sábado, 25 de julho de 2009

Atmosferas Espirituais - Parte 1

Reunião mediúnica de 12 para 13 de Março de 2005 – 1ª Parte

O ambiente espiritual de um lar, de uma instituição, de uma cidade, é criado pelas pessoas que lá habitam. Se predominam os maus sentimentos (arrogância, inveja, ciúme, hipocrisia, maledicência...) então as entidades espirituais afins predominam, agravando a situação. Se, pelo contrário, em determinado ambiente se cultivarem a humildade, a tolerância, o perdão... podemos ter a certeza de que, espiritualmente, o ambiente é bom. Dizemos que “tem boas vibrações”.

A todos nós já foi dada a oportunidade de frequentar os mais diversos meios e, todos nós, já tivemos a oportunidade de experimentar sensações agradáveis ou desagradáveis, consoante as características espirituais dos mesmos.

Fiz este preâmbulo apenas para relatar o diálogo estabelecido entre o doutrinador e uma entidade que se manifestou numa reunião mediúnica de 12 para 13 de Março de 2005. No final da reunião manifestou-se o espírito dirigente dos trabalhos, prestando esclarecimentos sobre os mesmos.


Espírito: ... Eu devo estar num planeta muito atrasado.
Doutrinador: Porque dizes isso, querido amigo?
Espírito: Então... o meu trabalho é colar-me às pessoas e perturbar-lhes as mentes.
Doutrinador: Olha meu querido amigo: isso não se trata de trabalho.
Espírito: É trabalho...
Doutrinador: Isso trata-se de ignorância da tua parte.
Espírito: Eu fui contratada. Estás-me a chamar amigo, mas eu sou uma mulher! Não estás a ver?
Doutrinador: Foste contratada mas hoje estás arrependida do que andas fazendo.
Espírito: Eu não! Não estou nada arrependida. Eu ando ali naquela D. P. (nome da instituição) e hei-de lá ficar muito tempo... É só vê-las entrar... Pimba! Lá me colo eu. Ficam todas abanando.
Doutrinador: Mas tu não estás lá sozinha, estão mais outras amigas.
Espírito: Olha. Não sabem o que fazem nem o que hão-de fazer.
Doutrinador: E tu também não sabes. Assim como tu também não sabes.
Espírito: Eu sei. Porque fui contratada.
Doutrinador: Foste contratada, mas esse contrato o que é que te deu de resultado? Que lucros é que tiraste daí?
Espírito: Até agora nada. Mas prometeram-me que ia ter.
Doutrinador: Ora, promessas há muitas, amiga...
Espírito: Eu sei. Eu sei. Mas eu não tenho outra...
Doutrinador: E não foi só a ti que prometeram...

Espírito: Não sei o que é que posso fazer mais. Essa conversa é muito complicada, que eu não percebi metade [refere-se à lição: "Há muitas moradas na cas do meu Pai", "EVangelho Segundo o Espiritismo", Cap. III]. São palavras muito caras para mim, mas pelos vistos não deve ser assim muito fácil o que eu pretendo. Devo estar muito, muito longe de conseguir aquilo que eu quero. Tenho ainda muitas horas de trabalho pela frente.

Doutrinador: Olha, querida amiga, preocupa-te mas é contigo e com o teu futuro.

Espírito: Mas eu estou a lutar pelo meu futuro. Tenho é ainda muitos anos pela frente, pelos vistos...
Doutrinador: E eu vou mostrar-te como é que podes lutar pelo teu futuro, ainda hoje, fazendo-te uma proposta ainda melhor. Certamente tu tens pessoas muito amigas a quem não vês há muito tempo...

Espírito: Eu só quero encontrar a minha filha. É por isso que eu estou ali! Eu fui contratada porque me disseram que, quando eu acabasse o meu trabalho, iria encontrar a minha filha. A minha filha já faleceu há muitos anos. Era tão novinha, tão bonita! Mas quando eu cheguei pensei que a ia encontrar. Nada. Corri tudo. Bati a todas as portas que encontrei e não sei dela.

Doutrinador: Estás a ver, minha amiga. Eu sei que não és a única que foi contratada. Outras amigas tuas...
Espírito: Ai, há lá muitos trabalhadores...
Doutrinador: Podes chamá-los para virem até aqui e ouvirem a nossa conversa. E para verem. Se calhar alguns estão aqui.
Espírito: Não sei. Eu não vejo nada.
Doutrinador: Não interessa. O que interessa é uma coisa: ajudarmos a encontrar a tua filha.
Espírito: E vocês o que é que querem em troca?
Doutrinador: Nada. Nada amiga!
Espírito: É que eu já trabalho muito.
Doutrinador: Nada amiga. Nada!
Espírito: Ah, ninguém dá nada sem receber!
Doutrinador: Olha, eu juro por tudo o que é sagrado que nada te pedimos em troca.
Espírito: Deves ser de um planeta mais adiantado...
Doutrinador: Não sei. Sou do planeta Terra.
Espírito: Não, não! Na Terra não é assim.
Doutrinador: Olha, minha querida amiga: tu crês em Deus?
Espírito: Eu creio em Deus, mas nunca o vi, nem tenho recebido grandes ajudas...
Doutrinador: Tu crês em Jesus?
Espírito: Também, mas não o vi...
Doutrinador: Dás o benefício da dúvida e deixas-me fazer uma oração a Deus. Tu lembras-te do Pai Nosso?
Espírito: Lembro-me, claro. Eu até vou à missa. Há muita gente naquela [nome da instituição] que vai à missa. Eu vou todos os dias com elas. Ora uma, ora outra. E até gosto muito.
Doutrinador: É sinal de que tens fé. Então vamos, com fé, orar um Pai Nosso.

[O doutrinador ora, com muita fé, o Pai Nosso, pedindo auxílio para a irmã presente, nomeadamente ajuda para encontrar a sua filha]

Passam-se alguns instantes em silêncio. Todos os elementos do grupo estão em oração, pedindo por esta nossa amiga e rogando a presença do ente que lhe é querido e que tanto deseja encontrar: a sua filha.

Espírito: Está tudo escuro...
Doutrinador: Toma atenção. Observa bem!

Os elementos do grupo continuam em oração

Espírito: Uma estrelinha ali ao fundo. Ai, parece que tem uma cauda. E vem descendo. Ainda me vai cair em cima. O que é que será aquilo? É o fim do mundo. Ai....

Passam-se mais alguns instantes.

Espírito: És tu, Marília?! És tu Marília?! [Chora de alegria] Ai, eu não acredito no que estou a ver... Há quantos anos, minha filha. Há quantos anos a mãe não te via e te procura sem parar e não te encontra... Onde é que tu estavas? Ai filha! Tão bonita! Ainda mais nova! Ai que linda! Linda menina! Ai que alegria tão grande! Ai minha filha, a minha Marília. Quanto te desejava encontrar. Está aqui ao pé de mim. Ai meu Deus obrigada. Obrigada, meu Deus.

Ela diz para agradecer também aos amigos que me ajudaram, porque eu estava no sítio errado para a poder encontrar. Que só o amor por ela é que me salvou e que tenho que amar muito a Jesus para poder ficar com ela. Ai meus amigos, muito abrigada. Eu faço tudo, tudo, tudo o que me pedirem. Tudo, tudo, tudo...

Doutrinador: Minha querida amiga agradece ao nosso Mestre, que é Jesus. Vê o exemplo que Ele nos deu.

O doutrinador agradece a Deus, Nosso Pai, a ajuda que nos foi dada, desejando que esta amiga vá em Paz na companhia da filha e tenha as melhores felicidades

A entidade confessa-se envergonhada por ter feito tanto mal. E diz o nome: ‘Eu chamo-me Maria José’.

Manifesta-se reconhecida a nós por todo o sempre. O doutrinador recomenda-lhe que peça pelas amigas que eram suas companheiras, no local onde ela se encontrava e faz uma oração de agradecimento a Deus, despedindo-se desta amiga. A entidade avisa que há gente muito má no local onde ela se encontrava. O doutrinador esclarece que não existe maldade, mas ignorância e despede-se desta irmã, desejando-lhe as maiores felicidades.

Manuel

Grupo Espírita "Amigo Amén"

Santa Maria

(continua)

3 comentários:

  1. Cara Joana, consegue sempre surpreender.
    Muito interessante, e em alguns aspectos assustador.
    Bj

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  2. Oi Joana! Estou me iniciando na doutrina Espirita e encontrei o seu blog que gostei muito, obrigada por me ajudar a entender um pouco melhor algumas coisas.
    Bj doce

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  3. ejsantos

    De facto, é assustador pensar que somos influenciados nos nossos actos e pensamentos, mas isso realmente acontece, mais do que podemos supor, pois o intercâmbio entre os dois mundos é constante.

    Resta-nos cultivar os bons pensamentos e agir em conformidade para atrairmos espíritos ligados ao bem.

    Um abraço

    Mónica

    Ainda bem que encontrou uma Doutrina tão racional como esta que agora pesquisa.

    Boas leituras e volte sempre.

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