quinta-feira, 5 de março de 2009

Aumento da violência - razões

Hoje, num debate na SIC, ficou manifesta a tendência para se atribuir o aumento significativo do número de assaltos e crimes violentos no país, à crise económica instalada.

"O homem assalta, porque tem mulher e filhos e estes precisam de comer”, era o que mais se ouvia.

Ora, o homem é mau e faz mal ao seu próximo, porque a sua natureza espiritual ainda é pouco ou nada evoluída.

Não são somente o desemprego, a fome e a exclusão social, as causas da sua revolta, praticando o mal, perante os obstáculos provisórios que a vida terrena lhe impõe. O orgulho ferido, a ambição descontrolada, a inveja e a irresponsabilidade são factores sobejamente negativos na manifestação das suas tendências, da sua essência como ser humano, desajustada e violenta.

O Espírito humano, ao transportar consigo culpas, ódios, complexos, mágoas incontidas e desejo de vingança, anula-se a si mesmo como criatura emanada dum Ser Criador, amoroso, que é Deus.

Ele deixa que o mau instinto governe as suas emoções em momentos de irracionalidade e de paixões desviantes e ingovernáveis.

O lado racional da sua natureza humana é fragmentada pela animalidade reinante dos impulsos que o atraiem para a acção maldosa, direccionada para roubar ou para matar o seu semelhante indefeso.

À luz da óptica Espírita esse homem situa-se como um espírito de ordem moral inferior e a maioria da humanidade, no actual estágio em que se encontra o nosso planeta, é dessa ordem de grandeza.

Essa a razão de tanta violência, de atrocidades de toda a espécie, de turbulências sociais, morais e até religiosas que invadem diariamente os telejornais de todo o mundo, servindo de motivo de escândalo.

O Espírito humano, porém, não permanecerá eternamente neste estádio, estando, ao contrário, destinado a evoluir.

Será ele, individualmente, que decidirá quando isso acontecerá, mudando a sua conduta em cada ciclo reencarnatório.
Ser-lhe-á concedido o direito de refazer todo o processo de aprendizado ético-moral que não soube aproveitar com tolerância, paciência e humildade.

No entanto, quando reencarnado, ficará sujeito aos ditames da Lei de Causa e Efeito que violentou com o seu livre-arbítrio, caracterizado pela violência e pela irracionalidade anteriores.

Poderá voltar ainda mais pobre, carecendo de saúde física e/ou mental, padecendo tormentos semelhantes aos que provocou nas suas vítimas indefesas. É assim que se cumpre a Justiça Divina. Quem não cumpre as leis do Amor ao próximo, terá de realizar o seu aprendizado pelos caminhos tortuosos do sofrimento.
Pensemos nisso, enquanto ainda é tempo de mudar nossos padrões mentais.

2 comentários:

  1. Olá Joana
    Gostei muito deste post. Em última análise, cabe a cada individuo fazer as escolhas que moldaram o seu futuro.

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  2. Olá ejsantos

    Sim, cada um de nós é o responsável pelo seu próprio destino. Harmonizamo-nos com a Lei de Deus, respeitando a vida em harmonia, prudência e equilíbrio. Mas, quando ferimos essa Lei com o dedo da maldade ou da ignorância, somos nós os primeiros a sofrer as consequências, impostas pela dor e pelo remorso, insculpidos na consciência. E à nossa volta também as coisas se transformam e passamos a viver em situação e ambiente compatíveis com o erro cometido (muitas vezes, ainda antes de desencarnarmos).

    Um abraço
    Joana

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