sexta-feira, 4 de maio de 2007

SÓCRATES

Sócrates, Precursor Do Cristianismo E Do Espiritismo
As ideias, quando expressam a verdade, permanecem eternas. Podem combatê-las e fazer mártires, mas o Mundo em evolução as irá incorporando à medida que o Homem cresce em entendimento.
Sócrates foi condenado à morte por criticar a sociedade do seu tempo, questionando os hábitos e costumes instalados, em que a arte treinada do bem-falar para seduzir multidões carecia da verdadeira sabedoria, defensora dos valores universais da justiça do bem e da verdade.

Nele o diálogo constitui-se como um meio (a ironia e a maiêutica) para atingir os conceitos universais do conhecimento e das acções morais, tendo influenciado profundamente toda a história da filosofia. Aristóteles afirma que Sócrates se ocupava das “coisas éticas”, investigando os conceitos do bem, a virtude, o amor, a piedade e a sabedoria.

Ao humanismo céptico e relativista dos sofistas que preconizava uma alteração e adaptação da lei de às opiniões defendidas pela maioria, de acordo com os preconceitos sociais da sociedade de Atenas do séc. V. a. c., ele opunha uma transformação permanente e intemporal, pela Educação (República de Platão) racional no Bem e na Virtude, caracterizando-se a sua filosofia como precursora da moral cristã.

Deste modo, a tese central da filosofia socrática, na sua vertente ética, defende a viagem ao interior do Homem, o “Conhece-te a ti mesmo”, para o seu aperfeiçoamento moral, conducente à prática diária do bem como modelo racional de vida: “é preferível sofrer uma injustiça do que cometê-la.”

Dirigindo-se a um dos seus acusadores no tribunal ateniense:
“…não te envergonhas por te preocupares só com as riquezas e com a forma de as tornares maiores, e de só pensares na fama e na honra; …não cuidas nem te preocupas com a sabedoria, nem com a verdade, nem com a forma de tornar a tua alma o melhor possível?
…das riquezas não nasce a virtude, mas é da virtude que nascem as riquezas e todos os outros bens, quer os privados quer os públicos.”

Jesus encontrou o mundo mais preparado para a aceitação e divulgação destas ideias, mas tal não impediu que aqueles a quem feriu os interesses e preconceitos religiosos do culto exterior, o condenassem à morte.

Tal como Sócrates, cuja sabedoria “bebemos” em Platão, também Jesus nada deixou escrito, tendo os seus ensinamentos sido reunidos por outros ao longo de anos. Além disso, Jesus falava por alegorias, sujeitas a várias interpretações, de acordo com a evolução espiritual do Homem.

Mas deixou-nos uma promessa:
“…eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade…”

E Ele veio, pelas mãos de Allan Kardec, cuja missão foi reunir os ensinamentos dos Espíritos Superiores (incluindo Sócrates) que se manifestaram simultaneamente em várias partes do Mundo, através de vários médiuns no séc. XIX, para explicar as alegorias e as figuras de Jesus, repondo as verdades do Cristianismo, à luz do conhecimento actual.

Tal como na época de Jesus, os homens encontram-se cansados das ideias humanas, conducentes à injustiça extrema e à desvalorização do verdadeiro destino da alma.

E se para todos nós, espíritas, o Consolador prometido já veio, um dia Ele chegará para todos e, na Terra, viveremos tempos de maior fraternidade, alegria e solidariedade, pois a vaidade e o orgulho serão encaradas como um factor de ignorância, características duma fase primeva da humanidade.

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