A católica “morta”-viva
As
convicções que, de modo irracional, criámos ao longo da vida, tomando-as como
verdades absolutas, sem nos interrogarmos ou as colocar em causa, continuam
connosco, após a morte do corpo físico, tal como quando ainda nos encontrávamos
entre os chamados ‘vivos’.
O
que ocorreu na reunião mediúnica de 7 de Junho de 2005 mostra até que ponto,
por um lado a persistência dessas crenças, por outro lado a ignorância dos
assuntos respeitantes à vida após a “morte” nos pode reter estacionados durante
algum tempo junto à crosta terrestre. O diálogo entre o Espírito que aqui se
manifestou e o doutrinador é a este
respeito bem elucidativo.
A
entidade acabou por receber um esclarecimento prévio prestado por um
‘sacerdote’ do mundo espiritual e ficou satisfeita pelo facto de lá (no Mundo Espiritual)
também existirem missas, comprovando assim que “Há muitas moradas na casa de
Meu Pai”.
Passemos
ao diálogo entre o Espírito manifestante e o doutrinador, a que se segue, no final, uma comunicação do Espírito
Orientador desta reunião.
Doutrinador:
Diz lá, meu amigo, ou minha amiga. Diz-me o que sentes.
Espírito:
Eu julgava que tu eras padre.
Doutrinador:
Não sou padre, apenas gosto de orar.
Espírito:
Ah, mas falas nessa coisa de espiritismo.
Doutrinador:
Os padres católicos não falam de espiritismo.
Espírito:
Não!... Isso são coisas de Satanás.
Doutrinador:
Achas?
Espírito:
Pelo menos foi o que eu aprendi.
Doutrinador:
Diz-me uma coisa: tu és Espírito?
Espírito:
Ai a minha cabeça! Eu sofro muito.
Doutrinador:
Tens sofrido bastante, não é verdade?
Espírito:
Ai, nem queiras saber.
Doutrinador:
És uma amiga?
Espírito:
Eu não sei se sou amiga.
Doutrinador:
És uma senhora?
Espírito:
Eu sou uma senhora, então não se vê logo?
Doutrinador:
Ora bem...
Espírito:
Mas essas palavras estão certas. Agora eu estava a pensar: missa à noite não é
todos os dias. Só na missa do galo. Estava
a pensar que eram protestantes ou uma coisa dessas que eu não conheço. Têm lido
ali uns livros estranhos, ah isso têm.
Doutrinador:
E tu tens acompanhado?
Espírito:
Alguma coisa, mas acho que não são livros muito recomendáveis.
Doutrinador:
Tu condenas esses livros?
Espírito:
Não são grande coisa. Não nos devemos meter em coisas que não nos dizem
respeito.
Doutrinador:
Muito bem...
Espírito:
O que vale é que ela (um dos elementos do
grupo) ultimamente não tem feito nada. Já largou, já largou, que aquilo
era... (transitoriamente, devido ao
trabalho profissional)
Doutrinador:
Era demais...
Espírito:
Era. Coisas assim estranhas. Eu não lia mas às vezes dava uma espreitadela. Ai,
mas as minhas dores de cabeça.
Doutrinador:
Ora bem, isso é que é importante para nós.
Espírito:
Olha, não sabia que o Espiritismo dizia coisas certas. Mas não te metas com os
mortos que isso não são boas coisas. Não devemos chamar os mortos. Os mortos
estão lá para cima, a gente não deve chamá-los.
Doutrinador:
O que interessa agora é a tua dor de cabeça e o teu estado físico...
Espírito:
Ai, eu sofro muito...
Doutrinador:
E necessitas mesmo ser tratada, não é verdade, querida amiga?
Espírito:
Isto já é crónico.
Doutrinador:
Não é nada crónico.
Espírito:
Eu estou sempre em depressão, em grande sofrimento, não tenho forças para nada,
só quero é dormir mas não consigo porque as minhas dores de cabeça são muito
grandes...
Doutrinador:
Permite-me que eu peça a médicos de Jesus...
Espírito:
A vida não tem sentido...
Doutrinador:
Mas vais encontrar sentido para a vida, vais ver.
Espírito:
Não me apetece fazer nada. Nunca gostei de fazer nada.
Doutrinador:
Agora que estás aqui, vamos pedir a Jesus que te cure. Não ouviste falar nos
milagres de Jesus?
Espírito:
Então quem é que não ouviu?! Tens cada conversa!
Doutrinador:
Acreditas que Jesus está aqui presente entre nós?
Espírito:
Eu não sei. Se fosse na igreja acreditava. Aqui não sei.
Doutrinador:
Não ouviste dizer que onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas em nome de
Jesus, Jesus está entre elas?
Espírito:
Mas para isso é que existem as igrejas.
Doutrinador:
Sim mas as pessoas podem estar reunidas até em casa.
Espírito:
Sim, onde eu estava acendiam umas velas.
Doutrinador:
E nós aqui vamos acender outro tipo de velas.
Espírito:
Mas estas coisas são crónicas. Eu não tenho vontade para nada.
Doutrinador:
Permites-me que eu peça a Jesus para te auxiliar, Jesus que é o médico das
almas?
Espírito:
Tu és capaz de pedir e Ele ouve-te?
Doutrinador:
Ouve, sim. Vou dizer o ‘Pai Nosso’.
[O doutrinador ora o ‘Pai Nosso’ e
pede, com muita fé, por esta nossa querida amiga e irmã. De repente solta um
grito de pavor.]
Espírito: Ai que eu estou vendo um Espírito!!! O que
é isto?!!! Tirem-me daqui!!!
Doutrinador:
Um momento, querida amiga.
Espírito: Eu estou vendo. Tu não estás vendo?!
Doutrinador:
Sim, mas são médicos que te vêm auxiliar.
Espírito: Qual médicos?! Aquilo é um Espírito! Aquilo é um fantasma! Ai, que medo! Tira-me
daqui!
Doutrinador:
Tem calma.
Espírito:
Eu estou vendo. Qual tem calma?! Não vês
que é um Espírito? Vade retro, vade retro, vade retro! Ai, onde me meteram! É
por isso que eu digo, o Espiritismo é coisa de Satanás. Tira-me daqui!
Doutrinador:
Permites-me que eu fale com ele?
Espírito:
Mas porque é que chamam Espíritos?
Doutrinador:
Permites-me que eu fale com este nosso amigo?
Espírito:
Fala lá tu com ele. Ele que saia daqui do pé de mim que eu não quero nada.
Doutrinador:
Vou falar.
Espírito: Ai, que medo! Ai mãe, ai mãe, que medo!
(respira fundo)
Doutrinador:
Querido amigo: esta nossa irmã que está aqui presente está com uma grande dor
de cabeça e tem vivido em sofrimento durante os últimos tempos. Sabemos que
vens em nome de Jesus pois que, pelas vestes brancas e pela luz que irradias
vens em nome de Jesus. Pedimos-te, em nome de Jesus que auxilies esta nossa
querida amiga que não sabe nada da vida espiritual e que desconhece que já se
encontra no mundo espiritual sendo ela própria um Espírito...
Espírito:
Ah, eu?!
Doutrinador:...
cujo corpo físico já ficou debaixo da terra há muito tempo...
Espírito:
Olha! (espanto e admiração com as
palavras do doutrinador)
Doutrinador:
Ela desconhece essa situação.
Espírito:
Não. Eu estou viva.
Doutrinador:
Estás viva, sim, minha irmã.
Espírito:
Toco-me e sinto-me. Então não falo?! Então os mortos falam? Olha que tu não
estás a dizer coisa com coisa.
Doutrinador:
Esse corpo não é teu.
Espírito:
Ai não?!...
Doutrinador:
Não.
Espírito:
É emprestado...
Doutrinador:
É ‘emprestado’, sim. Estás a falar através do corpo de uma médium.
Espírito:
Ai... vejo espírito e oiço um maluco! Isto são coisas de doido!
Doutrinador:
Olha, minha querida amiga, como te chamas?
Espírito:
Sabes uma coisa (risos) com essa
conversa até me está passando a dor de cabeça.
Doutrinador:
Graças a Deus.
Espírito:
Já não me dói assim muito. Tu és engraçado. Há anos que isto me anda a
perseguir e agora...
Doutrinador:
Estás a ver...
Espírito:
Parece que está aliviada. Alguma coisa ganhei.
Doutrinador:
Já não é mau. Diz-me agora uma coisa: já experimentaste falar com este nosso
amigo que está aqui presente?
Espírito:
Eu?! Até estou virada de lado para não o ver.
Doutrinador:
Não faças isso.
Espírito:
Ai, tenho medo.
Doutrinador:
É um mensageiro de Jesus e mais hão-de vir.
Espírito:
Ai, mas eu nunca vi Espíritos, nunca vi nada.
Doutrinador:
Mas estás vendo agora.
Espírito:
Ai, mãe, mas eu tenho medo. Olha ele ali! Ai, mãe. É que eu abro os olhos e
vejo-o e mesmo de olhos fechados o vejo! Ai que desassossego.
Doutrinador:
Mas eu ia informar-te de uma coisa: tu és um Espírito. Todos nós somos Espíritos
imortais.
Espírito:
Pois somos, mas deixa lá estar ele sossegado, que já morreu. Quero lá agora
ver?! É quase transparente. Ai que aflição.
Doutrinador:
Nunca ouviste dizer que a alma é imortal?
Espírito:
Pois é, mas as alminhas são para estar no céu, quietinhas.
Doutrinador:
E tu o que és, não és uma alminha?
Espírito:
Eu sou quando morrer.
Doutrinador:
Olha que o teu corpo físico já morreu há bastante tempo.
Espírito:
Não morreu nada.
Doutrinador:
Lembras-te onde vivias?
Espírito:
Onde eu vivo. Vivo por aí. Olha lá este está-me a dizer que era ao pé da
Escola.
Doutrinador:
Ao pé da Escola (o doutrinador diz o nome
da Escola)?
Espírito:
Sim.
Doutrinador:
Agora diz-me uma coisa: como é que vieste ter aqui comigo?
Espírito:
Ai, eu tenho andado aqui com esta menina (elemento
do grupo).
Doutrinador:
Tens andado, muito bem. E achas isso natural?
Espírito:
Eu estava lá na casa de um casal que é muito simpático (casal muito católico, amigo da irmã anteriormente citada).
Doutrinador:
E vieste de lá.
Espírito:
Vim com ela, que é muito boazinha.
Doutrinador:
Sim senhor... vieste de lá.
Espírito:
E quis vir com ela.
Doutrinador:
Sim, mas não te lembras do teu nome.
Espírito:
Sílvia.
Doutrinador:
Dona Sílvia: acha natural andar na casa dos outros?
Espírito:
Então, nós temos que estar acompanhados. Ninguém gosta de viver sozinho.
Doutrinador:
Então num dia estás na casa de um, no outro dia estás na casa de outro. Se tivesses
corpo físico achavas natural viver um dia na casa de um e outro dia na casa de
outro?
Espírito:
Ah, era o que eu fazia. O que eu faço.
Doutrinador:
Achas natural estar agora aqui?
Espírito:
Eu vim com ela. Mas sabes porque é que eu estou? É que aquilo na casa dela é um
desassossego completo. Já não há privacidade nenhuma. São cães, são gatos, são
pessoas. Aquela casa está invadida e... não gosto assim muito deles. Não são
pessoas cá das minhas relações. Eu estava melhor com ela. Quando ela estava sozinha
gostava mais. Então vim-me embora com ela.
Doutrinador:
Então deixa-me dar-te uma informação que já te dei há bocado...
Espírito:
Ela ia trabalhar e eu ficava lá sozinha.
Doutrinador:
Muito bem, mas ficavas com depressão. Mais do que isso: ficavas com dor de
cabeça.
Espírito:
Olha, sabes que mais? Eu nem forças tinha para falar e agora até estou muito
esperta.
Doutrinador:
E tu não sabes porquê.
Espírito:
Não.
Doutrinador:
Deixas-me eu informar-te porquê?
Espírito:
Sim...
Doutrinador:
É que neste momento médicos e enfermeiros de Jesus estão aqui à tua volta.
Espírito:
Não me grites que eu não sou surda.
Doutrinador:
Desculpa, desculpa. Médicos e enfermeiros de Jesus estão aqui à tua volta.
Espírito:
Não me digas que ainda há mais Espíritos aqui?!
Doutrinador:
Há, sim senhora.
Espírito: Ai Jesus, valha-me Deus! Virgem Santíssima
me acuda!
Doutrinador:
E tu és um deles.
Espírito:
Oh homem eu estou viva. Que mania a tua hã! Agora diz que eu estou morta!
Doutrinador:
Tu usavas óculos?
Espírito:
Usava, sim senhor. Uso, ai que coisa.
Doutrinador:
E tu eras grande ou pequenina?
Espírito:
Assim, assim.. Ai mas que perguntas!
Doutrinador:
É que eu te informo que neste momento estás a falar através de uma médium.
Espírito:
O que é isso?
Doutrinador:
É uma pessoa que ‘empresta’ o corpo através da qual um Espírito como tu pode
falar com pessoas que estão no mundo físico, como é o meu caso.
Espírito:
Ai que confusão tão grande!
Doutrinador:
Pois é, não percebes. Mas olha: aquela rapariga com quem tens andado e na casa
da qual tens estado...
Espírito:
Muito boazinha.
Doutrinador:...
Exactamente. É uma pessoa que vive no corpo físico, ainda não morreu. Eu, que
estou a falar contigo, tenho ainda corpo físico...
Espírito:
E eu também.
Doutrinador:
E tu tens corpo espiritual.
Espírito:
O que é isso?
Doutrinador:
O corpo espiritual é uma cópia exacta do corpo físico só que não é tão denso
como o corpo físico, estás a perceber?
Espírito:
Ai, tu sabes muito.
Doutrinador:
É por isso que tu podes atravessar paredes. É por isso que tu podes atravessar
portas.
Espírito:
Olha lá que eu nunca tinha pensado nisso. E entro e saio, sem chave nem nada.
Doutrinador:
E isso sucede porquê?! Porque já te encontras no mundo espiritual.
Espírito:
Eu estou viva.
Doutrinador:
Pois claro que estás. Então o espírito não é imortal? Tu és Espírito minha
querida amiga.
Espírito:
A gente pensa no Espírito assim como uma coisa...
Doutrinador:
Como uma coisa do outro mundo, não é verdade? Não é nada do outro mundo, é
deste mundo.
Espírito:
Ah, sim!...
Doutrinador:
Nós estivemos há bocado a ler o Evangelho Segundo o Espiritismo.
Espírito:
Ai, lá vens tu outra vez com essa expressão. Se o meu padre te ouvisse! Se o
meu padre te ouvisse corria contigo.
Doutrinador:
Mas será que o teu padre não está também no mundo espiritual?
Espírito:
Não!
Doutrinador:
De certeza que ainda está aqui a dar missa, na igreja, aqui em (nome da cidade)?
Espírito:
Sim!!!
Doutrinador:
Bom, mas há padres que estão no mundo espiritual.
Espírito:
Ai há?
Doutrinador:
Sim.
Espírito:
Hás-de apresentar-me um. Eu não sei. Eu ando aqui na Terra, vou aos sítios onde
vai toda a gente...
Doutrinador:
Permites-me que eu peça a Jesus que possa um senhor padre vir até aqui falar
contigo?
Espírito:
Sim.
Doutrinador:
Então eu vou pedir.
[O
doutrinador ora a Deus, Nosso Pai e a
Jesus, Nosso Mestre, que permita que um amigo espiritual possa vir ensinar e
esclarecer esta nossa querida irmã. Todos os elementos do grupo continuam
concentrados emitindo vibrações de Amor sobre esta nossa irmã. Decorrem alguns
momentos. Uma entidade com as vestes de padre aparece a esta nossa irmã que
estabelece de imediato a conversação de que seguidamente reproduzimos o trecho
que segue]
Espírito:
Ai, graças a Deus! Ai (suspiro)
senhor padre: eu estou muito desassossegada. Nem imagina! Eu tenho ouvido
coisas esta noite que é de fazer bradar aos céus!... (...) Pois, isso é o que
eu oiço sempre. Claro. Jesus está sempre presente. É isso o que eu oiço na
missa, senhor padre. Nem imagina, olhe, desde ver fantasmas, a ver gente invadir-nos
o nosso espaço, tenho gente de nariz empinado, aquilo é um desassossego. Chego
aqui... estava calminha, estava bem... de repente espiritismo para cá,
espiritismo para lá. Fantasmas! Agora dizem que eu não estou viva, quando eu
estou viva. Até estou mais viva, pois eu não falava quase, estava sem forças
para nada e até a minha dor de cabeça já lá vai, que Deus me ajude e que ela
não regresse. Ai, senhor padre, eu estou muito baralhada. Tem que me ajudar,
por amor de Deus. (...) Então quer dizer que é tudo verdade?! Ah... olha... oh
senhor padre: nunca nos ensinaram nada disso. Olhe que nunca faltava! Eu ia
todos os sábados e domingos! Eu nunca faltava a nenhum encontro! Nunca ouvi o
senhor padre nem ninguém dizer nada disso! Só falam em alminhas, alminhas,
alminhas... Isto é tudo novidade para mim! Eu estou muito baralhada. Ai há
pessoas que também... Ah, o senhor padre também diz missa e há pessoas que como
eu também vão à missa? Ah... eu não sabia. (...) Ai e ouvem-me e falam comigo?
Pois eu realmente não falo com ninguém só oiço as conversas. Ai que bom. Ai
senhor padre, mas que grandes novidades! Pois... Ah... Ai mãe, olha que uma
destas eu não esperava nada. Mas há coisas muito estranhas! É, é verdade, eu
não posso perceber tudo num dia, isso é verdade. Missas onde me informam destas
coisas todas? Isso é que eu queria. Ai vou, pois claro que vou.
Tenho
andado um bocado perdida, sem vontade para nada. Ainda por cima não consigo
falar com ninguém, isto é uma tristeza muito grande. (...) Olhe pois é graças a
Jesus, isso já percebi. Tenho que agradecer aqui a este amigo que ainda por
cima eu não estava a tratar muito bem. Tenho que rezar uns pai-nossos para me
penitenciar, que eu não estava a comportar-me muito bem com ele e, se calhar...
pois... talvez... talvez estivesse a fazer mal às pessoas.
Eu
não queria fazer mal a ninguém, senhor padre, mas se andar na Terra é passar o
nosso sofrimento aos outros, pois realmente não devo andar, pois já basta o que
eu sofro. Eu não fazia ideia, senhor padre. Eu peço desculpa a todos. E tu,
minha querida menina, perdoa-me, pois, eu gostava de estar ao pé de ti, não
sabia que te estava a fazer mal. Não acredites no que tens sentido porque isso
são cá as minhas coisas, são os meus sofrimentos, o que eu passei e uma consciência
que não está assim muito limpa... todos somos pecadores e.… não acredites que
isso não és tu, sou eu. Eu é que não sabia. Se eu soubesse não ficava junto de
ti. E tu, meu amigo, desculpa-me também porque... olha, afinal pois já pensei
um bocadinho, já mudei um bocadinho de opinião olha que o espiritismo tem a sua
razão de ser. Mas olha que os senhores padres não querem que a gente saiba nada
disto. Aqui este senhor padre está-me a dizer que eles sabem todos mas não
dizem. Mas deviam dizer. A verdade deve-se dizer sempre.
Doutrinador:
Olha minha querida amiga, nós te agradecemos.
Espírito:
Eu é que vos agradeço a todos.
Doutrinador:
Nós agora vamos orar por ti.
Espírito:
Muito agradecida. E não vos vou esquecer nas minhas orações e nas missas a que
agora vou poder assistir.
[O doutrinador ora o ‘Pai Nosso’,
agradecendo a Deus pelas bênçãos recebidas, pela luz recebida por esta nossa
querida amiga e todos os sofredores que se encontram presentes]
Retirado do livro: "Falando com os Espíritos", de Eduardo Guerreiro [ainda não publicado]
Retirado do livro: "Falando com os Espíritos", de Eduardo Guerreiro [ainda não publicado]
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