sábado, 29 de outubro de 2016
No
dia 21 de Julho de 2005 manifestou-se em nossa reunião de auxílio uma entidade
em grande sofrimento. Apenas gemia, sendo impossível estabelecer qualquer
diálogo com ela. O doutrinador
solicitou a todos os elementos do grupo vibrações de muito Amor e muita Luz
sobre este nosso irmão.
Passados
alguns minutos em concentração este companheiro, que manifestava ao mesmo tempo
muito medo e receio, disse algumas palavras. O diálogo estabelecido entre ele e
o doutrinador mostra quanto o orgulho
nos pode perder.
Os
esclarecimentos prestados no final pelo Espírito Orientador sobre a presente
situação permitem-nos tirar importantes ilações.
Interessante,
também, a resposta a uma dúvida colocada no final sobre o desprendimento
durante o sono experimentado por um dos elementos do grupo mediúnico.
Doutrinador:
Nada receies. Nada temas. Estamos aqui numa casa de oração. É uma casa de
Jesus, uma casa de Deus. O que sentes, querido amigo?
Espírito:
Não sei explicar...
Doutrinador:
Tens medo?
Espírito:
Eu sofro muito. Sofro muito.
Doutrinador:
Onde é que te dói?
Espírito:
Aqui.
Doutrinador:
No braço?
Espírito:
Sim. Feriram-me no braço.
Doutrinador:
Então tens receio de que te toquem no braço. Tens aqui médicos e enfermeiros
para te ajudarem.
Espírito:
Eu fui o culpado.
Doutrinador:
Não interessa quem foi o culpado. O que interessa é que estão aqui médicos e
enfermeiros para te ajudarem.
Espírito:
Perseguem-me.
Doutrinador:
Ninguém te vai perseguir.
Espírito:
Perseguem-me sempre.
Doutrinador:
Mas não aqui. Aqui não está ninguém a perseguir-te.
Espírito:
Aqui não está ninguém.
Doutrinador:
Nesse aspecto podes estar descansado. Mas está aqui alguém. Estão médicos.
Estão enfermeiros, para te ajudarem.
Espírito:
Se eles me recompusessem o braço eu não sofria tanto.
Doutrinador:
Eles estão a recompor-te o braço. E não vais sofrer tanto, pelo contrário.
Aliás, já te estás sentindo mais aliviado.
[A entidade respira fundo,
sentindo-se melhor...]
Espírito:
Eu não mereço. Eu matei um homem.
Doutrinador:
Amigo, todos nós errámos, mais ou menos. Portanto não é isso que deve neste
momento preocupar-te. Estás arrependido?
Espírito:
Estou muito. Tenho sofrido muito.
Doutrinador:
Ora bem... Sabes? Desde que nós nos arrependamos, Deus, que é infinitamente
misericordioso concede-nos o perdão e a misericórdia e é isso que está neste
momento sucedendo.
Espírito:
Só Deus me pode perdoar.
Doutrinador:
E Deus perdoa-te. Deixa estar, porque Deus perdoa-te, porque tu, de facto,
reconheces que não procedeste bem e Deus perdoa-te, por isso estás sendo
auxiliado.
[A entidade continua a respirar
fundo, como que para ganhar forças]
Doutrinador:
Agora descreve lá o que é que estás vendo aqui à tua volta.
Espírito:
Estão-me a ligar o braço. Ai... dói-me tanto. Dão-me picadas. Ai... eu não
quero que me toquem. Tenho medo. Eu tenho medo que me toquem.
Doutrinador:
Não tenhas medo, querido amigo. Estão a tratar de ti. Pensamento em Deus. Eu
vou orar por ti. Se quiseres podes acompanhar-me.
[O doutrinador ora a Deus, pedindo
por este nosso companheiro para que ele possa ser auxiliado neste posto de
socorro].
Espírito:
Eu não quero ser levado para outro sítio. Quero ficar mesmo aqui.
Doutrinador:
Porquê, querido amigo?
Espírito:
Não. Não quero ir para longe.
Doutrinador:
Pergunta lá a estes amigos como é que é o sítio para onde te vão levar.
Espírito:
É um sítio onde só há gente em tratamento e eu sou um criminoso... Não posso
ver gente... Não quero ver ninguém. Pois, mas é que eu pedi! Eu pedi isto tudo!
Tenho que pagar isto tudo! É cedo para me poder perdoar! Eu tenho que pagar! Eu
matei para ficar com a mulher do meu inimigo! Eu não posso perdoar! (...) E o
meu braço é a marca desse crime que cometi. Perdi a minha honra!
Ele
já me perdoou? Não pode ser. Eu roubei-lhe a esposa. Como pode perdoar-me? E
tirei-lhe a vida! Como pode perdoar uma coisa assim?! Não posso... Não pode
ser! Eu, vê-lo? Eu morro de vergonha de o encarar. Ele quer ver-me?! Como é que
ele pode? Como pode? É muito, muitíssimo melhor do que eu! Ainda sinto mais
vergonha pelo acto que cometi! Eu... que em vida nunca poria sequer a hipótese!
Eu, barão...! Sim... Rotwild. (?) Barão de Rotwild!
Eu
jamais baixei a minha cabeça, andei sempre erguido, imponente perante tudo e
todos!... Onde isso já vai! Eu vou-me ajoelhar a seus pés e vou pedir perdão.
Coisa inadmissível quando vivia essa vida de riqueza e de títulos nobres que
nos cegam. O orgulho que mata! Imbecilidade, que destrói e corrói a alma
daqueles que caem nessa armadilha. Eu ajoelhar-me-ei, sim. Não vou hesitar um
segundo. Se esse homem me perdoa é o mínimo que eu posso fazer! Eu vou! Vou,
sim! Chega de sofrer!
Doutrinador:
Acabas de tomar uma boa resolução, querido amigo. É a resolução que agrada a
Deus.
Espírito:
Tenho que reparar as minhas faltas. Começo a reparar após ter pedido perdão de
joelhos a quem matei.
Doutrinador:
Tu saberás melhor do que ninguém aquilo que deves fazer, com uma certeza:
aquilo que fizeres de coração para o Bem agradará ao Pai, que tudo vê e a tudo
provê, incluindo a sua infinita misericórdia. Querido amigo: vai, então, porque
esse é o maior acto de coragem que tu demonstras e essa coragem vale mil vezes
mais do que aquela que se fundamenta no orgulho. Essa é a coragem da Humildade.
Sim, porque para ser humilde é necessário ser-se corajoso. Damos-te todos os
parabéns, meu amigo, pela boa resolução que acabas de tomar e nós ficámos
extraordinariamente contentes com o teu acto.
Espírito:
Não me dês assim tantos méritos... Apenas o sofrimento me leva a tomar essa
decisão.
Doutrinador:
O sofrimento é a mola que nos impulsiona a todos ou a quase todos.
Espírito:
Assim o soubéssemos, antecipadamente. Evitaríamos tantos desastres!
Doutrinador:
Exactamente, querido amigo.
Espírito:
Para a nossa consciência.
Doutrinador:
Exactamente, querido amigo.
Espírito:
Eu vos agradeço pela ajuda.
Doutrinador:
E nós pedimos a Deus por ti, querido amigo.
Espírito:
Bem preciso de vossas preces.
Doutrinador:
E nós começamos agora mesmo, rogando a Deus por ti.
[O doutrinador ora a Deus por este
nosso irmão, pedindo por sua recuperação]
Doutrinador:
Que Deus esteja contigo, te abençoe e te acompanhe, querido amigo.
Espírito:
Obrigado.
[A entidade ainda
permanece alguns instantes ligada à médium; o doutrinador ora, novamente a Deus
e a Jesus, agradecendo as bênçãos recebidas. Todos os membros do grupo
continuam concentrados. Passados alguns momentos manifesta-se o Guia Espiritual
orientador destes trabalhos]
Extraído do livro de Eduardo Guerreiro: "Falando com os Espíritos" (em fase de publicação)
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Abusaram da inteligência
No dia 9 de junho de
2005, fomos solicitados pelo Espírito Orientador dos trabalhos de encaminhamento espiritual para nos
concentrarmos e enviarmos muitas vibrações de Amor, pois estava em causa o
auxílio a entidades que, devido à má utilização da inteligência, haviam
aportado ao mundo espiritual em estado deplorável de inconsciência,
considerando que só o choque anímico de um dos companheiros, através da
‘incorporação’ na médium poderia contribuir para melhorar o seu estado,
possibilitando, futuramente, o refazimento de seu corpo perispiritual.
Espírito
Orientador:
“Muita Paz, meus Amigos.
Pedimos um pouco da vossa
compreensão. Sabeis que assim como há a fortuna material, há também a
inteligência, as capacidades do intelecto que, mal utilizadas nos provocam
danos irreparáveis por muitos e muitos anos. A médium consentiu e vós deveis
concentrar-vos, enviando muita Luz e Amor para uma entidade que muito
beneficiará com a incorporação. Não está em condições de falar e ouvir, mas
receberá o vosso amor que irá refazendo lentamente o seu aparelho espiritual” (Nota: corpo
espiritual ou perispírito).
[O doutrinador apela a
todos os elementos do grupo para enviar muita Luz e muito Amor sobre a médium;
a entidade estrebucha o aparelho mediúnico (a médium). Todos os presentes
sentem a gravidade da situação e apelam a todo o Amor que possuem, enviando
vibrações sobre a entidade, enquanto que o doutrinador ora. A entidade continua
a tentar abanar a médium em movimentos desordenados.
Todos enviam grandes
focos de Luz e de Amor para este querido amigo em tão grande sofrimento; por
vezes o doutrinador tem que ajudar a segurar a médium. Todos, em grande
concentração enviam vibrações de muita Luz, muita energia e muito Amor para
este irmão sofredor. ‘Imaginemos que é alguém que se está a afogar e a quem nós
jogamos uma corda e que puxamos para cima’, diz o doutrinador, exortando este
companheiro a endireitar a médium; ‘pensemos nele como alguém muito, muito
querido, necessitado do nosso auxílio. A entidade esteve no corpo da médium
cerca de sete minutos, após o que foi retirada. O doutrinador solicita dos
restantes elementos a continuação de muita concentração e muita Luz sobre a
médium para que suas energias possam ser refeitas].
Passados
alguns minutos manifesta-se o Espírito Orientador destes trabalhos que prestou
esclarecimentos sobre o que se passou:
Espírito
Orientador: “Estamos imensamente reconhecidos pelo
vosso empenho na recuperação deste nosso irmão tão carenciado, mas deveis prescindir um pouco mais das
palavras e enviar apenas pensamentos, pois ele não se encontra em condições de
vos ouvir; apenas sente (refere-se ao excesso de palavras do doutrinador)
e foram as vossas vibrações que o
auxiliaram, conseguindo adormecê-lo, temporariamente, para que possa ser
ajudado, dentro das nossas possibilidades e do seu merecimento, pois Deus não
castiga, meus amigos. Não olheis, nem por um momento, estes casos como a mão de
Deus e sim como o resultado da Sua Misericórdia, pois enquanto este sofrimento medonho permanece no seu
íntimo, ele está como que entorpecido, esquecendo-se de todo o mal que lhe fere
a consciência. Deveis terminar orando a Jesus, agradecendo a Deus a Sua
Bondade Infinita e rogando-Lhe a inspiração para que não possamos praticar
actos semelhantes que nos obriguem, porque somos nós que o exigimos, a
permanecer em estados próximos do animalesco, em que a nossa cabeça não suporta
erguer-se, porque nem os ombros a querem receber.”
Doutrinador:
Obrigado, querido amigo. Para nossa instrução: será que este amigo se
encontrava nalguma região espiritual em particular?
Espírito
Orientador: “Este nosso amigo encontrava-se no meio
de outros semelhantes, onde há muito desespero. Não há escuridão, porque a eles
nada incomoda, porque não vêem, porque não ouvem, mas onde o corpo físico,
digamos, o similar ao corpo físico, o corpo perispiritual, não consegue
coordenar os movimentos. Não
conseguireis imaginar o horror que é penetrar nestes ambientes em que se vêem
pernas, braços, cabeças, tudo em movimento constante, sem descanso, e tudo
completamente desvairado como se tivessem vida própria. Sabeis, amigos,
muitos males foram praticados no século passado. Muitas experiências foram
feitas em corpos humanos por cérebros brilhantes que desceram à Terra com o
objectivo de a fazerem evoluir, impedindo o avanço das trevas que investiam
sobre todo o Planeta e, em vez de o fazerem, contribuíram grandemente para
aumentar os males dessa mesma Humanidade que vinham salvar (deduzimos que se trata do período nazi). É a nossa consciência a
cobrar-nos os males que praticámos e que tanto desejaríamos esquecer.”
Doutrinador:
Obrigado, querido amigo.
Espírito
Orientador: Agradeçamos a Deus, pedindo-Lhe
orientação.
O doutrinador termina a reunião, agradecendo a Deus a oportunidade
dada e pedindo por todos.
Eduardo Guerreiro - extraído do livro ainda não lançado: "Lições da Vida Após a Morte" - Chiado Editora
Eduardo Guerreiro - extraído do livro ainda não lançado: "Lições da Vida Após a Morte" - Chiado Editora
Postado por Unknown às 13:21 0 comentários
Marcadores: Reuniões Mediúnicas, Reuniões Mediúnicas - Grupo Amigo Amén
domingo, 23 de outubro de 2016
Espíritos assustadores
Era
colaborador num Centro Espírita. Sensitivo. Mas tinha um tique muito peculiar.
Sempre que sentia alguma aproximação espiritual, dava um salto, como se fora
impulsionado por uma mola, estendia os braços com as mãos espalmadas para
diante e esbugalhava os olhos para um ponto distante no infinito.
Quem
não conhecesse este seu modo de actuar, sendo apanhado desprevenido, ficava no
mínimo surpreendido, para não dizer assustado.
Muitas
foram as vezes que os seus companheiros o advertiram, sem sucesso, para se
controlar. O hábito de saltar, estender os braços com as mãos espalmadas e
olhos arregalados, como se quisesse parar algo invisível, continuou. Os
trabalhadores do Centro desistiram de o fazer mudar de comportamento.
As
reuniões públicas nesse Centro começavam, invariavelmente, à mesma hora, em
determinado dia da semana. A sala era relativamente pequena. Após estarem
acomodados os participantes, pontualmente e antes da oração inicial, a porta
era encerrada e ninguém mais entrava.
Naquele
dia, alguém que não conhecia as regras da casa, chegou atrasado. Encontrando a
porta da rua fechada, bateu. A ordem era para não abrir. Mas, perante a
insistência e o transtorno que estava causando, os responsáveis da Casa Espírita
resolveram, excepcionalmente, abrir a porta ao visitante inoportuno.
O
confrade, que vimos citando, ofereceu-se para o fazer.
O
visitante era, afinal, uma senhora. Vinha ao Centro pela primeira vez. Mas
deveria vir acompanhada por entidades espirituais, a julgar pela habitual
reacção desse irmão que, assim que a encarou, deu um salto, colocou os braços
esticados com as palmas das mãos abertas e esbugalhou os olhos.
A
senhora, que desconhecia totalmente o que era o Espiritismo, fugiu, de
imediato, esbaforida, rua abaixo.
Sendo
o Espiritismo, à época (anos 80 do século passado), confundido com bruxedo,
feitiçaria, adivinhação e outras actividades mais ou menos ocultas e misteriosas,
próprias de gente que não funcionaria
muito bem da cabeça, não é difícil presumir o que teria, então, passado
pela mente dessa senhora.
Podemos
imaginar as conversas havidas, posteriormente, com as suas vizinhas e amigas e
os relatos coloridos da ocorrência à porta do Centro Espírita.
De
facto, na povoação, começou a correr o rumor de que naquela casa (Centro
Espírita) deveriam existir espíritos
assustadores.
Moral
da história:
1.
Todo o médium deverá aprender a controlar-se e estudar a Doutrina Espírita. As
reuniões de educação mediúnica têm este objectivo.
2.
A grande maioria das pessoas que procura o Centro Espírita, fá-lo em busca de
auxílio. Desconhecem o que é a Doutrina Espírita. Desconhecem quais são as
finalidades de um Centro Espírita, possuindo, muitas vezes, ideias
preconceituosas em relação a tudo quanto se relacione com o intercâmbio entre
os dois planos – físico e espiritual.
Cabe,
a quem está informado, esclarecer, estabelecendo a distinção clara entre
mediunismo e espiritismo, informando que a mediunidade é, em si mesma, neutra e
que existem médiuns que são espíritas, como também aqueles que o não são. E
explicar, de forma simples e clara, em que consiste a Doutrina Espírita ou
Espiritismo.
Eduardo Guerreiro (retirado do livro: Histórias Verídicas com Pessoas e Espíritos)
Postado por Unknown às 11:52 0 comentários
Marcadores: histórias verídicas
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
Um livro espírita para todos, em linguagem muito acessível, com algumas histórias verídicas já aqui publicadas e muitas outras...
Postado por Joana às 15:07 0 comentários
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