamentos e preferências de cada um.
  • Orientaremos os mais pequenos, no respeito por si mesmos e pelo próximo, e se más tendências se manifestarem desde cedo, mais necessidade terão de crescer no entendimento das leis divinas e da importância da sua tarefa na terra para a própria evolução. Se nos preocupamos com a sua higiene diária, alimentação e educação, cabe-nos reflectir na responsabilidade de lhes proporcionar um lar tranquilo e saudável, cultivando-lhes o espírito, através dos ensinamentos cristãos.

Como fazer o Evangelho no lar?
  • Escolha um dia e uma hora que seja conveniente para os membros da família e, uma vez por semana, reúnam-se à mesa, (20 a 30 minutos) num local escolhido para o efeito;
  • Coloque um copo de água para cada um dos elementos presentes na mesa;
  • Faça (ou convide um dos familiares) uma prece, com palavras simples, que não precisam de ser decoradas;
  • Abra o Evangelho Segundo o Espiritismo “ao acaso” e leia uma página. Verá que geralmente a lição vem de encontro a um problema ou vivência recente: é a orientação dos amigos espirituais que nos lêem no íntimo e nos apresentam a solução em que não tínhamos pensado antes, levando-nos muitas vezes a mudar a perspectiva com que encaramos a dificuldade e a alterar as nossas intenções de acção;
  • Comente com os familiares a lição do dia, observando as ligações que ela estabelece com os acontecimentos da semana;
  • Termine a reunião, agradecendo a presença dos orientadores espirituais, a Jesus e a Deus o auxílio enviado.
  • Cada um dos presentes bebe a água que se encontra agora magnetizada, pelos amigos espirituais, com fluidos curadores.

Notas: A constância das reuniões e a pontualidade devem ser mantidas para que possamos contar com a assistência espiritual, pois os guias têm outras tarefas a desempenhar na espiritualidade e não podem estar à nossa disposição.
  • Com crianças presentes, dever-se-á adequar a linguagem ao seu entendimento.Se preferir, poderá, numa reunião à parte, ler-lhes o Evangelho Segundo o Espiritismo para crianças, fácil de adquirir pela Internet ou outro livro do género, destinado a elas.
  • Se o ambiente familiar não for propício à prática do Evangelho no Lar, não desista e faça-o a sós; (sempre em voz alta para que todos os espíritos presentes possam beneficiar) talvez os seus familiares se disponham mais tarde a participar, vendo a sua persistência e convicção.
  • Tenha a certeza que estará lutando pela tranquilidade do seu lar e pela obtenção do auxílio necessário para a superação das dificuldades materiais e espirituais, conforme a recomendação de Jesus: " Orai e Vigiai ".

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Senhor; fazei de mim um instrumento da Vossa paz!

Onde houver ódio, fazei com que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;

Onde houver erros, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.


Ó Mestre, fazei com que eu procure mais:

Consolar, a ser consolado;

Compreender, a ser compreendido;

Amar, a ser amado.

Pois é dando que se recebe;

E perdoando que se é perdoado;

E é morrendo que se vive para a vida eterna!

Veja aqui

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

DIVALDINHO MATOS DE NOVO EM PORTUGAL

Divaldo Matos de Oliveira, carinhosamente apelidado de Divaldinho Mattos, é dirigente do Grupo Espírita Maria de Nazaré, fundado em 1982 e, como divulgador da Doutrina, tem viajado várias vezes a Portugal.

Ainda poderá assistir a uma das suas palestras e seminários, até ao dia 28 deste mês:

– Dia 17 – 21H30
Palestra – Tema: “Como Vivem os Espíritos” – Portimão (local a designar)
– Dia 18 – 21H30
Palestra – Associação Cultural Espírita Helil - Urbanização Quinta do Alto, lote 58, loja B - Faro .
– Dia 19 – 21H00
Palestra – União da Cultura Espiritualista de Olhão – Rua Dra. Paula Nogueira nº 58 - Olhão
– Dia 22 – 21H00
Palestra – Tema: “Lei de Causa e Efeito” – Biblioteca Municipal de Faro
– Dia 23 – 10H00 – 18H00
Seminário – Tema: “Espiritismo, Paradigma para a Evolução” Núcleo Familiar Espírita do Mentor
Amigo - Pechão
– Dia 24 – 21H00
Palestra – Tema: “Morrer e Desencarnar” - Sines (local a designar)
– Dia 27 – 21H30
Palestra - Núcleo Familiar Espírita do Mentor Amigo – Pechão
– Dia 29 - regresso ao Brasil

Fonte: Comunicado N.º 544 da ADEP

O progresso das religiões



A passagem de Dalai Lama por Portugal constituiu-se num marco histórico importantíssimo para o progresso da humanidade nos domínios da tolerância e do respeito pelas ideias e convicções do outro. Pela primeira vez, o prémio Nobel da Paz reuniu num mesmo espaço (a mesquita central de Lisboa) os representantes de várias religiões, budistas, católicos, hinduístas, judaístas…, promovendo num gesto simbólico, o diálogo inter-religioso e o convívio em harmonia e aceitação.

Esta é a mensagem do Espiritismo que a todos convoca pelo raciocínio, pela lógica e pelo amor ao próximo. A Doutrina Espírita não possui igrejas, nem sacerdotes, nem rituais de qualquer espécie, tendo apenas como propósito seguir a Jesus e praticar o lema:”Fora da Caridade não há salvação”.

Já no século XIX, os espíritos anunciavam a Allan Kardec uma sociedade futura mais fraterna e condicente com a lei de Deus:

"item 789. O progresso reunirá um dia todos os povos da Terra numa só nação?

-- Não em uma só nação, o que é impossível, pois da diversidade dos climas nascem costumes e necessidades diferentes, que constituem as nacionalidades. Assim serão sempre necessárias leis apropriadas a esses costumes e a essas necessidades. Mas a caridade não conhece latitudes e não faz distinção dos homens pela cor. Quando a lei de Deus constituir por toda parte a base da lei humana, os povos praticarão a caridade de um para outro, como os indivíduos de homem para homem, vivendo felizes e em paz, porque ninguém tentará fazer mal ao vizinho ou viver às suas expensas."

Ao tomarmos conhecimento do gesto de Dalai Lama, confirmamos a exactidão destas palavras:

"A Humanidade progride através dos indivíduos que se melhoram pouco a pouco e se esclarecem; quando estes se tornam numerosos, tomam a dianteira e arrastam os outros. De tempos em tempos surgem os homens de génio, que lhes dão um impulso; e depois, homens investidos de autoridade, instrumentos de Deus, que em alguns anos a fazem avançar de muitos séculos." O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Capítulo VIII, Lei Do Progresso, págs 318/19

Obrigada, homem de génio, pela mensagem de amor e de paz, transmitida à Humanidade. Um dia, numa sociedade não muito distante, os defensores dos mais elevados valores humanos merecerão honras de estado.

Um dia... assim o prometem os Espíritos.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

sábado, 8 de setembro de 2007

Visão Espírita da Morte

Hoje, milhares de pessoas reuniram-se para a despedida a Luciano Pavarotti, considerado por muitos, o maior tenor de todos os tempos. Será certamente recordado como aquele que retirou a ópera dos circuitos fechados em que se movem algumas elites, para popularizar um dos géneros mais difíceis da música. E fê-lo, sobretudo, acrescentando ao talento natural, o humor que o caracterizava, transmitindo alegria e vontade de viver num mundo melhor, empenhando-se em causas humanitárias e encarando a música como um meio excelente de união entre os povos.

O céu ganhou mais uma estrela; o mundo perdeu um homem de Paz.

Um dia afirmou que Deus lhe tinha dado tudo o que desejara. Se em dado momento, Ele decidisse tirar-lhe tudo, estariam quites.

Para muitos a sua vida terminou. Na visão espírita, a sua missão na terra chegou ao fim, mas o seu espírito continuará a brilhar, tendo apenas mudado de plano.

Duas questões se colocam a todos nós nestes momentos em que somos levados a encarar a morte, seja ela de pessoas célebres ou daqueles que amamos:

Para onde iremos? Que seremos após a morte?

Inteligência, talentos, afeições, conhecimentos adquiridos, lutas pelo progresso próprio e social ficarão irremediavelmente perdidos para sempre?

Essa a tese dos materialistas, não muito distante daquela que defende a fusão de cada ser na totalidade como pensam os budistas, o que na prática seria o mesmo, pois isso traria ao ser humano igual sentimento de desespero e de inutilidade, ao mesmo tempo que o isentaria de qualquer responsabilidade moral pelos actos praticados.

Ou como dizia Lavoisier: “Nada se perde, tudo se transforma”, sendo a morte apenas uma mudança na nossa caminhada em direcção à felicidade?

Vejamos o que nos dizem os Espíritos, a este propósito:

149. Em que se transforma a alma no instante da morte?

R: Volta a ser Espírito, ou seja, retorna ao mundo dos Espíritos, que ela havia deixado temporariamente.

150. A alma conserva a sua individualidade após a morte?

R: Sim; não a perde jamais. O que seria ela, se não a conservasse?

150-a. Como a alma constata a sua individualidade, se não tem mais o corpo material?

R: Tem um fluido que lhe é próprio, que tira da atmosfera do seu planeta, e que representa a aparência da sua última encarnação: seu perispírito.

150-b. A alma não leva nada deste mundo?

R: Nada mais que a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargor, segundo o emprego que tenha dado à vida. Quanto mais pura ela for, mais compreenderá a futilidade daquilo que deixou na Terra.

151. Que pensar da opinião dos que dizem que após a morte a alma retorna ao todo universal?

R: O conjunto dos Espíritos não constitui um todo? Quando estás numa assembleia, fazes parte integrante da mesma e não obstante conservas a tua individualidade.

152. Que prova podemos ter da individualidade da alma após a morte?

R: Não tendes esta prova pelas comunicações que obtendes? Se não estiverdes cegos, vereis; e se não estiverdes surdos, ouvireis; pois frequentemente uma voz vos fala e vos revela a existência de um ser que está ao vosso redor. Capítulo III - págs 116, 117.

“O Livro dos Espíritos”, Trad. José Herculano Pires


A morte dum ser querido traz sempre consigo um enorme sofrimento, mas enchem-nos de consolação e de renovadas esperanças de que a vida continua e de que partimos, uns mais cedo do que outros, ao encontro dos que amamos, palavras como estas:

"SANSON

Este antigo membro da Sociedade Espírita de Paris faleceu a 21 de Abril de 1862, depois de um ano de atrozes padecimentos.

8. – (…) Podeis descrever-nos, se é possível, o aspecto das coisas que se vos depararam?
- R. (…) Todos os Espíritos protetores que nos assistem,
rodeavam-me sorrindo; uma alegria sem par irradiava-lhes do semblante e também eu, forte e animado, podia sem esforço percorrer os espaços. O que eu vi não tem nome na linguagem dos homens...

Sabei que a felicidade, como vós outros a compreendeis, não passa de uma ficção. Vivei sabiamente, santamente, pela caridade e pelo amor, e tereis feito jus a impressões e delícias que o maior dos poetas não saberia descrever."

E Kardec acrescenta: "Nota - Os contos de fadas estão cheios de coisas absurdas, mas quem sabe se não contêm, de alguma sorte e em parte, algo do que se passa no mundo dos Espíritos? A descrição do Sr. Sanson lembra como que um homem adormecido numa choupana, despertando em palácio esplêndido e rodeado de uma corte brilhante."

O Céu e o Inferno - Capítulo II, ESPÍRITOS FELIZES, Pág. 181, Trad. de Manuel J. Quintão


terça-feira, 4 de setembro de 2007

Desejos de Vingança - Parte II

Passados alguns instantes manifesta-se o Amigo Espiritual que conduziu estes trabalhos...
ooo
Boa noite, meus irmãos.
Que a paz do Senhor fique convosco.

Vivemos, iludindo-nos desde o nascimento até ao nosso desencarne, crentes de que com a morte do corpo físico nada restará, ou algo apenas de muito vago, que desconhecemos completamente, se erguerá aos céus para vivermos em beatitude, julgando-nos merecedores de todas as honrarias, de toda a glória. Pobres pecadores que somos, viajantes de tantas e tantas jornadas, endividando-nos em cada uma delas e ultrapassamos, simultaneamente algumas dessas falhas tornando-nos sempre homens e mulheres um pouco melhores de cada vez. Essa é a lei, meus filhos, a lei do Universo da evolução infinita, no caminho da perfeição absoluta, ao encontro do Deus criador. Enleamos nossa caminhada que poderia ser rectilínea, rápida e alegre, enredando-nos cada vez mais, criando obstáculos desnecessários, obrigados a contornar essa mesma estrada por atalhos estreitos e pedregosos muitos deles, mas também nas lutas entre perseguidores e vítimas que se transformam por sua vez em carrascos. Limamos cada vez mais nossas almas imperfeitas, como a pedra que se transforma, sob a pressão do martelo, em diamante de brilho esplendoroso e beleza impar.
Assim caminhamos mais lentamente do que deveríamos, mas sempre no sentido do Bem, do Amor, da Harmonia universais.
Mantenhamos a Esperança, a Fé e a Caridade por todos os que sofrem, abrindo nossos corações ao sofrimento, aos horrores que enfrentamos diariamente.

Sobre perturbações exteriores ocorridas durante a reunião:

… Não nos preocupemos demasiado, confundindo a forma com o fundo. Nossas mentes são geralmente as grandes causadoras dos nossos males, pois são elas que conduzem as nossas mãos para praticar tudo o que de mal o homem tem inventado.

Aqui tendes pois e meditai nas nossas palavras, nas lições que aprendeis com o sofrimento de alguns irmãos que aqui trazemos para que possais auxiliar-nos em nossos trabalhos humildes, mas que tantos necessitados dele beneficiam.

Sobre a existência de um espaço específico para reuniões:

[A existência de um espaço próprio para reuniões permite que] “melhor possamos protegê-lo com nossas vibrações, com vossos pensamentos e orações, impregnando todo o ambiente, e nós, trabalhando com nossas ferramentas no sentido de o resguardar de vibrações indesejáveis pois sabeis dos conluios que se estabelecem entre as mentes de encarnados e desencarnados, constantemente, em que sois apanhados muitas vezes desprevenidos por todas as imperfeições que carregais convosco, incluindo nós que teremos que estar duplamente atentos deste lado da vida, pois aqui o pensamento vibra com dupla intensidade e ao mínimo descuido entramos em percalços pouco agradáveis. A melhor defesa para todos nós é a oração, mantendo a mente desperta, alerta para os maus pensamentos que nos invadem ou que brotam do nosso interior.

Que a paz fique convosco, meus amigos.

Doutrinador: Obrigado, querido amigo. Podemos fazer duas perguntas?

Espírito: Uma apenas, pois a médium recebeu um amigo com vibrações muito densas.

Doutrinador: Certamente, querido amigo. A pergunta é esta: alguns elementos do grupo têm tido estas últimas noites...

Espírito: Já vos foi respondido. Este amigo já anda por volta de uns 10 dias perto de todos vós. Já anda há muito tempo junto da família da nossa amiga, perturbando, desorientando criando perturbações, grandes discussões, grandes raivas e rancores...

Doutrinador: E ele foi encaminhado, não é verdade, querido amigo?

Espírito: Irá descansar, durante largo tempo, até poder recuperar minimamente a sua lucidez para poder compreender totalmente tudo o que lhe aconteceu.

Doutrinador: Obrigado, querido amigo e irmão. Quereis deixar vosso nome?

[Após alguns instantes]

Espírito: João Bosco.

Doutrinador: Obrigado, querido irmão.

Espírito: Agradeçamos a Deus.

O doutrinador agradece a Deus e a Jesus e encerra a reunião.

[Nota: Não é a primeira vez que nosso irmão João Bosco se manifesta. Já o fez (e pensamos que mais do que uma vez – não temos a certeza) psicograficamente. Normalmente, nossos companheiros de ideal espírita duvidam de identidades de espíritos que foram e são entidades respeitáveis da igreja católica romana. Tal como em outras vezes, em que nomes conhecidos assinam as comunicações, tal é para nós secundário. O que nos interessa é a qualidade do trabalho – exercício activo da caridade - e qualidade do conteúdo da comunicação. Tudo o mais nos é secundário].

Manuel
Núcleo Espírita "Amigo Amén"
Santa Maria, 15 de Agosto de 2007

sábado, 1 de setembro de 2007

Desejos de Vingança - Parte I

Muito interessante esta doutrinação a um amigo sofredor que foi conduzido a descobrir no passado as causas do seu imenso sofrimento. Ficámos a reflectir que o homem escreve no presente as páginas do seu futuro, em cada acto que pratica para o bem ou para o mal.


"Na noite de 12 para 13 de Agosto de 2007 manifestou-se uma entidade sofredora e revoltada. Havia mais de uma semana que alguns participantes do grupo lhe sentiam a presença através de diversos incómodos: noites mal dormidas (3 a 4 horas de sono), irritabilidade, falta de paciência... Após a oração de abertura e leitura de uma lição de ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, a entidade entabulou connosco o seguinte diálogo:

Doutrinador: Diz lá, meu amigo.

Espírito: Amor?! O que é isso de amor?!

Doutrinador: Tu vieste aqui ter connosco, não é verdade?

Espírito: Amor. É só amor. Amor... Onde é que ele está?

Doutrinador: Ninguém te amou a ti, amigo?

Espírito: Eu só fui enganado.

Doutrinador: Enganado por quem?

Espírito: Por todos.

Doutrinador: Tu estás a referir-te a teres sido enganado materialmente?

Espírito: Ódio é o que eu sinto. Ódio!

Doutrinador: Sentes ódio ou alguém sentiu ódio por ti?

Espírito: Eu sinto ódio porque fui enganado.

Doutrinador: Ódio a alguém em particular, ou à humanidade em geral?

Espírito: Eu odeio!

Doutrinador: Mas odeias quem, meu amigo?

Decorrem alguns instantes (...)

Doutrinador: Quem é que tu odeias?

Espírito: Aqueles que me fizeram sofrer.

Doutrinador: Mas o que é te fizeram para tu odiares assim tanto?

Espírito: Ainda hoje padeço.

Doutrinador: O que é te fizeram para tu odiares assim tanto?

Espírito: Não interessa.

Doutrinador: Prejudicaram-te?

Espírito: E enganaram-me.

Doutrinador: E enganaram-te... Enganaram-te na vida afectiva ou material?

Espírito: Em todas. Arruinaram-me a vida.

Doutrinador: E tu odeias aqueles irmãos infelizes que te fizeram isso, não é verdade?

Espírito: Tu também odiavas, se te fizessem o mesmo.

Doutrinador: Não sei. Se calhar não passei por aquilo que passaste. Não me contaste.

Espírito: Não quero contar. Quero é cumprir com os meus planos.

Doutrinador: Mas, querido amigo. Tu queres fazer justiça com as tuas próprias mãos. E achas correcto isso?

Espírito: Também não é correcto o que me fizeram e eu vou-me vingar.

Doutrinador: Diz-me uma coisa: tu acreditas em Deus e na justiça divina?

Espírito: Justiça faço eu. Eu é que faço justiça com as minhas mãos.

Doutrinador: Queres-te substituir a Deus, nosso Pai?

Espírito: Eu não me quero substituir a ninguém. Eu quero vingar-me!

Doutrinador: Não estás disposto a perdoar?

Espírito: Nunca!!! Só eu sei o que tenho passado!

Doutrinador: Diz-me uma coisa: será que tu, não fizeste, em tempos idos mal a alguém?

Espírito: Não! Não fiz nada!

Doutrinador: Então, procura lá recuar um pouco no tempo...

Espírito: Não quero recuar.

Doutrinador: Vamos lá relembrar. Vamos, meu amigo. Recua um pouco. Vamos ver. Vamos ver um pouquinho. Vamos ver se tu estás isento de alguma culpa. Vamos ver se não prejudicaste a alguém.

Espírito: Posso ter prejudicado. Todos nós fazemos asneiras. Mas mal como me fizeram não fiz a ninguém.

Doutrinador: Mas nada sucede por acaso. Tu disseste que não fizeste mal a ninguém da forma como te fizeram a ti, não é verdade? Mas vamos recuar um pouco no tempo.

Espírito: Não gosto que me toquem.

Doutrinador: Eu não te toco.

Doutrinador: Vá: vamos recuar um pouco no tempo. Vamos andar para trás.

Espírito: Para a frente é que eu vou andar!

Doutrinador: Vamos para trás, um pouquinho. (bocejos da entidade...) Procura lá. Procura lá relembrar...

Espírito: Não me toques! [A entidade recusa a imposição de mãos sobre a médium...]

Doutrinador: Não te estou a tocar, amigo.

Espírito: Estás-me a tocar!

Doutrinador: Vamos tentar recuar...

Espírito: Já te disse que não gosto que me toquem.

Doutrinador: Eu não toco. Vamos tentar um pouco no tempo. Vê lá. Vê lá o que eras antigamente.

Espírito: Olha... era um preto.

Doutrinador: E o que é que fizeste antes?

Espírito: Trabalhei que nem um escravo.

Doutrinador: E antes de seres preto, o que eras? Vê lá! Na vida anterior, porque tu já viveste muitas existências... Vê lá o que eras. Vamos recordar, amigo... Vamos recordar... Na vida anterior... Vê lá. Meu querido amigo. Observa.

Espírito: Não vejo nada. Dói-me muito a cabeça. [Recusa em recuar a vidas passadas]

Doutrinador: Procura ver.

Espírito: Quero ir-me embora.

Doutrinador: Vamos lá tentar ver antes, em vida anterior, amigo. Vamos a ver.

Espírito: Quero ir-me embora.

Doutrinador: Porquê, querido amigo? Não queres ver o teu passado? Antes de seres preto, antes de viveres essa tortura...

(bocejos da entidade...)

Vamos ver. Vamos recuar. Vamos recuar no tempo. Vá lá querido amigo. Muita luz sobre este nosso irmão...

(Decorre algum tempo...)

Espírito: Não! Aqui a fazerem-me coisas por artes mágicas?! Esse não sou eu! Não. Não me reconheço. Não! Não me lembro nada de ter feito essas coisas...

[Os participantes estão em oração e concentração]

Doutrinador: Observa, querido irmão. Quem estiver sem pecado que atire a primeira pedra. Tu nunca ouviste dizer?

Espírito: Só para tu não me voltares a tocar – estás sempre a tocar-me – eu vou-te contar. Mas isto não é verdade. Isto são artes mágicas que estão a fazer. Eu não faço estas coisas. Não me toques!!!

Doutrinador: Não te toco, querido amigo.

Espírito: Dizes que não, mas estás sempre a tocar-me.

Doutrinador: Eu não te toco, querido irmão.

Espírito: Não gosto de ser tocado. E muito menos por homens...

Estava aqui a ver coisas muito estranhas. Muito estranhas, que não têm a ver comigo. Afogava crianças no lago. Crianças das escravas. Com as minhas mãos. A afogar crianças no lago. Que era para elas trabalharem e não terem que amamentá-las. E muitas eram minhas... hum... E o que é que uma coisa tem a ver com as outras?! Tenho a cabeça a rebentar... vim para aqui com dor de estômago... saio daqui com dor de cabeça. Ainda por cima fui dizer logo que um homem destes merecia passar por mil torturas... mas não sou eu. Não me venham cá convencer que sou eu, que não sou... Agora tenho que me convencer que fui eu que fiz isto e que passei por uma vida de escravidão, de maus-tratos, de humilhações, por causa disto, que fiz eu. Quando já não me lembro disto. Se fui já não me lembro!

(...)

Tenho que chamar os meus amigos para me tirarem daqui. Venham todos! Preciso de vocês. Tirem-me daqui! Querem-me fazer desistir dos meus planos! Vou-me vingar nesta família toda. E aqui está uma digna representante [refere-se a uma das pessoas do grupo mediúnico, que é familiar próxima das pessoas de quem a entidade se quer vingar; de nada sabíamos e não nos tinha sido solicitado qualquer pedido de ajuda]. Não tem nada com isso, mas eu tenho que me vingar da família. Escusa ela de pedir que eu desista. E vocês também! Agora que eu os encontrei nem tão cedo vou desistir!

Doutrinador: Mas, meu irmão... quem afoga crianças...

Espírito: Pois: é um homem horrível! Mas esse homem horrível não sou eu! Estão a tentar iludir-me! Eu bem conheço essas artes. Estão a tentar iludir-me para me convencer a desistir!

Doutrinador: Não fujas à realidade!!! Não fujas à realidade!!! Vivemos vidas sucessivas e não é por acaso que tu passaste a última existência debaixo de tormentos. A justiça divina cumpriu-se na tua última existência. Tu foste esse mesmo que afogava crianças, quer queiras, quer não. Reconhece.

Espírito: Não sei. Isso é um grande choque para mim. Tenho que investigar. Tenho que ir investigar e pensar muito bem no assunto. Que isso é uma grande surpresa para mim. Estou desorientado.

Doutrinador: Foi-te dada a ver a realidade, amigo. Por isso Jesus disse: quem estiver sem pecado, que atire a primeira pedra.

Espírito: Mas isso não quer dizer que eles sejam melhores do que eu... São orgulhosos... maus...

Doutrinador: O que importa é aquilo que tu és e o que tu queres ser. Os outros não interessam. Interessa é a tua evolução, amigo. Não ficares preso no ódio e desejo de vingança. Porque isso revela, quando nós manifestamos esses sentimentos, revela que somos espíritos atrasados. Temos que mostrar que somos superiores. E é superior aquele que sabe perdoar. Perdoa porque sabe que outrora cometeu erros semelhantes.

Espírito: As tuas palavras são boas. Mas eu não estou bem... Estou muito perturbado.

Doutrinador: É natural, amigo. Uma situação dessas, causa choque. Sendo revelada a verdade da nossa existência, de existências anteriores. Julgávamo-nos impolutos e vítimas. A vítima de hoje foi o carrasco de outrora. E todos nós outrora fomos carrascos (bocejos da entidade) Por isso de uma forma ou de outra liquidámos nossos débitos. E tu na última existência liquidaste os teus débitos. Livraste-te. Conquistaste. E eles serviram de pedra de escândalo. Por isso têm que responder perante a lei. Não é necessária a tua presença para eles terem que responder perante a Lei. Segue a tua vida. Perdoa e avança na tua evolução. É esse o melhor caminho. O sábio caminho. Mostra a tua superioridade, amigo. E perdoa.

Espírito: Estou muito doente. Devo estar com febres altas.

Doutrinador: Estão médicos aqui presentes, querido amigo. Abre esses olhos. Abre esses olhos espirituais para o que se passa aqui à volta.

Decorre algum tempo em silêncio e oração. (...)

Doutrinador: Rogamos-te, Pai Amado, ajuda para este nosso querido irmão, para que ele possa ser encaminhado para planos superiores, para uma colónia de auxílio, ser esclarecido, ser auxiliado, para que ele possa retomar a sua vida, um novo caminho isento de ódios e desejos de vingança, porque, Senhor, nada sucede por acaso. Tu és o Deus infinitamente bom, grande e justo, que nunca, mas nunca deixa nenhum dos seus filhos ao abandono. Não dá a um filho seu uma pedra quando ele Lhe pede um pão. Para este nosso querido irmão nós pedimos muita luz, muita paz. E da nossa parte, um grande abraço para ti, querido amigo. Que Deus esteja contigo.

Passados alguns instantes manifesta-se o Amigo Espiritual que conduziu estes trabalhos...

Manuel

Núcleo Espírita "Amigo Amén"

Santa Maria, 13 de Agosto de 2007