Volta Bocage...
SONETO IV
(recebido em) 28-11-1946
Volta, Bocage, ao mundo e grita ao Fado
(recebido em) 28-11-1946
Volta, Bocage, ao mundo e grita ao Fado
Que a Fama vil padece desengano,
Que a carícia de lsmene é fogo insano
Que a carícia de lsmene é fogo insano
Depois do escuro Estige atravessado.
Antes viver no exílio sem agrado,
Antes viver no exílio sem agrado,
Sofrer de Goa o beleguim tirano,
Beijar fusco Hidal-Khan por soberano
Beijar fusco Hidal-Khan por soberano
Que ser presa de gozo desmarcado.
Preferível guardar ervadas setas
Da calúnia que mata pouco a pouco,
Preferível guardar ervadas setas
Da calúnia que mata pouco a pouco,
Sucumbindo entre as dores mais abjetas,
Que morrer, de olhar baço e peito rouco,
Que morrer, de olhar baço e peito rouco,
Na miserável chusma dos patetas
E acordar no outro mundo como louco.
Manuel Maria de Barbosa du Bocage (Espírito)
E acordar no outro mundo como louco.
Manuel Maria de Barbosa du Bocage (Espírito)
do Livro:
“Volta Bacage” psicografado por Francisco Cândido Xavier
“Volta Bacage” psicografado por Francisco Cândido Xavier
Este é um soneto que alerta para as ilusões da fama e para o perigo dos desejos enganadores de uma vida rica de prazeres desregrados, com consequências nefastas para o Espírito ao despertar no "outro lado" da vida.
Manuel Maria de Barbosa du Bocage - poeta português - 15/9/1765 - 21/ 12 /1805
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