segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Amor de Mãe

Leio e releio esta história e não paro de me emocionar e de agradecer a Deus pelo seu Infinito Amor.

Abençoada Reencarnação!!!

Ofereço-a a todos os leitores, como me chegou às mãos:

"Na noite de 25 para 26 de Março de 2007, após a leitura de uma lição de ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, manifestou-se um espírito amigo, relatando-nos uma tocante história que, segundo ele, é ‘tantas vezes contada e recontada na espiritualidade aos corações sofredores’, que passamos a transcrever:

Espírito - “Venho hoje trazer-vos uma pequena história que vos permitirá analisar, ser sujeita ao vosso escrutínio. Que vos servirá de exemplo e de reflexão para os nossos actos diários inconsequentes e que dificilmente são meditados atempadamente.

Vivia, numa pequena casa, uma mãe já de certa idade, com sua filha, a única dos irmãos que não tinha encontrado uma nova família. Era esta uma alma sofrida, vendo frustrados os seus sonhos, mas ambiciosa, também. Desejosa dos prazeres que a vida de ilusões oferece e que o dinheiro tão facilmente compra.

Sem o possuir, sem perspectivas de o alcançar, passou a odiar sua mãe por esta ser pobre, feia (aos seus olhos), pobremente vestida, transportando os sinais evidentes da baixa condição social que lhes cabia em sorte.

Sofreu a pobre mãe, no corpo, quando, como uma criança, sua idade já avançada lhe não permitia a independência para os tratos da higiene, da alimentação. E sofreu na alma o desprezo que a sua filha lhe votava, orando a Deus pela sua salvação, perdoando no fundo do seu coração de mãe.

Desencarnou esta alma bondosa, mas não sossegou, pois a preocupava em demasia o futuro e o bem-estar de sua filhinha. Depressa, pelos créditos que possuía, granjeou nova oportunidade de encarnação, vindo a nascer de uma vizinha tão pobre como ela tinha sido, cheia de filhos. Nasceu cega e surda, pois pediu que lhe não fosse permitido ver os despautérios de sua filha e que não pudesse ouvir os insultos que ela lhe iria dirigir, para que mais facilmente se lhe pudesse dedicar e talvez modificar os seus padrões mentais, conduzindo-a a Jesus.

Deus lho concedeu. E esta alma viveu, dia-a-dia, fugindo de cada vez que lho era permitido para casa de sua vizinha que a empurrava, que lhe gritava: “sai daqui, criatura nojenta. De nada vales. Não prestas para nada. Que me queres? Desaparece-me da vista!” e a pontapeava e a sacudia, mas a criança, sem saber porquê, se arrastava novamente para sua casa, brincando, aproximando-se, incomodando e sorrindo a novo insulto, a cada pontapé.

E foi crescendo e a bela rapariga envelhecendo. Sua beleza se desfazendo. As rugas sulcando seu rosto, cada vez mais amargurado, já desistindo de encontrar o futuro tão ambicionado, maldizendo a Deus e à Vida que a obrigaram a seguir contra suas tendências e seus anseios.

E aquela criaturinha a quem ela não olhava de frente, a quem nem um sorriso concedia, quando ela tombou no leito, abandonada por todos, incluindo seus familiares, porque a todos sacudia com azedume, invejando suas vidas, foi a única que dela cuidou com desvelo, com carinho, ajudando-a na transição que a todos espera.

Suas últimas palavras, antes de deixar o corpo físico, foram de agradecimento àquela pobre enjeitada que, pior do que ela, não via nem ouvia, mas que possuía um coração do tamanho do mundo. Agradeceu a Deus pela sua companhia, pela sua presença, pelo amor que não merecia, vendo e sentindo nessa pobre criaturinha a misericórdia divina.

Desencarnou essa pobre alma um pouco mais confortada e resignada, reconhecendo Deus naquela mão amiga que nunca a abandonou. De pouca valia aparente, foi a sua única protecção e a luz que lhe iluminou a vida.

Mas, logo mais, a pobre cega, vendo-se sozinha, tropeçou, no seu desespero, num fogão que no chão se encontrava aceso, tendo-o feito tombar e deflagrar um incêndio que depressa se espalhou, tendo reduzido aquela pobre casa a cinzas, levando consigo a criatura cuja missão tinha terminado com a partida da sua querida filha.

Chegando ao mundo espiritual, mãe e filha se reencontraram: uma, plena de luz, brotando de seu coração um esplendor enorme, uma estrela brilhante que tudo iluminava, inclusive a sua filha, abraçando-a e protegendo-a.

Estrondoso grito ecoou nos céus, quando esta, ao erguer a fronte reconhece, naquela alma, sua mãe, a mãe que abandonara, a mãe que insultara, a mãe que desprezara na vida e na morte. E a ela, simultaneamente, a pobre criaturinha, que voltara a insultar, a desprezar, só lhe reconhecendo a valia no último momento.

De nada valeram as súplicas de sua mãe, pois ela, em desespero infinito, fugiu, espavorida, correndo sempre, gritando e gemendo, insultando-se em centuplicado, desprezando-se em centuplicado, desejando a autodestruição e o esquecimento absoluto, que não existem na verdadeira vida.

E essa mãe continua pedindo a Jesus, pela sua filhinha amada, o benefício de uma nova oportunidade, a bênção de uma nova reencarnação em conjunto, para poder, deste modo, prodigalizar mais amor, mais protecção à sua amada filhinha.

Que nossos actos diários sejam todos eles exemplares. Que nossa consciência os aceite para que não precisem de ser escondidos da Luz e do Amor.

Ficai em paz, meus amigos.

Que Jesus vos proteja e vos ilumine agora e sempre.

O doutrinador agradece a lição acabada de deixar para meditação e tece algumas considerações sobre a severidade que por vezes emprestamos aos nossos julgamentos de outrem.

Sobre este assunto O Espírito amigo refere:

Julgai o erro severamente, mas deveis furtar-vos de condenar o culpado. A sua consciência disso se encarregará.

Ensinai pelo exemplo, pela transmissão do bem em palavras e actos. Essa a nossa principal missão.

(...)

Deveis terminar vossa reunião orando ao Pai, pedindo-lhe a assistência e o discernimento nas vossas actuações e meditai nesta história tantas vezes contada e recontada na espiritualidade aos corações sofredores, carentes de esperança num amanhã melhor.

O doutrinador agradece.

Espírito - Agradeçamos a Deus tanta Bondade e tanto Amor.

Casimiro (Espírito)

Manuel

Núcleo Espírita "Amigo Amén"

Santa Maria


2 comentários:

  1. Muito linda esta história.
    Sugiro que sejam publicadas, se possível, mais relatos feitos pela espiritualidade, assim como mais doutrinações, pois que nos dão a conhecer as realidades vivas do mundo espiritual, que é afinal o nosso verdadeiro mundo, já que estamos aqui transitoriamente.

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  2. Olá, Joana!

    Acabei de ler esta bela mensagem que vc me recomendou em um comentário no meu blog. Obrigada, ainda não havia lido e me emocionei bastante. Lembrei-me de algumas histórias semelhantes que já li nos livros de André Luiz.

    Agradeçamos sempre ao Senhor por permitir que nossos irmãos em espírito venham até nós para nos orientar com suas palavras abençoadas!

    Beijos e fica na paz!

    Adriana

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