quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sentido das Provações

Na noite de 2 para 3 de Novembro de 2008, após a leitura do Evangelho e oração por todos os companheiros espirituais em sofrimento, manifestou-se um amigo espiritual esclarecendo sobre as provações a que os componentes do grupo mediúnico têm estado ultimamente sujeitos.

Da comunicação deduzimos que tudo estava previsto e de que aquele ou aqueles que agora são “a pedra de escândalo” que nos atinge terá ou terão um dia que prestar contas perante o tribunal da própria consciência. A firmeza que demonstrarmos perante as agruras da vida são prova de nossa Fé. E quem se oferece para a prática da caridade activa, delas não está livre. A verdadeira Caridade é aquela que implica doação de nós próprios. Lembremo-nos da parábola do “óbolo da viúva”. (Ver nota de rodapé)

Passemos, então, à comunicação psicofónica do espírito amigo:

Espírito: “(...) nossos irmãos sofrem as agruras da vida. Cada um em suas provações ou em suas missões. Cada um, cumprindo programa antecipadamente escolhido, embora escondido nas memórias do inconsciente.

Sabemos que viveis momentos difíceis. Uns, atingidos no mais profundo de suas almas, inquietados no seio familiar que tanto prezais. Outros, perturbados noutras áreas, também íntimas. Inclusive viveis momentos difíceis na área social, na vossa profissão, resultado de fracas opções, de instabilidade criada num mundo sem fé no porvir, sem conhecimentos para além dos científicos que os possam segurar, para além de uma vida de corrupção, de vivência do imediato, de ânsia de vencer, pobres infelizes, para se encontrarem cada vez mais sós num mundo em turbação que apenas sabe aplaudir a curto prazo e que abandona ao mínimo sinal de fraqueza.

Lembrai-vos, no entanto, de que contamos convosco, todos trabalhadores numa seara que deles carece e que para podermos ser úteis aos nossos irmãos sofredores temos que não vacilar, que enfrentar as provações que acutilam nossos seres: erectos, convictos e conscientes de que há sempre uma razão que a tudo subsiste e de que Deus não esquece nem o mais pequenino dos seus filhos.

Lembrai-vos que até Jesus foi experimentado e que a tentação não venceu, porque o Amor pela Humanidade que Ele vinha ensinar irradiava do seu coração puro, mais forte do que todas as perseguições. Se estais a experimentar e a ser experimentados na vossa fé, nas vossas convicções mais profundas, caminhai com firmeza.

Lembrais-vos de todos os nossos trabalhos, que embora simples, são de grande valia para cada um daqueles a quem protegemos.

Um grão de areia que se move transforma a pouco e pouco a paisagem da praia, embora ao primeiro movimento essa alteração seja imperceptível aos nossos olhos.

Cumpre-nos, nós que encetámos a caminhada, lembrar-nos de que a tarefa não está terminada, de que todos somos devedores e de que todos merecemos um futuro melhor trabalhando para ele. Erguendo nossas Preces e, sobretudo, pensando no amanhã que se avizinha.

Experimentais, também, deste lado da vida, alguns dissabores pelo bem que fazeis, causando perturbação nalgumas hostes e não deveis esquecê-lo.
Mas o Amor, o sentido do Bem, a convicção num Poder Maior vencerá sempre o ódio, a perseguição, a injustiça, pelo que confiemos em Deus. Ele está junto de nós. Que a Paz fique convosco."

Doutrinador: Obrigado, querido amigo

Espírito: Agradeçamos ao Senhor elevando nosso padrão vibratório, lançando luz sobre cada um dos irmãos que aqui se apresentaram em sofrimento, sobre toda a cidade, carente de Luz, de Amor, de Protecção, para que Deus nos permita viver um pouco melhor, pois onde o Amor chega a Paz dominará.

Doutrinador: Obrigado, querido amigo. Nós ainda hoje reflectimos (e porque nada acontece ao acaso) porque é que viemos viver para esta cidade, quando aparentemente não existem afinidades com a maneira de pensar e sentir das pessoas que nela vivem.

Espírito: Os trabalhadores, meus amigos, são convocados para os locais onde existe trabalho, pois outro sentido não haverá.

Doutrinador: É certo, mas a nossa influência é muitíssimo limitada.

Espírito: Lembrai-vos, amigo, que os olhos humanos não vêm o grão de areia em movimento, mas que ele se move, move. E que altera a paisagem, altera.

Doutrinador: Obrigado, querido amigo, pelas vossas palavras de incentivo. Sabemos que não estamos sozinhos e que os companheiros nos acompanham nas várias situações por que temos passado e não é por acaso que essas situações ocorrem.
Continuaremos essas tarefas com a ajuda de Deus, nosso Pai e com a colaboração, isso temos a certeza, dos companheiros da Espiritualidade. Amigos que trabalham de uma forma incógnita, muitos deles desconhecidos dos terrenos, mas conhecidos de Deus. Isso é que importa. Quereis deixar vosso nome, amigo?

Espírito: Saul.

Doutrinador: Obrigado, amigo Saul

Espírito: Agradeçamos todos ao Pai.

O doutrinador agradece a Deus e pede por todos os companheiros espirituais que compareceram na reunião para serem auxiliados. E termina orando a Deus, Nosso Pai.


Manuel
Núcleo Espírita ‘Amigo Amen’
Santa Maria

Nota:
A parábola do ‘óbolo da viúva’ em ‘O Evangelho Segundo O Espiritismo’ conta-nos que, enquanto os ricos davam boas quantias de dinheiro como esmola, uma viúva, muito pobre, deu apenas duas pequenas moedas que valiam muito pouco. Vendo aquilo, Jesus disse aos seus discípulos que na realidade a esmola da viúva valia mais que a dos ricos porque aquela pequena quantia de dinheiro havia sido retirada da sua indigência, enquanto que as largas somas dadas pelos ricos não representavam sacrifício por serem retiradas da abastança.

Sem comentários:

Enviar um comentário