quinta-feira, 7 de junho de 2007

MEDIUNISMO, ANIMISMO E MISTIFICAÇÃO


III Parte
Não podemos isolar o animismo da mediunidade. Uma comunicação pode ser totalmente anímica, mas também a interferência do médium pode ser muito pequena. A manifestação totalmente anímica, poderá ocorrer:
  • a) como resultado de uma sugestão ou impressão sofrida pelo médium, em que o ambiente que o circunda tem grande parte de responsabilidade, cabendo ao orientador dos trabalhos a correcção e orientação fraterna do médium para controlar a imaginação e as emoções;
  • b) como a de um espírito em sofrimento, que já atrás citámos, e que é devido ao facto de o médium ter a mente fixada em situações aflitivas íntimas desta ou de reencarnações anteriores, exigindo doutrinação, como se de um espírito desencarnado se tratasse;
  • c) como a de um espírito superior ao médium, em que este, ao desdobrar-se, recupera a posse de conhecimentos espirituais que possui e que estão adormecidos quando no corpo físico; ainda aqui o médium deverá ser orientado para que não se vicie nesse género de produções, pois a sua tarefa é mesmo o intercâmbio com entidades desencarnadas.
  • Mas como distinguir uma comunicação anímica de uma verdadeira comunicação mediúnica?

Não existem receitas. Já Kardec afirmava que só se sabe se alguém é médium experimentando.

De qualquer forma, poderemos tentar verificar se uma comunicação é anímica:

  • a) fazendo a análise das comunicações obtidas pelo médium;
  • b) procurando fazer a percepção fluídica do médium em transe;
  • c) recorrendo à vidência.

Seja como for, se detectarmos animismo, deveremos tentar corrigir fraternalmente o médium e o assunto deve ser tratado com muita diplomacia, pois o médium pode estar plenamente convencido de que não produz animismo, dado disso não ter muitas vezes consciência.


Mas se a repetição da comunicação totalmente anímica permite tarde ou cedo a pessoas experientes a sua detecção, o mesmo não se passa com comunicações parcialmente anímicas, já que todas o são, dado que em todas haverá influência do médium, que mais não seja quanto à forma.

O problema se põe com severidade quando a comunicação é parcialmente anímica quanto ao conteúdo, quando o médium mistura inconscientemente parte dos seus pensamentos e sentimentos com os do espírito comunicante.

Ainda aqui, a responsabilidade do grupo é essencial, quanto ao ambiente que rodeia o médium, a necessidade de evangelização, de estudo e de humildade, caso contrário, surgirão os mal-entendidos e o grupo acabará caindo na desmoralização.

Franqueza fraterna, estudo e humildade!

Autor: Mário

Sem comentários:

Enviar um comentário