segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Adopção

Antes de entrar no tema do meu post, quero deixar um agradecimento à Adriana do blog "Espírita na Net" que me deixou um "miminho": um selo lindo que me enche de satisfação, pelo seu significado.

E, como tenho de o reenviar, escolhi fazê-lo para um blog que eu admiro pela sua dedicação e empenho na divulgação da Doutrina Espírita: o blog de espiritismo

E,agora, vamos reflectir sobre um tema actualíssimo:

Adoptar

Na época de grandes transformações em que vivemos, o conceito de família tende a alterar-se e a assumir novos contornos a caminho dos séculos vindouros.

No âmbito dos estudos sociológicos, este agrupamento humano, também ele em transformação, tende a reorganizar-se e a construir novos liames, tendo na sua base, as leis do afecto, por contraposição às antigas leis consanguíneas.

Actualmente, a Sociologia define família como: um casal com filhos, um casal sem filhos ou mesmo pessoas que se unem por afinidade, acercando-se muito do conceito defendido pelo Espiritismo: “Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação." (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, págs 251e252).


Quando os filhos não chegam naturalmente, muitos casais entram num processo de grande sofrimento e ansiedade, perturbando a própria harmonia familiar, muitas vezes com agressões mútuas ou acusações que a nenhuma solução conduzem.

Actualmente, com a evolução da Ciência, muitos desses problemas encontram uma resposta esperançosa e cada vez mais positiva nos vários tratamentos colocados à disposição; todavia, estes são sempre mais ou menos difíceis e demorados e acompanhados de enorme ansiedade.

Se o cansaço e a desilusão se instalam, após várias tentativas infrutíferas, por que não pensar em alternativas outras, se o desejo se mantém de encher a casa com os risos duma criança?

Por que não recolher no lar vazio, os filhos abandonados e, demasiadas vezes, sujeitos a maus-tratos que enchem as instituições que os abrigam, mas que não substituem de modo nenhum o afecto dum pai e de uma mãe?

Por que não visitar uma delas e verificarmos com os nossos olhos? Certamente, se o fizéssemos, dificilmente resistiríamos a tantas mãozinhas estendidas para nós, carentes dum sorriso sincero e dum colo.

E quem nos garante que esse não é mesmo o nosso programa de vida e de que a criança que viermos a adoptar, não é mesmo o nosso filho, “aquele” pelo qual o nosso coração anseia, e que só se desviou um pouco do percurso habitual?

E quantas vezes já não ouvimos, por parte de pais adoptivos orgulhosos da sua criança, frases do género: “este é o filho que eu queria ter?

Como poderemos explicar tantas afinidades, inclusive físicas, encontradas entre pais e filhos adoptivos?

Certamente, não pelas leis do “sangue” e dos genes.

Que razões subsistirão por detrás dos nossos problemas actuais, não o podemos saber: Quantas vezes ouvimos ou emitimos este tipo de pensamento: “Porquê a mim?”

Segundo "O Livro dos Espíritos" (Cap.IV, questão328, pág.122, trad.de Canuto Abreu) “a reprodução é uma Lei da Natureza, sem ela o mundo corporal pereceria".

Então, se um casal deseja ter filhos e não o consegue, poderemos deduzir que ou se encontra em tarefa de reabilitação de erros cometidos num passado remoto, ou pode ter escolhido anteriormente (no Plano Espiritual), nunca ter filhos por questões humanitárias.

E que melhor causa poderá haver do que dar Amor a quem nada possui?

Diz-nos Joana de Ângelis que "os filhos recusados em outras etapas alcançar-nos-ão o lar ou a intimidade por processos transversos."

E Emmanuel incentiva-nos sempre a lutar, a abandonar o desespero e a ansiedade, perante os grandes obstáculos que a vida nos coloca: “Tristeza, na essência, é um desafio da vida à nossa vontade de trabalhar”.

Muitos casais não adoptam por preconceito: “não é meu" (?!)

É preciso que o preconceito do "pai verdadeiro" (o biológico), seja banido duma sociedade que maltrata as suas crianças e que os pais verdadeiros sejam os que DÃO AMOR (biológicos ou não).

Esse o conceito que defende a Doutrina Espírita.

Segundo Léon Denis "cada século tem uma particular missão na história".

É preciso que novos valores se sobreponham num Planeta em vias de Regeneração, enquanto se reexaminam outros já ultrapassados, porque mais adequados a eras primevas da Humanidade.

PENSE NISSO!!!






7 comentários:

  1. querida Joana!

    Primeiro obrigada por me ter em seu blog, é de pessoas como vc que precisamos nesse mundo.
    Em miminha família existem vários filhos que foram adotados, até mesmo os casais de primos meus que teem seus filhos naturais adotaram e estão muito felizes. Eu mesma a algum tempo atraz queria adotar, mas aqui no Brasil é muito difícil e eu e meu marido acabamos por desistir, então optamos por ajudar algumas entidas filantrópicas. Sei que não é mesma coisa, mas procuro fazer um pouquinho por estas crianças que tanto nescessitam de amor e carinho principalmente, tenho também uma sobrinha, que a mamãe dela é solteira e damos apoio a ela também, pois o pai não quer saber da filha.
    Querida Joana, eu sou assim mesmo,
    amo muito meu marido, me casei muito nova e ele também, não tive muitos relacionamentos, antes dele apenas um, coisinha de adolecente, mas ele é mesmo meu grande amor e único, não conheci outros homens, e dou graças por isso, não sei o que seria de mim sem ele, as vezes penso e tenho medo de um dia ficar sem meu Arsênio, mas creio estar me preparando para isso pois sei que do outro lado vou encontrá-lo e viver a eternidade com ele.
    Nossa me alonguei, é que quando falo de amor me alongo demais.
    Querida beijos em seu coração!
    Já disso uma vez no blog Palavras Articuladas, úma linda pessoa chamada Sheila que adotei como filha do coração juntamente com a Adriana e a Du do Norte, que eu amo sua Terra, afinal meu esposo é descente direto de Portugueses, é só prestar atenção no nome(Arsênio), jenuinamente portugues, rsrsrs...
    Fique na Paz do Senhor nosso Deus Pai e soberano de nossas vidas!
    RÕ!

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  2. Oi Joana!

    Que bom que vc gostou do selinho! É como eu disse: é uma forma singela de manifestar meu carinho e admiração por vc e pelo belo trabalho que vc realiza aqui neste blog! Obrigada pela sua amizade!

    Vc disse bem, a questão da adoção tem mesmo tudo a ver com desprendimento, principalmente dos preconceitos! Tenho uma conhecida que há alguns anos tenta engravidar, já fez todo tipo de tentativa, gastou muito dinheiro com diversos tratamentos e até agora nada. Somente perdeu tempo, dinheiro e, principalmente, a saúde. Ela inclusive acha que não obtém sucesso porque de certa forma estará sofrendo um “castigo”, já que há muitos anos realizou um aborto... Há pouco tempo atrás, ainda este mês, eu comentei com ela sobre a adoção e ela disse-me que não queria, que prefere um filho “dela”, parecido com ela, entre outras motivos, que para ela, são importantes...

    Enfim, é complicado explicarmos para algumas pessoas que isso não tem absolutamente nada a ver, que se o filho “sair de dentro de vc”, não significa que será alguém “perfeito”, pelo contrário... Muitas pessoas de fato associam as ligações familiares com os laços de sangue... Mas é assim mesmo, penso que isso também faz parte do aprendizado de cada um...

    Sei de casos em que as pessoas adotaram seus filhos e são muito felizes como família, ao passo que outros têm alguns problemas, e acabam associando isso ao fato dos filhos serem adotados, mas muitos esquecem de muitas vezes os próprios filhos “de sangue” são muito mais problemáticos que os adotados. Ou seja, a explicação para esse fato vai muito além daquilo que nós conseguimos enxergar...

    Justamente por isso acho que esse assunto da adoção deve sim ser divulgado ao máximo. Parabéns, Joana, por abordar esse tema tão importante no seu blog!

    Beijos e fica na paz! ;-)

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  3. Olá Rô e Adriana:

    A adopção no Brasil, embora possa ser difícil em termos legais, é aceite na sociedade de forma natural. Conheço muitos casais brasileiros, como diz a Rô, que têm filhos biológicos e adoptam crianças. Aqui em Portugal há ainda muito preconceito, e crenças, relativamente às questões do "sangue".

    Adriana, porque não envia o meu post à sua amiga? Talvez a faça meditar um pouco e, quem sabe, mudar de ideias?!

    Beijos às duas

    Com amizade

    Joana

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  4. Olá, e muito obrigado! Andamos os quatro em período de muita azáfama pessoal e profissional, e o Blog de Espiritismo, por uns dias, ficou em banho-maria. Em nome do fundador, o Francisco, o nosso agradecimento sincero!

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  5. Muito obrigado Joana.

    O André disse que era em meu nome mas não... é em nome de todos, o blog é de todos :)

    Abraço.

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  6. Oi Joana!

    Pois é, vou mandar seu texto para ela. Estou orando para que ela mude a opinião. Hoje vi na televisão uma reportagem falando sobre adoção e contou casos lindos, que emocionaram-me bastante.

    Ah, gostaria de avisar a vc que está acontecendo hoje uma blogagem coletiva, com o tema "pedofilia". Vc não gostaria de participar? Quem está promovendo é o blog da Luma, não sei se vc conhece:

    http://luzdeluma.blogspot.com/

    Se vc tiver interesse mas não conseguir colocar um texto hoje não tem problema, o tema ficará aberto até o final da semana, já que é tão importante, não é? Desculpa só te avisar hoje, é que estou com tantos afazeres que acabei esquecendo de te avisar com mais antecedência!

    Ah, não sei se vc já conhece o blog "amigos da blogosfera". Eles sempre estão promovendo ou divulgando as blogagens que estão acontecendo, sempre com temas muito oportunos! Dá uma olhada:

    http://www.amigosdablogosfera.org/

    Beijos e fica na paz!

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  7. Olá Adriana:
    Obrigada pelo aviso. Já coloquei umas palavras para reflexão e um link directo para o blog "Luz de Luma".
    De facto, não podemos ficar insensíveis a temas que apelam ao bem estar de todos, sobretudo, se em se tratando de crianças.

    Com amizade
    Joana

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