sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Dia Mundial do Livro - Recordando Kardec
A UNESCO escolheu o dia 23 de Abril para festejar o livro por se tratar de um dia emblemático para a literatura mundial. Foi a 23 de Abril que, em 1616, morreu Miguel de Cervantes e que, em 1899, nasceu Vladimir Nabokov. Neste mesmo dia também nasceu e morreu William Shakespeare, entre outros nomes célebres que fazem parte da nossa cultura e que alimentam o espírito de gerações.
Poucos dias atrás, a 18 de Abril, fez 152 anos a 1ª publicação em França de O Livro dos Espíritos, por Hippolyte Léon Denizard Rivail, pedagogo e cientista sobejamente conhecido e discípulo de Pestallozi, sob o psedónimo de Allan Kardec. É a obra básica da doutrina espírita.
Em 1857, em Paris, a obra é apresentada pelo editor E. Dentu, estabelecido no Falais Royal, Galérie d’0rléans e, com ela, o termo Espiritismo é dado a conhecer ao mundo, designando a Doutrina, ditada pelo Espírito da Verdade, o Consolador, prometido pelo Cristo, através da mediunidade das meninas Caroline (16 anos) e Julie Boudin (14 anos) e mais tarde, aquando da revisão do livro, de Celine Japhet (18 anos), e publicação da 2ª edição, a 16 de março de 1860.
Outros médiuns foram posteriormente consultados e Kardec informa, em Obras Póstumas: “Foi dessa maneira que mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho”.
É de salientar que, antes do lançamento desta obra os termos conhecidos eram o Espiritualismo ou Neo-espiritualismo, pese embora algumas traduções menos fidedignas da Bíblia se referirem ao termo espiritismo para que os seus detractores possam argumentar a fim de combaterem a Doutrina Espírita. O termo espírita nasceu com Allan Kardec, foi introduzido no vocabulário francês e no de todo o mundo, a partir do século XIX.
Allan Kardec é o nome de um druida céltico, do qual o educador francês é a reencarnação.
O Livro é a compilação das respostas dos espíritos às questões que lhes são colocadas, tendo a 1ª edição 550 itens e, após a revisão, sob orientação do Espírito da Verdade, totalizando 1.019 tópicos.
As médiuns comunicavam com os espíritos pelo método da psicografia indirecta, através das cestinhas-de-bico. Colocavam as mãos nas bordas da cesta e o lápis (o bico) escrevia numa lousa.
Toda a Doutrina está contida neste livro, tendo sido posteriormente desenvolvida nos demais volumes da Codificação.
No contexto histórico, O Livro dos Espíritos é o código de uma nova fase da evolução humana.
Depois das incongruências da Bíblia e da aterradora visão de um Deus terrível e castigador, passamos ao equilíbrio clássico do Evangelho, a codificação da segunda revelação cristã, a doutrina do perdão com Jesus e deste à libertação espiritual de ‘O Livro dos Espíritos’, tal como predicto pelo Cristo, em João XIV, de que nos enviaria o Consolador.
Até a publicação desta obra, os problemas espirituais eram tratados de maneira empírica ou apenas fantasiosa. Com ela, o espírito e os seus enigmas saíram do terreno da abstracção, dos milagres, para se tornarem acessíveis à investigação racional, e até mesmo à pesquisa experimental. O que pertencia ao domínio do sobrenatural tornou-se natural. Tudo se reduziu a uma questão de conhecimento das leis que regem o Universo.
No seu aspecto filosófico O Livro dos Espíritos enquadra-se numa das formas clássicas da filosofia: o diálogo, e divide-se em quatro partes, como era comum à época, nos tratados filosóficos.
Livro Primeiro - Das causas primárias - abordando as noções de Deus, dos elementos Gerais do Universo, da Criação e do Princípio Vital.
Livro Segundo - Mundo Espírita ou dos Espíritos - analisando a noção de Espírito e todas as relações destes com os mundos corpóreos, a finalidade da vida terrena e o regresso ao Mundo Espiritual, e a pluralidade das existências, rumo ao auto-aperfeiçoamento.
Livro Terceiro - As Leis Morais - trabalhando com o conceito de Leis de ordem Moral a que estaria submetida toda a Criação, quais sejam as leis de: adoração, trabalho, reprodução, conservação, destruição, sociedade, progresso, igualdade, liberdade, justiça, amor e caridade e a perfeição moral.
Livro Quarto - Esperanças e Consolações – informando acerca das penas e gozos terrenos e das penas e gozos futuros que esperam o Homem, desfazendo conceitos antigos sobre a localização do Inferno e do Paraíso e situando o Purgatório no interior de cada um de nós.
Intolerância e perseguição
Desde sempre a Igreja Católica viu na Doutrina Espírita um obstáculo incontornável à manutenção dos seus dogmas, rituais e milagres.
Em Setembro de 1861, o Sr. Lachâtremanda mandou vir de Barcelona 300 volumes de obras espíritas, dentre as quais O Livro dos Espíritos. À sua chegada, os livros são apreendidos e queimados num auto de fé pelo Bispo local, em tudo fazendo recordar a época de má memória da Inquisição. A sentença foi executada a 9 de Outubro, data que marca a intolerância religiosa, na sua perseguição à divulgação da Doutrina Espírita.
A 1 de Maio de 1864 a Igreja Católica coloca O Livro dos Espíritos no Index- o catálogo das obras cuja leitura é proibida aos seus fiéis.
Essa oposição continua até hoje, aproveitando os dirigentes da Igreja Católica, todas as oportunidades que surgem, para denegrir e desacreditar o espiritismo, junto dos seus fiéis, quer nos órgãos de comunicação social, quer nos muitos blogs que circulam pela net.
Em Portugal, a prática da Doutrina Espírita foi proibida durante a vigência de Salazar e as suas instalações confiscadas pelo Estado. Até hoje, não foram devolvidas.
Em suma, O Livro dos Espíritos, escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem clara e simples, para divulgação popular, é no dizer de Herculano Pires: “um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo cm novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética, e estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológico, psíquico, social e espiritual.”
E Allan Kardec, referindo-se ao Espiritismo, declara: “Sa force est dans sa philosophie, dans l’appel qu’il fait à la raizon, au bon-sesns. »
Enfim, O Livro dos Espíritos é um livro para ser estudado e meditado, com o auxílio dos demais volumes da Codificação:
- O Livro dos Médiuns
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- O Céu e o Inferno
- A Génese
Fontes:
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376134
“O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec, 3ª edição, trad. de José Herculano Pires
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_dos_Esp%C3%ADritos
Postado por Joana às 14:37 4 comentários
Marcadores: Allan Kardec, Datas, O Livro dos Espíritos
segunda-feira, 20 de abril de 2009
PRÁTICA MEDIÚNICA
Tudo gravita em torno dos centros de atração e sustentação de forças determinadas e específicas, no plano em que evoluímos para a Ordem Superior.
A mediunidade não pode igualmente escapar a semelhantes impositivos.
Almas ignorantes atraem criaturas ignorantes.
Doentes afinam-se com doentes.
Há entidades espirituais que se dedicam ao serviço do próximo, em companhia daqueles que estimam a prática da beneficência, tanto quanto existem inteligências desencarnadas que, em desequilíbrio, se devotam a lamentáveis alterações da tranqüilidade alheia, junto das pessoas indisciplinadas e insubmissas.
Obsessores vivem com quem estima perseguir e vampirizar e comunicantes irônicos somente encontram guarida nos companheiros do sarcasmo.
Eis porque, acima da prática mediúnica, examinada sob qualquer aspecto, situamos o imperativo da educação em nossos círculos doutrinários.
Amontoam-se vermes onde se congregam frutos desaproveitados ou apodrecidos, assim como a luz brilha onde encontra força ou material que lhe sirvam de combustíveis.
O médium receberá sempre de acordo com as atitudes que adota para si mesmo, perante a vida.
Quem deseje crescer para a Espiritualidade Superior não pode menosprezar o alfabeto, o livro, o ensinamento e a meditação.
Mediunidade não é exaltação da inércia ou da ignorância.
O médium, para servir a Jesus de modo positivo e eficiente, no campo da Humanidade, precisa afeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e à própria melhoria, a fim de que se faça filtro de luz e paz, elevação e engrandecimento para a vida e para o caminho das criaturas.
Jesus é nosso Divino Mestre.
Postado por Joana às 16:20 2 comentários
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
Maturidade espiritual do Homem
Jesus foi enviado à Terra para esclarecer a Mensagem, para despertar as consciências que se tinham entregue às palavras, mas que não conseguiam aquecer os corações de tão superficiais que eram e cujos actos se encontravam já muito distantes dessas brilhantes oratórias produzidas nos púlpitos onde se alçavam aqueles que se diziam transmissores das Suas palavras.
Jesus provou com os seus actos, através do exemplo diário e contínuo, de que as suas eram, de facto, as palavras do Pai de todos nós, ensinando ao Homem, já preparado para O ouvir e aceitar no coração, o perdão. Grande passo se deu na evolução.
Não mais as aparências, não mais a retórica e os discursos habitualmente preparados seduziam as multidões, mas sim o Amor que brotava do filho de Deus, coração aberto que tocava outros corações famintos de Verdade e Conhecimento, resultantes da compreensão da Sua mensagem.
A parábola da figueira seca dirige-se a todos os que em todas as épocas fazem da palavra o seu único modo de vida, seduzindo e enganando em benefício próprio.
Muitas religiões se valem desse estratagema há muitos séculos apreendido, para que possam dominar, controlar e aumentar o seu poder sobre o Homem.
Muitos dislates, crimes hediondos, massacres condenáveis por Deus, não obstante realizarem-se em Seu nome.
O Espiritismo veio esclarecer, repor a verdade das parábolas e das palavras de Jesus para que não mais perdurasse o engano, para que o Homem não fosse o isco de alguns para a ascensão social ou religiosa.
O Homem crescerá espiritualmente e encontrará Deus no Universo e descobrirá que os milagres são o resultado do desconhecimento sobre os fenómenos da Natureza e que um dia toda a Verdade lhe será revelada, pois assim como não alimentamos na Terra uma criança recém-nascida da mesma forma que o fazemos com um adulto, assim acontecerá ao Homem.
Esse dia chegará, quando o Homem passar da adolescência para a fase adulta e então ele O verá e O amará com todo o seu coração e com toda a sua inteligência.
Tende fé e paciência e podereis todos vós que lutais por um Mundo melhor, pleno de Paz e prosperidade entre todos e podereis ser presentes nesse novo amanhecer da Humanidade.
Postado por Joana às 04:35 0 comentários
Marcadores: espiritismo, Mensagens mediúnicas - Grupo "Amigo Amén"
sábado, 11 de abril de 2009
Visão espírita da Páscoa
Mas, aqui reside uma diferença substancial entre as religiões cristãs e o espiritismo – a crença na ressurreição de Jesus.
Para nós, espíritas, Jesus ressurgiu no seu corpo perispirítico ou espiritual e não com o corpo físico, esse já em decomposição, com danos irreversíveis no cérebro ao fim de pouco tempo, de acordo com a ciência.
As Igrejas cristãs continuam defendendo a ideia de que o Cristo “subiu aos Céus” em corpo e alma, e de que o mesmo sucederá a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”.
A doutrina espírita, defensora da lógica e do bom-senso refuta essa teoria, pela impossibilidade física de seres que já faleceram ao longo dos séculos terem os respectivos corpos reconstituídos nas suas estruturas orgânicas no dia do juízo final. Poder-se-ia argumentar que a Deus nada é impossível, mas porque iria Ele derrogar as suas próprias leis naturais, recorrendo a milagres?! Para mostrar o Seu poder aos homens? Mas Deus apenas é. Nada precisa de provar.
Simultaneamente, tal ideia é contra qualquer noção de justiça e de moral, pois mais justa será sempre a concessão ao homem duma nova oportunidade de renascimento, tantas vezes quantas as necessárias, de modo a que este tenha a possibilidade de corrigir os erros cometidos e de evoluir no aprendizado intelecto-moral, de modo a alcançar novos patamares de crescimento, rumo à perfeição.
É pela lei dos renascimentos, que o homem se aproxima de Deus: ao “nascer de novo”, criam-se as condições de igualdade de oportunidades para todos os espíritos e cumprem-se as palavras de Jesus: “em verdade vos digo que ninguém verá a luz dos céus, se não nascer de novo”.
Outro aspecto que desde sempre nos foi transmitido pela religião judaico-cristã tradicional é a noção da “culpa”. Jesus sofreu o processo da crucifixação para nos “salvar” dos nossos “pecados”, cometidos desde Adão e Eva. E aqui em Portugal aí está a procissão do Senhor dos Passos, realizada na Sexta-Feira Santa, simulacro que nos assusta desde tenra idade, do “enterro” de Jesus, realizada à noite, com todo o aparato e negrume necessários à manutenção da nossa “culpa”.
Para os espíritas, que não possuem rituais, nem proibições de comidas ou de trabalho, a Páscoa é a época de lembrar mais uma vez a necessidade da “libertação do homem velho”, no dizer de Celso Martins para que, reflectindo no exemplo de Jesus, possa nascer o “Homem Novo”.
Em vez de nos agarrarmos às exterioridades das celebrações pascais, aproveitemos esta época para tentarmos mudar alguns dos nossos hábitos, ser menos egoístas, mais caridosos e amigos com todos os que nos rodeiam. Essa a verdadeira mensagem que Jesus nos deixou e a certeza de que estará sempre ao nosso lado cuidando do nosso orbe e de cada um de nós, auxiliando-nos no reerguimento, após cada uma de nossas quedas.
Comemore, então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. Não a do chocolate ou a do sofrimento, mas a sua Páscoa, a da sua “libertação”, reflectindo na sua transformação interior, a Páscoa da valorização da própria vida na certeza da imortalidade.
Boa Páscoa
Postado por Joana às 17:37 3 comentários
Marcadores: Datas, espiritismo, Momentos de Reflexão, Páscoa, Reencarnação
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Pecado
- Fazer modificação genética
- Poluir o meio ambiente
- Causar injustiça social
- Causar pobreza
- Tornar-se extremamente rico
- Usar drogas
Se a lista dos 7 pecados será ou não aumentada é uma dúvida que fica, pois Capital vem do latim "caput", que quer dizer "cabeça". São pecados "cabeças", isto é, que geram muitos outros.
Segundo a Igreja Católica, podemos ver, por exemplo, como filhos da soberba: o orgulho, a vaidade, a arrogância, a prepotência, a auto-suficiência, a jactância, entre outros. Podemos ver como filhos da ganância: a exploração da pessoa humana, a destruição do meio ambiente como fonte de enriquecimento, as brigas pelos bens materiais, entre outros.
Saiba mais sobre a visão espírita da noção de "pecado", lendo os posts que este tema suscitou nos blogs:
http://blog-espiritismo.blogspot.com/2009/03/do-egoismo.html
http://blog-espiritismo.blogspot.com/2009/03/o-pecado-morava-ao-lado.html
http://observadorespirita.blogspot.com/2009/03/o-blog-ideia-espirita-lancou-um-desafio.html
Postado por Joana às 06:09 3 comentários
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