terça-feira, 27 de novembro de 2007

Justiça Divina

(continuação)

2º Facto

Meses depois, chega ao Centro um pedido de uma mãe desesperada que já tinha recorrido a todos os meios ao seu alcance para curar o seu filho, que sofria de leucemia.

Ela, que era médica, já o tinha levado aos melhores especialistas a Londres e já não lhe restavam esperanças. Recorreu, pois, por isso, a algo que ela desconhecia, ao sobrenatural... Não percebia porque é que um jovem de 15 anos, bonito e muito inteligente poderia ser submetido ao sofrimento, para depois morrer, na flor da idade.

Entregou-nos uma fotografia do jovem, para que fizéssemos uma consulta e rogássemos auxílio.

Dias depois, realizou-se uma reunião mediúnica em que colocámos a questão. Foi entregue a fotografia ao médium, que se encontrava em transe.

Ao pegar na fotografia, suas mãos tremeram e denotou uma expressão de horror e pavor. Recompôs-se logo de seguida e disse:

“Sabem, meus irmãos, na época nazi houve pessoas muito inteligentes que fizeram experiências com corpos humanos vivos... Mas... a Deus nada é impossível”.

E entregou a fotografia de volta.

Não fizemos mais indagações, embora tivéssemos deduzido que este jovem teria sido, eventualmente, um médico, que no tempo do nazismo, na Alemanha, tivesse usado, como cobaias das suas experiências médicas, pessoas vivas.

Algum tempo depois o jovem desencarnou.

Cerca de dois anos mais tarde, encontrei numa casa de electrodomésticos o avô desse rapaz. Eu conhecia-o, mas ele não me conhecia.

Falava com o dono da loja entusiasticamente e com profundo orgulho no neto que havia tido. Dizia ele:

“O meu neto não era inteligente. Era muitíssimo inteligente. Veja bem que, estando ele já doente, disse à mãe que queria aprender alemão.

A mãe arranjou uma professora que lhe foi dar lições de alemão a casa. Em dois meses... em dois meses apenas, ele, que nada sabia dessa língua difícil, sim, porque o alemão é uma língua difícil, aprendeu correctamente o alemão. A professora ficou abismada. Disse que nunca tinha visto nada assim”.

Eu, que sabia da história do rapaz, disse para comigo: ‘pois é... Ele não estava a aprender alemão... Ele estava a recordar’.

Este 2º facto que acabámos de relatar mostra-nos que não foi necessária a intervenção de entidades obsessoras para que a Justiça Divina se começasse a manifestar.

Os crimes cometidos por este espírito ficaram impressos na estrutura subtil do seu perispírito e, no momento próprio, fizeram desencadear a doença que levaram o rapaz ao desencarne.

Uma questão agora se coloca: será que os crimes cometidos por esta entidade, no tempo do nazismo, foram completamente resgatados?

Será que em futura reencarnação virá com a missão de curar, liquidando com o Amor os débitos outrora contraídos? Só Deus o sabe.

Para nós, a principal lição a tirar, é a de que, embora por vezes tal não pareça, dada a curta visão que possuímos da Vida, existe Justiça. Tenhamos isto presente sempre que nos ocorrem adversidades inesperadas.

Mas estas lições são para nós uma consolação, quando observamos tantas injustiças e crimes diariamente cometidos.

Que tremam, pois, todos aqueles que estão fazendo sofrer o seu semelhante. De nada servirão as desculpas. Não poderão argumentar desconhecimento.

Que tremam, porque se não responderem perante os tribunais terrenos, amanhã terão que responder perante os tribunais erigidos pela sua própria consciência, até ficarem quites com a Lei.

E a Lei, a única Lei, é a Lei de Deus: a Lei do Amor e da Caridade!

25 de Novembro de 2007

Mário

1 comentário:

  1. A doutrina esp�rita ao dar-nos estas explica�es fundamentadas � uma doutrina consoladora na medida em que ficamos sabendo que, de facto, existe justi�a e que esta � igual para todos.

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