histórias verídicas
Diz-me a amiga Joana (e com razão) que parece que me demiti de colaborar no blog. “Com o que sabe, podia escrever um livro, diz ela”. Nestes assuntos por muito que se saiba, pouco se sabe e, quando pensamos que sabemos, somos muitas vezes apanhados de surpresa...
Mas uma vez que aquilo que sabemos, as experiências que adquirimos, temos a obrigação moral de transmitir aos outros, aqui vão algumas histórias verídicas que conhecemos quer por vivência pessoal, quer por quer nos foram contadas por pessoas idóneas.
Aqui vão algumas. Os títulos são nossos.
1ª história – Problema de caspa?
Passou-se no início dos anos 80 e foi-nos relatada pelo Sr. G., um amigo algarvio, de Faro, já desencarnado.
Saía ele, com outro companheiro de lides espíritas, de um café em Portimão chamado ‘Casa Inglesa’ quando teve que parar e esperar pelo seu amigo porque ele se encontrava todo atarefado a sacudir de cima de si, com as mãos, algo que lhe não era visível aos olhos. Em plena rua esfregava a cabeça, depois os ombros, a seguir o tórax, os braços e as pernas. Seguidamente sacudia energicamente as mãos. Parecia muito aflito.
- O que tens? – perguntou o Sr. G.
- Então não sabes? Não viste? Não reparaste?
- Mas em quê? – voltou a perguntar o Sr. G.
- O café.
- Mas o que é que tinha o café? Até não estava mau.
- Não me refiro ao café que bebemos mas ao local onde estivemos.
- Sim. Mas o que tinha?
- Estava cheio de gente e de fumo.
- E depois?
- E depois acabamos por captar entidades viciosas.
- Sim?!...
- Sim. E o que eu fiz logo foi dar um auto-passe.
- ???
- Para afastar as entidades!
- Ah! – disse o Sr. G. cheio de admiração – Pensava que estavas tendo um ataque de caspa.
Moral da história – estudemos a doutrina espírita para não cairmos na superstição, no dogmatismo, no fanatismo e em situações ridículas.
2ª história – Afinal não era um electrodoméstico.
Esta passa-se em 1985 ou 1986.
Conhecemos muita gente que vai assistir a palestras de espíritas com nomes sonantes, principalmente se vierem do Brasil – Pátria do Evangelho, no dizer de Humberto de Campos. Não vemos nada de mal nisso, antes pelo contrário. Principalmente se essas mesmas palestras contribuírem de facto para o aumento de conhecimentos e melhoria pessoal. Contudo, se o palestrante for desconhecido e português há quem não vá porque não vê interesse de maior.
Conhecemos muita gente que vai assistir a palestras de espíritas com nomes sonantes, principalmente se vierem do Brasil – Pátria do Evangelho, no dizer de Humberto de Campos. Não vemos nada de mal nisso, antes pelo contrário. Principalmente se essas mesmas palestras contribuírem de facto para o aumento de conhecimentos e melhoria pessoal. Contudo, se o palestrante for desconhecido e português há quem não vá porque não vê interesse de maior.
E depois há uma certa tendência para se endeusar os oradores mais mediatizados que são muitas vezes colocados numa espécie de pedestal. A culpa não é deles. O problema reside em quem os endeusa porque demonstra que pouco conhece da doutrina espírita.
Todos nós, conhecidos do grande público ou não, temos as nossas tarefas, as missões que nos são mais adequadas e... os nossos defeitos (grandes e pequenos). Todos nós nos encontramos em determinado grau evolutivo e podemos ter a certeza de que a distância que nos separa uns dos outros não é tão grande assim. Sejamos doutrinadores, médiuns, participantes em reuniões mediúnicas ou nada disto.
Serve esta introdução para dizer que o amigo M., ainda novato no movimento espírita e, sobretudo, no conhecimento da doutrina espírita, entusiasmado com a vinda de Ariston Santana Teles a Portugal e com a conferência que ele ia dar em determinado Centro Espírita, dirigiu-se ao companheiro B.C. dizendo-lhe:
- Sabes quem vem aí?
- Quem? – perguntou o B.C.
- O Ariston!
- Ariston? Hum... Esse nome não me é estranho... Ouve lá: isso não é uma marca de electrodomésticos?!
- ?!?!?!...
Moral da história: não endeusemos ninguém. Estudemos a Doutrina na fonte que é a Codificação. Os companheiros divulgadores da Doutrina quer pela oratória, quer pela escrita, quer pela actividade mediúnica de cura ou outra, são espíritos em evolução como nós. Não lhes perturbemos a caminhada e tratemo-los como devemos tratar cada companheiro que está todos os dias ao nosso lado: com respeito e atenção.
Por hoje me despeço da amiga Joana e dos seus leitores. Prometo que para a próxima contarei histórias bem mais sérias do que estas.
7/08/2008
Mário
Mário
O amigo Mário diz que para a próxima escreve histórias mais sérias. Porém, acho estes relatos, apesar de simples, muito ricos.
ResponderEliminarA parte do "não endeusemos ninguém" é muito importante. Gostei do que foi dito. É importante.
Cumprimentos.
Gostei demais dos textos de seu amigo.
ResponderEliminarEstou tomando a liberdade de copiá-los.
Estou passando para lhe dar notícias. Estou bem melhor e a fazer um tratamneto a distância com a Adriana e seu Esposo Romero. É feito aos domingos as 19 e 30.
Muito te agradeço pór suas oração e carinho para comigo.
Grandes beijos em seu coração e que Deus te abençoe!