A cama ‘embruxada’
A situação que vou relatar passou-se há cerca de 25 anos.
Era um sábado, dia da reunião de encaminhamento espiritual. Os componentes do grupo mediúnico estavam reunidos. Faltavam alguns, que só chegariam algum tempo depois, dado o impedimento por razões de trabalho e porque habitavam a trinta quilómetros de distância.
Deu-se início à reunião, que decorreu normalmente até à chegada desses companheiros. Fez-se uma pausa e eles entraram para o recinto onde decorria a mesma. Todos em oração e concentrados.
De repente, através de um médium que lá se encontrava desde o início, manifesta-se uma entidade:
“Ninguém dorme na minha cama! Foi feita para mim e ninguém mais há-de dormir nela!”
Todos nós ficámos surpreendidos com esta intervenção inesperada. Não sabíamos do que se tratava. O doutrinador entrou em diálogo com a entidade:
Doutrinador: Mas o que tem a tua cama?
Espírito: Foi feita para mim. Fui eu quem a mandou fazer. E ninguém dorme nela, porque eu não deixo!!!
Doutrinador: E há pessoas que dormem na tua cama?
Espírito: Sim! Mas eu não vou deixar!
Doutrinador: E há quanto tempo mandaste fazer a cama?Espírito: Ah, isso não sei. Só sei que não vou deixar ninguém deitar-se nela!
Doutrinador: De que país és?
Espírito: Sou espanhola. Ninguém vai dormir na minha cama!
Doutrinador: E qual é o rei que governa?
Espírito: Rei, não. Rainha. Isabel.
Doutrinador: Isabel, a Católica?
Espírito: Sim.
[Aqui o doutrinador percebe que tem que trazer esta entidade à realidade presente, pois ela não se deu ainda conta de que já não pertence ao mundo físico e que há muito permanece no mundo espiritual, ligada a um objecto terreno que, certamente, lhe era muito caro. Essa permanência estacionária no tempo estava retardando a sua evolução espiritual.]Doutrinador: Olha, minha amiga: isso já se passou há muito tempo, de que tu perdeste a noção. Neste momento já não te encontras no mundo físico.
Espírito: Quero lá saber. A cama é minha e ninguém se vai deitar nela.
Doutrinador: Neste momento estás aqui connosco, numa reunião de auxílio espiritual e estás a falar através de um médium. Olha lá: experimenta colocar a mão na tua cara e nos teus cabelos...
[A entidade leva a mão à cara e aos cabelos. É surpreendida pela barba do médium e pelos cabelos curtos. Apercebe-se que não são dela]
Espírito: Esta cara não é minha. Estes cabelos não são meus...
Doutrinador: Pois é, minha amiga. Como te disse, estás neste momento no mundo dos espíritos. O teu corpo de carne há muito desapareceu. Estás a falar através de um médium, usando a sua voz. Mas isto te será explicado mais tarde. Agora o que importa é que sejas auxiliada. Presta atenção ao que se passa à tua volta.[Os componentes do grupo continuam em oração, mentalizando muita luz e pedindo por esta nossa irmã]
Espírito: Estou a ver pessoas vestidas de branco....
Doutrinador: Fala com elas.
Espírito (após alguns momentos): Sim, vou.
Doutrinador: Então vai, minha irmã. Acompanha estes amigos que te vieram socorrer e esclarecer. Que Deus te acompanhe.
Espírito: Adeus a todos e obrigada.
Doutrinador: Agradece a Jesus.
É feita uma oração de agradecimento pelas bênçãos recebidas, manifestando-se, posteriormente, o guia espiritual dos trabalhos, que explica que esta nossa irmã, há muito vinha sendo seguida e que tinha chegado agora o momento de ela poder ser auxiliada.
Foi feita a oração de encerramento da reunião que foi dada por terminada.
Só depois obtivemos a explicação do sucedido, vinda da parte de um dos participantes da reunião que havia chegado posteriormente. Contou-nos ele que havia comprado a cama num antiquário e que nunca ele e a sua esposa tinham conseguido dormir naquela cama. Deitavam-se mas não conseguiam conciliar o sono. Sentiam-se inquietos sem saber a razão.
Moral da história:
2. Quando adquirirmos uma antiguidade, tenhamos em conta que podemos também adquirir quem, por ignorância, a ela se encontra ainda ligada.
Mário
Olá Joana, adorei esse texto. Assim fica muito fácil de compreender. Vou colocar lá no meu blog também, ok?
ResponderEliminarAbraços fraternos, muita paz!
Olá Adriana
ResponderEliminarEsteja à vontade para copiar o texto. Ambas sabemos que ao divulgar a informação, estamos a cumprir a nossa parte. É fundamental que cada vez mais pessoas compreendam as leis que regem o mundo espiritual, pois todos teremos de voltar um dia, não é mesmo?
Um abraço
Joana
é impressionante a mente do Ser humano!!! Há séculos essa senhora vinha sofrendo por causa de apego ao material. Se nós usassemos toda essa força para a prática do bem o mundo já teria alcançado a regeneração
ResponderEliminarPaz e Luz
LUIZ HENRIQUE
Onde está minha querida amiga do outro do oceano???
ResponderEliminarEu agora estou ótima, mas passei por uma provação, mas agora estou curada e muito feliz.
Beijos de muita saudades de ti.
Que Deus te abençoe sempre e sempre!
Uma bela história que trata do apego à matéria... Esta uma reflexão que temos que nos fazer constantemente: será que valorizo em demasia os bens materiais? Qual o lugar que devem ocupar em minha vida? Será que priorizo o que realmente tem valor?
ResponderEliminarFiquem todos com Deus!
E eu que comprei tantos livros em segunda mão! Bem, espero que os antigos donos me tenham inspitrado a ler... :-)
ResponderEliminaro paradoxo da tolerância
ResponderEliminarA tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se concedermos uma tolerância ilimitada, até aos que são intolerantes, se não estivermos dispostos a defender a sociedade tolerante contra o avanço dos intolerantes, então os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles (será destruída).
Karl Popper
Ao Luiz e à Cris
ResponderEliminarDe facto, se usássemos todo o nosso potencial para fazer o bem, quanto já teríamos avançado, intelectual e moralmente. Infelizmente, existe uma grande disparidade entre esses aspectos do planeta e o progresso no domínio científico!
ejsantos:
Não pude deixar de sorrir ao ler o seu comentário. Pus-me a imaginar alguns desencarnados, até autores, a influenciar-nos: "Lê o meu livro! Vá, lê!"
Mas, que realmente aquilo que lemos e as ideias que cultivamos, atraiem sempre quem professa gostos semelhantes, lá isso é bem verdade! Nunca devemos esquecer-nos disso.
O pensamento do Karl Popper é parecido com o que disse um amigo espiritual e que eu nunca mais esqueci: Os maus só vencem pela passividade dos bons."
Rô:
Tenho andado um pouco afastada, mas vou visitá-la. Ainda bem que já ultrapassou a dificuldade, minha amiga.
Um abraço a todos
Joana, tem um selinho pra ti lá no blog.
ResponderEliminarÓtimo final de semana, beijos ;)
"Lê o meu livro! Vá, lê!". Bem, a brincar , a brincar...
ResponderEliminarNão me surpreenderia! Às vezes encontro livros que me "chamam". Basta olhar para eles, e já tenho uma grande vontade de os ler.