quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Na hora da Morte

Hoje, veio-me à lembrança a minha sogra a quem, embora os poucos anos em que convivemos, recordo amiúde com carinho e saudade.

Aproxima-se a época natalícia em que os contactos familiares se estreitam e em que lembramos os que já partiram, sentindo a sua ausência nas nossas vidas.

Que consolação e alegria da alma nos traz, nestes momentos, a CERTEZA de que nos reencontraremos a todos para continuar a conviver na nossa caminhada evolutiva.

E pensei em Ernesto Bozzano, uma das personalidades mais sábias e eruditas do século XIX, e no seu valioso contributo para a pesquisa e confirmação da continuidade da vida.

Bozzano nasceu em 1862, em Génova na Itália. Foi professor na Universidade de Turim. E se, numa dada fase da sua vida, defendeu teses positivistas e materialistas, mais tarde, dedicou-se ao Espiritismo, tendo procedido a profundos estudos espíritas, segundo o método empírico da Ciência.

“Os fundamentos do saber humano passarão da concepção materialista do Universo à concepção espiritualista do ser, com as consequências filosóficas, sociais, morais e religiosas, que dela decorrem...” in Fenómeno de Bilocação

Escreveu mais de trinta e cinco obras, resultantes das suas pesquisas científicas:

“Fenómenos de Transporte”, “A Crise da Morte”, “A Hipótese Espírita e as Teorias Científicas” , “Animismo ou Espiritismo”, “Comunicações Mediúnicas Entre Vivos” “Os Animais têm Alma”, “Cinco Casos de Identificação de Espíritos”…

Algumas destas, aqui mencionadas, existem para download no site: http://www.autoresespiritasclassicos.com/

Mas voltemos ao assunto que aqui me levou a escrever espontaneamente: a minha sogra e a recordação do seu desencarne.

Nos seus «Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte» Ernesto Bozzano apresenta inúmeros casos confirmados de pessoas que reconheceram familiares, amigos, já falecidos e que vinham, segundo afirmação dos doentes, buscá-los para os acompanharem na travessia para uma nova etapa da vida.

A minha sogra detestava hospitais e lutou sempre contra a necessidade de ficar internada. Com oitenta anos e cheia de “maleitas”, ficava tão zangada e queixava-se tanto de tudo e de todos, que tinha de regressar rapidamente a casa e era o filho que fazia quilómetros para lhe preparar todos os medicamentos diários (cerca de 26) para que mantivesse o organismo mais ou menos estável. A minha cunhada encarregava-se de lhos ministrar, já que vivia perto, felizmente.

Mas, um dia… há sempre um dia, não é? Perante o agravamento do seu estado físico, surgiu a inevitabilidade do internamento compulsivo. Extremamente preocupados, todos nós a visitávamos com frequência. Passados poucos dias, numa das visitas do filho, este falava com ela, mas a mãe, embora acordada, não lhe respondia nem se virava para o lado da cama, onde ele se encontrava. Dirigia fixamente o olhar em frente, para o alto, e sorria. Este, preocupado, insistia: “Mãe, já não me conhece?”

Até que ela decidiu responder-lhe, sem se virar : “Então, não havia de conhecer? Maluco, maluco.” E continuava a olhar em frente e a sorrir.

“E está contente, mãe?”

"Então, não havia de estar?!”

Passadas poucas horas, desencarnou. O meu marido nunca mais esqueceu o seu sorriso de felicidade e, a nossa convicção de que a vida continua e de que os nossos amores nos esperam, aumentou enormemente, com este caso que a Bondade Divina nos permitiu viver, aportando-nos a consolação, num momento de dor que só quem perdeu alguém compreende.

Para quem sorriria a minha sogra? Para o marido que tanto a amou, para o irmão que perdeu, para a mãe, todos desencarnados há muito? Quem sabe?

Veja aqui:

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Justiça Divina

(continuação)

2º Facto

Meses depois, chega ao Centro um pedido de uma mãe desesperada que já tinha recorrido a todos os meios ao seu alcance para curar o seu filho, que sofria de leucemia.

Ela, que era médica, já o tinha levado aos melhores especialistas a Londres e já não lhe restavam esperanças. Recorreu, pois, por isso, a algo que ela desconhecia, ao sobrenatural... Não percebia porque é que um jovem de 15 anos, bonito e muito inteligente poderia ser submetido ao sofrimento, para depois morrer, na flor da idade.

Entregou-nos uma fotografia do jovem, para que fizéssemos uma consulta e rogássemos auxílio.

Dias depois, realizou-se uma reunião mediúnica em que colocámos a questão. Foi entregue a fotografia ao médium, que se encontrava em transe.

Ao pegar na fotografia, suas mãos tremeram e denotou uma expressão de horror e pavor. Recompôs-se logo de seguida e disse:

“Sabem, meus irmãos, na época nazi houve pessoas muito inteligentes que fizeram experiências com corpos humanos vivos... Mas... a Deus nada é impossível”.

E entregou a fotografia de volta.

Não fizemos mais indagações, embora tivéssemos deduzido que este jovem teria sido, eventualmente, um médico, que no tempo do nazismo, na Alemanha, tivesse usado, como cobaias das suas experiências médicas, pessoas vivas.

Algum tempo depois o jovem desencarnou.

Cerca de dois anos mais tarde, encontrei numa casa de electrodomésticos o avô desse rapaz. Eu conhecia-o, mas ele não me conhecia.

Falava com o dono da loja entusiasticamente e com profundo orgulho no neto que havia tido. Dizia ele:

“O meu neto não era inteligente. Era muitíssimo inteligente. Veja bem que, estando ele já doente, disse à mãe que queria aprender alemão.

A mãe arranjou uma professora que lhe foi dar lições de alemão a casa. Em dois meses... em dois meses apenas, ele, que nada sabia dessa língua difícil, sim, porque o alemão é uma língua difícil, aprendeu correctamente o alemão. A professora ficou abismada. Disse que nunca tinha visto nada assim”.

Eu, que sabia da história do rapaz, disse para comigo: ‘pois é... Ele não estava a aprender alemão... Ele estava a recordar’.

Este 2º facto que acabámos de relatar mostra-nos que não foi necessária a intervenção de entidades obsessoras para que a Justiça Divina se começasse a manifestar.

Os crimes cometidos por este espírito ficaram impressos na estrutura subtil do seu perispírito e, no momento próprio, fizeram desencadear a doença que levaram o rapaz ao desencarne.

Uma questão agora se coloca: será que os crimes cometidos por esta entidade, no tempo do nazismo, foram completamente resgatados?

Será que em futura reencarnação virá com a missão de curar, liquidando com o Amor os débitos outrora contraídos? Só Deus o sabe.

Para nós, a principal lição a tirar, é a de que, embora por vezes tal não pareça, dada a curta visão que possuímos da Vida, existe Justiça. Tenhamos isto presente sempre que nos ocorrem adversidades inesperadas.

Mas estas lições são para nós uma consolação, quando observamos tantas injustiças e crimes diariamente cometidos.

Que tremam, pois, todos aqueles que estão fazendo sofrer o seu semelhante. De nada servirão as desculpas. Não poderão argumentar desconhecimento.

Que tremam, porque se não responderem perante os tribunais terrenos, amanhã terão que responder perante os tribunais erigidos pela sua própria consciência, até ficarem quites com a Lei.

E a Lei, a única Lei, é a Lei de Deus: a Lei do Amor e da Caridade!

25 de Novembro de 2007

Mário

domingo, 25 de novembro de 2007

Desobsessão

Justiça Divina

Normalmente temos tendência para ver num espírito obsessor uma entidade execrável, impiedosa, que atormenta uma pessoa. Não vemos nele um irmão infeliz que foi outrora violentado e ultrajado por aquela pessoa que é sua actual vítima.

Nos trabalhos de desobsessão apressamo-nos a consolar a vítima, esquecendo que esta foi outrora carrasco.

Na verdade, os trabalhos de desobsessão, se aliviam o(a) obsidiado(a), não lhe retiram a responsabilidade dos actos censuráveis que cometeu em outras existências e pelos quais terá, tarde ou cedo, que responder.

Quanto ao espírito obsessor, esse é o principal beneficiário dos trabalhos de desobsessão, pois sua consciência fica liberta ao conceder o perdão, renunciando ao exercício da justiça pelas suas próprias mãos e entregando-a a Deus.

Os dois factos que vamos relatar (em 2 posts) ocorreram há mais de vinte anos e confirmam o que acabámos de dizer.

1º Facto

No Centro Espírita onde exercíamos a nossa actividade veio ter connosco uma pessoa que colocou um problema que a todos comoveu: uma criança de 4 anos de idade, morando com a família nos arredores de Lisboa, estava internada, com doença cancerosa, no Instituto Português de Oncologia. Perguntava a pessoa se seria possível fazer alguma coisa no Centro, dado saber que lá se efectuavam tratamentos de cura.

Feita a consulta aos nossos guias espirituais, a resposta foi positiva. A criança deveria ser trazida ao Centro para ser tratada.

Assim foi. Devido ao tratamento a criança não tinha cabelo e, além disso, independentemente da doença cancerosa, apresentava deformidades em ambas as pernas ao nível do tornozelo.

Após algumas sessões de tratamento, em semanas consecutivas, a criança foi considerada curada do mal físico (doença cancerosa) e foi-lhe dada alta. Contudo, o guia espiritual que se manifestou referiu que ainda “havia uma questão por resolver” e que a menina deveria ser trazida para desobsessão.

Na semana seguinte, em sessão de desobsessão, manifestou-se uma entidade que sorria de satisfação...

Doutrinador: “Porque sorris, meu irmão?”

Espírito: “Sorrio por a ver sofrer”.

Doutrinador: “Mas o sofrimento dos outros dá-te satisfação?”

Espírito: “Dos outros, não. Dela. É que vocês não sabem o que ela me fez sofrer a mim. A mim e a muitos outros.

Doutrinador: “Então o que é que ela fez?”

Espírito: “Ela acorrentava-nos a todos. E castigava-nos.”

[Lembremos que a criança nasceu deformada nos membros inferiores ao nível dos tornozelos]

Doutrinador: “E quem era ela? Lembras-te do seu nome?”

Espírito: “Chamava-se Flávia. Éramos seus escravos.

[Flávia é um nome romano. As ocorrências de que a entidade nos dá conta devem ter-se passado na época do Império Romano, em que havia escravatura]

Doutrinador: “Mas, amigo, tu insistes em fazer justiça pelas próprias mãos. Não vês que ela já tem sofrimento suficiente?”

Espírito: “Pois é. Eu até já tenho pena dela...”

Dado que este já está pronto a perdoar [‘eu até já tenho pena dela’], rogamos a Deus ajuda para este nosso irmão. Acorrem entidades afins que o acompanharam então no cativeiro e com os quais estabelece diálogo, do qual só ouvimos as intervenções do espírito manifestante:

Espírito: “Vocês aqui?!”

(...)

Espírito: “Então todo este tempo para nada?!”

Doutrinador: “É verdade, meu irmão. Todo este tempo para nada. Não era necessária a tua intervenção para que a Justiça Divina se exercesse. Ela está dentro de cada um de nós, na nossa consciência culpada que faz desencadear o resgate na altura devida, quando surge o arrependimento. E este chega, tarde ou cedo, sucedendo ao remorso que atormenta”.

Espírito: “Vou-me embora. Vou com estes amigos. Obrigado. E ela que me desculpe”.

Manifestou-se, em seguida, o Espírito que dirigiu os trabalhos, esclarecendo que, se nesta existência a menina veio deformada, na próxima existência virá como ‘uma mulher normal’.

O doutrinador encerra a reunião com uma oração, agradecendo ao Pai a oportunidade que a todos foi concedida.

Mário

(continua)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Importância do Perdão

Há algum tempo, conversando amenamente com um amigo sobre a vida e os desafios que enfrentamos no dia-a-dia e que põem à prova a nossa serenidade e o aprendizado que fizemos (ou não) dos ensinamentos cristãos ele confessou-me:

“Sabes?! Li aquele teu artigo sobre o irmão Jacob”.

“E o que achaste?” - perguntei eu.

“Há lá uma parte que veio mesmo ao encontro de uma situação pela qual tenho vindo a passar nos últimos tempos”.

A minha curiosidade levou-me logo a indagar do que se tratava. Por que situação é que ele tinha estado a passar e o que é que tinha a ver com o artigo intitulado ‘Voltei’?!

Então ele contou-me:

“Olha, nos últimos tempos, lá no meu local de trabalho, o relacionamento com o chefe andou muito, mas mesmo muito tenso. Ao ponto de eu lhe desejar, em pensamento, as coisas mais horríveis. A mentalização desse desejo trazia-me satisfação. Sentia que se lhe sucedesse o que eu lhe desejava seria feita justiça.

E imaginava-me a fazer essa mesma justiça pelas minhas próprias mãos. Ele, por sua vez, parece que me adivinhava os pensamentos e o seu relacionamento comigo estava cada vez mais crispado.

Andei torturado, amargurado, com desejos e pensamentos de vingança a perseguir-me. Ao ponto de se tornar uma obsessão constante”.

- “E não seria mesmo uma obsessão?”, indaguei eu. “É que os nossos pensamentos atraem entidades afins, que fazem coro connosco, na mesma sintonia”. “E quando o mesmo pensamento nos martela a cabeça constantemente é de desconfiar...”. “Nessa altura devemos fazer uma pausa, pensarmos bem no assunto que nos preocupa e qual a verdadeira razão para essa sensibilidade exagerada em relação ao mesmo”. “Orar e vigiar, como dizia o Mestre...”. E continuei:

- “Mas afinal o que é que fizeste e por que é que o artigo sobre o irmão Jacob veio ao teu encontro?”

Então ele contou-me:

“O irmão Jacob, em determinada altura é perseguido por um grupo violento de padres desencarnados que o ameaçavam. Ele, Jacob, lembrou-se de orar por eles, orar com sinceridade, do fundo do coração, considerando-os seres infelizes. Aí, eles se afastaram e ele, Jacob, começou a irradiar luz, pela primeira vez desde que havia chegado ao mundo espiritual.

Ora eu fiz o mesmo por aquele irmão que nesta vida transitória é o meu chefe e que me tem feito a vida negra. Orei por ele. Orei por ele com sinceridade, até às lágrimas, desejando-lhe o melhor possível do mundo. Afastei ódios e desejos de vingança e vi nele, com toda a sinceridade, repito, um irmão muito infeliz e muito necessitado. E lembrei-me de que nesta vida as coisas não nos sucedem por mero acaso. Inclusivamente solicitei aos amigos da espiritualidade, se Deus o permitisse, um encontro entre mim e ele durante o desprendimento nocturno, já que a animosidade parecia ser de parte a parte.

No dia seguinte ele dirigiu-se a mim com uma expressão aberta e simpática, coisa que já não acontecia há bastante tempo...”

O que este meu amigo fez, afinal, foi algo que consideramos muito lógico, racional, mas por vezes bastante difícil de realizar, dada a dose de orgulho que ainda nos cega: ele colocou em prática a lição do perdão.

Do artigo ‘Voltei’, voltamos nós agora, mais uma vez, a reproduzir o trecho que inspirou este meu amigo à oração e... ao perdão.

Depois de ter frequentado por mais de duzentos dias a “escola da iluminação”, certa noite, de volta ao lar espiritual, sozinho, foi “assaltado por furioso grupo de clérigos desencarnados” que se acercaram dele “violentos e sarcásticos”. Fizeram-lhe lembrar os ataques que ele, impensadamente, havia desferido contra os padres. Cobriram-no de insultos e ameaçaram-no.

Isolando a mente e lembrando-se dos conselhos do Senhor de “orar pelos que nos perseguem”, Jacob, “tocado por sincero desejo de auxiliá-los”, entregou-se à prece, “não como de outras vezes, em que emitia palavras de louvor e súplica com bases menos profundas no sentimento”, mas no sentido de procurar, de facto, “ser útil àquela falange de entidades inconscientes.

... Decorridos alguns minutos, observei que, ao me contemplarem em oração, os circunstantes se afastaram um tanto, embora continuassem a criticar-me de doestos e zombarias”.

A entrega de Jacob foi tão sincera que “sobreveio o imprevisto”:

“Tomado de assombro, verifiquei que branda luz de um roxo carregado brilhava em torno de mim”.

Ao princípio pensou tratar-se de um espírito benfeitor que estaria junto dele. Intrigado, “refugiou-se, de novo, na prece, em silêncio”. Foi então que visualizou Bittencourt Sampaio.

"Jacob" – disse ele (...) não te admires da claridade que te rodeia.

Ela pertence a ti mesmo. Nasce das tuas energias internas, orientadas agora para a Bondade Suprema.

A concentração de amor verdadeiro produz bendita claridade na alma”.

E continuou:

“Ama sem paixão, espera sem angústia, trabalha sem expectativa de recompensa, serve a todos sem perguntar, aprende as lições da vida sem revolta, humilha-te sem ruído ante os desígnio superiores, renuncia aos teus próprios desejos, sem lágrimas tempestuosas, e a vontade justa e compassiva do Pai iluminar-te-á constantemente o coração fraterno e o caminho redentor!”

Mário

6/11/07

Leia aqui os artigos completos sobre o "Irmão Jacob": Parte I

Parte II:

Parte III:

Parte IV:


segunda-feira, 12 de novembro de 2007

O Poder do Pensamento - Parte III

No final da reunião, o espírito condutor dos trabalhos dessa noite manifestou-se, trazendo interessante perspectiva sobre a evolução da humanidade e, por consequência, de todo o processo que interliga os seres humanos e que os agrupa em FAMÍLIAS:


"Boa noite meus amigos!

Que a Paz do Senhor fique convosco, agora e sempre.

Apenas umas simples palavras, sobre tudo o que aqui decorreu esta noite. Quer sobre as lições ouvidas, quer sobre a amiga que aqui foi encaminhada para que o auxílio, mais uma vez, se pudesse concretizar.

Vimos de eras primitivas. Almas carentes de conhecimento, mas saudosas de Deus, latente no seu intimo, que reencarnando em corpos sólidos, adequados ao planeta áspero e de condições pouco propicias à vida e, sobretudo, ao conforto, se foram agrupando, trabalhando suas almas embrutecidas ao mesmo tempo que trabalhavam a terra, evoluindo ambas num caminho de séculos de aperfeiçoamento, de eliminação das características mais grosseiras de ambas, a alma humana e o planeta Terra, que ela usava para se burilar.

Nesses agrupamentos, se instituíram as afeições, as emoções, que conduziram a tantas lutas e a tantos resgates. Também impulsionaram o espírito para novas lutas de burilamento em prol do outro e de si mesmo.

Nos registos dos céus se encontram as histórias de todos os grupos humanos desde as primeiras eras, as suas ligações, os seus ódios transformados em amores, os seus rancores transformados em perdão, as suas lutas redimidas em tolerância e aceitação. Novas lutas e novas vinganças se foram produzindo ao longo dos séculos, mas também novos amores, novos laços de compreensão, de enternecimento se foram estabelecendo, alargando esses mesmos grupos; tornando-os cada vez mais semelhantes à verdadeira família, aquela a quem Jesus chamou a sua família, a sua mãe e seus irmãos.

Está certa a interpretação do evangelho, pois, se a nossa família consanguínea é importante em cada vida na Terra, construída por esses laços eternos, por essas interligações que provém de eras remotas, não é menos verdade que a verdadeira família é a família universal, muito mais alargada do que a família do sangue, do que a família finita, circunscrita a uma só vida.

Somos espíritos eternos que caminhamos em agrupamentos, dum e doutro lado da vida, reunidos por afinidades de pensamento, de emoções, de tendências mais ou menos evoluídas e que caminham, cada vez mais, para um alargamento, para uma união e não para a diferença. Reencarnando uns após outros, interligando-nos uns com os outros e reunindo-nos, mais uma vez, a cada regresso.

Essa a noção da verdadeira família a que Jesus se referiu.

Quando reencarnamos, convivemos com espíritos dessa mesma família pois, não vimos sozinhos ou raramente o fazemos e, quando partimos, a vida não acaba. Meus amigos, as emoções não terminam e os amores se perpetuam; daí que, algum amigo mais ligado a essa mesma família, que acaba de deixar, permaneça entre vós, trazendo muitas vezes alguma perturbação de forma inconsciente, por ignorância; mas fá-lo por amor.

Porque o Amor, meus amigos, é a chama que nos mantém vivos. Ele é eterno.

Que a paz fique convosco."

Doutrinador – Obrigado querido amigo pelas palavras profundas que nos foram aqui deixadas. Posso fazer apenas uma pergunta respeitante à nossa amiga?

Espírito - Dizei...

Doutrinador – Os problemas intestinais que ela vem sofrendo, poderão…

Espírito - Serão aliviados os sintomas. Mas deverá tratar-se também, pois nem todos são da entidade que estava junto dela.

Nós atraímos por afinidade também aqueles que sofrem das mesmas doenças que nós, pois, reparai nos grupos de Terra que se juntam para lamentar das suas maleitas e quanto se comprazem e quanto se alegram ao descobrir no vizinho que sente o mesmo que ele.

AS SINTONIAS MENTAIS ESTABELECEM-SE DA MESMA FORMA DUM E DOUTRO LADO DA VIDA. NUNCA VOS ESQUEÇAIS DISSO.

Doutrinador – Obrigado amigo. Queirais deixar vosso nome?

César

Doutrinador – Obrigado, querido amigo César.

Agradeçamos a Deus. (oração final)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O Poder do Pensamento - Parte II

Doutrinador – Eu agora pergunto-lhe uma coisa. Não se tem sentido mal dos intestinos? Da barriga?

(A amiga a quem a entidade acompanhava, já há algum tempo vinha-se queixando de graves problemas intestinais sem obter diagnóstico…)

Espírito - Ah, isso sempre foi o meu…

Doutrinador – Mal?

Espírito - Eh! Sempre foi! E já nem ligo!

Doutrinador – Mas essa má disposição, os intestinos sempre assim…

Espírito - Mas tu és médico? Já me viste os intestinos… é porque és médico.

Doutrinador – Essa má disposição, os intestinos dessa forma como estão, esse mau estar, isso não é muito agradável.

Espírito - Ai, não é, não! Mas eu já vivo com isto há muitos anos. Olha, já estou habituada.

Doutrinador – Oh, dona Rosinha, não me leve a mal, mas eu acho que a dona Rosinha deveria ser assistida por um médico.

Espírito - Ai, filho! Isto… dizem todos a mesma coisa! Nunca encontram a solução! Isto já não tem cura!

Doutrinador – Mas Jesus curou paralíticos. Deu a vista a cegos.

Espírito - Mas isso não é para mim. Eu já tenho isto há tantos anos! Nunca ninguém encontrou a cura! Era agora?!

Doutrinador – Vou pedir a Jesus, que é o médico das almas…

Espírito - Oh! Se o padre não consegue… havias tu de conseguir!!!

(a entidade confirma a ingenuidade, muitas vezes expressa, por praticantes de algumas confissões religiosas, que acreditam precisar de intermediários privilegiados para chegarem a Deus).

Doutrinador – Dê-me o benefício da dúvida na oração, que eu sei que a dona Rosinha é crente.

Espírito - Ai, sou muito crente, sou! Mas não é destas coisas! (refere-se ao Espiritismo)

Doutrinador – Claro, mas é crente de Jesus!

Espírito - Mas Jesus é na igreja que a gente vai e ouve o padre e …

Doutrinador – A dona Rosinha também em sua casa orava o Pai-nosso?

Espírito - Ah, tinha lá um altar.

Doutrinador – Pois e aqui nesta casa também temos um altar.

Espírito - Têm?!

(finalmente, o doutrinador encontra um ponto em comum para despertar o interesse da entidade)

Doutrinador – Temos sim senhor, de herança. Não aqui, mas…

Espírito - Então para que é que praticam estas artes?

Doutrinador – Não são artes…

Espírito - Porque é que não vão orar junto do altar, que faz tão bem? Se não acendem umas velinhas?

Doutrinador – Tivemos já uma vela acesa…

Espírito - Qual é o santinho que têm?

Doutrinador – São muitos santinhos, mas oramos a Jesus...

Espírito - Têm o Santo António?

Doutrinador – Sim senhora, também.

Espírito - Ah! E têm a Nossa Senhora de Fátima?

Doutrinador – Temos a Nossa senhora de Fátima, temos a nossa senhora de Lurdes…

Espírito - E não acendem umas velinhas? E não fazem uma oração?

Doutrinador – Não é preciso estar ao pé do altar para fazer uma oração.

Espírito - Ai! É muito importante estar ao pé dos santinhos. Põe-se uma vela aos santinhos, em cada um e faz-se uma oração. Faz muito bem!

Doutrinador – Mas uma vez que não estamos junto aos santos, nós vamos fazer aqui a oração a Jesus.

Espírito - Olha que preferia estar lá no altar.

Doutrinador – Jesus disse o que eu vou dizer…

Espírito - Hum! (continua a mostrar desconfiança)

(Mais uma vez se comprova que os nossos hábitos e crenças não se alteram facilmente, só pelo facto de passarmos a pertencer ao mundo dos espíritos)

Doutrinador – “Eu sou o grande médico das almas e venho até vós para vos curar. Os débeis, os sofredores e os enfermos são os meus filhos predilectos e venho salvá-los. Vinde, pois, todos a mim, vós que sofreis e que estais carregados e sereis aliviados e consolados...”

Espírito - Jesus disse isso?

Doutrinador – Exactamente.

(trata-se do Advento do Espírito de Verdade, ponto 7., (Bordéus, 1861.), constante do Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.VI - O CRISTO CONSOLADOR, pág.131, trad. de J. Herculano Pires)

Espírito - Ai, é bonito. O Sr. Padre nunca me disse essa oração.

Doutrinador –“...Não procureis algures a força e a consolação porque o mundo é impotente para vos dar. Deus dirige aos vossos corações um apelo supremo através do espiritismo…"

Espírito - Ai!!!

Doutrinador – “...escutai. Que a impiedade, o erro, a mentira e incredulidade sejam extirpados das vossas almas doloridas. São esses os monstros que sugam o mais puro do vosso sangue e vos produzem chagas quase sempre mortais. Que no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis a sua divina lei. Amai e orai. Sede dóceis aos espíritos do Senhor. Evocai-o do fundo do coração. Então, Ele vos enviará o seu filho bem-amado para vos instruir e dizer-vos estas boas palavras. Íeis-me aqui, venho a vós porque me chamastes.”

E o Mestre está aqui connosco. Veio até nós porque o chamamos. Está aqui connosco através de Amigos da espiritualidade maior, mensageiros seus. Nossos amigos espirituais. De todos nós e da D. Rosinha. Vieram aqui porque os chamamos em oração. Pedimos a Deus, nosso Pai, auxílio, protecção, amparo e esclarecimento. E tenho a certeza que Deus nos vai auxiliar. (oração do Pai Nosso)

Que Deus nos ilumine. Que o Senhor nos envie a sua Luz e que esse facho de luz se derrame sobre a D. Rosinha, que é uma senhora muito crente em Deus e em Jesus.

E agora, D. Rosinha abra bem os seus olhos e veja o que se passa à sua volta.

Espírito - Ai, isto deve ser artes mágicas. Tu deves ter ai uns poderes… não são… devo estar… aquilo que estou vendo não é aquilo que estou vendo! Estás tu a fazer-me de conta que é verdade. Não. Não é verdade.

Doutrinador – É verdade, amiga Rosinha.

Espírito - Será mesmo? Nunca ninguém se importou comigo!

Doutrinador – Então, fale com as pessoas presentes.

Espírito - Não as conheço de lado nenhum! Mas o que é isto? Então, há um médico só para mim? Para me tratar? E mais dois enfermeiros?! Isto é demais! Isto… és tu que estás aí a fazer essas coisas… Para mim, não!... Eu não tenho conhecimentos! Não encontro ninguém…

Doutrinador – Mas tens fé!

Espírito - Eu tenho fé. Mas até agora… ah, ando por aí! Mas dizer que tenho conhecimentos e que tenho assistência, não tenho. Não é um médico só para mim e dois enfermeiros que… quando a esmola é grande o pobre desconfia!...

(inicia-se o diálogo com os amigos espirituais presentes à reunião de auxílio)

Hum?... O Sr. Doutor vai-me tratar a mim?! Tem a certeza?... Quê? A mim?... Ah!!! … Ah, porque quis ajudar, ganhei uma consulta

(embora agindo de forma pouco adequada, a intenção da entidade era boa e isso é sempre levado em conta, no mundo espiritual)

...essa é boa! Aqui neste lado a gente não sabe nada… Veja lá como as coisas funcionam!... Hum! … Boa! Essa não sabia eu. … Ai, pois claro que vou! Claro! Eu não estava a acreditar que era verdade. Pois, eu já não estava à espera… Pois! … Claro! … A gente sabe que Jesus existe. Já nascemos a saber. Deus existe e Jesus também existe. Mas somos muito pequeninos. Jesus está lá em cima e Deus mais em cima!... Eh, somos pequeninos, n’é? Não estamos cá à espera que nos façam estas coisas… hum!...

Ai, Sr. Doutor realmente! Eu bem preciso! Bem preciso. Isto tem sido muito sofrimento… Com resignação, é verdade. É muito sofrimento. Eu não me queixo. Também ninguém me ouve, porque é que me havia de queixar? Mas lá que é sofrimento, é sofrimento. … Não tenho um dia em que me sinta bem-disposta. Veja lá, nem as minhas orações que eu gostava tanto de fazer eu tenho cabeça para fazer(Provavelmente, reside aí um dos obstáculos maiores para que pudesse ter sido socorrida mais cedo ) ...Pois, eu bem preciso de fazer orações. Bem preciso… Ai, se me curar!...

Vou! Vou! Pois, eu também acho que não é aqui… não é um sítio adequado. Vou, claro que vou! … hum… ai, isso deve ser… deve ser uma operação delicada…. Pois, depois tenho que estar em recuperação… eu vou. Vou, sim senhor…

(a entidade decide partir, mas não sem antes dirigir os últimos conselhos a quem quer bem)

Olha minha filha! Cuida-te! Toma juízo e cuida-te, porque tens uns pais muito certinhos, tens uma família como deve ser. Criada nas leis cristãs, nas leis de Jesus. Vês? Vem um senhor doutor buscar-me, porque estou… tenho sofrido muito! Tu não sabes, mas tenho sofrido muito. Vem-me buscar e diz que me vai levar e operar e que vou ficar boa!

Doutrinador – … que a ajuda sempre chega.

Espírito - É verdade. Até chegou para mim.

Doutrinador – para todos nos chega sempre, desde que tenhamos fé. Um grande abraço da nossa parte.

Espírito - Ficai bem e ganhai juízo! Ganhai juízo!

Doutrinador – vamos fazer por isso e que…

Espírito - Tomai conta aqui desta menina que ela precisa. Precisa muito que tomem conta dela. (interessante esta alteração na postura da entidade, já que éramos aqueles de quem ela pretendia afastar “a sua menina” – O Amor faz milagres)

Manuel

Mensagem recebida em reunião de 30/07/07

Núcleo Espírita Familiar ‘Amigo Amen’

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O Poder do Pensamento - Parte I

É possível alguém tentar controlar a nossa vida, através do pensamento?


Numa reunião mediúnica do “Grupo Amigo Amén”, uns pais “demasiado preocupados”, obtiveram o concurso doutro familiar já desencarnado para influenciar a filha adulta nas suas opções de vida. Como sempre o conseguiram na prática, “desesperaram”, devido à distância física e passaram a mentalizar obsessivamente aquela que tinha passado a residir a muitos quilómetros de distância, sobretudo, após tomarem conhecimento de que a filha não seguia a sua orientação religiosa, muito arreigada na família. Há sempre quem responda aos nossos pensamentos, por afinidade e, neste caso, acorreu uma entidade da própria família, ainda pouco conhecedora da sua nova condição de espírito e “apegada” aos hábitos que cultivou na terra.

Embora, tenha omitido algumas partes, trata-se dum diálogo algo difícil travado com a entidade, pelo que dividirei a doutrinação em duas partes.

Espírito - Artes demoníacas, é o que é!

Doutrinador – Mas porque é que dizes isso?

Espírito -Porque eu não queria falar!

...

Doutrinador – No entanto nós estamos a ouvir… e gostamos de estar a ouvir-te.

Espírito -Não disse nada!

Doutrinador – É certo que não disseste, mas tens com certeza muita coisa a dizer.

Espírito - Oh! “O Calado vence!” Sempre foi a política lá de casa! “O Calado vence!”

(Este dado foi confirmado pela “filha vigiada” – a frase era comummente utilizada na época da ditadura de Salazar)

Doutrinador – Mas acusaste-nos de “artes demoníacas”

Espírito - Andam aí a falar nessas coisas… enleados com essas coisas… espiritismo! Isto nem tem jeito nenhum. Sempre foram artes do demónio.

Doutrinador – Mas porque dizes isso amigo?

Espírito - Qualquer cristão sabe disso! É só ires à igreja e ouvires o padre! A ver se ele não te diz que é para te afastares destas coisas.

…Aliás, só se ouve… só se fala de Jesus na igreja! Na igreja é que a gente ouve o santo padre a falar de Jesus! E pede perdão pelos nossos pecados… e comunga… e estamos lá todos juntos! Agora andar envolvido com estas coisas… isto é artes demoníacas, sim senhor! Disse e mantenho! São artes demoníacas!

Doutrinador – No entanto tu viestes até aqui e falaste…

Espírito - Eu não queria vir! Não queria vir!

Doutrinador – Mas alguém te trouxe?

Espírito - Pois alguém que eu queria que não viesse! Vim com ela para não a deixar vir sozinha! Desta vez vim com ela! Ai, vais? Eu também vou! Pronto!

Ela vem-se sempre embora! Não ouve os meus conselhos!

Doutrinador – Então e os teus conselhos… andaste a aconselhá-la há muito tempo?

Espírito - Eu?... Pois eu estou com ela há muito tempo!

Doutrinador – muito tempo? Então é porque és amigo dela?

Espírito - Sou da família! E ela está aqui sozinha, não tem os pais, não tem ninguém… e alguém tem que zelar por ela!

Doutrinador – Disseste que eras da família.

Espírito - Oh, ela que pergunte lá em casa quem foi a Rosa, ou Rosinha. Alguns chamavam-me Rosinha. Eles logo lhe dizem. Eu estou é a tomar conta dela… ela não anda por muitos bons caminhos, não! Não anda! Ultimamente não anda por muitos bons caminhos!

Doutrinador – Mas porque dizes isso?

Espírito - É muito teimosa! Não segue os conselhos de ninguém!

Doutrinador – Mas porque é que tu dizes isso? Porque é que ela anda por maus caminhos?

Espírito - Anda porque vem aqui a esta casa, vem fazer… Ela não me ouve! Eu é que lhe dou conselhos! Ela não me ouve!

Doutrinador – Então, dá-lhe os conselhos que ela agora está aqui e tu podes dar-lhe os conselhos à vontade.

Espírito - Mas os conselhos são sempre os mesmos! São para ela…

olha, minha filha! Tu tens que andar certinha. Fazeres a tua vida. Saíres, pois, está bem que saias com os teus amigos. Ninguém diz o contrário. Podes sair! Podes passear! Podes conversar!

Mas afasta-te destas coisas que isto n’é vida para ti! Tu não foste criada nestas coisas! Sempre fomos uma família cristã. Sempre fomos uma família que foi à missa. Que seguiu as regras todas, comungávamos, confessávamos os nossos pecados. Levávamos uma vida em Cristo! Uma vida decente de pessoas honestas, trabalhadoras, que sempre se esforçaram para ter uma vida digna e seguir as regras da igreja! Não é para andares agora envolvida nestas modernices! Isto não é para ti! Não é para a tua vida! Não foste criada assim! E eu sei muito bem.

Tu, fala com os teus pais. Eles pensam como eu. Aliás, eles andam muito preocupados! E é por isso que vim para tua casa! Porque eles não podem estar contigo e… nem tu os querias! E eu estou ali!

Prometi que tomava conta de ti!

Mas eu não estou a conseguir porque tu não me ouves! Portanto, vê lá se te encaminhas! Porque estas coisas são coisas esquisitas! Coisas do demónio! Não digo que venhas fazer aqui mal nenhum! Não vens! Mas são coisas que não são para ti, porque foste cristã, foste educada na igreja, não tens que andar metida nestes assuntos. Deixa lá isto para outras pessoas! Que tiveram outra educação! Tu não tiveste esta educação! Portanto, deixa lá isso! Deixa lá de vir! …eu tento que não venhas! …eu tento até ao último minuto que tu não venhas! Mas tu… vens!! Isto é do demónio! Por isso é que te arrasta! Eu não consigo nada! Por mais que eu faça… chega aquela hora e vens e vens mesmo!!! Ora se isto fosse uma coisa boa, tu ouvias-me! Não vinhas! Por isso pensa bem porque isto não está certo, minha filha. Pensa muito bem!

Doutrinador – Então, quer dizer que foram os pais da nossa amiga que te pediram…

Espírito - Ai, nós somos uma família muito unida, muito unida.

Doutrinador – E foram eles que te pediram para tomar conta…

Espírito - Sim, porque eles estão muito preocupados. Preocupados com esta menina porque está longe deles.

(A "menina" tem 30 anos)

Doutrinador – Claro. É compreensível, querida amiga.

Espírito - E nunca sabem nada. Ela também não fala. Nunca diz nada.

Doutrinador – Mas ela telefona?

Espírito - Ah! Mas não diz nada! Não diz nada! Não conta nada da vida dela!

Doutrinador – Mas ela já é adulta.

Espírito - Ah, é adulta mas não faz tudo certo!

Doutrinador – Não faz tudo o que pensas que está certo.

Espírito - Oh, pois agora não vou discutir aqui o que é que está certo para nós, para a nossa família. Isto não está certo. Isto não é normal! Não são coisas normais! A gente quer falar de Jesus, vai à missa.

Doutrinador – Pois bem, dona Rosinha. Agora eu só perguntava uma coisa. A dona Rosinha sabe que está no mundo espiritual, não é verdade?

Espírito - Eu sei lá!!! No mundo espiritual? Eu estou com a família!

Doutrinador – Mas certamente, que já há algum tempo que já morreu? O corpo físico...

Espírito - Dizem para aí que sim. Mas eu estou viva! …Não me ouvem. Não me vêem. Não me ligam nenhuma. Alguns ouvem-me. Alguns ouvem-me.

Mas a maior parte não. Eu passear lá por casa ou não passear é a mesma coisa.


Mensagem recebida em reunião de 30/07/07

Núcleo Espírita Familiar ‘Amigo Amen’

(continua)