A responsabilidade das reuniões de materialização
Uma história verídica
Nunca participei numa reunião de materialização de Espíritos. O que sei resulta da leitura de livros espíritas que abordam o assunto, nomeadamente os clássicos: “No País das Sombras”, de Elisabeth d’Espérance e “Um caso de Desmaterialização”, de Alexandre Aksakoff, em que a médium de materializações era precisamente Elisabeth d’Espérance. Lemos, igualmente, “Materializações Luminosas”, de R. A. Ranieri, e artigos em jornais espíritas (nomeadamente artigos de Carlos Imbassahy filho, no Jornal Espírita, de S. Paulo) mas também escutámos descrições de quem participou em reuniões deste tipo.
É uma destas descrições que passo a relatar. Foi-me feita por um companheiro de lides espíritas há cerca de 20 anos. Seu nome: Portugal Ferreira Marques. Nunca mais nos encontrámos com ele.
Sabíamos, da literatura, que para conseguir materializações era necessária a presença de um(a) médium de materializações e, sobretudo, de muita disciplina e persistência. Conta-nos Imbassahy que o grupo no qual participava só conseguiu alguns efeitos visíveis cerca de um ano após o início das reuniões regulares do grupo para o efeito.
Dado que já possuíamos estes conhecimentos e sabíamos das dificuldades e exigências inerentes às reuniões de materialização, indagámos o companheiro sobre se em alguma reunião tinham ocorrido algum acidente. Ele informou-nos:
“Duas vezes”. E passou a relatar.
“As nossas reuniões decorriam num ambiente completamente escuro. Uma noite, e porque estava muito calor, deixámos a janela da sala um pouco aberta. Estava lua cheia e, pela janela, entrava um pouco da luz do luar que incidia na perna do médium. Terminada a reunião verificámos que o médium não tinha perna. Ela se tinha desmaterializado. Ficámos muito preocupados. Fechámos a janela, ficando agora completamente às escuras. Após mais de uma hora de oração e concentração demos por terminada a reunião. A perna do médium já estava no seu lugar: tinha-se materializado. Mas havia uma diferença. É que antes essa perna tinha uma mancha na pele. Agora, a mancha tinha desaparecido”.
“Em outra vez, após materializações de espíritos, antes de terminarmos completamente a reunião e ainda com espíritos completamente materializados acendeu-se bruscamente a luz. Os espíritos retornaram rapidamente à cabine escurecida. Ouviu-se um crepitar, como se se tratasse de carne colocada em cima de uma chapa quente. Apagámos apressadamente a lâmpada. Concentrámo-nos e orámos. Do lado espiritual a reunião era dirigida pelo Dr. Bezerra e outros espíritos de elevada hierarquia.
Quisemos, posteriormente, saber porque se tinha acendido a luz e o que acontecera aos espíritos que, no momento, estavam materializados. Ficámos sabendo que o primeiro facto se deveu à leviandade com que um jovem casal participou na reunião que, distraindo-se com o namoro, abriu uma brecha pela qual penetraram espíritos malfeitores que accionaram o interruptor fazendo com que a luz se acendesse.
Quanto aos espíritos atingidos foi-nos mais tarde informado que ainda se encontravam em tratamento em hospital da espiritualidade”.
Nunca mais tivemos a oportunidade de ouvirmos relatos de quem participou ao vivo em reuniões de materialização de espíritos. Mas destas descrições nunca mais nos esquecemos, relembrando-nos a transcendência das reuniões mediúnicas sérias que devem ser encaradas por quem nelas participa com a disciplina, o respeito e a solenidade do acto.
Nunca mais tivemos a oportunidade de ouvirmos relatos de quem participou ao vivo em reuniões de materialização de espíritos. Mas destas descrições nunca mais nos esquecemos, relembrando-nos a transcendência das reuniões mediúnicas sérias que devem ser encaradas por quem nelas participa com a disciplina, o respeito e a solenidade do acto.
03 de Janeiro de 2009
Mário
Incrivel, não e´?
ResponderEliminarÉ pena não termos mais desse tipo de reuniões...talvez por despreparo ou leviandade ou falta de querer mesmo...