O carrinho de amendoins salvador
4ª história
Há cerca de 30 anos aqui em Portugal era difícil adquirirmos literatura espírita. Eu mandava vir livros, jornais e revistas do Brasil, pois tinha meios de fazer o pagamento através de amigos que tinham familiares seus no Rio. Assim, recebi muitas centenas de livros pelo correio. O mesmo em relação às revistas e jornais. Hoje a coisa é completamente diferente. Basta irmos aos sítios adequados da Internet e fazermos o “download” do que pretendemos.
De entre as muitas histórias que lemos nesses jornais e revistas, lembramo-nos agora de uma que vem na linha das histórias que tenho vindo a contar:
Um grupo de companheiros de ideal frequentava regularmente um Centro Espírita brasileiro no qual trabalhavam. Perto da porta do Centro encontrava-se um senhor, humildemente vestido, que transportava um carrinho com amendoins, pipocas e guloseimas. Era o seu modo de vida, o seu ganha-pão. A sua pobreza e a sua humildade não lhe retiravam a alegria e o bom humor que sempre o caracterizavam.
Muitas foram as vezes que o convidaram a entrar no Centro. Invariavelmente ele sorria e respondia: “um dia...”.
Os trabalhadores do Centro acabaram por se habituar à sua presença e desistiram de o convidar para entrar.
O tempo foi passando e ele, já com certa idade, desencarnou.
Passados tempos manifestou-se no Centro um espírito com alegria e boa disposição. Um espírito que Kardec incluiria na categoria dos «espíritos felizes» (ver ‘O Céu e o Inferno’).
O dirigente da reunião mediúnica perguntou-lhe o nome e ele identificou-se como sendo aquele senhor do carrinho de amendoins.
E perguntou-lhe, seguidamente, qual o segredo para se conseguir ser tão feliz como ele no mundo espiritual. Ele respondeu: “Comprem um carrinho e vendam amendoins”.
Pelo humor demonstrado estes nossos companheiros concluíram que se tratava realmente do senhor que vendia amendoins.
Moral da história:
1 - Cada um de nós traz o seu programa. Este nosso amigo trazia, eventualmente, como programa a aquisição de humildade e resignação e cumpriu-o. O conselho que ele deu foi um conselho sábio: “comprem um carrinho e vendam amendoins”, ou seja, sejam humildes e resignados perante as adversidades que vos estão destinadas.
2 – Conhecer a doutrina Espírita e frequentar e trabalhar num Centro Espírita, por si só, não salvam ninguém. Conferem, isso sim, responsabilidade acrescida.
Mário
Olá!
ResponderEliminarMais um bom texto. Mas gostaria de fazer o seguinte comentário:
alguns blogues com material "intoxicante" são muito frequentados. E este blogue, na minha humilde opinião, muito bom e útil, é pouco frequentado (ou comentado).
É pena.
Olá amigo
ResponderEliminarNo momento actual essa situação que refere é inevitável, pois todos sabemos que programas televisivos, por vezes, excelentes têm pouca audiência, enquanto que a maioria, de pouco conteúdo, bate records de assistência.
Não esqueça que o Espiritismo deve ser divulgado, pela mensagem de renovação interior que transmite e pela esperança que suscita na evolução da humanidade. Contudo, essa mesma divulgação não deve ser forçada; Quem procura encontra, não é mesmo?
Todavia, não me parece que o blog seja pouco visitado, porque ainda é recente (1 ano e 5 meses)e já conta com quase 35.000 visitantes. Se pensarmos que o seu conteúdo é específico e que não se trabalha para a divulgação, então é muito bom. A mim, parece-me.
Um abraço
JOANA
Ora boa!
ResponderEliminar:-)