domingo, 7 de maio de 2017

A calculadora dispensável


Que Divaldo Franco é possuidor de uma mediunidade excepcional todos nós sabemos. Através de Divaldo Franco os Espíritos escreveram romances, ensaios e mensagens de alto valor doutrinário. Mas, sem duvidar da mediunidade de Divaldo, um companheiro nosso conhecido, durante uma palestra do orador de Salvador da Bahia, Brasil, resolveu comprovar o fundamento de tal talento.
O caso ocorreu, salvo erro, em 1990, por ocasião de um seminário que se realizou nas instalações da Associação de Comerciantes de Lisboa.

Em discurso proferido em tom empolgante, característico de Divaldo, este divagava pelos acontecimentos mais marcantes da evolução da Física até à época actual. Referia nomes de cientistas, datas, locais...

E o nosso companheiro, que ouvia atentamente, ia ficando cada vez mais abismado com a grande sabedoria de Divaldo, mas, sobretudo, com a sua prodigiosa memória. Ele mostrava conhecimentos profundos precisamente na área em que esse nosso companheiro era especialista. Como era possível que uma pessoa revelasse tantos conhecimentos?! O assunto intrigava-o profundamente. E a situação chegou ao extremo quando Divaldo a propósito de determinado assunto referiu, salvo erro, a trigésima segunda potência do número 2 e revelou que se tratava do número quatro biliões, duzentos e noventa e quatro milhões, novecentos e sessenta e sete mil e duzentos e noventa e seis. Era demais!

Sem hesitar, esse nosso amigo que se fazia acompanhar sempre com uma calculadora científica no bolso resolveu fazer a conta. Lá no canto onde se encontrava, no 1º balcão da sala e dissimuladamente, tirou a calculadora do bolso com o objectivo de confirmar o número referido por Divaldo.

Ouve-se a voz forte de Divaldo vinda do palco: Não vale a pena tirar a calculadora porque o número é mesmo este!

O nosso companheiro instintivamente, como se tivesse sido descoberto, voltou a guardar rapidamente a calculadora na algibeira do casaco.

Mas a situação continuou para ele intrigante: como era possível que Divaldo possuísse tantos conhecimentos da sua área (Física) e tão prodigiosa memória? Como era possível que ele citasse com tanto rigor factos e datas que nem mesmo os estudiosos da matéria conheciam?!

Com estas perguntas na cabeça pediu a um amigo que, em seguida, iria entrevistar Divaldo que tentasse desvendar o mistério.

Na entrevista Divaldo explicou que o Espírito que se manifestou enquanto ele falava era o espírito de Vianna de Carvalho, que durante a vida terrena havia sido físico. Disse também que, enquanto discursava, lhe eram mostrados painéis que ele ia lendo.

Estavam, pois, explicados os profundos conhecimentos que Divaldo demonstrou ter na área da Física.


Moral da história
No domínio do que designamos como paranormal, todos os dias somos surpreendidos com factos que ignoramos. O nosso companheiro, versado em Física e Química, ficou, assim, esclarecido quanto à memória prodigiosa de Divaldo.


Do livro "Histórias Verídicas com Pessoas e Espíritos" de Eduardo Guerreiro, Chiado Editora


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