A limpeza da casa
Um
casal de meia-idade contactou-nos, pois achava que o ambiente em casa estava pesado. Recomendámos que fizessem o
Evangelho no Lar regularmente, uma vez por semana. Indagaram-nos se era
possível a nossa presença e nós não dissemos que não.
Lá
fomos, durante várias semanas, participar na realização do Evangelho. O filho e
a filha do casal, adolescentes de 18 e 19 anos, não participavam. Talvez se
recusassem. Ou talvez os pais não os motivassem o suficiente, explicando-lhes a
importância e a necessidade de realização do mesmo.
Como
a situação não se alterava e o ambiente continuava pesado, segundo informação que nos era prestada, pedimos auxílio a
um Centro Espírita, indagando se era possível uma reunião mediúnica nessa casa,
com a presença de médiuns ostensivos, isto é, de pessoas através das quais os
Espíritos eventualmente presentes se pudessem manifestar e dialogar com nós
outros.
A
resposta foi positiva e agendámos o dia para a realização dessa reunião.
Compareceram
alguns elementos do Centro, a que nos juntámos nós três, os participantes nas
reuniões do Evangelho no Lar inicialmente contactados pelos donos da casa.
Durante
a reunião manifestaram-se entidades que confessaram estar ali porque tinham sido chamadas. Ficámos
intrigados. Contudo, as entidades foram encaminhadas e o ambiente ficou mais leve, segundo informação posteriormente
prestada.
Nós,
os três participantes nas reuniões do Evangelho no Lar, encontrámo-nos naquele
sábado com o objectivo de nos deslocarmos ao referido Centro Espírita que se
situava numa cidade a dezenas de quilómetros da nossa residência habitual.
Durante
o trajecto fomos conversando sobre assuntos variados, nomeadamente, sobre a situação
espiritual daquele lar que tanto nos intrigava. Em determinada altura diz um
dos ocupantes da viatura em que nos deslocávamos: Sabem… ultimamente tenho tido sonhos muito esquisitos, envolvendo sexo.
Não consigo explicar a razão de ser desses sonhos. Nós outros, que até
então não tínhamos feito quaisquer referências às nossas vivências pessoais,
confirmámos, igualmente, que nos últimos tempos tínhamos tido também sonhos do
mesmo género.
Concluímos
que não se tratava de coincidência e que estariam, eventualmente, ligados a
trabalhos espirituais nos quais estivéssemos participando. Mas quais? Não
sabíamos dar resposta.
A
explicação surgiu mais tarde, precisamente através do dono da casa onde
havíamos realizado as reuniões do Evangelho no Lar, bem como a reunião de desobsessão.
Contou-nos
ele que apanhou o filho e a filha a assistirem a filmes pornográficos, com os
respectivos namorada e namorado, trancados no quarto. Ficou sabendo,
igualmente, que o faziam com regularidade.
Ao
fazê-lo, atraíam entidades afins, viciadas no sexo, que causavam tantas perturbações
na casa, tanto mais que o senhor, o pai, era possuidor de uma mediunidade
descontrolada.
Explicava-se,
deste modo, a razão de ser dos nossos sonhos, envolvendo cenas de sexo
libertino, confirmando-se, assim, que estavam, de facto, relacionados com os
trabalhos espirituais que haviam sido executados.
Moral
da história
Somos
nós que escolhemos as companhias espirituais de que nos fazemos rodear, bem
como aquelas que frequentam a nossa casa. Por outras palavras – somos nós que
as convidamos. E tanto podem ser boas
como más, consoante os nossos pensamentos, palavras e acções. Numa família onde
haja harmonia e equilíbrio e onde regularmente se pratique o Evangelho no Lar,
podemos assegurar que as presenças serão sempre boas e o ambiente nunca será pesado, para usarmos a expressão daquele
casal amigo.
Extraído do livro: "Histórias Verídicas com Pessoas e Espíritos", de Eduardo Guerreiro, Chiado Editora
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