Doutrinador e 'dialogador'
"Numa reunião mediúnica juntam-se algumas
pessoas com o objectivo de realizar o intercâmbio com os chamados “mortos”,
que, conforme atrás afirmámos e tivemos a oportunidade de constatar, não são
mais do que Espíritos de pessoas que viveram na Terra, como nós estamos
actualmente vivendo.
Entre os componentes de uma reunião
mediúnica existem sempre um médium, que serve de intermediário entre os
Espíritos e nós outros e um doutrinador, que é a pessoa que fala
com os Espíritos que se manifestam através do médium.
Há quem substitua o termo doutrinador por dialogador.
Para nós, o elemento que dialoga com as entidades espirituais durante uma
reunião mediúnica é muito mais do que simples dialogador, já que participa nas
actividades de encaminhamento espiritual (tal como os restantes elementos do
grupo) muito antes da reunião propriamente dita que é, na maioria das vezes, o
culminar de todo um processo. Manteremos, assim, a designação de doutrinador para
o elemento do grupo mediúnico que dialoga com as entidades espirituais.
O número de componentes do grupo mediúnico
é variável. Hermínio Miranda, no seu livro ‘Diálogo com as Sombras’, refere
seis pessoas. Como estas devem ser afins e estar devidamente preparadas, um
grupo de mais de seis elementos torna-se difícil ser eficiente, dependendo do
tipo de trabalhos mediúnicos. Mas o grupo pode ser menor. Até duas pessoas:
médium e doutrinador podem constituir um grupo mediúnico
produtivo.
No nosso caso particular tínhamos uma
médium através da qual os Espíritos se manifestavam pela escrita (psicografia)
e pela voz (psicofonia); um doutrinador, ele próprio médium
intuitivo, pois captava as instruções dos Espíritos que o iam orientando nas doutrinações (diálogos
com os Espíritos) e, normalmente, mais dois companheiros que possuíam
sensibilidade mediúnica, embora não fossem médiuns ostensivos."
Extracto do livro “Lições de Vida
Após a Morte”, Chiado Editora, de Eduardo Guerreiro (a publicar muito em breve)
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