quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O pequeno Portugal


Portugal é um pequeno país, com pouca expressão e influência a nível internacional, dada a dimensão do seu território e a sua situação geográfica num extremo da Europa. Talvez, por isso, os portugueses tenham um certo complexo de inferioridade e relativamente baixa autoestima quando se comparam com povos de outros países. Não valorizam o que possuem e limitam-se a relembrar a época áurea da sua História, quinhentos anos antes, quando, pelo mar, deram novos mundos ao mundo.

Embora o país possua um património cultural e arquitectónico assinalável, associado a uma diversidade geográfica acentuada, o povo português não aprecia suficientemente o que tem. Considera, regra geral, que o que é estrangeiro é melhor.

A história que vamos contar a seguir, mostra-nos que não é bem assim e que, se este rectângulo à beira mar plantado é, de facto, pequeno em área, olhado do ponto de vista espiritual, pelo relato que nos chegou, parece não ser como habitualmente o encaramos.

No dia 26 de maio de 2006, manifestou-se na nossa reunião mediúnica uma entidade espiritual recentemente desencarnada, vinda de Timor, muito apreensiva acerca da situação naquele país.

Este companheiro foi definido, posteriormente, pelo Espírito Orientador dos trabalhos da seguinte forma:

- Acabamos de ouvir um querido irmão, ingénuo, ainda recentemente aportado ao mundo espiritual, muito ligado a todos os entes queridos que acaba de deixar, ainda pouco seguro na sua crença no Poder Divino e na sua compreensão das Leis da Evolução. Toca-nos o coração o seu sofrimento recordando nossas antigas encarnações, nossos amores e as penas pelas quais tanto sofremos, desacompanhados da visão espiritual. (…)

O diálogo antes havido com este amigo timorense foi longo. No essencial, ele vinha pedir auxílio aos portugueses para ajudar a pacificar aquele território, então em convulsão político-social.

Eis um pequeno extracto da nossa conversa:
(…)

Espírito: É preciso rápido. É preciso rápido. É preciso que cada um diga, grite bem alto para irem para lá defender-nos. Nós não somos capazes sozinhos. Somos poucos contra muitos e poderosos. Estamos sozinhos.

Doutrinador: Irá para lá, rápido, uma força, meu irmão.

Espírito: Mas depende do povo. Foi o povo que mandou para lá ajuda. Foi o povo.

Doutrinador: Sim, meu querido amigo. Dentro das nossas limitações no plano físico, prometemos fazer o que está ao nosso alcance. Sabes que Portugal é um país pequeno...

Espírito: Não! Não é, não! E cá em cima eu vi que não é. Não é, não! É pequeno em tamanho, mas não é pequeno. Portugal é o nosso grande irmão. Tem muita força. Tem muito poder. Foi Portugal que conseguiu ajuda para nós. E vai conseguir novamente.

(…)

Espírito: Têm uma arma que é a mais forte, que é a arma do Amor.

Doutrinador: Tens razão, amigo.

Espírito: E somos o mesmo povo. Vocês não sabem, porque é que sentem isso. Têm a força do Amor, que é a arma mais forte, mais poderosa. E só descobrimos, quando chegamos outra vez cá em cima.

(…)

Espírito: E que nunca desaparecerá (Timor). Isso já nos foi prometido pelos Guias. É um cantinho espiritual diferente de toda aquela zona do Planeta.

Este companheiro, observando Portugal de cima, informa-nos que este país não é pequeno e que portugueses e timorenses somos o mesmo povo. E que Timor é um cantinho espiritual diferente que nunca desaparecerá.

Moral da história:

As dimensões, a material e a espiritual, são duas realidades diferentes. A crer nas palavras deste nosso amigo, Portugal, sendo pequeno na sua dimensão física é, contudo, grande, quando visto da espiritualidade. Além de que um povo não se circunscreve apenas a determinada zona física.

Retirado do livro de Eduardo Guerreiro - "Histórias Verídicas com Pessoas e Espíritos"

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